Saturday.
Era finalmente sábado. E eu estava atrasada para me encontrar com Hermione. Nós iríamos fazer compras. Cheguei correndo no Salão Comunal da Grifinória.
- Hermione, mil perdões! – Eu disse. – Eu atrasei.
- A gente já esperava isso. – Ron se aproximou.
- Não era para ser um programa de garotas? – Eu perguntei.
- Infelizmente os dois insistiram em vir juntos. Eles precisam de opinião feminina para a roupa que usarão na festa. – Hermione disse.
- Festa? Que festa? Adoro festas! – Eu disse.
- Festa da Corvinal. – Harry disse.
- É! E a gente não tem o que vestir. – Ron disse.
- Nem a mínima noção do que vestir, se me permite a minha opinião. – Hermione disse emburrada.
- E sempre sobra para nossas amigas legais. – Ron disse me abraçando e abraçando a Hermione.
- Se você quiser que eu continue sendo sua amiga me solta agora, Ronald Weasley! – Eu disse.
Ele soltou. Eu sorri.
- Vamos logo antes que vocês ocupem o dia todo. – Hermione disse.
Nós quatro fomos tomar café, antes de ir para Hogsmead.
- Porque que seu “namoradinho” não te convidou para ir a Hogsmead? – Ron me perguntou.
- Ele a convidou, mas ela já tinha combinado comigo de comprar roupas. – Hermione disse.
- E isso prova que eu sou leal aos meus amigos. – Disse. – Mas eu vou encontrá-lo mais tarde.
- Eu não aprovo vocês dois juntos. – Harry disse.
- E quem é você para aprovar alguma coisa? – Perguntei.
- Cale a boca Louise. Eu opino em tudo que lhe diz respeito. Nós moramos na mesma casa. – Harry se justificou.
- Nós dividimos a mesma casa Harry, não a mesma cama. – Lhe disse.
- É Harry, você devia ter ficado calado. – Ron disse.
- Quero ver o que seu pai vai dizer disso. – Harry falou.
- Você vai me dedar? – Perguntei nervosa. – Harry Potter se você me dedar eu nunca mais falo com você.
- Você não pode me ignorar por muito tempo. – Ele disse.
- Tente. – Eu falei.
- Ele já sabe. Daqui a pouco você recebe uma carta com muitas reclamações. – Harry disse.
- Essa é a última coisa que eu vou falar com você: Eu te odeio. – Eu disse e voltei a comer.
- Pare de drama Louise. – Harry disse.
Eu não respondi.
Após comermos fomos para Hogsmead. Por mais que Harry insistisse em conversar comigo, não lhe dirigi a palavra em momento algum. Eu estava muito nervosa e decepcionada com ele.
Logo que chegamos à famosa Hogsmead que eu não conhecia, fiquei fascinada. Tentei disfarçar, mas era óbvio pelo brilho dos meus olhos que o fato de uma cidade ser inteira mágica e todos os alunos do terceiro ano para cima estarem lá. Era quase um sonho.
Fui seguindo Hermione enquanto analisava a pequena cidade.
- Louise, você está bem? – Harry me perguntou.
Eu ignorei. De novo.
Eu e Hermione ficamos palpitando em que camisa Ron devia comprar. Nós duas sabíamos que ele não podia gastar muito, embora seus pais tivessem mandado dinheiro para ele comprar uma camisa para a festa a quantidade não era o suficiente. Nós duas percebemos que ele olhava o preço antes de experimentar a camisa.
- Ron, experimente essa aqui. – Eu lhe entreguei uma camisa branca com um corte muito bonito.
- Louise, é muito cara... – Ele me disse.
- É só para vestir, Ron. – Insisti.
Ele pegou e foi vestir a camisa.
- Você não devia ter feito isso, ele não tem o dinheiro Louise... – Hermione me disse.
- Mi, fique tranqüila. – Eu disse. – Eu só quero ver meu amigo bem vestido.
Ron não demorou e saiu vestindo muito bem a camisa que Louise havia escolhido.
- Ron, não sabia que você era tão bonito assim. – Falei fazendo-o ficar com vergonha e muito vermelho.
- Obrigado Louise. – Ele disse voltando para o provador.
Eu abri minha bolsa e entreguei para Hermione o dinheiro necessário para pagar a camisa de Ron.
- Eu vou distraí-lo e você paga, ok? – Louise disse.
- Ele não vai gostar disso, Louise... – Hermione me alertou.
- Presente de aniversário atrasado. Eu vou comprar algo para você também, não se preocupe. – Eu disse antes de caminhar para fora da loja.
- Aonde você vai? – Hermione me perguntou.
- Eu já volto. – Disse antes de sair da loja.
Respirei fundo e, me certificando que não tinha ninguém que eu conhecia estava perto.
- Como eu preciso de um cigarro! – Eu disse.
Procurei por um lugar onde sabia que ninguém me encontraria e acabei me sentando atrás de uma casa onde nenhum aluno de Hogwarts apareceria e a delataria para a escola toda, conseqüentemente para Snape e para o linguarudo do Harry, que contaria para meu pai e eu estaria ferrada.
Peguei o cigarro na minha bolsa e o acendi. Ufa. Alívio.
- Desde quando você fuma? – Ouvi a voz de Harry me indagar, cancelando todo o alívio que eu estava sentindo.
- Ótimo, vai lá contar para meu pai isso também! – Eu falei me levantando. – Agora sai daqui, eu quero fumar sozinha!
- Louise, eu nem falei pro seu pai do Draco. – Ele me disse se aproximando.
- Mentiroso! – Disse.
- Eu estava brincando com você. – Ele se justificou. – Se seu pai soubesse ele já teria te mandando voltar para casa.
- Faz sentido. – Eu disse.
- E eu não vou falar nada para seu pai sobre o cigarro se você me prometer que vai parar. – Harry disse.
- Não posso te prometer isso, Harry. – Eu disse. – Está difícil pra mim e o cigarro é a única coisa que tem me feito relaxar ultimamente.
- Sente. Fume o último. – Harry disse se sentando na rua.
Eu me sentei ao seu lado e acendi outro cigarro, afinal o que eu estava fumando já estava quase no final e eu não havia dado mais de três tragos.
- Isso faz um mal imenso para sua saúde. – Ele me disse.
- Eu não quero viver depois dos 30 anos Potter. – Respondi.
- Você não está sozinha, sabia? – Ele me falou. – Existem mais pessoas no mundo além da sua mãe. Se você morrer, elas vão sentir sua falta.
- Cale a boca Harry, eu só quero fumar esse cigarro e esquecer a vida, tá? – Eu disse fechando os olhos.
Ele segurou minha mão. Eu não sei por que ele fez isso, muito menos porque eu me senti tão bem quando isso aconteceu.
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