MINHA Ruiva.



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Era a ultima noite em Hogwarts antes das férias de natal e estávamos jogando verdade ou desafio, exatamente como na primeira noite em que a Lily e as amigas dela sentaram com a gente. O Sirius estava apertando a esfera mágica maldita. Esta noite tivemos momentos muito humilhantes. O Remo foi obrigado a falar o nome de todas as ficantes que ele já teve na vida. Pelo menos as que ele lembrou, eu me lembrei de uma ou duas que ele me contou, mas esqueceu na hora do jogo. A Mya ficou muito brava.

Houve também uma hora em que a pergunta coletiva obrigou cada um a confessar seu "ponto fraco". O Sirius prometeu a Chelsea que ainda ia usar isso contra ela. Por que o ponto fraco dela eram beijos na orelha. Esse jogo estava ficando muito sórdido. E eu me senti ligeiramente culpado por guardar na memória que o ponto fraco da Lily era no pescoço.

Eu fiquei decididamente resignado quando na superfície da esfera do jogo se leu: Tiago Joshua Potter. Ah, merda.

- Verdade ou desafio, Tiago? - o Sirius sorriu pra mim

- Desafio. - eu bufei - Não vou repetir o nome de todas as meninas que eu fiquei.

- Todas as vinte? - o Sirius puxou o cartão de desafio sorrindo diabolicamente. Então ele leu: - Primeiro confesse: Qual dos jogadores te atrai mais fisicamente, independente de ser homem ou mulher?

Não precisei pensar muito pra responder essa.

- Lily. Me desculpem, meninas, mas ela é mais bonita que vocês.

- Você vai ficar cheio de espinhas! - a Lily rosnou pra mim. Ela achava que eu estava mentindo.

- Segundo! - o Sirius não me deu o direito de resposta e voltou a ler o cartão de desafio - "Os jovens de hoje em dia estão ficando cada vez mais ousados nos carinhos que trocam..." Caramba! Isso aqui tá quente hoje, né? Bom, continuando: "... E criaram um jeito de deixar uma marca. Os vulgarmente conhecido como 'chupões'. Agora você vai dar e receber um chupão da pessoa que você escolheu anteriormente." Carambaaaa!

- Você só pode estar brincando! - gritei

Ah, certo. Como se eu fosse chegar no pescoço da Lily e simplesmente dar um chupão. Até parece!

- Nem pensar que eu vou entregar a virgindade do meu pescoço! - a Lílian falou.

- Virgindade do pescoço, Lily?

- É! - ela gritou - Quando você beija a primeira vez dizem que está perdendo o BV. Boca Virgem. Eu sou PV. Nunca levei um chupão na minha vida! O que a minha mãe não vai fazer comigo se eu chegar em casa amanhã com uma marca no pescoço?

- É isso ou as espinhas, Li. - o Sirius sorriu com sinistra satisfação

Ela olhou pros lados como se buscasse alguma solução. Eu estava começando a me sentir culpado. Ela bufou por um instante e veio sentar do meu lado. Mas eu não podia mentir, podia? Se eu dissesse que achava outra pessoa mais bonita que ela não seria mentira: Seria uma blasfêmia!

- Você e seu mau gosto! - ela bufou pra mim - Por que você não é normal? O que diabos você vê em mim de bonito??

Eu não poderia afirmar com certeza, mas eu poderia jurar que ouvi um quê de lisonja na voz brava dela. Eu não pude deixar de rir vendo o semblante ameaçador dela. Estávamos numa poltrona que ficava de costas pro resto do salão comunal. Pelo menos ninguém ia ver. Ou ninguém que não soubesse que não era um chupão de verdade. Eu rezei pra que ninguém tivesse notado o nervosismo no meu riso. Amaldiçoei o Sirius e seu jogo idiota.

- Desculpe por isso, Lily. - eu murmurei pra ela enquanto me curvava pro pescoço dela. Eu senti a pele dela esquentar. Ela estava corando. Não me surpreendi quando vi o rosto dela completamente vermelho.

- Você vai pagar por isso, Potter! - ela rosnou, corando mais ainda

- Ha! - eu ri - Não tem como, Lily! Você é inexperiente e inocente demais pra conseguir fazer algum estrago em mim.

- Ah, é mesmo? - ela me olhou sem acreditar. Nesse momento tínhamos esquecido por completo dos nossos amigos - É o que veremos.

A princípio, achei que ela só estava me provocando. Mas ela não estava. No momento em que os lábios dela tocaram meu pescoço, choques elétricos percorrerram todo o meu corpo. É, ela conseguiu, sim, fazer muito estrago. Droga! O que essa garota tem?

- Caramba! - eu gemi, mordendo o lábio - Droga, Lily! Você é a criatura mais perigosa que existe! Já pode parar agora! Você não quer ocasionar um desastre, não é?

- Eu vou fingir que não entendi isso! - ela falou pra mim - Mya, como está meu pescoço?

- Pra falar a verdade, verdadeira? - A Mya sorriu - Bom, ele fez uma bela marca aí. Roxo-vivo. Mas eu posso dizer que você se vingou a altura. Tiago, isso aí não tá roxo, tá preto!

- Minha mãe vai me matar se vir isso! - eu brinquei. Mas mesmo ouvindo eles rirem, eu sabia que se a minha mãe visse aquilo no meu pescoço, ela me esfolaria vivo.

A Lily continuou sentada ao meu lado. Logo a Mya adormeceu ali mesmo onde estava sentada. O Pedro estava desaparecido. Depois de um tempo jogando conversa fora, só restamos eu e a Chelsea acordados. Uma das minhas mãos segurava a mão da Lily. A outra estava no ombro dela, mantendo ela junto de mim. Eu senti o sono chegar a mim, lentamente. Os suspiros da Chelsea chegaram aos meus ouvidos. Minhas palpebras estavam fechando. E eu dormi. Ouvi alguns murmúrios, segundos depois. Ou será que já era de manhã?

- Olha que lindo... De mãozinhas dadas. Afinal, por que eles não namoram de uma vez?

- Por que eles ainda não se beijaram... Só o que falta é isso. E... Sirius! Você não vai acordá-los, vai? Sirius!

Senti alguém subir no sofá, perto de mim. Eu não tinha força pra abrir os olhos e não entendia o que as vozes queriam dizer. A próxima coisa que eu ouvi foi um grito muito alto.

- ACOOOOOOOOOOOOORDEM, POMBINHOS! - A voz do Sirius me ensurdeceu - VÃO PERDER O EXPRESSO DE HOGWARTS!

A Lily gritou e caiu no chão. Eu pulei de pé como se tivesse levado um choque. Eu estava dormindo muito feliz! Até por que ao meu lado dormia a garota mais linda do mundo. DROGA, Sirius! Ah, mas ele vai pagar por isso! Ah, isso vai...

**

Fui acordado pelo Sirius outra vez. O desgraçado deu pra roncar nas ultimas semanas. Eu levantei da cama. O Sirius roncava alto na cama dele, esparramado. A cama do Remo estava previsívelmente vazia. Ele ultimamente dava pra ir "ver o sol nascer" com a Mya... Então agora chamam o que eles estavam fazendo de "ver o sol nascer"? Eu fingia acreditar, enquanto o Sirius acreditava plenamente. E olha que o Sirius era muito maldoso. Eu não estava mesmo a fim de saber nada desse lado da vida do Remo. Ele e a Mya se amam muito, e eu respeito isso. Não é da minha conta.

A Mya ficou muito feliz quando descobriu qual era a surpresa da nova casa dela. Ela era minha mais nova vizinha. A Chelsea constantemente vinha visitar a Mya(Lê-se "ver o Sirius") e algumas vezes ficava pra dormir. Esses eram os dias em que eu tinha a certeza de encontrar o Remo na cama, de manhã. Mas as férias estavam um lixo. Eu precisava da minha ruiva.

Agora eu pensava na ruiva como minha, só minha. Apesar de nunca tê-la beijado. Isso me irritava profundamente. Eu já tentei beijá-la. E fui interrompido repetidas vezes. Pelo Remo e a Mya no salão comunal da grifinória, pela Chelsea e também pela propria Lílian que espirrou. Eu sei que o Sirius vai contar essa história até pros meus netos. Eu tive uma visão súbita de crianças de olhos verdes. Me olhei no espelho chocado. Eu estava mesmo louco por aquela garota, mas isso também era exagero!

Quando terminei de tomar banho, levou mais de dez minutos pra achar uma roupa no armário que eu dividia com o Sirius. Eu comecei a pensar no Pedro. Ele não veio passar as férias aqui, como o Remo. Ele esteve estranho por todo esse ano. Falou que não poderia passar as férias aqui por que a mãe dele tinha colocado ele de castigo. Não sei por que não acreditei nessa história. Mas talvez ele não quisesse ficar perto do Sirius. O Pedro alimentava uma paixão platônica pela Chelsea desde que a garota entrou na escola. Mas ele tinha estado estranho desde o começo do ano, antes do Sirius e a Chelsea ficarem...

Guardei o pensamento pra análise posterior, voltando a pensar na minha ruiva. Fazia uma semana desde que eu voltei pra casa pra passar as férias. Parece que passou mais de um ano desde que eu dei um beijo na testa da Lily, na estação de King's Cross. Eu vi a mãe e a irmã dela, esperando por ela a alguns metros, me encararem com avidez quando relutei em me despedir dela. Eu me vesti, os pensamentos totalmente concentrado nos olhos verdes que eu tanto amava e nos lábios perfeitos: meu sonho de consumo. Que coisa mais patética.

Eu queria tanto beijá-la. Mas por que sempre dava errado? Será que era a Lily que não queria? Era por isso que eu não me declarava pra ela e acabava com essa abstinencia de vez. Eu achava que ela ia gritar de novo que preferia sair com a lula gigante e deixar de falar comigo. Entrei na cozinha, distraído. Eu sempre achei a Lílian linda. Mas depois que eu conheci ela melhor, fiquei completamente louco por ela. Quer dizer, eu não conheço nenhuma outra garota com tão bom gosto musical ou tão meiga ou tão doce quanto...

- Tiago, vá por o lixo pra fora.

- O que? - eu ergui os olhos, só notando minha mãe agora

- Vá colocar o lixo pra fora! - ela repetiu severamente -O Sirius já acordou?

- Claro que não acordou, foram os roncos dele que me acordaram. E por que preciso colocar o lixo pra fora? Por que a senhora não simplesmente usa um feitiço de desaparição?

- Seu pai não deixa! - ela gemeu exasperada - Ele acha que os nossos vizinhos trouxas vão reparar se nunca tivermos lixo na nossa lixeira.

- Quando eu me casar - eu bufei pegando as duas sacas de lixo pesadas - Vou morar numa vila totalmente bruxa! E vou poder fazer o que quiser com o meu lixo.

Ouvi minha mãe rir enquanto eu saía pro frio cortante que fazia do lado de fora da minha casa. Eu só estava usando uma jeans velha e um molenton canguru puído. Era provável que eu congelasse ao percorrer a distancia entre a porta e a lata de lixo. Suspirei. Quando eu havia acabado de colocar a segunda saca de lixo, uma voz feminina me chamou. Ergui os olhos e dei com ela vindo na minha direção, usando só um mini-short absurdo por causa da neve e uma camiseta muito colada. Os cabelos dela - ruivos e brilhantes - esvoaçavam com o ar gélido.

- Oi, Cristina. - eu cumprimentei, já arquitetando um plano pra fugir.

- Você sumiu... - ela falou feliz - Estava com saudade de você!

Sempre que eu fazia menção de encerrar a conversa, ela me interrompia e começava outro assunto. A Cristina era a vizinha trouxa mais irritante que eu tinha. Incrivelmente oferecida. Ela não se mete com o Remo. Ela não mexe com caras que tem namorada, pra que não haja barraco e a avó dela não soubesse que ela era a maior p... Bom, o fato é que a Cristina teve uma desagradável surpresa quando surpreendeu o Sirius e a Chelsea se beijando vorazmente na porta da minha casa. Parou de falar com o Sirius também. Sobrou o coitado de mim.

Não que a Cristina não fosse bonita. Era só que seria estranho ficar com a pessoa sabendo que aqueles lábios haviam sido partilhados com todos os outros caras da rua. E também... Bom, até o ruivo da Lily era mais bonito que o ruivo da Cristina. Implorei a Merlin que me mandasse uma ajuda. Algo pra sair depressa dali. Então duas mãos taparam meus olhos.

Um perfume delicioso de lírios penetrou pelas minhas narinas e inebriou meu cérebro. Merlin, obrigado! Ele mandou uma ajuda e uma felicidade pra mim. Meus batimentos cardíacos aceleraram eu sussurrei:

- Lily?

Eu me virei tão rápido que as mãos da Lily simplesmente ficaram na minha nuca. Era ela. Reparei em cada detalhe da aparencia dela, sentindo que nunca a observara com a devida atenção. Ela estava usando uma blusa branca por baixo de uma jaqueta. Também estava usando shorts jeans longos e sapatilhas vermelhas. Ela estava linda com os cabelos soltos. Fui dominado por um impulso de beijá-la. Então eu notei que a espressão dela era carrancuda.

- Mas que droga! Eu ia falar no seu ouvido, como soube que era eu antes de eu abrir a boca?

- Fácil. - eu sorri - Senti seu perfume.

- Eu não passei tanto perfume assim. - ela bufou - Você agora é um vampiro?

- Continua lendo livros de trouxas, Lily?

- Não posso renegar minhas origens.

Ela fez menção de tirar as mãos da minha nuca, mas antes que ela o fizesse eu pousei as minhas mãos na cintura dela. Ela não ofereceu resistência, tornando a pousar as mãos no meu pescoço. Não havia posição mais fácil de beijá-la.

- Hmm... - eu a olhei, indagador - Desculpe a indelicadeza, Li... Mas o que diabos você faz aqui?

- A Mya me obrigou a vir. Ela queria que eu tomasse o café da manhã com ela. O que você faz aqui?

- Eu moro aqui. - eu respondi - Era essa a surpresa da casa da Mya: Os vizinhos dela! Eu e o Sirius. O Remo até veio passar as férias aqui. E se eu fosse você, não iria lá agora. A Mya e o Remo devem ter saído.

- Mas ainda são sete e meia da manhã. - ele ergueu as sombracelhas.

- Eles têm o hábito de, pelo menos uma vez por semana, ir ver o sol nascer.

- Ver o sol nascer? - ela repetiu - Agora tem um nome novo o que eles devem estar fazendo?

Eu ri ao ver ela usar a mesma expressão que eu usei esta manhã.

- O Remo já até se apresentou pros pais dela e tudo. O pai dela quis pegar a casa da Mya de volta quando soube que ela estava namorando. - eu ri - Mas eu acho que ele teria realmente pego de volta se soubesse que o namorado dela está passando as férias na casa do vizinho dela. - A Lily riu e o som era todo perfeito. - O Sirius quis falar com o Sr. e a Sra. Daniels, também. Mas por algum motivo obscuro a Chelsea acha que os pais dela não vão aceitar o relacionamento dela com o Sirius.

- Por que não?

- É um... hmmm... Relacionamento independente. A Chelsea pode ficar com quem ela quiser, desde que peça permissão ao Sirius pra traí-lo e vice-versa.

Ela riu outra vez. Não senti mais frio. Não senti mais a fome que normalmente eu sentia de manhã. Eu estava hiperconsciente dela nos meus braços. Minha ruiva. Linda como mais ninguém no mundo jamais seria. Talvez eu pudesse beijá-la agora. Não havia nada que me impedisse disso. Então um brilho no pescoço dela chamou a minha atenção. Ela estava usando o colar que eu mandei pra ela no ursinho. Isso era uma prova de que ela gostava de mim.

Eu achei que um ursinho de pelúcia branco era um presente que uma garota romantica como a Lily gostaria. Eu hesitei em mandar o colar. Ele me entregaria e talvez ela devolvesse o presente apenas dizendo que não queria nada comigo. Eu fui corajoso o suficiente pra escrever a minha música preferida pra ela. Uma música que descrevia quase tudo o que eu sentia por ela. Quase, por que era impossivel traduzir em palavras.

O Sirius riu muito do jeito que eu resolvi entregar o presente. Eu falei a uma garotinha do primeiro ano pra entregar ao Sirius e pedir a ele que entregasse a Lily. O Sirius sempre mentiu muito mal, e a Lily notaria na hora. Mas eu fiz questão de o que ele dissesse fosse verdade. Ou uma meia verdade, por assim dizer. Antes que eu pudesse falar alguma coisa, eu e ela estávamos nos encarando com instensidade. As íris verdes eram perfeitas demais pra que eu me desviasse delas.

- TIAGO!

Esqueci da Cristina. Droga.

- Hmm... Então, Cristina... A gente se fala mais tarde, tá? Lily, por que você não entra? Minha mãe vai ficar encantada de fazer o seu café amanhã.

Dizendo isso, eu peguei a mão da Lily e a puxei pra dentro da minha casa, entrando pela porta da frente ao invés de pela porta da cozinha. Talvez agora ela tivesse a vingança que ela queria, por causa do ultimo dia em Hogwarts. Eu sorri pela perspectiva. Também seria uma vingança minha, uma vez que o Sirius me acordava o tempo todo roncando. Eu observei a reação da Lily com relação à minha casa.

- Bonita casa. - ela sorriu pra mim e eu perdi o fôlego

- Ei, Lil... Quer se vingar do Sirius por ter te acordado lá em Hogwarts? Ele ainda tá dormindo!

Um sorriso maldoso se espalhou pelo rosto dela enquanto ela assentia. Eu sorri de volta e a guiei escada a cima, rumo a meu quarto. O Sirius parara de roncar - é claro! Eu já acordei! -, Mas permanecia deitado na mesma posição que esta manhã. Lily se encarrapitou ao lado dele na cama e aproximou-se do ouvido dele. Quando ela sussurou foi numa voz tão sexy e tão suave que eu senti uma pontada aguda de inveja do Sirius:

- Sirius... Sirius, acorda, lindinho.- ela sussurrou no ouvido dele e em seguida falou comigo no tom normal. - Ele não quer acordar... Tudo bem então. - Ela se aproximou novamente do ouvido dele. Eu esperei pela voz sexy e macia, mas ao invés disso ela berrou a plenos pulmões: ACORDA, CEBEÇUDO! JÁ É DE MANHÃÃÃÃ!

Não pude não explodir em risos quando o Sirius caiu no chão com força, com um grito surpreso. A Lily também riu e a fala do Sirius se tornou obscena demais para que eu repetisse. A Lily rolava pela cama do Sirius, rindo descontroladamente, assim como eu, que dava murros no chão. Nosso riso histérico abafava as blasfêmias e imprecações do Sirius.

- O QUE... Lily, com todos os diabos, o que você faz aqui?

- Era pra estar na casa da Mya... - ela respondeu, secando as lágrimas de riso do rosto. - Mas o Tiago me achou no meio da rua, então me chamou. Eu tive minha vingança!

O Sirius bufou e levantou do chão, parecendo muito carrancudo. Eu me atirei na minha cama, ainda rindo da cara do Sirius. A cara de bobo que ele fez foi simplesmente... A Lily sentou ao meu lado na cama e num gesto automatico passei o braço pelos ombros dela. Ela suspirou e se aconchegou mais junto do meu peito. Ai, caramba... Ficamos uns minutos em silencio, apenas abraçados. Eu não saberia dizer se foram três minutos ou vinte. Eu perdia a noção de tudo perto dela.

- Hmm... Bonito colar. "T" de que? - eu pergutei, cínico.

- T de que? Ah... T de Taylor. Taylor Lautner, meu ator preferido. Ele faz o Jacob na versão cinematográfica de Crepúsculo. - ela penso rápido - Depois eu vou compra um "L" de Lautner.

Ou "L" de Lily... Hmm, eu podia ter pensado nisso. Droga.

- Eu reparei que a cama do Remo é de armar, mas a do Sirius é uma cama, cama mesmo.

- Ah, você reaprou? Bom, ele não fala muito nisso, não é um assunto agradável, mas o Sirius é meu irmão adotivo. Ele fugiu da casa dele. Você conhece Régulo, Narcisa e Belatriz Black. Sabe que não são boas companhias. O fato é que o Sirius sempre odiou o fato da família dele ser tão... Ele não sabia pra onde ir e apareceu pra mim, falando em ajudá-lo a ir pra casa de um tio de quem ele gostava. Minha mãe não quis ouvir falar de tal absurdo. E eu também não queria o Sirius solto na rua, ele é um imbecil. Então minha mãe adotou ele. Ela adora o Sirius. Até a hora de acordar aqui é baseada no Sirius. Se eu durmo mais que o Sirius, eu devia acordar mais cedo. Se eu acordo mais cedo, eu estou dormindo mal demais.

- Mas e os pais dele? - ela me indagou - não ficaram preocupados com que fim o Sirius levou?

- Eles só mandaram a Belatriz e a Narcisa perguntar onde diabos ele estava morando. Não ficaram muito sastisfeitas, ele não contou nada. Mas não ficaram muito satisfeitos quando descobriram que o Sirius estava morando com os maiores traidores de sangue da história. Quando eles descobriram cortaram ele do testamento. Como se ele ligasse. Meu sangue é totalmente puro e você, que nasceu trouxa, sempre tirou notas mais altas que eu. Essa história de puro-sangue é pra cavalos não pra bruxos. É idiotice

- Também acho. Mas ele ainda vai tentar se vingar por termos derrubado ele... - ela suspirou. - O Sirius.

-Nem pensar, quem acordou ele foi você. De qualquer modo, ele não pode se vingar da sua vingança. - eu ri - Sabe, Lily, senti sua falta...

- Você ficou só uma semana sem me ver. - ela rebateu

- Pareceu muito mais tempo. Eu senti sua falta mesmo!

- Também senti a sua...

No momento seguinte - pelo que me pareceu a milésima vez na minha vida - estávamos nos olhando nos olhos. Num gesto automático ergui a mão pro rosto dela. Enquanto eu segurava o rosto dela entre as mãos, me aproximei lentamente. Talvez agora... Bom, e se ela pensasse alguma besteira? Por que nós dois estávamos absolutamente sozinhos, no meu quarto e na minha cama. O Sirius com certeza veria muita maldade nisso. Embora eu não pretendesse nada disso.

SLAM!

A porta do quarto se abriu com tudo e o Sirius entrou, já completamente vestido e com os cabelos molhados. Eu e a Lily nos separamos como se tivéssemos sido eletrocutados. A Lily corou e eu senti um ódio imenso do Sirius. FILHO DA... Pelo menos agora só faltava o Pedro interromper.

- Oooops... Eu to interrompendo alguma coisa? - ele perguntou com um sorriso cínico. FOI DE PROPÓSITO! Era essa a vingança dele!

- ESTÁ SIM! - gritei furioso. A Lily me olhou surpresa. Ela e eu nunca admitíamos que estávamos prestes a nos beijar, por motivos óbvios.

- Opa... Foi sem querer, Tiago. Vocês tiveram quase vinte minutos e... SOCORRO!

Eu pulei da cama e saí correndo atrás do Sirius, com as mãos esticadas prontas pra agarrar o pescoço dele. Eu ia matar o Sirius, com certeza.

- SIRIUS! TIAGO! ESPEREM, CARAMBA! - eu ouvi a Lily gritar, descendo as escadas atrás de nós.

Ela tentou argumentar conosco enquanto corríamos ao redor do sofá. Por fim ela desistiu e apenas sentou pra nos apreciar correr. Eu pulei por cima do sofá e finalmente alcancei aquele covarde. Neste momento a minha mãe entrou na sala, decidindo que não podia mais ignorar a bagunça.

- TIAGO! SIRIUS! O que vocês dois acham que estão fazendo?!

- O Tiago está tentando me matar, Sarah. - o Sirius choramingou correndo pro outro lado da sala. Se aproveitou da minha distração.

- Foi ele quem começou, mãe. - Só percebi o quanto isso soava infantil depois que eu falei. E na frente da Lily! DROGA!

- Juntando o juízo de vocês dois, não dá o juízo de um recém-nascido. - eu ouvi a Lily rir atrás de mim

Senti meu rosto corar. Acho que eu tinha doze anos na ultima vez que eu corei por uma garota. E foi por que eu tinha que dar um fora nela, quando eu ainda era BV. Por que eu tinha que parecer criança pra Lily? Logo ela, que sempre saiu com caras mais velhos e vivia chamando o Sirius de imaturo. Eu só era um ano mais velho que era. Era de vital importancia que ela entendesse que eu sou um cara muito adulto. Mas que m... Não. Caras maduros não falam palavrão a toa. Ótimo.

- Hm... Olá, querida, você é amiga dos meninos?

- Ah! É, sou... Lílian Evans, sra. Potter é um prazer conhecê-la. Nossa, nem dá pra perceber que a senhora já tem um filho adulto!

- Obrigada, querida... Você deve ser a Lily de quem tanto ouço falar. - minha mãe ignorou meus gestos desesperados atrás da Lily, implorando pra que ela se calasse. - Vejo que o Tiago não exagerou quando disse que era muito bonita.

- Ele disse isso, é? - a Lily evitou meu olhar - isto é... Obrigada sra. Potter.

- Me chame de Sarah, meu bem. Eu não sabia que você viria, o Tiago não me falou nada, mas você vai tomar café da manhã aqui?

- Ah, me desculpe por ter vindo sem avisar, é só que eu estava indo pra casa da Mya e...

- Lily, a Mya e o Remo só vão voltar perto da hora do almoço - eu estava ficando desesperado. Precisava que a minha mãe gostasse da Lily, e se tinha uma coisa que a minha mãe repudiava era uma garota que não comia bem - Você pode comer aqui como castigo pela Mya ter esquecido de você e ter saído com o namorado.

- Hmm... Tudo bem, por que não?

A minha mãe sorriu pra ela, aprovando e eu suspirei de alívio. Peguei a mãe dela e a conduzi até a cozinha mais satisfeito do que lembrava de ter me sentido desde o começo das férias.

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N/A: Gostaram do jeito de ver as coisas do Tiago?
Nhááááii! Comentaram, finalmente ^^
Valeu, galera.
Quando eu chamo a fic de porcaria, não estou menosprezando a atenção de vocês pra ler não, viu?
Pra falar a verdade eu deveria estar estudando ><'
Pelo menos eu sei que vou tirar dez em redação! \o/
Beijão, galera...

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Comentários (1)

  • Jubs Ricci

    Boa sorte >.<Eu tbm escrevo fics mas mesmo assim minhas notas de redação são... =X

    2011-12-12
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