To Myself I Turned



*** Capítulo 5 – To Myself I Turned

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Para contar esse pedaço da história, precisamos voltar...

Ao tempo ainda oprimido pelos abalos da guerra, voltar ao tempo que os mais bravos preferem esquecer, que os mais afetados não conseguem esquecer...

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QUATRO ANOS APÓS A QUEDA DE VOLDEMORT.

Castelo de Hogwarts.

Uma mulher vestida com uma grossa manta andava até a borda da floresta proibida. Por ela esperava um centauro, esse continha em seus braços um bebê.

A mulher retirou o capuz revelando ser Minerva McGonagall, ela estendeu os braços e o centauro lhe entregou a criança.

- Cuide dela, por favor. – Disse o centauro com feições tristes, fazendo uma reverência e voltando para a floresta.

- Sim, eu cuidarei. – McGonagall pôde ver que havia outros centauros ao longo da orla, eles sumiram assim que o primeiro adentrou completamente a mata fechada.

A senhora ficou por um tempo olhando para a criança em seus braços.

Era linda, diferente de tudo o que aquela senhora já havia visto em sua vida, ela tinha os cabelos muito claros, brilhavam como a luz da lua. Que as banhava naquele momento.

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“...Eu nasci em um outro mundo
estritamente conectado a um pedaço de minha mente
nada mais que uma pequena terra
é um pequeno berço onde eu sou uma criança
Lá eu sou a princesa,
nada errado no meu mundo fantástico...”

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CINCO ANOS DEPOIS.

Os alunos de Hogwarts estavam de férias, mais um ano letivo havia se passado, McGonagall estava feliz com aquilo, os tempos de paz finalmente haviam chegado. E não era a falsa sensação de paz que ela tinha na época em que aquele-que-não-deve-ser-nomeado estava agindo na obscuridade, essa sim, era a paz verdadeira. Isso a alegrava, mesmo que a nostalgia dos tempos em que Alvo estava vivo a deixassem um pouco entristecida, ainda assim, ela sabia que ele estava sorrindo. Aonde quer que ele estivesse.

McGonagall iniciou uma caminhada pelos corredores vazios de Hogwarts, mesmo que todos fossem para suas casas naqueles períodos, ela ainda permanecia ali, aquela era a sua casa.

Risadas foram ouvidas pelos corredores. Ela resolveu segui-las.

As risadas a levaram para a torre de astronomia, lhe dando uma vaga idéia de quem seria.

Quando a diretora chegou, viu uma garotinha se balançando enquanto mexia nas lunetas, rindo alegremente, Hagrid estava com ela.

- Sophie, Hagrid. – Chamou calmamente.

- Oie! – A pequena desviou a atenção das estrelas para olhar a senhora parada na porta.

- Minha querida, você sabe que não pode brincar com as lunetas! E quanto a você Hagrid, você deveria estar garantindo que ela não o fizesse! – Falou, mas não estava brigando, na verdade a menina sempre a divertia.

- Ah, eu gosto daqui... – A garota falou de forma vaga.

- Eu sei querida, mas agora nós vamos voltar, tudo bem? E quanto a você Hagrid, vá verificar a floresta proibida, as criaturas pareciam agitadas.

- Claro Minerva. Tchau Sophie! – O meio-gigante sorriu para a menina e saiu.

Minerva estendeu a mão para a pequena e ambas foram até a cozinha, onde os elfos fizeram algumas guloseimas para a garota.

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SEIS ANOS DEPOIS.

- Sophie querida, vá andando até o corredor principal, me espere lá, eu já vou. – McGonagall fez com que a menina iniciasse sua caminhada e se virou para ir em direção a sua sala.

Ela havia deixado o pergaminho com a relação dos novos alunos em sua sala, estava indo buscá-lo.

Quando McGonagall estava saindo, se deparou com uma inusitada cena, via Estelar Lupin e Sarah Malfoy conversando alegremente, “Se os professores Lupin e Malfoy vissem isso...” – Concluiu não conseguindo evitar o pensamento, muito menos o sorriso que veio a seguir, mas que logo se desfez ao ver Draco Malfoy falando com as duas. Ela não o vira se aproximar, de qualquer forma achou melhor interferir.

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McGonagall estava demorando, mas ela não ligava, Sophie gostava de ficar sozinha por aqueles corredores... A garota andava de um lado para o outro, olhando cada detalhe, de cada cantinho das paredes ao seu redor.

- Sophie...

Era McGonagall, ela estava com mais duas meninas. Só de olhar para elas, Sophie tinha vontade de rir.

Ela era assim, só de olhar para as pessoas, sabia bastante sobre elas, e o que ela sabia sobre aquelas duas, dava vontade de rir.

Quando elas entram na sala onde os outros alunos estavam, as duas foram para cantos diferentes, Sophie sorriu novamente, mas parou para observar os presentes na sala. Seu olhar parou sobre uma menina morena, com longos cabelos castanhos que parada, ficava balançado de um lado para o outro, assim como ela. De alguma forma ela sabia que deveria falar com ela.

- Olá. – Sophie sorriu.

- Oie! – respondeu a menina com o mesmo sorriso.

- Eu sou Sophie Malfatini e você?

- Kayla! Kayla Drumonnd. – A menina sorriu simpática.

- Então Kayla, para que casa você quer ir?

- Ah nem... Não sei direito, meus pais não são bruxos... – Respondeu em um muxoxo.

- Vai para a Corvinal então! – Sophie sorriu empolgada.

- Corvinal? Hum... Mas não é a gente que escolhe... São eles... – Kayla olhou interessada para a menina a sua frente.

- Não... O chapéu é legal! Se você pedir para ele, você vai para a corvinal. – Sophie falou calmamente, dando um leve tapinha no ombro da outra.

- Mas a Corvinal é legal?

- Claro que é! – Sophie arreganhou mais o sorriso.

- Ta bom então, nem! Vou para a corvinal! Que emocionante!

Sophie não sabia o porquê, mas algo a mandou convencer aquela menina a ir para a corvinal, a mesma para qual ela pretendia ir.

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“...Tenho minha própria liberdade dentro de mim
nada a perder, eu quero viver aqui
Como você vê, eu sou a única sobrevivente nesta terra...”

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SEGUNDO ANO

Sophie estava sentada na beira do lago, olhando as estrelas. Ela gostava daquela companhia, sempre a fazia sentir-se em casa olhando as estrelas, se sentia aquecida com a luz da lua.

- Sophie querida, acho melhor você voltar. – Hagrid falou chegando perto da menina, que continuou olhando para o nada.

- Tudo bem. – Disse se levantando lentamente, voltando para o castelo de Hogwarts, sendo observada pelo professor de trato das criaturas mágicas.

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“...Quando que eu ouvi este vento antes
mudar desta forma para um rugido profundo?”

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TERCEIRO ANO

- Olá, a professora pediu que eu me sentasse aqui. – Disse Sophie, olhando o menino a sua frente.

- Tudo bem. – Respondeu ele, olhando desconfiado.

O garoto à frente de Sophie também era da casa da corvinal. Peter Dragon, sério, não falava muito e mantinha sempre o nariz em pé, observando aos outros de cima.

- Eu sou Sophie Malfatini e você é? – A menina sorria abertamente como de costume.

- Peter Dragon. – Falou olhando-a com certa indiferença, como fazia com todos.

- Prazer em te conhecer Peter. – Ela sorriu, mas ele não respondeu.

Sophie sempre fora uma pessoa estranha aos olhos de muitos, sempre olhando o nada, andando por aqui, por ali, reparando em coisas que ninguém mais reparava, falando o que ninguém falava...

Agia como se conhecesse todos, mesmo que esses não a conhecessem.

Porém Peter já era o oposto, era altivo, todos o olhavam com certa desconfiança, mas ainda assim, havia respeito pela presença dele. Ele parecia muito mais sonserino do que corvinal, porém, de alguma forma, os dois acabaram se tornando amigos. Eram sempre vistos juntos, com livros e pergaminhos perambulando por Hogwarts.

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QUARTO ANO.

- Então Sophie, eu falei com ele e está tudo certo, você... – Peter parou de falar quando viu Kayla se aproximando.

- Oie nem! – Disse alegremente a garota sentando no meio de Sophie e Peter, que tiveram de se afastar um pouco para que ela coubesse.

- Oi! – sorriu Sophie.

- Então... Qual é a fofoca? – Kayla sorria para Sophie.

- Bom, Sophie, eu já vou indo, mas você sabe onde me achar quando decidir. – Peter saiu sem olhar para Kayla, que lhe dava uma ousada piscadela.

- Ele tava falando do que? – Kayla ainda olhava interessada para as costas do garoto.

- Ah, nada de mais... Só um amigo que ele vai me apresentar... – Sophie falou como se não fosse importante.

- Hum.. Aê Sophie! Posando de santinha, mas ta arrasando corações! – A morena sorria abertamente para a outra, cutucando levemente a amiga com o cotovelo.

- Não... Não é isso...

- Que nada nem! Larga de ser boba! E você podia me apresentar esse seu amigo... Ele até que é bonitinho...

- Ah Kayla, você não toma jeito! – Sophie achou melhor não contradizer a outra, Kayla só pensava nisso...

Sua amizade com Kayla era algo quase que infantil, elas compartilhavam o dormitório da corvinal e de todas as meninas de lá, Kayla era a que mais falava com Sophie, havia uma cumplicidade entre elas, mesmo que Kayla sumisse em determinadas horas e Sophie ficasse muito ultimamente com Peter, sempre que elas se encontravam era como se não houvessem se separado.

Seria uma pena se algo mudasse. Era o que Sophie pensava sempre em momentos como aquele, em que as duas sentavam e conversavam como duas meninas normais... Como tinha que ser.

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ALGUNS MESES DEPOIS.

- Então, você já está com a lista?

- Sim, está aqui. Vamos começar. – Peter olhou para a menina que estava parada a sua frente.

- Quem são?

- Têm vários nomes... Sophie, acho melhor deixar que eu me encarregue disso.

- Ah, como você quiser...

- E lembre-se de que ele quer vê-la na próxima visita a Hogsmeade.

- Ta, eu já sei. – Respondeu se retirando. Deixando Peter sozinho.

Ele andou por um tempo, falando com vários alunos, até que se deparou com Sarah Malfoy.

Os alunos que passaram por aquele corredor podiam ver uma discussão ferrenha entre o corvinal e a sonserina, mas ambos eram contidos, então não se podia ver mais do que gestos agressivos. Aquela discussão foi alvo de especulação por um tempo, ambos eram exemplo de pessoas contidas e reservadas, apesar de Sarah ser constantemente flagrada brigando com uma certa grifinória, esse era um fato isolado, pois mais ninguém a descontrolava. Peter nunca havia trocado mais do que duas palavras com ela, e quando resolveu fazê-lo acabou em briga. Porém o fato que veio a seguir foi de fato o que mais chamou a atenção, Peter e Sophie que antes andavam juntos, haviam aumentado consideravelmente o círculo de amigos, no principio eram dois ou três, agora eles eram vistos em grupos consideravelmente grandes.

Eles sempre mantinham a conversa baixa, quase sussurrante.

- Maldito Peter... – Sarah praguejou olhando o grupo que se formara ao redor do garoto em questão. Eles estavam em uma mesa afastada da biblioteca, enquanto a sonserina estava de pé encostada em uma das prateleiras.

- O que foi Malfoy?

Sarah não se deu o trabalho de virar para saber quem era.

- Não enche Lupin. Não estou com vontade de brigar hoje.

Estelar desviou o olhar da sonserina para observar o que ela olhava tão fixamente, quando constatou Peter e seu grupo de amigos, sorriu.

- O que rolou entre você e o Peter Dragon? Sarah Malfoy, você não é tão santa quanto pinta ser... – Estelar sorriu.

- Cale-se. – Sarah não estava com paciência.

- Então qual é a da fixação no Dragon?

- Não é da sua conta Lupin. E não adianta nada você vir para a biblioteca fingir que estuda, ninguém acredita mais... – Sarah se virou pegou um livro e começou a andar, mas parou. – Esquece o Peter. Ele fede Lupin, e não é no sentido literal, mas é pra valer. – Sarah continuou a andar sem olhar para trás.

Estelar não entendeu o que a sonserina queria dizer com aquilo, na verdade parecia algo sério, mas era difícil de acreditar que alguém como Peter estivesse aprontando. E se estivesse, o que seria? “Nada muito preocupante” – Pensou Estelar.

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N/A(Bárbara): Levando em consideração os outros caps da fic, esse é o menorzinho... Vou explicar que é porque os personagens que estão aqui, são muito misteriosos e por isso é preferível não comentar muito sobre eles... (essa foi à desculpa bonitinha... ) Mas alegrem-se! No cap seguinte a fic realmente começa! Eu já não estava mais agüentando esperar...

N/A(Ariene): Sim, sim... Vocês vão ficar com a “pulguinha atrás da orelha” com esse capitulo! Alguns dos mistérios já começaram a surgir e vocês vão ter que colocar a cabeça para funcionar...

N/A (Ariene)²: Completo dizendo que a minha sanidade mental, depende de não saber como a Sophie veio ao mundo... Para os mais espertos, é isso aí mesmo que estão pensando! Bizarro não!?

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To Myself I Turned – Lacuna Coil

Eu nasci em um outro mundo
estritamente conectado a um pedaço de minha mente
nada mais que uma pequena terra
é um pequeno berço onde eu sou uma criança
Lá eu sou a princesa,
nada errado no meu mundo fantástico
Eu sou o rei, a nação
nenhum ditador ou religiões
nenhuma lei pra me proibir
Tenho minha própria liberdade dentro de mim
nada a perder, eu quero viver aqui
Como você vê, eu sou a única sobrevivente nesta terra
Quando que eu ouvi este vento antes
mudar desta forma para um rugido profundo?
Estou começando a sangrar de outra maneira
Só preciso de algum tempo pra me completar
Os faróis estão aqui novamente
Não posso ver nada, estou cega
esta natureza neste tempo e espaço
me deixa com ânsia desta situação
Eu não poderia saber se eu...
Se eu serei forte o suficiente para isso
Eu tenho de escolher, eu quero mesmo viver aqui?

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