Capítulo Oito




Where Roses Grow Wild
Capítulo Oito


Aquilo era exatamente o que Hermione queria evitar. Sabia, por experiência, que não conseguia resistir aos beijos de Harry e aquilo estava destruindo todas as suas boas intenções. Puxando-a para perto de si e agarrando-a firmemente, Harry abriu-lhe os lábios com a língua, com a mesma falta de esforço com a qual o calor das suas mãos queimava a carne tenra dela através do tecido fino da camisola. Ela gemeu, frustrada, ao perceber que as suas coxas estavam mais uma vez se derretendo, igualzinho ao que tinha acontecido naquele dia, não fazia tanto tempo em Appleby.
A súbita disposição pulsante entre elas, deixando-a molhada de desejo, já era bem conhecida dela. E, no entanto, Hermione não conseguia empurrá-lo para longe. Na verdade, grudou-se nele como uma assanhada sem-vergonha beijando-o como se a sua própria vida dependesse disso…
Foi então que Harry percebeu que Hermione não vestia nada por baixo do fino algodão da camisola. Ele sentia os mamilos duros contra seu colete. O beijo, que, na intenção de Harry, deveria ser de escárnio, tinha se transformado em algo que já não podia controlar. Tinha se esquecido de como ela era voluptuosa, de que não tinha medo das convenções, apesar do jeito de mocinha. Sentia o corpo jovem e firme de Hermione pressionado contra o dele e, com um gemido, esquecendo-se de todo o resto, suas mãos contornaram as nádegas redondas através do tecido transparente, trazendo a pélvis da moça contra a pulsação de sua ereção.
Hermione recuou com um grito como o de um animal ferido. Harry manteve o braço firme ao redor dela, porém, impedindo-a de se afastar.
"Não", murmurou ele. "Dessa vez não. Você vai terminar o que começou…"
"O que eu comecei?", perguntou Hermione, indignada."Foi você quem me beijou!"
Os dedos dele, mexendo-se para agarrá-la pelos ombros, se afundaram na carne dela. "Você me encorajou. Admita. Você sente alguma coisa por mim. Não negue."
"Mas que convencido…"
"Você me quer, Hermione, tanto quanto eu a quero."
"Absurdo!"
"Absurdo? O que é absurdo é o seu puritanismo!" Harry balançou a cabeça, sem poder acreditar. "Que tipo de mulher é você? Afirma não acreditar na instituição do casamento, mas beija com o entusiasmo de uma prostituta de Covent Garden!". Hermione piscou como se ele a houvesse esbofeteado.
"Como ousa! Você enlouqueceu? O senhor esqueceu de si mesmo, Lord Harry!" Talvez fosse o olhar de choque genuíno no rosto. Talvez fosse o tom da voz. Mas, com a maior probabilidade, foi o fato de ela fazê-lo se lembrar do seu título e da sua posição que o deteve. Harry percebeu que Hermione genuinamente não sabia do que ele estava falando, que ela, honestamente, não tinha a menor idéia do efeito que seu toque tinha sobre ele. E como poderia? Ele era o filho de um duque, mimado e mal-acostumado desde o nascimento, com uma grande experiência na arte do amor. Ela era uma filha de vigário empobrecida, uma virgem com dez anos a menos que ele e que, apesar da língua ferina, até recentemente só conhecera dificuldades na vida. A realidade se fez presente novamente. Estavam no meio da manhã e a Sra.Praehurst estava do lado de fora. Com uma praga sufocada, Harry a soltou. Mergulhando para baixo das cobertas, o rosto ardente, Hermione olhava-o fixamente, notando a protuberância na frente das calças dele com desaprovação.
"O que há de errado com você?", perguntou ela em tom de desaprovação. "Imaginou se a sua governanta entrasse?"
"Ela já viu coisa pior", disse Harry suavemente. Ele não estava de todo descontente consigo. Cheia de modos de mocinha ela poderia ser, mas, a cada beijo, parecia ter mais dificuldade em resistir-lhe. Não parecia possível no momento, mas ele sentia que poderia vencer a resistência dela, no final das contas. Esse pensamentos, apesar da fricção desconfortável que sentia nas calças, imediatamente o deixou todo animado.
"Não sou uma das suas amantes", declarou Hermione, o nariz enfiado em um lenço.
Ela, porém, não estava chorando, notou ele, aliviado, e sim apenas assoando o seu nariz levemente avermelhado.
"Faça o favor de manter as suas mãos para si mesmo no futuro"
"Para uma mulher que afirma odiar os homens da minha classe social", observou Harry, "você de forma alguma parece se incomodar com os meus beijos."
"Saia", comandou Hermione rispidamente.
"Diga-me uma coisa, Hermione. Já que você não acredita na instituição do casamento, por que é contra as pessoas terem casos amorosos fora do casamento? Seria de pensar que uma mulher com as suas convicções seria uma defensora do…"
"Saia!", ela gritou, apesar de sua voz rouca não ir muito longe.
"Mas você ainda não terminou com o meu pito. Lembra-se? Os livros de contabilidade?"
Soltando o ar pelas narinas, Hermione disse friamente: "Pretendo dizer á Sra. Praehurst que todas as despesas da casa têm de ser aprovadas por mim antes da compra. Jeremy é o duque de Potter e eu sou responsável para que uma parte da fortuna Potter sobre pra ele quando for adulto."
Harry sorriu. "Parabéns. Você, minha cara, já é uma esposa rabugenta sem nem mesmo ter se casado! Está de parabéns. Algumas mulheres demoram anos para chegar ao seu nível de…"
"Saia!", berrou novamente Hermione, e dessa vez, Harry obedeceu, rindo.

*Região de prostituição em Londres no séc. XIX; atualmente área de teatro e lazer

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Oi!
Aqui está mais um capítulo. Fico feliz que estejam gostando da fic. Continuem comentando!
Esse capítulo estava pequeno, mas tem bastante “ação” nele...
Obrigada pelos comentários da Mione03, Danielle Granger Potter, Lu e da Hermione.Potter
Bjos e até o próximo capitulo,
Jeh

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