me faça esquecer



Cap. 5 - me faça esquecer No dia seguinte, a aula passou super rápido. Lily comentara com Lilith sobre o convite do acampamento, e a garota ficou de dar a resposta se ia poder ir ou não logo que conseguisse falar com a mãe. Lilian já tinha perguntado ontem para a mãe, que achando que ia ser uma viajem somente de garotas da escola, deixou. Logo que o intervalo para o almoço tocou, em vez de irem para o refeitório, Lily e Lilith foram para a informática, já que as duas não estavam com fome. Cada uma sentou em um computador e começou a ver o que queria. Lily abriu o seu orkut e seus olhos logo caíram no novo depoimento que ela recebera, de Edward. Quando ela começou a ler, Gabriel parou atrás dela sem que ela percebesse e começou a ler também. “Lily, falando sério agora.”, dizia o depoimento, “Você sabe que eu ainda te amo e que eu vou batalhar por você. Irei jogar sujo assim como aquele outro está jogando, e no final eu vou te ter. Você sabe que sou o melhor pra você, que sou eu quem vai poder te dar uma vida. Então, peço que me obedeça e facilite as coisas – você não vai querer que eu deixe escapar para seus pais umas verdades sobre o seu novo namoradinho. Com amor, Edward.” - Quem é esse? – Gabriel perguntou se sentando ao lado de Lily. - Argh, meu ex. – Ela respondeu com a voz visivelmente irritada. Ela abaixou a página, viu o que tinha que ver e voltou para cima. Quando ia apagar o depoimento, Gabriel a interrompeu. - Hey, não apaga isso não. – Ele disse. – Vamos mostrar para o Jay. - Ahh, nem sei, sabe? - Sério Lily. Não precisa ficar assim. A gente não vai deixar ele fazer nada com você. - Eu não me preocupo comigo, - Lily respondeu, virando os olhos. – eu me preocupo com o Jay. - Nem liga. O máximo que vai acontecer é ele ganhar mais uma cicatriz para a coleção dele. – O garoto respondeu despreocupado. – Vamos almoçar? Um pouco mais animada, Lily saiu do orkut e chamou Lilith. As duas foram junto de Gabriel até o refeitório, mas lá se separaram. Meio contra a vontade, Lily se sentou ao lado de Lilith. Como sempre, seu olhar ficou junto de seu pensamento naquela mesa mais longe, onde aqueles cinco meninos riam e conversavam despreocupados. Na saída da escola as duas meninas ficaram conversando com alguns garotos (já que praticamente todas as meninas da escola as odiavam agora), que estavam se sentido o máximo por estarem perto delas. - Cala a boca, Bernardo – Lily falou, dando um tapinha no braço de uns dos meninos. - Quem ai tá mechendo com a minha garota? – Uma voz autoritária falou por trás de Lily, que somente riu. - Jay. – Ela disse enquanto ele a abraçava. - Tudo bom? – Ele perguntou. - Tudo sim. - Hmm, perfeito. – Jay murmurou dando um selinho na garota. – Vamos indo? - Aham. Lilith, quando falar com a sua mãe me liga, tá bem? Faz uma forcinha para ir. – Ela disse e se virou para Jay novamente. – Prontinho. Dando uma acenada com a cabeça para Lilith, Jay passou o braço na cintura da garota e pegou a mochila dela. Os dois foram andando até que ela finalmente se tocou que não sabia para onde eles estavam indo. - Onde nós estamos indo? - Hmm.. Eu quero te mostrar uma coisa. - O que? – Lily falou se empolgando. - Surpresa. Os dois andaram mais 5 quadras e pararam em frente a um prédio. Ele tinha somente 4 andares, sem contar com o térreo, e era bem cuidado. Mesmo assim, era simples. - Minha casa. – Jay falou quando eles subiram no elevador e pararam no quarto andar. Ele abriu a única porta do corredor e Lily pode ver o apartamento por dentro. Era simples, mas totalmente impecável. Ela pode perceber que as coisas ali eram básicas e totalmente bem cuidadas. Havia uma sala, dois quartos, uma cozinha e dois banheiros. Envergonhada por estar analizando tanto, Lily entrou e seguiu Jay. Ele passou pelo pequeno corredor e tacou as coisas em cima de uma cama, que ela julgou ser dele. O quarto de Jay era engraçado. As paredes eram brancas e desgastadas e estava uma total zona, totalmente diferente do resto da casa. Num canto, rodinhas e pedaços de skate estavam empilhados, com ferramentas ao lado. Em cima da escrivaninha tinha um computador velho, a cama estava dessarumada e o armário aberto. Ele não parecia se importar com isso. - Olha. – Jay falou pegando o novo skate e entregando para ela. Lily pegou o skate e se sentou ao lado dele na cama. Ficou olhando, sem entender. - Lily, vira. – Ele insistiu, rindo da cara dela. Quando ela virou o skate, viu a coisa mais linda que ela já tinha visto. A parte de baixo do skate tinha sido grafitada. Onde devia haver o desenho da caveira estava agora escrito ‘Lily’, em letras rosas berrantes e verde, com um fundo totalmente trabalhado. - Jay, eu.. Sério, é lindo. – Ela falou pausadamente, ainda sem acreditar. Para ela aquilo significava muito. - Gostou? – Ele perguntou apreensivo. - É perfeito. Lilian desviou o olhar do skate para ele, que olhava para ela sorrindo torto. Ela foi se aproximar dele quando ouviu um barulho de chave girar e uma porta se abrir. Envergonhada, Lily voltou a encarar o skate, esperando que ele não percebesse que ela estava vermelha. - Hey, quer conhecer minha mãe? – Ele perguntou despreocupado. - Quero. Jay se levantou e puxou ela pela mão, a guiando para a cozinha. Quando ela entrou, viu a mãe dele. Ela não aparentava ter mais idade que sua mãe, mas tinha uma cara bem mais de mãe. Parecia ser simpática. - Oi mãe. – Ele falou depois de dar um beijo na bochecha dela. – Essa aqui é a Lily. - Ahh, então você é a famosa Lily, certo? – Ela disse, rindo. – Ela é mesmo linda, filho. - Obrigada. – Lily respondeu, ciente que estava vermelha novamente. - Hey, não precisa ter vergonha. – Jay falou, encostando o nariz na bochecha dela. – Hmm mãe, nós vamos sair, tá bem? - Claro filho. – Ela respondeu. – Juízo. E depois, pode arrumar seu quarto, ok? - Tá beem mãe. Jay foi até o quarto dele correndo e pegou a mala de Lily e o skate. Os dois saíram, e ele automaticamente já virou para ir em direção a pracinha. - Hum, Jay, acho que eu vou pra casa. – Lily falou. - Ahh, por quê? Eu mal tive tempo de sentir o teu cheirinho. – Ele respondeu, abraçando a garota e colocando a cabeça no pescoço dela. Lily somente riu. - Porque amanhã a gente vai sair cedo, daí eu tenho que arrumar as malas e já são quase cinco horas... - Ok. Mas só se você me prometer que amanhã eu vou poder ficar o dia inteirinho com você. - Claro que vai. - Então vamos. Jay acompanhou Lily para casa, e repetindo o dia anterior, ele a levou até a porta. Quando ela abriu e entrou em casa, ele puxou ela novamente e deu um beijo doce e rápido nela, temendo que algum vizinho visse e comentasse com os pais dela. - Até amanhã. – Ela falou. - Até amanhã, gatinha. – Ele respondeu, piscando. Lily suspirou ao ver ele passar pelo portão e logo em seguida subir no skate, saindo a toda pela rua. Bateu a porta, e podia jurar que tinha visto Jay fazer uma manobra girando o skate e mostrando para todo mundo a nova grafitagem dele. Logo que entrou na casa, Lily andou e quando chegou na sala, viu que o pai estava abraçado com a sua mãe, que olhava uma conta sorrindo e quase chorando de felicidade. O primeiro pensamento da menina foi porque diabos a mãe estava feliz com uma conta de água. - Filha, temos uma notícia para você. – Ela disse, sorrindo para Lily. – Eu estou grávida! A notícia atingiu a garota como um soco. Primeiro, veio o choque de ter apanhado tão fortemente e traiçoeiramente. Segundo, veio a dor. Começou queimando por dentro do estomago dela e foi irradiando por todo o seu corpo, quando chegou nos olhos. - Você vai ter um irmãozinho! – O pai falou, tão ou mais animado que a mãe. Continuando, por terceiro veio o pensamento. Por que Deus ela teria um irmão 18 anos (porque se ele não morresse e nascesse após 9 meses, ela já teria feito 18) mais novo que ela? - Filha? – A mãe insistiu, interpretando a reação dela como alegria. Quarto, veio a repulsa. Ew, isso era nojento. Era vergonhoso. Era rídiculo. Ela tinha idade para ser tia dele. Idade para ser quase uma mãe. Várias garotas de 17 anos já tinham filhos. Mas ela não – ela teria um irmão. Olhando o pai e a mãe com profundo nojo, ela se virou e subiu as escadas. Bateu a porta do quarto e se tacou na cama, deixando as lágrimas virem e ela chorar como se ninguém a visse. De fato, ninguém a via. Os pais estavam lá embaixo, concluindo que ela fora espalhar a novidade para os amiguinhos. Deus, como eles não a conheciam. E os amigos, bem.. Está ai uma coisa que eles nunca iriam de fato saber. Pelo menos, não pela boca dela. Os outros pensamentos, bem, poderiam ser adiados para depois, certamente. Durante três horas ela se virou de um lado para outro na cama. Prometendo a si mesma que ia parar de pensar nisso, ela tentava dormir. Óbviamente, não conseguiu. Revoltada, ela se levantou e pegou o primeiro caderno que viu, intitulando a página como: Os Dez Motivos Para Odiar a Gravidez da Minha Mãe 1- É perigoso 2- Eles não dão atenção nem para mim 3- Todo mundo vai fofocar sobre isso 4- É nojento. 5- Eu vou ter um irmão 18 anos mais novo 6- Eles só olham para mim para me proibir, agora só olharão para mandar eu calar a boca do bebê 7- O que as pessoas vão pensar de MIM? 8- O que as pessoas vão pensar da minha família? 9- O que será do meu quarto de hóspedes quando ele se encher de coisas idiotas para bebês idiotas? 10- QUANDO ELE FOR PRA ESCOLA E TRAZER OS AMIGUINHOS DELE? Olhando ironicamente para a lista de coisas ela tacou o caderno no chão e voltou a deitar a cabeça no travesseiro. Cerca de 5 horas da manhã ela adormeceu, e acordou com uma batida na porta. Era seu pai, avisando que ela ia se atrasar. Dispensando o pai com uma desculpa que estava enjoada (já que o pai não tinha menor disposição para ficar ouvindo as dores de sua filha), ela voltou a tentar dormir. Não conseguiu, óbvio. Quando se aproximavam meio-dia, ela ouviu o celular tocar. Logo que atendeu, reconheceu a voz de Lilith. -- GURIA, CADE VOCÊ? - Aii, vem pra minha casa depois da escola. – Ela falou, totalmente grogue. -- Meu, você tá um caco. O que aconteceu? - Agora não Lilith. Só vem depois, ok? -- Tá bem.. E o que eu falo pro Jay, hm? - Como assim? – Lily abriu os olhos ao ouvir o nome de Jay. -- Como sempre ele deve vir aqui na saída te procurar.. - Fala para ele que eu não fui e que ele pode vir aqui em casa MAIS TARDE. Logo depois da escola não. -- Você me preocupou legal agora, guria. Tem certeza que você não ‘tá morrendo? - Sim. -- Ok, tchau. Sem nem responder, Lily desligou o celular e tacou na cama. Se levantou e olhou a cara dela no espelho – estava horrível. Prevendo que Lilith mataria as últimas aulas para vê-la, mesmo ela tendo deixado específico que era depois da aula para ela vir, Lilian desceu as escadas lentamente. Sentou na cadeira ao lado da porta e contou até 20 devagar. Assim que chegou no 20, sentiu a porta se abrir com tudo e uma Lilith totalmente arfante parar em frente a ela. - MENINA, O QUE ACONTECEU? – Ela gritou, fechando a porta. - Minha mãe, Lilith, ela tá grávida. – Lily respondeu bem baixo, fechando os olhos com força. - O quê? - PORRA, não me faz repetir. - Calma, calma. Vai dar tudo certo, vem. – Lilith falou, ajudando a menina a se levantar e empurrando ela para a cozinha. Chegando lá, ela preparou uma água com áçucar, pensativa. Ela sabia o que a menina devia estar passando. Um irmão 17 anos – provavelmente 18 – mais novo não era certamente uma notícia feliz. Era estranho, por um lado. Nojento, por outro. E, acima de tudo, se tratando dos pais de Lily (que nunca deram atenção para ela) era preocupante. Haviam somente duas possibilidades: ou eles dariam toda a atenção para o bebê, ou eles dariam o bebê para Lily cuidar. - Meu, você cagou nessa água? – Lily falou, dispertando Lilith dos pensamentos. - Ahmm.. Não. É água com açucar. - Você sabe que eu odeio. - Pelo menos você ainda manteve seu bom humor, hm? – Lilith falou ironicamente. - Hahaha, que engraçado. Minha mãe vai ter um filho. EU MAL CONSIGO PARAR DE RIR. - Lily, para com isso. Não melhora nada ficar assim. - Também não piora. - Lily, PORRA. Pensa comigo. Daqui a nove meses você já vai ter 18 anos. – Lilith disse, sentando ao lado da amiga. - Verdade. Eu posso morar sozinha, daí. - Não era isso que eu queria dizer. Mas, em parte, é isso mesmo. Você vai estar indo pra faculdade,.. - Hmm.. É. – Ela concordou, se animando um pouco. – Mas mesmo assim. - Lily, eu fiquei de almoçar com meu pai, e você sabe. Pais separados, se eu não for os dois vão me matar. Você vai ficar bem? - Vou. – A garota mentiu. – Tchau amor. - Tchau linda. – Lilith respondeu, piscando e saindo da casa. Lily pegou desanimadamente o saleiro e começou a girá-lo. Desistindo de ficar parada esperando o tempo passar, Lily se levantou e subiu as escadas. Se tacou na cama e adormeceu. Lilian ouviu uma porta se abrir e alguém sussurar delicadamente seu nome. Como se tivesse levado um novo bofete na cara, ela saltou da cama e sentou, vendo que era Jay. Num reflexo, ela estendeu os braços e abraçou a nuca dele, fazendo-o cair sentado na cama. Querendo ao mesmo tempo vê-lo e esconder seu rosto, ela enfiou sua cabeça no pescoço dele, deixando que as lágrimas voltassem a cair. - Lily, o que foi? – Ele perguntou preocupado, enquanto retribuia o abraço e apertava ela junto a ele. - Minha.. Minha mãe, ela.. - Shh, depois você me conta. Lily ficou abraçada em Jay por um bom tempo, sem deixar que ele se mechesse. O único movimento dele era de respiração, o que aos poucos foi acalmando a menina. Quando finalmente havia conseguido parar de chorar, Lily se afastou para encará-lo. - Você ainda sim fica linda chorando. – Ele falou, sorrindo para ela. Ficando vermelha e envergonhada, Lily se levantou e viu seu rosto no espelho. Estava um monstro. Sua cara estava toda vermelha e molhada, super nogenta. Sentiu Jay abraçá-la por trás e inconsientemente sorriu. Era fácil esquecer dos problemas com ele. - Minha mãe está grávida, Jay. – Ela sussurou, ainda de olhos fechados, temendo a reação dele. - Heey, isso não é assim tão ruim. – Ele respondeu sincero. - Claro que é. Ela não dá atenção nem para mim. Vai sobrar para mim cuidar do bebê. E todo mundo vai comentar. - Lily, ela não vai dar o bebê pra você cuidar. E você vai pra faculdade ano que vem, mesmo. E também, que comentem. Isso não vai mudar a forma das pessoas reais te enchergarem. - Não? – Ela sussurou. - Não. Você sempre vai ser minha menina. Voltando a sorrir, Lily tirou os braços dele com delicadesa e entrou no banheiro. Jogou água na sua cara e secou com a toalha, ciente de que não havia feito muitas diferenças. Pelo menos ela se sentia melhor. Quando saiu do banheiro, sorriu fraco para Jay, que retribuiu com um sorriso perfeito. Ele pegou a câmera fotográfica dela, que estava em cima da mesinha do computador, e empurrou ela pra dentro do banheiro de volta. - Fotos? – Ele perguntou, rindo. Lily pegou a câmera da mão dele e ficou em frente ao espelho. Ele virou ela de lado e colocou a mão dela na cintura dele, e fez o mesmo. Puxando a cintura dela para perto da dele, ele encostou a cabeça na bochecha dela e esperou a foto. Lily tirou, olhando para o espelho, e achou que ficou fofa. Jay pegou a câmera da mão dela e colocou no timer. Pois em cima da prateleira que tinha a altura perto da deles e acionou o timer. Abraçou Lily novamente, mas dessa vez virou-a de forma que aparecesse as costas dele e a cabeça dela. Tirou rápido o boné, colocou virado para trás na cabeça dela e a beijou. Lily sorriu ao ver os flashes das três fotos dispararem, e mesmo quando eles acabaram ela não soltou ele. Somente quando seu pulmão gritava por ar, Jay se separou dela e pegou a câmera. - Hmm.. – Ele começou, empurrando ela em direção a porta do quarto. - Eu fico linda de pijama, fala sério. – Lily brincou enquanto eles deciam as escadas. - Perfeita. Vamos comer? - Vamos. Lily pegou um pacote de bolacha e abriu, deixando-o na frente de Jay, que estava sentado em uma das 6 cadeiras da mesa. Ela sentou ao seu lado e passou a mão pela cintura dele, apoiando a cabeça no peito dele. Jay pegou uma bolacha e comeu, abraçando ela também. - Sabe Lily, eu tenho medo da sua beleza. – Ele disse, sério. - Não entendo. – Ela murmurou, fechando os olhos e respirando o cheiro do moletom dele. Era tão bom. - Você é bonita até chorando. Você podia sair com a cara toda melada que ainda sim todos os meninos iam olhar para você. - Mentira, mas o que isso tem? - Lily, até meus amigos olham para você sem moderação. Eles ficam olhando para você, mesmo comigo ali, e eu nem posso culpá-los. – Ele falou, mantendo a cara de sério. - Como assim? – Ela disse, inocentemente, sem realmente entender. - Ah, eu não sou bom pra explicar essas coisas. Mas Lily, você é muito bonita e poderia ter qualquer um. E eu tenho medo disso, porque eu sei que eu não sou o ideal. - Hmm, talvez eu não queira o ideal. – Ela falou, inspirando o cheiro dele novamente. – Talvez eu queira o oposto. - Eu mantenho esse desvio de conduta, sabe, pra não te perder. Mas... - Hey, eu não quero que você mude que você é. – Ela o interrompeu, abrindo os olhos e o abraçando com mais força ainda. – Eu gosto de você do jeito que você é. - Você é tão perfeita, mas tão boba. – Jay respondeu, apoiando a cabeça na dela. - E você é o que, então? - Eu sou o... - Skatista lindo. – Ela completou, sorrindo. - Pode ser. – Ele disse, dando de ombros. – Vamos sair? - Hmm, ok. Vou trocar de roupa, então. Lily subiu as escadas correndo, e Jay foi atrás. Quando chegou no quarto dela, ela já havia se trancado no banheiro. Ele se encostou no batente da porta, e nem 5 minutos depois ela saiu. Estava vestindo um curto shorts branco, uma havaiana e um moletom azul dele por cima, que ficava gigante nos braços para ela. - Posso ir assim? – Ela perguntou, levando a manga do casaco para a boca e dando uma mordidinha. - Claro. – Ele respondeu, admirando ela. Lily foi até a frente do espelho dela e fez um simples e rápido rabo com o cabelo, sorrindo para Jay. Ele não resistiu e se aproximou dela, puxando-a até a parede. Quando ela encostou na parede, ele se aproximou e colocou a mão por dentro do moletom, passando o dedo áspero dele pela pele macia da barriga dela. Ela sorriu e puxou ele, encostando os lábios dos dois. Imitando ele, ela desceu a mão para dentro da camiseta dele, acariciando a barriga dele como se estivesse respondendo ao agressivo beijo dele. Ela passou a unha pela parte direita da barriga dele e ele gemeu, se separando dela na hora. - O que foi? – Lily disse, preocupada. - Nada. – Ele respondeu, tentando relaxar a expressão de dor. - Jay. - É que... – Ele falou, enquanto levantava a camiseta. Lily olhou para a barriga dele e viu que bem onde ela tinha passado a unha havia uma cicatriz. Era deitada, comprida e fina. Estava vermelha. Devia ter doido quando ela pressionou o machucado. - Desculpa, - Ela disse, agoniada. – eu.. - Não tem problema. - Como você fez isso? - Vai fazer um ano, acho. Eu estava numa pista de skate e cai bem na barra, que tinha alguma coisa que me cortou. Eu levei 9 pontos e inflamou duas vezes, daí.. - Ai Jay. – Ela continuou, passando o dedo novamente em cima, bem de leve. - Vamos? – Ele perguntou, abaixando a camiseta. Ela concordou com a cabeça e deixou ele a guiar até a porta da casa. Quando saíram, Jay pegou a mão dela e ficou balançando, girando-a pela rua, até que eles chegaram a pracinha de skate. Ao ver Sirius e Gabriel, Lily sorriu e foi correndo ao encontro deles. Abraçou os dois e virou para Gabriel, que estava olhando para ela. - Hmm, eu ouvi dizer que você me defendeu hoje. – Ela falou. - Quando? – Ele perguntou sem entender. - Quando falaram que além de puta eu era vagabunda. Me contaram que foi assim: ‘Ai, a Lily além de puta virou vagabunda, viram?’, a menina falou. Você chegou e disse: ‘Ela tá mal. Ela não falta aula por causa de uma espinha, até porque ela não tem espinhas, diferente de você.’. A menina disse: ‘Olha, um que a Lily pegou tá defendendo ela’. E por fim, você a humilhou, falando: ‘Mesmo que ela tivesse me pegado, só provaria que pelo menos ela tem quem pegar, diferente de você, que levou 5 foras seguidos. Se encherga, sua inveja não afeta ela.’ Gabriel sorriu ao ouvir a réplica perfeita do momento da saída. - Lilith? – Ele perguntou, cumprimentando Jay que havia chego agora. - Claro. Rádio-fofoca a toda, amigo. – Ela respondeu, rindo. Vendo Jay, Lily se atirou nos braços dele e permetiu que ele começasse a distribuir beijos pelo pescoço dela, somente rindo. Quando o garoto deu uma mordida na orelha dela, ela se afastou e foi andando até a pista de skate. Jay ficou conversando com Sirius e Gabriel, somente observando-a de longe. Logo que Lily se apoiou na barra para observar os meninos andando de skate, 3 caras lindos e perfeitos chegaram e a circularam. Ela virou, sorrindo, e eles a cumprimentaram. Começaram a conversar sobre skates, e como Lily não sabia de nada, ficou somente escutando a conversa. Do nada, os meninos todos viraram o rosto para Lilian e começaram a perguntar coisas para ela. Se ela andava de skate, se ela curtia skate, se ela queria aprender.. E ela foi respondendo despreocupada. Jay, que estava acompanhando a cena de longe, deixou Sirius de lado e foi andando até Lily. Ele furou a ‘rodinha’ deles e abraçou Lily, como se quisesse esconadê-la. De começo, Lily ficou brava. Ele estava agindo como se estivesse protegendo-a de algo. Depois, Jay começou a beijá-la na bochecha, caminhando até a boca dela, e quando os lábios deles se encontraram, ela resolveu deixar para ficar brava em outra opurtunidade. Respondeu o beijo com entusiamos, acariciando a nuca Jay. Os outros meninos se afastaram, percebendo que aquela disputa havia sido perdida. James soltou Lily com uma expressão séria. - O que foi, Jay? – Ela perguntou, deixando ele a abraçar novamente e se apoiando nele. - Você não percebeu? - Não. – Lily respondeu com sinceridade. - Eles estavam disputando para ver quem ia ficar com você. - Jay, como você sabe disso? – Ela falou, confusa. - O jeito como eles olhavam para você. – Ele respondeu com a voz um tanto agressiva. – Aqui é comum os meninos fazerem disputas. Mas normalmente só um tenta. - Mas a gente estava só conversando. – Ela se defendeu. - Agora, mas depois eles iam baixar em você. Eu não quero eles perto de você. - Ciúmes? – Lily perguntou, se divertindo. - Muito. – Ele respondeu ainda fuzilando os três meninos com o olhar. Ainda abraçado em Lily, Jay voltou para perto de Sirius e de Gabriel, que somente riam. Sabendo o porque da risada deles, Lily ficou quieta. Para ela bastava – ela estava nos braços dele. Isso era o suficiente - Cofcof. – Gabriel falou, atraindo atenção de todos. Lily olhou para o lado, tentando achar o que Gabriel estava tentando apontar, e logo achou. Lilith vinha caminhando lentamente em direção a eles, e ela logo percebeu o que acontecia. Se livrou dos braços de Jay e correu em direção a Lilith, que logo que a viu sumiu com o sorrido. - O Sirius falou que você não ia vir aqui hoje. – Ela murmurou, visivelmente incomodada. - HAHAHA, eu sabia! – Lily falou, encarando a amiga. - Exatamente por isso que eu não queria te contar. Agora você vai ficar fazendo alarde. - Mas fala sério. Minha melhor amiga ficando com meu melhor amigo. Que perfeito! – Ela continuou, batendo palmas. – Vocês são perfeitos juntos. Logo que o Sirius te conheceu ele gostou. E você tinha uma quedona por ele, então agora.. - Tá vendo? Fica quieta Lily. – Lilith respondeu, rindo. Elas foram andando até os meninos, e assim que chegaram na roda Jay voltou a puxar Lily para perto dele. Ela sorriu e deixou ele afundar a cabeça em seu pescoço como sempre fazia. Enquanto isso, Sirius e Lilith discretamente foram andando até a sorveteria, deixando Gabriel de vela. - Hmm, gente, eu vou lá, ok? – Gabriel falou, meio incomodado por ter que assistir o amigo agarrando Lily. Sem nem esperar resposta ele se afastou e foi conversar com os outros amigos. Nisso, Lily empurrou um pouco Jay para poder conversar com ele. - E o acampamento, o que deu? – Ela perguntou, acompanhando-o para sentar no banco. - Hmm, a gente acabou nem indo. – Ele respondeu. - Ah.. Hey Jay, o que você vai fazer nas férias? - Ahh, nem sei ainda. - Você não viajar com a sua mãe ou com algum amigo? - Hmm, não. – Ele disse, de repente ficando tenso. - A minha mãe sempre faz reserva pra mim numa pousada, para eu ir com minhas amigas, depois do natal... Jay sorriu de lado para ela, tentando descontrair. Para ele, viajar era um assunto delicado. Ele poderia ir visitar o pai, mas não significaria deixar a mãe sozinha. E para outros lugares ele não tinha grana. - Você quer ir com a gente? Eu posso chamar o Sirius e mais uns meninos, se você quiser.. – Ela falou, colocando a mão no rosto dele com delicadesa. - Hmm.. Acho que eu aceito. - Acha? – Lily perguntou fazendo um biquinho. - É. Com uma condição. - Qual é? - Passa o Natal comigo? – Jay imitou o biquinho que ela fez. - Com uma condição. - Qual é? - Você prometer que não vai mais ter ciúmes. - Hmmm.. – Ele disse, se aproximando dela. – Impossível. Seria o mesmo que eu pedisse pra você prometer que irá andar de skate sem cair. - Ahw. – Ela respondeu, deixando que ele selasse os lábios deles. Quando Jay ia aprofundar um beijo, Lily ouviu alguém gritar na orelha dela. Se afastou, assustada, e viu que era Sirius e Gabriel. - Hey meu, vão se foder. – Jay disse, irritado. Lily se levantou, e percebeu que Jay foi atrás dela. Sem controlar o sorriso, ela correu até a caixa de som que alguém havia levado até a pracinha e ligou em uma rádio qualquer. Sorriu quando ouviu a música, deixando Jay pegar na cintura dela e dançar junto. ‘If I were a boy..’ (..) - Jay, me ensina a grafitar? – Lily pediu quando os dois já estavam chegando no apartamento dele. Já havia passado uma semana e os dois estavam mais juntos do que nunca. Sempre na saída da escola James pegava Lilian, ficava com ela até tarde da noite. Os pais achavam que ela passava o dia com Lilith. O que, de certa forma, era verdade. Ela também ainda estava com Sirius. - Claro. Só me diga quando. – Ele respondeu, brincando com a cabelo dela. - Hmm, o que nós vamos fazer mesmo? – Ela perguntou quando eles chegaram no apartamento de Jay. - Comemorar o início das férias. – Ele respondeu - Oh, claro. - Me ajuda a levar essas coisas lá para baixo? – Ele pediu, apontando para umas cervejas e vários pacotes de salgadinho. – Eu resolvi utilizar a área da churrasqueira hoje. - Você vai fazer churrasco? - Não, mas vamos usar a área. Lily concordou com a cabeça e começou a levar as coisas para baixo. Cada um fez uma ida (levando as coisas em grandes sacolas), e isso bastou para levar tudo. Jay começou a abrir os salgadinhos e colocar em potes, espalhando cada um pelas mesas. Enquanto isso, Lily colocou as cervejas dentro do isopor que tinha gelo e separou alguns copos para serem utilizados. Por fim, Jay ligou o som e pediu para Lily atender a campainha. Ela foi e recebeu todos os meninos e meninas, mesmo sem conhecer a maioria. A medida que o tempo passava, o espaço ia enchendo a as pessoas passavam a ficar na parte de fora, mais arejado com o ar do por-do-sol. - Lily? – Jay falou, se dirigindo a ela, que conversava com alguns meninos. - Jay. – Ela respondeu, sorrindo para ele. - Hmm, vem comigo? - Claro. – E se virou para os meninos. – Licença. Jay guiou ela para fora do espaço da churrasqueira e a levou até uma rodinha onde várias pessoas estavam sentadas ao redor de Sirius, que tinha um violão. Ele sentou e fez ela sentar entre as pernas dele, de forma que ela não precisasse se encostar na parede gelada. - O Sirius sabe tocar violão? – Ela exclamou, surpresa. - Heey, eu tenho uma banda, ok? – O garoto se defendeu, rindo. - Oh, desculpe. – Ela fingiu estar arrependida do comentário. - Qual vocês querem? – Ele disse. - Toca aquela que você compos, do olhar. – Jay pediu, entrelaçando seus dedos com os de Lily. - É pra já, sir. Sirius fez uma introdução com o violão e começou a cantar. Para a surpresa de Lily, ele cantava e tocava muito bem. Além disso, ela não pode deixar de sentir que havia um porque daquela música existir. O teu olhar no meu olhar estremece e faz efeito E tudo acontece se for daquele jeito Eu sou o descarado, come-quieto, ordinário, predileto que usou e abusou Politicamente, o cara incorreto, descolado esperto que te dominou E ela se cansou daquela tua vida fútil Cercada de glamour, dinheiro, luxo E eu sempre atento pra tentar me aproximar E quando a noite cai sou quem se torna seu refugio Pra que ter tudo se o que te completa sou eu Sempre o motivo certo pra arriscar se aventurar E quando tudo girou ao meu redor No momento em que eu te fiz entender que seu mundo vai ser melhor No que se render pra mim Já foi sei que não me esqueceu Que o fluxo é intenso entre você e eu Hoje eu não quero olhar pra trás Quando eu te tenho aqui meu mundo fica em paz E só de te encontrar Já me leva pro mal caminho Seguiu o instinto por impulso até se perder Se pra quebrar o gelo agora é só deixar se levar E nunca se importou já que eu não pertenço ao seu mundo Sei que o teu jeito culto nunca me convenceu E em um segundo eu provo que ao meu lado é o teu lugar Só queria que você soubesse que Tudo aquilo que aprendeu comigo não Vai ser fácil de encontrar nos livros e em outros corpos sem direção E não vai achar em nem um lugar encaixe tão complexo assim Quando a noite passar e tudo acabar, eu estarei aqui Já foi sei que não me esqueceu Daquela química entre você e eu Já não te perco nunca mais Se eu não te tenho aqui quase tudo se desfaz Só de ver você sorrir meu mundo fica em paz - Lily, vamos subir? – Jay perguntou quando todos já tinham ido embora. - A gente não precisa arrumar isso? – Ela disse, bocejando. Estava esgotada. - Amanhã talvez. – Ele respondeu, puxando ela. - Sua mãe não vai se importar de eu dormir aqui? - Relaxa. Ela sabe que eu não vou fazer nada demais. – Jay disse, puxando ela para dentro do elevador e dando uma piscadinha que arrancou de Lily um sorriso. Ele se encostou no canto do elevador e passou as mãos pela barriga dela, fazendo-a encostar nele. Ela suspirou quando sentiu o cheiro do pescoço dele invadir o ar, como se finalmente estivesse descansada. - Hmmm. – Jay murmurou de olhos fechados ao ouvir ela suspirar. O elevador chegou no andar dele e Jay puxou-a para dentro do apartamente. Como já era tarde, os dois entraram silenciosamente. Jay deu para Lily uma camisetona dele e procurou a menor bermuda que ele tinha. Ela se trocou no banheiro e quando voltou para o quarto Jay já estava de pijama. Ele vestia uma calça solta e estava sem camiseta, com o cabelo todo bagunçado. Extremamente lindo. Jay sorriu ao ver que a calça estava caindo da cintura dela por baixo da camiseta, que havia virado um vestido nela. Sorrindo de volta, ela deitou na cama dele, fechando os olhos logo. Ele deitou do lado dela, empurrando-a delicadamente para mais perto da parede, mas logo a puxou de volta, trazendo-a para os braços dele. No final, ela ficou meio em cima dele, dormindo com a cabeça apoiada no peito dele. O dia seguinte não tardou a chegar. Lily se espreguiçou na cama e viu que Jay não estava ali. Assustada, ela levantou e saiu do quarto timidamente. O que a mãe dele pensaria se visse ela assim? - Oh, vejo que você já acordou. – A mãe de Jay a surpreendeu quando ela entrou na cozinha. Instantaneamente, Lily ficou vermelha. - O Jay precisou sair, ele disse para você encontrar ele na pracinha, se não se importar. – Ela falou calmamente. – Quer tomar um café antes? - Ahh, não precisa se preocupar. Eu já vou indo. - Está bem então. – Ela respondeu, rindo baixo. Lily voltou para o quarto e colocou a roupa que havia levado, arrumando o cabelo rapidamente. Quando passou novamente pela cozinha, agradeceu a mãe de Jay por ter deixado ela dormir ali hoje e por ter dado o recado do filho para ela. Saiu do prédio e foi diretamente para a pracinha. Quando chegou lá, cumprimentou alguns dos meninos que ela já conhecia e procurou por Jay. Quando viu Gabriel, ela se aproximou dando um forte abraço nele. Ela já o considerava um grande amigo. - Hey, você viu o Jay? – Ela perguntou sorridente. - Ali. – Ele apontou para uma rodinha de meninos que estava sentada perto da árvore. Jay estava encostado na árvore e parecia estar totalmente incomodado. Ele conversava com os meninos com uma expressão diferente. Parecia estar bravo ou nervoso, como se desse um sermão nos outros, ou como se ordenasse algo. Então, Lily viu que ela não conhecia nenhum dos meninos que estava com Jay. Eles passavam um papelzinho entre si. Parou no menino ao lado de Jay. Ele aproximou do nariz e puxou o ar com força, tendo seus olhos imediatamente vermelhos e uma expressão de triunfo. Como se uma coisa tivesse caído na cabeça de Lily, ela entendeu. Eles estavam se drogando. Ela virou para Gabriel, que olhava para eles com cara de decepção. Virou as costas para a cena e saiu andando para longe dali, sentindo nojo e repulsa daquele lugar. Alguns garotos assobiaram para ela quando ela passou, mas ela não virou para olhar. No mesmo momento que Lily virou as costas, Jay pegou a droga da mão do amigo (que era um dos únicos que não estava viajado) e tacou no chão. Ele se levantou, irritado, e começou a gritar. - Meu, se toca! Isso daqui não vai resolver nada, só vai te fazer mal! Você não vai cheirar. – Jay disse, enquanto o outro se levantava exigindo uma explicação por ele ter tacado a droga no chão. - Dude, é minha vida! Vai pagar agora. – Ele respondeu, empurrando Jay contra a árvore. - Então se drogue mesmo. Já tá perdido, não vai fazer diferença. – James falou, empurrando o amigo e se afastando. Quando se afastou, Gabriel foi ao encontro de Jay, meio correndo. - Meu, a Lily achou que você tava se drogando. - Que? Onde? – Ele disse, olhando para os lados, procurando para ela. Não muito longe dali, Lily tinha a mão no bolso do casaco que havia pego emprestado de Jay e andava em direção ao ponto de ônibus. - Ô, cara, valeu. – Jay respondeu. Ele saiu correndo atrás dela, que não percebeu a aproximação dele. Quando ele passou a mão na cintura dela, Lily se esquivou e se distânciou dele, ignorando-o. - Hey, Lily.. - Agora não Jay. – Ela respondeu. - Eu não me droguei. Você sabe que eu não faço isso. - Então o que você estava fazendo lá? – Ela disse, mantendo o olhar no chão e continuando a caminhar. - Tava tentando impedir o Charles de fazer isso. Juro. - Eu não sei. - É. E eu não posso te culpar por isso. – Ele respondeu, olhando para o chão e caminhando do lado dela. – Ele implantou a dúvida na tua cabeça. - Quê? – Ela disse, se virando para ele. - O Edward. Ele disse que eu era um favelado maloqueiro drogado, e você não acreditou. Mas serviu para te plantar uma dúvida na cabeça. Olha pra mim. – Jay falou, colocando a mão no queixo dela e erguendo a cabeça dela. – Eu pareço drogado? - Não. – Ela sussurou. - Então. E você sabe que eu não faria isso. Não faria porque eu sei que ia te machucar. - É. Jay deu um sorriso torto e puxou ela para um abraço, dando um beijo no topo da cabeça dela. Ela passou os braços pela cintura dele, abraçando-o forte em resposta, como se quisesse garantir que ele estava ali. - Por que você saiu cedo hoje? – Ela disse, ainda abraçada nele. - Porque o Gabriel pediu para eu vir, tentar falar com o Charles. Ele normalmente me ouve. Mas não dessa vez. - Por que você não me trouxe? - Porque eu não queria que você tivesse que ver esse lado de alguns dos meus amigos. – Jay respondeu. - O Sirius não.. - Não. - E o Gabriel também, né? - Ele também não. Lily suspirou, relaxando novamente, e deixou que Jay a afastasse para poder olhar o rosto dela. - Você parece cansada. – Ele murmurou. - Não estou. Eu dormi bem ontem. - Quer ir para casa? - É, acho que é uma boa. – Ela respondeu. Jay deu a mão para ela, mas logo a puxou para mais perto e apertou a cintura dela. Os dois caminharam, até que Lily percebeu que eles não estavam no caminho para a casa dela. - Onde a gente está indo? - Oh, não sei se você se lembra, mas a gente tem o salão de festas inteiro para arrumar. Ela sorriu e fechou os olhos, deixando Jay guiá-la. - Com o que você sonhou ontem? – Ele perguntou. - Não lembro. – Ela respondeu. - Hmm, porque você estava com um sorriso enorme. - Oh, você ficou me observando dormir? - Claro. Você deitou e já dormiu. Eu não consigo dormir tão rápido, preguiçosa. - Nem vem, o gordo aqui é você. – Ela disse, se defendendo. - Verdade. Se não minha camiseta não teria ficado um vestido em você. - Mas eu gosto dessas suas gorduras pulantes. – Lily falou, pensativa. - Que bom. – Ele respondeu, dando mais um beijo na cabeça dela. – Assim eu não preciso morrer de fome por você. - N/A: nossa! não editei nada, o cap ta MUITO feio(?), mas era só pra deixar a Nathy feliz, depois eu arrumo!! SUAHUSH. Bjoos, eu amo vocês


Ana Luiza

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