O Chapéu Seletor



Alvo mal pisou no chão do trem e correu atrás de Rosa, que estava entrando na terceira cabine do trem. Na cabine, havia somente um garoto. A aparência dele era um jovem moreno, de onze anos, cabelos lisos, negríssimos, alto e magro.
Rosa entrou na cabine, “desfilando”, e sentou-se na frente do menino que lhe fazia companhia. Cruzou as pernas, sorriu e num tom de voz extremamente sedutor, pediu educa-damente.
— Eu posso lhe fazer companhia? — Pediu. Deu um sorriso e deixou o garoto extremamente ipenotizado, que não podia recusar o convite.
— Nem precisava perguntar! — Ele exclamou, sorrin-do. — Eu vou me apresentar. Me chamo Daniel, Daniel Bolton. E você?
Rosa deu uma piscada de olho e respondeu a pergunta rapidamente. No instante, Alvo entrou na cabine e se sentou ao lado de prima. O vendo bateu em seus cabelos e bagunçou, deixando-o irritado. Retirou seus óculos e os limpou com a blusa. Daniel fixou seus olhos no garoto percebendo quem era aquela personalidade.
— Eu me chamo Rosa, Rosa Granger Weasley, muito prazer. — Disse ela. Percebeu que os olhos castanhos de Daniel estavam fixos no seu primo, e ficou com inveja da fama do garoto.
Alvo olhou sem entender, até que enfim o garoto falou por que estava parado daquele jeito.
— Alvo Potter?
— Como você me conhece? — Pergunta Alvo, de certa forma feliz com a fama.
— Como não conheceria, você é filho de um lendário bruxo! — Exclamou ele, de forma que deixava Alvo empolgado. O garoto estava extremamente feliz ao conhecer o filho de Potter.
Alvo assustou-se, por que achava que não seria tão conhecido. Aproveitou-se da situação, mas não era um garoto ambicioso, ele só queria ter fama.
— Exatamente, eu sou Alvo Potter. — Disse Alvo. Daniel, que ainda estava perplexo, arrancou de sua mala um papel e uma pena, pegou também a tinta e as entregou para Alvo.
— Por favor, senhor Potter, um autógrafo!
Alvo começou a se irritar. O garoto não parava de olhá-lo, como se estivesse olhando para um deus grego. Não discutiu e pegou o papel, a tinta e a caneta. Escreveu em letra bem grande, ocupando todo o papel.
“Abraços e Felicidades, Alvo Potter”.
— Só avisando, eu não sou o meu pai. Como você se chama mesmo? — Ele perguntou, entregando o autógrafo ao garoto.
— Meu nome é Daniel, senhor.
— Pelo amor de Deus, não tenho respeito nem sou velho para você me chamar de senhor!
— Desculpe. — Ele disse envergonhado. — Eu posso te pedir uma coisa?
— Claro! À vontade! — Ele falou, sorrindo. Rosa estava achando aquilo uma babaquice.
— Posso ser seu amigo?
— Nem precisava pedir. Primeiro ano também? — Pergunta Alvo.
— Sim senhor, é... Desculpa, sim, acho que vamos ser colegas, mas não sei exatamente seremos da mesma casa, não é? — Ele falou, sorrindo. Seus olhos faiscavam. — Ela é alguma coisa sua? — E apontou o dedo para Rosa, que enfim falou alguma coisa.
— Prima, mas não sou sobrinha do Harry Potter de sangue, mas o conheço, já que sei que você ia perguntar isso. — Ela falou. O carrinho dos doces estava passando na porta e ela foi comprar algumas coisas. — Você tem irmãos... Como é mesmo seu nome, Daniel, não é?
— Exato. Eu tenho sim irmão, ele estuda no Quarto Ano. — Daniel falou, aceitando a oferta de um doce por Rosa. Era um sapo de chocolate.
Daniel abriu a embalagem. O sapinho saiu pela janela, e foi levado pelo vento. Daniel ficou irritado, nunca tinha sorte. Olhou qual era o bruxo que estava em seu pacote e se surpreendeu.
— NOSSA! EEU TIREI O HARRY POTTER! EU NUNCA VOU PERDER ESTA!
“Harry Potter, o lendário bruxo que praticamente salvou o mundo. Ao duelar com um bruxo muito forte Voldemort, venceu, pois a varinha que o maligno Voldemort usava obedecia a ele, a Varinha das Varinhas. Harry é conhecido como o salvador e tem três filhos: Tiago, Alvo e Lílian”.
Daniel guardou a figurinha e olhou novamente para Alvo.
— Seus irmãos estudam aqui, Alvo? — Ele perguntou, esperançoso.
— A Lily não, ela ainda tem dez anos, mas o Thiago sim, estuda no terceiro ano. — Alvo falou, abrindo seu pacotinho de sapos de chocolate. — Eu tirei o Alvo Dumbledore.
— Seu nome é Alvo por causa dele, não é? — Perguntou.
— Alvo Severo, por ele e por outra pessoa, que eu não sei muito bem quem é. — Alvo disse.
— Eu vou dormir, a viagem é longa demais para passarmos acordados, não acham? — Ela disse, deitando.
Os três começaram a dormir, e só acordaram no fim da tarde.
— É melhor irmos nos vestir, estamos chegando. — Rosa falou. Sua semelhança a Hermione era extremamente incrível.
— Certo. — Disse Alvo.
Os três se retiraram e foram se vestir.
O trem estava a dez quilômetros de Hogwarts. A ansiedade tomava conta dos alunos.
Alvo, Rosa e Daniel estavam desenvolvendo sem que-rer uma grande amizade. Conversavam sobre a vida e a família de cada um. Os pais de Daniel estudaram em Durmstrang. Eram atualmente conhecidos, mas não como os Potter. Alvo olhou para o lado. O trem finalmente parou.e os garotos do primeiro ano desceram. Eram bem uns cinqüenta. Muitos garotos mesmo.
— ME SIGAM! — Um homem estranho ali estava chamando. Tinha cabelos brancos, maior do que Harry, mas não maior do que Rony. Pele bem morena, e parecia bastante com Daniel Bolton. Alvo e Rosa o seguiram, se perdendo de Daniel.
— Cadê ele? — Perguntou Alvo, vasculhando os garotos a procura de Daniel, mas não o encontrou. Perguntava a Rosa, mas esta não estava lhe dando atenção. — Rosa! Eu estou falando com você!
Rosa virou, os cabelos castanho-escuros balançaram, e ela deu um sorriso extremamente belo.
— Que? — Ela perguntou. Seus olhos fixos nos garotos. — Ah... O Daniel... Não sei, mas não entendo você, se amigou com um garoto desconhecido que parecia simplesmen-te apaixonado por você, e por sinal, ele é bastante irritando, não fala nada que preste!
— Não fale assim, ele é um garoto bacana. — Alvo falou. Encontraram-se com a Minerva Mcgonagall, na porta da escola.
Minerva estava muito velha. Os cabelos brancos, e cheia de rugas no rosto. As vestes iguais as de antigamente pelo que Harry contou a ele, e usava ainda um chapéu ridículo. Suas mãos abertas, e a varinha nas vestes. Ela sorriu para os garotos, insinuando “boas vindas”. Era bom ver que Hogwarts estava recebendo muitos alunos para este primeiro ano, dezenove anos após a morte de Voldemort. Os dedos enrruga-díssimos, e os olhos estavam bastante fixos em Alvo, que se sentiu envergonhado. A fama o fazia passar por cada uma...
— Ao entrarem, seus nomes serão chamados e a sele-ção de alunos será feita. Vocês serão classificados entre quatro casas: Grifinória, Sonserina, Corvinal e Lufa-Lufa. Ao chamar seus nomes, dêem um passo a frente e sentem-se no banquinho que vai estar ao meu lado Eu colocarei o Chapéu Seletor em vocês, ele lerá sua mente, verá sua personalidade e lhe colocará na casa adequada ao tipo de ser de qualquer um. Fui clara, meninos? — Minerva encerrou a sua fala. Todos olhavam empolgados para ela.
Todos acenaram que sim com a cabeça.
Minerva abriu a porta e passou em meio a mesa das casas, os alunos a seguiram, e todos observavam a entrada. Minerva, com um toque mágico, fez um banquinho surgir em frente a mesa dos professores.
— Quando ouvirem seus nomes, dêem um passo a frente e se sentem. — Ela falou, pegando na mesa o Chapéu Seletor. Olhou o primeiro nome na lista de alunos do primeiro ano e disse: — Arthur Longbottom!
Sim, era filho de Neville, que casou com Ana Abbott. O garoto era semelhante ao pai, gordinho, branquinho, dentes meio tortos e os cabelos extremamente lisos e negros. O garoto estava com um rato em seu bolso, e morrendo de vergonha, deu um passo a frente e se sentou no banquinho. McGonagall colocou em sua achatada cabeça o chapéu, que começou a pensar.
— Hum... Deixe-me ver... eu conheço essa mente, a vi tem uns vinte e seis anos, Neville Longbottom é seu pai, e assim como ele, está no seu destino, você vai para a Grifinória! — O chapéu deu um grito bastante alto. Arthur sorriu e correu para a mesa da Grifinória, sendo bem recebido por Lisandra Scamander (Filha de Luna Lovegood).
Minerva olhou por cima de seus óculos. Chamou pelo nome de um Malfoy.
— Escórpio! Escórpio Malfoy!
Um menino, cabelos loiros quase brancos, deu passos para frente, e andando e botando pose ao mesmo tempo. O garoto tinha olhos negros e sombrios. Cabelos penteados de topete, e sapato bem engraxado, e de marca rica. Sentou-se seriamente no banquinho, e deu um sorriso, um sorriso falto e extremamente maligno, lembrando seu pai quando foi selecio-nado.
— Não tem o que questionar. — O Chapéu seletor disse com seriedade. — O garoto tem talento. Você vai para a Sonserina!
Escórpio foi para a mesa da Sonserina, causando inveja a todos com sua roupa novinha em folha, brilhante, e seus sapatos, bem engraxados, de marca rica e por isso, extre-mamente caros.
Minerva falou muitos nomes. Agora só restavam os três últimos nomes: Daniel Bolton, Rosa Weasley e Alvo Potter.
— O Alvo tá com vontade de se matar, eu sei. — Disse Thiago, que estava na mesa da Grifinória. Ele estava na companhia dos gêmeos, filhos de Luna e Rolf Scamander, Lisandra e Lorcan.
— Quem não fica nervoso na seleção, Thiago. — Disse Lisandra. Sorria, os cabelos eram extremamente iguais aos da mãe, Luna. — Eu ficou com os nervos a flor da pele, e você também, não minta.
— Você é mau, Thiago. — Disse Lorcan, rindo tam-bém.
— Quem deveria estar na Sonserina é você. — Disse Lisandra.
Minerva leu o nome que estava ali, escrito, o antepe-núltimo. O nome era um conhecido, uma Weasley estava se aproximando.
— Rosa Weasley!
Rosa Wesley levantou-se. Ajeitou os cabelos com as mãos, e a franja também. Olhou para todos, todos olharam para ela. Deu passos a frente, morrendo de vergonha, pois era a atração do momento. Ela, timidamente, sentou no banquinho. Cruzou as pernas, e enfim, Minerva colocou o chapéu seletor em sua cabeça. Quase tem um “troço”, um surto de nervoso. Enfim, o Chapéu Seletor começou a falar.
— Você é uma Weasley... — Disse o Chapéu, mas foi interrompido pelos Wesley do local, que gritaram.
— HEEY!
Fred, Thiago, Alvo, Molly, Roxanne, Dominique, Louis e Victoire exclamaram isso, arrancando risada de todos.
— Mas não tem inteligência nem sinal de Weasley, enfim, você é mais uma Granger, e mesmo Granger ou Weasley seu destino é a Grifiníria, garota! — Exclamou o chapéu, deixando ela muito mais aliviada e feliz.
Agora só restavam dois: Daniel e Alvo, e todos esta-vam ansiosos por Alvo, que preferia nunca estar ali. Seu maior medo era ir para a Sonserina.
— Agora, eu deixarei a surpresa para última opção. — Minerva disse, rindo, e todos vaiaram. — Gente, calma! Eu sei que vocês querem a seleção do Potter, mas eu vou... Eu não, o Chapéu, então, por favor, Daniel Bolton, se encaminhe até o banco, por favor, sente-se e fique calmo, pois desde o começo, eu vi que você estava mais nervoso do que os outros.
O garoto moreno deu uns passos e se sentou no ban-quinho. Era semelhante a seu irmão, sentado na mesa da Lufa-Lufa, e olhava seriamente para ele. Mas Daniel queria mesmo era ir para a Grifinória, por que dentro dele, sabia que Alvo iria para a Grifinória. Mas ele não tinha exatamente muita certeza, mas tinha uma esperança forte.
Daniel não era tão popular. Seu irmão usava um rabo de cavalo nos cabelos negros. Riu, e arrancou um sorriso de Daniel também.
Minerva pegou o chapéu e colocou na cabeça dele. O Chapéu pensou, mas não demorou muito para responder.
— Nossa, que garoto que se influencia fácil... Seu coração é guerreiro e não desiste de seus sonhos. GRIFINÓRIA!

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