Incertezas



Capítulo XI – Incertezas


 


-Vou sair amanhã, diretor. – Disse Harry.


Era manhã de sexta-feira em Hogwarts, e durante o café da manhã Dumbledore viera procurar Harry, e assim Harry aproveitou para avisá-lo que iria se ausentar da escola no fim-de-semana.


-O que? – Indagou Dumbledore, como se tivesse ouvido que os Cannons haviam vencido a liga de Quadribol.


-Vou sair amanhã pela manha e volto no domingo de meio-dia. – Afirmou Harry imparcial.


-Mas você não pode! – Exclamou Dumbledore.


-Posso e vou. – Disse Harry seco. – Ou se esqueceu de nosso “acordo”.


-Chantagista! – Acusou o diretor.


-E um dos bons! Não se meta comigo, Dumbledore. – Disse Harry frio como um dia de inverno em Londres.


Eles estavam sozinhos na mesa, praticamente, pois Harry pegara o hábito de levantar mais cedo do que os demais alunos ou professores.


-Pelo menos posso saber aonde vai? – Perguntou Dumbledore contrariado.


-Vou comprar alguns livros para ajudar na educação da AD, que na verdade, agora tem outro nome. – Falou Harry.


-Ah é, e que nome seria este? – Perguntou Dumbledore.


-Lobos da Noite. – Respondeu Harry fitando o diretor.


-Nossa. – Riu ele. – Que falta de criatividade.


-Pelo menos é melhor do que homenagear um velho sujo e mentiroso... – Comentou Harry.


Dumbledore, embora não estivesse comendo ou bebendo nada, engasgou-se (sabe-se lá como), tossiu e depois fitou Harry com uma cara ameaçadora.


-Que assim seja, Harry. – Concluiu ele, pois não gostaria de ser mais apedrejado no início daquela manhã. – Mas eu quero conferir todos os livros quando você voltar.


-Muito bem, como quiser. – Harry riu-se, pois “esquecera” de mencionar as armas de fogo, livros de magia das trevas e demais artefatos indevidos que traria para dentro da escola. Naturalmente, ele teria de achar algum jeito de colocar isto dentro da escola, mas ele bolara um jeito.


-A propósito, como irás para o Beco? – Perguntou Dumbledore desconfiado.


-Eu sei aparatar, diretor. – Disse Harry.


-Como é? – Perguntou ele incrédulo.


-Claro que sim. – Desdenhou Harry. – Vai dizer que você não sabia que QUALQUER UM pode aparatar, independente da idade?


Dumbledore não respondeu, e simplesmente dirigiu-se para a mesa dos professores.


Foi quando Harry sentiu um aroma diferente, picante, insinuante. Virou-se e deparou-se com Eva Mendes, a garota Sonserina. Caramba, o que ela tem que me deixa assim?


-Bom dia, Harry Potter. – Saudou ela.


-Ótimo dia, Eva Mendes. – Devolveu ele.


-Vejo que você não gosta do diretor. – Comentou ela rindo.


-É, não mesmo. – Respondeu ele sorrindo.


-Posso me sentar? – Perguntou ela.


-Não acredito que estou dizendo isto para uma sonserina, mas pode. – Comentou ele.


-Não entendo esta rixa entre as casas. – Comentou ela. – Todos na minha casa falam mal das demais, sobretudo da Grifinória, exceto eu e o jovem Draco.


-Pois é, difícil de entender. Mas por que “jovem” Draco, suponho que temos todos a mesma idade... – Perguntou Harry.


-É mesmo... – Disse ela rindo.


Estranho, muito estranho.


-Mas você não veio para falar de Dumbledore nem de Draco, não é? – Questionou ele.


-Realmente. – Suspirou ela. – Gostaria de saber por que você estuda em Hogwarts.


-Oras, pelo mesmo objetivo de todos os outros: aprender e ser alguém na vida. – Respondeu ele desconversando.


-Por favor, Harry Potter. – Indignou-se ela. – Você definitivamente não tem nada a aprender aqui! Basta olhar aquele duelo contra Snape que se percebe isso. Ele foi um dos mais temidos Comensais da Morte, inclusive entre eles mesmo!


-E como você sabe isso? – Perguntou Harry, surpreendido com ela.


-Ah, eu... Ouvi falar por aí. – Desviou ela.


-Sei... – Devolveu ele.


-Mas você ainda não respondeu minha pergunta!


-Ah, respondi sim. Só você que não ouviu a resposta.


-Harry Potter, se não quer me contar, tudo bem, mas não pense que eu acredito nas mesmas mentiras que todos acreditam. – Disse ela contrariada.


-E por que eu contaria alguma coisa, se tivesse algo para contar, se eu nem conheço você, Eva. – Disse ele. – “Um bom mágico não revela seus truques”. É um ditado trouxa.


-Eu sei. – Respondeu ela. – Mas mesmo assim eu gostaria de saber.


Assim ela foi embora, e foi quando Gina entrou no Salão, junto com Rony e Hermione. Pela cara de Gina, ela não gostara de o verele conversando com Eva. Ah, não. Lá vem bomba.


Gina se sentou do outro lado da mesa, e olhou para ele com aversão.


-Porque você estava conversando com ela? – Seus olhos crepitavam, como labaredas.


-Talvez porque ela tenha puxado assunto? – Ironizou Harry.


-E o papo tava bom? – Perguntou ela.


-E se estivesse? – Devolveu ele.


-Ora! – Ela indignou-se e explodiu. – Eu não gosto de ver você conversando sozinho com outras, sobretudo uma sonserina!


-Gina... – Hesitou Harry, tentando contornar a nuvem de indignação que pairou no seu cérebro. – Eu só conversei com ela.


-É, mas você tem namorada!


-E eu não me esqueci disso.


-Não é o que parece.


-Gina, por Merlin, foi só uma conversa. O que há de mal nisso? – Harry não estava entendendo todo este ciúme. Ele nunca tivera uma namorada de verdade, como ele deveria saber como agir?


-O QUE HÁ DE MAL NISSO? Você ainda pergunta? Você não pode ser tão tapado assim, Potter! – Ela estava MUITO brava.


-Pois sou. E não estou a fim de discutir este tipo de coisa aqui e agora. Se quiser conversar, podemos ir aos jardins e conversarmos civilizadamente. – Respondeu ele calmamente.


-Como podes fazer isso comigo? – Ela disse e saiu do Salão chorando.


Harry estava atônito. Não tinha a menor idéia do que estava acontecendo. Será que ela está com algum problema e eu não percebi? Como pude ser tão descuidado...


-Hermione, o que foi isto? Aconteceu algo com a Gina? – Perguntou Harry assustado.


-Harry, você não entende mesmo, não é? – Ela parecia resignada. – Gina é completamente apaixonada por você. Você é um cara, digamos assim, muito lindo. E naturalmente todas as garotas de Hogwarts querem você, e se você fica conversando com a Mendes, que, diga-se de passagem, é uma garota também muito bonita e por mais que seja uma simples conversa, as outras meninas ficam falando. Assim Gina fica magoada por você não se importar com isso. Ela se sente como se você pensasse do namoro de vocês como indiferente. E como ela é muito apaixonada por você, só piora as coisas, pois ela gostaria que fosse diferente. Entendeu?


-Er... Não. A essência sim, mas, ah droga! Eu não acredito que foi por isso. – Harry suspirou. – Eu nunca tive uma namorada, Mione, como eu vou saber disso?


Hermione riu. Definitivamente, pensou ela, não existiam garotas no futuro. Ou pelo menos não para namorar.


-Então quem sabe você diz isso a ela. – Ela se surpreendeu quando ele se levantou, e resolveu avisar ele. – Não se esqueça que ela esta magoada, e pelo amor de Merlin, Harry: não seja irônico quando sua namorada esta falando sério com você. Esta é a regra número um dos bons relacionamentos.


Gina estava nos jardins de Hogwarts, na beira do lago. Quando Harry chegou perto, ele viu que ela chorava.


-Gina... – Disse ele e sentou ao seu lado.


Ela não respondeu nada, apenas controlou o choro.


-Gina. – Chamou ele de novo. – Eu nunca tive uma namorada antes, nunca! Desde o meu tempo de começar a namorar, eu nunca tive tempo para isso. A sociedade em que eu vivia, destruída pela guerra, não se importava nem um pouco com valores morais, e este tipo de coisa. Como eles poderiam se importar do que os outros falam, uma vez que os outros poderiam nem estar vivos na próxima semana? No próximo dia?


Ela o fitou, e então ele continuou.


-Eu sinto muito pelo que aconteceu, e não tornarei a errar com você quanto a isso. Mas quanto ao resto? Como posso saber? Eu sinceramente não sei como agir em determinadas situações, Gina. Eu não sei dizer não a uma pessoa. Como eu poderia mandar Eva embora se ela nunca me deu razão para fazer isso? Como eu poderia negar ajuda a uma pessoa só por que “pega mal” para o meu namoro?


-O que você quer dizer com isso, Harry? – Perguntou ela com a voz embargada, temendo o pior.


-Quero dizer que você deve escolher, o que é mais importante para você: o que os outros pensam, ou o nosso namoro. – Disse ele duro, o que cortou seu coração. – Você por acaso confia em mim? Por acaso acha mesmo que eu não amo você? Está sendo muito injusta comigo desta maneira, Ginerva Weasley.


Ela quase recomeçou a chorar, mas antes de recompôs, e perguntou:


-Você quer dar um tempo, é isso? – Perguntou ela triste.


-Me diga isso você, Gina. Eu te amo, mas se o meu jeito de ser lhe faz mal, é inadequado, o que eu hei de fazer? – Disse ele muito pesaroso.


-Eu amo você também, Harry. – Foi a única coisa que ela conseguiu dizer antes de recomeçar a chorar.


-Então nós temos que acertar uma coisa entre nós. Você deve confiar em mim, e eu irei cuidar para que este tipo de situação não ocorra mais. – Disse ele. – Mas Gina, eu não posso simplesmente ignorar as pessoas só porque eu tenho uma namorada. Se você precisa tanto assim de algum tipo de prova, veja isto.


Ele então retirou uma memória de sua mente com sua varinha e utilizou um feitiço para que ela fosse exibida à Gina. Era a memória do curujal.


 


>>INÍCIO DE MEMÓRIA<<


 


Gina se viu no corujal de Hogwarts, e viu Harry numa escrivaninha sentado e Eva Mendes na sua frente. Quase não acompanhou a conversa:


-Bom dia, Harry Potter.- Disse Eva.


-Bom dia, Senhorita Mendes. Em que posso ajudá-la?


-Em nada do que você me diria ou daria por pura vontade. Então, devo dizer, que em nada.


-Boa luta, contra o Professor Snape. – Disse ela distraída.


-Obrigado, mas na verdade não foi bem uma luta, e sim um duelo. – Corrigiu ele, sistematicamente.


-Oh, então numa luta você agiria diferente? – Perguntou ela fingindo estar espantada.


-Evidente que sim, você não? – Questionou ele.


-Não sei. Deveria? – Perguntou ela sorrindo.


-Cada um cada um. Se bem que você não deve ter muitos inimigos. – Disse ele.


-Tenho muitos, mais do que você possa imaginar. – A convicção dela o espantou. – Mas eu percebi algo em você ontem, Harry Potter.


-E o que seria? – Perguntou ele curioso.


-Sua Aura é negra. – Disse ela séria, fitando-o.


-Ah é? E o que você sabe sobre Auras? – Perguntou ele.


-O suficiente para saber que seus métodos não devem ser... Ortodoxos. – Afirmou ela. – E também para dizer que você é muito mais poderoso do que você demonstra ser.


-E baseado nestas suas afirmações, Senhorita Mendes, eu presumo que você saiba muito mais do que uma simples garota do Sexto Ano. – Disse ele.


-Por favor, me chame de Eva. – Disse ela sorrindo. – De qualquer forma, Harry Potter, eu sei muito mais sobre o que me interessa do que uma garota comum, sim.


-E o que mais você sabe? – Quis saber ele.


-Que você está entrando em campo perigoso com suas perguntas. – Disse ela séria.


-Então somos dois! – Retrucou ele também sério.


Houve um minuto de silêncio e hesitação entre ambos, e então Eva falou:


-Por favor, não sejamos tão agressivos um com o outro.


-Sonserinos são agressivos com Grifinórios por natureza, e vice-versa. Além do mais, os Sonserinos tem o Dom de me odiar... – Disse ele suspirando.


-Eu não. Eu vejo em você um guerreiro, e não um aluno. Estou começando a lhe admirar, Harry Potter. – Disse ela, se aproximando.


-A que se refere, Srta Mendes, digo, Eva? – Perguntou ele notando a aproximação.


-Você é mais do que um aluno. Seu olhar, sua postura, sua determinação! Você é um guerreiro, e não um simples e fraco aluno. Você é como eu. – Disse ela convicta.


-Talvez. – Disse ele. – Mas eu ainda tenho namorada, se é que me entende.


Ela olhou a situação e suspirou.


-Não pense errado de mim, Harry Potter. Você é muito bonito, é verdade, mas nosso namoro seria, digamos, cheio de mentiras. Você é mais do que diz ser, assim como eu. – Disse ela, e completou: - Nunca daríamos certo juntos. Foi muito bom conversar com você, Harry Potter. Agente se encontra por aí.


 E assim ela foi embora e a memória acabou.


 


>>FIM DE MEMÓRIA<<


 


Gina ficou pasma. Não sabia o que dizer. Seu namorado era realmente surpreendente. Como ela pudera duvidar dele? Ele apenas era gentil, e não entendia de relacionamentos e da vida cotidiana. Mas que diabo de lugar era aquele onde ele viveu estes três anos? Realmente ele perdera algo muito importante, algo que ninguém o ensinou: como namorar. Isso, ela teria de ensinar a ele, mas ela também não sabia muito.


Ele a amava, e isso era um fato. Pois, se não fosse por isso, por que outro motivo ele deixaria de “pegar” a garota mais linda de Hogwarts num lugar completamente isolado, e eles sozinhos de qualquer alma viva? Realmente, agora ela se sentia envergonhada.


-Oh Harry... – Disse ela enxugando as lágrimas.


-Entende agora? Eu amo você, Gina. Bote isso na sua cabeça. Nada nem ninguém vai mudar isso. – Ele não gostava de vê-la chorando.


-Me desculpe, amor. – Disse ela e o abraçou.


-Tudo bem. – E então ele beijou-a, demonstrando no beijo que realmente estava tudo bem.


Depois de algum tempo, Harry fitou o lago e comentou:


-Gina, vou sair este final de semana.


-Fazer o que? – Ela pareceu apreensiva.


-Tenho que ir buscar algumas coisas para os nossos treinos, para que possamos treinar bem equipados.


-Posso saber o que irá buscar? – Perguntou ela curiosa.


-Surpresa, amor. – Disse ela e deu um beijo sorrateiro nela.


-Já estou curiosa. – Respondeu ela.


 


 


Logo ao aparatar no Beco, Harry foi direto ao Gringotes. Entrando lá, um duende veio e lhe perguntou:


-Posso lhe ajudar, senhor?


-Bom dia. Gostaria de falar com Zook. Você poderia chamá-lo? – O duende quase caiu no chão com tamanha a educação que o jovem rapaz o tratava.


-Me desculpe a pergunta, senhor, sei que não é da minha conta, mas você é o patrão dele? – Perguntou o duende apreensivo.


-Sou eu sim. Por que a pergunta? – Perguntou Harry educado.


-É que desde que Zook largou o banco para cuidar dos negócios de seu novo patrão, no caso o senhor, ele nunca esteve tão alegre. Ele só fala bem do senhor, e pelo que pude perceber, ele tem razão. – Disse o duende.


-Ah, bom saber disso. Muito obrigado senhor... Qual o seu nome? – Perguntou Harry.


O susto foi desta vez foi grande. Quem era aquele humano que tratava tão bem os duendes a ponto de chamá-lo de “senhor” e se importar de saber seu nome. Ele quase não respondeu:


-Golian, senhor. – Disse o duende.


-Muito obrigado, Golian. – Disse Harry educadamente. – Agora o senhor poderia chamar Zook, por favor?


Um humano pedindo um favor? Agora sim o mundo estava perdido.


-Sim senhor.


Alguns minutos depois, veio Zook.


-Bom dia, meu senhor Harry Potter! – Saudou ele alegre.


-Um ótimo dia, Zook. Melhor se você parar de me chamar de senhor.


-Oh, me desculpe. – Disse Zook. – O que o senhor faz aqui, digo, não deveria estar no castelo?


-Ah, tive que dar uma saída para buscar algumas coisas com você.


-Senhor, digo, Harry, eu ainda não consegui informações suficientes ainda para lhe fazer algum relatório sobre as pesquisas que você me pediu. – Disse ele apreensivo.


-Não tem problema. Não vim aqui para isso, de qualquer forma. – Respondeu Harry. – Quero alguns endereços, se você puder me fornecer.


-Como assim, Harry Potter?


-Soube que aqui no Gringotes há uma certa relação de endereços. Gostaria de saber aonde eu posso encontrar artefatos místicos. Mais precisamente, amuletos.


-Que tipo de amuleto, senhor Harry Potter?


Harry fez sinal para eles irem a um lugar mais reservado, para depois responder:


-Que tenham símbolos arcanos. Não precisam nem ser mágicos mesmo, apenas que tenham símbolos arcanos verdadeiros, e que sejam de ouro.


-Ah. – Suspirou o duende. – Existe uma loja. Vou conferir o endereço e o nome.


Depois de um tempo de consulta, ele voltou com o resultado.


-O nome da loja é Avalon Concept Store. Fica na Irlanda, e é de uma das mais tradicionais famílias bruxas da Irlanda, os MacLahlan. – Dissertou Zook. – Eles têm diversos objetos mágicos a venda, e o seu grande diferencial é que eles compram a bons preços artefatos bruxos de qualidade.


-Com este nome, só poderia ser algo assim. Avalon é onde muitos dizem ter a origem os bruxos, e porque somos diferentes dos trouxas. Vou visitar. Obrigado, Zook.


-Pois não, chefe.


Logo ao sair de Gringotes, Harry aparata na frente da loja mencionada. Logo ao entrar uma atendente muito bonita e bem uniformizada com roupas trouxas vem lhe cumprimentar.


-Bom dia, senhor. Em que posso ajudar? – Perguntou ela.


-Gostaria de amuletos. Não mágicos necessariamente, mas que tenham um significado real.


-Se não for perguntar demais, para o que o senhor precisaria? – Perguntou a atendente educadamente.


-Para presente. Devem ser de ouro, a corrente não precisa, mas o amuleto deve ser de ouro.


-Pois não.


E então a vendedora lhe mostrou diversos símbolos, lhe explicando que escolhida a imagem eles poderiam forjar os amuletos. E assim ele escolheu um que ele achou que ficaria legal para os Lobos.


-Muito boa escolha, senhor. – Disse ela. – Este é o símbolo da Lua Minguante, repetido três vezes formando uma figura que muitos dizem ser básica na magia.


-Eu sei. Este é perfeito. Quero este mesmo.


-Muito bem, será entregue ao senhor dentro de uma semana. Onde é para entregar?


-Em Hogwarts. Enderece a Harry Potter. – Disse ele.


-Você não é Harry Potter? – Perguntou ela estupefata.


-Claro que sou. Não pareço? – Disse ele sorrindo para a vendedora.


-Não quis dizer isto senhor. É que é estranho...


-Eu não estar em Hogwarts? É eu sei. Mas não se preocupe, eu não fugi. Uma semana. – Disse Harry e depois saiu da loja.


 


Amuleto dos Lobos


                 Amuleto dos Lobos


 


Harry entrou na empresa de investimentos trouxas que contratara há algum tempo. Foi direto ao dono.


-Bom dia, Josh. – Disse ele entrando sem bater na porta.


-Mas que diabo? – Gritou ele espantado. – Ah, você me assustou.


-Como vão as obras? –Perguntou Harry.


-Muito bem, devo dizer. Sua hiper casa ficará pronta no prazo desejado.


-Certo. – Respondeu Harry.


Harry havia mandado Josh construir uma mansão completamente fortificada, com alas subterrâneas, tudo mesmo, um verdadeiro bunker, para ter as coisas prontas para a guerra.


-Mas eu vim aqui para outra coisa. Vou ser bem direto, e espero que você entenda isso. Eu quero que você me arranje o endereço de um traficante de armas respeitado.


Josh quase caiu da cadeira, mas atendeu o pedido.


 


 


-Olá, meu nome é Harry Potter.


-Eu sou Evan. Ou simplesmente “Mollock”.


-Preciso do que você vende.


-Você me parece muito jovem.


-Mas não sou.


Harry havia encontrado este traficante de armas e agora estava num escritório. O traficante tinha um estoque enorme, um galpão imenso guardando-o.


-O que vai precisar? – Perguntou Mollock.


-Vou denominar para você um kit básico, e vou precisar oito kits. O kit que eu quero contém: Duas pistolas Desert Eagle, duas sub metralhadoras Tec-9, um fuzil AK-47, cinco granadas de mão, e uma shotgun de combate. Além dos oito kits, vou querer também duas metralhadoras portáteis giratórias, dois rifles sniper de alta precisão, os melhores, e dois RPG’s. E para cada arma sete pentes com munição da melhor qualidade. Pode conseguir?


O homem quase riu. Se não fosse o mais sério negociante de armas de toda a Inglaterra ele teria rido do rapaz e mandado ele ir estudar. Mas não com este rapaz de olhar duro e severo.


-Posso sim, Harry Potter.


-E quanto tempo demora?


-Duas semanas.


-Muito bem. O dinheiro você vai cobrar nesta empresa financeira. Eles já estão sabendo de tudo. Mande alguém discretamente lá e cobre. Não importa o valor, o pagamento será todo a vista quando você entregar a mercadoria para eles. Não se esqueça, duas semanas.


E dizendo isto voltou a Hogwarts, mas não sem antes passar na sua casa e pegar alguns exemplares de sua biblioteca. Os mais obscuros ele reduziu o tamanho para passar eles despercebidos.


 


 


No dia seguinte, uma nova reunião dos Lobos, e todos foram para o segundo andar, no lugar combinado. Ninguém disse nada até todos entrarem no QG e sentarem-se na sua mesa principal. Foi Harry quem falou primeiro:


-Vocês pediram, vocês terão. Vão aprender a lutar, como um guerreiro. Vocês aqui são todos iguais, e eu sou o líder. Eu respondo por vocês, pela vida de vocês. E vocês devem confiar ela a mim. É assim que as coisas funcionam num grupo de combates. – Começou Harry com a voz séria. – Vocês todos terão um treinamento básico, mas o treinamento avançado será individual, para melhor explorar as habilidades de vocês. A partir de agora, até o final do curso, vocês serão recrutas. Sigilo total e respeito, é o nosso lema. Sejam bem vindos, Lobos da Noite.


 


OFF: Foi mal galera, mas o treino inicial ficará para o próximo capítulo. Este ficou bem H/G, e eu não poderia deixar de fazer os preparativos para os treinos, que irão pegar fogo.


Aguardem next cap, que eu aguardo coments.

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