Dolorosas lembranças & Beijo r

Dolorosas lembranças & Beijo r



- Ele quer sua resposta amanhã pela manhã? – Arthur falava com voz sonolenta. Afinal, já passava da meia-noite.

- Harry está interessado em saber se aceito o convite – Hermione respondeu. – E no caso afirmativo, entraremos na segunda fase da negociação.

- E você aceita?

- Acho que sim.

- Pense bem, Hermione. Parece-me um negócio muito bom. E acho que ele está lhe pedindo que faça apenas o que fazia para mim durante sete anos. Trabalhamos tão juntos que não há assunto que você desconheça no que se refere a Editoras. – Arthur falou com orgulho.

- Mas a dele é tão grande! E fica na França!

-Você da conta do recado e Harry sabe muito bem disso, ou não a teria convidado.

- Arthur, sinto ter telefonado tão tarde da noite ou cedo do dia tanto faz, mas acho que não sei muitos detalhes referente a Black Corporation e ... sobre este novo Harry Potter para tomar uma decisão. Você sabe me sinto um pouco insegura em dar este passo, sabendo pelo que passei com ele. – disse Hermione com voz baixa.

- Não se preocupe a deixarei a par de tudo amanhã ou hoje argh, você ficará informada!

- Obrigado! – sussurrou agradecida.

********
Hermione estava com os pensamentos em volta de um certo par de olhos muito verdes. Harry pareceia que a queria hipnotizar, a influência dele perdurara muito ainda depois de ele ter ido embora. Harry esbanjava energia, poder e vigor, e os momentos nos braços dele na pista de dança... Hermione fechou os olho e seus sentidos flutuaram. Se aceitasse o emprego faria o possível para não se colocar em posição tão vulnerável de novo.

Sem perceber Hermione deixou seus pensamentos vagarem para o passado, sua infância e adolescência. Foram momentos únicos e felizes, seus pais, seus amigos, Hogwarts, a toca ... Depois do assassinato dos pais a toca foi o seu bálsamo, o seu refugio, onde havia pessoas que a amavam e não a deixariam se afogar na depressão que a queria a arrastar para o fundo do posso. Mas mesmo assim ela foi ao fundo posso.

( Inicio do flash black da Hermione )

Hermione chegou em casa transtornada, tivera um briga violenta com Harry, ela queria que ele fosse para o inferno, mas provavelmente o DIABO NÃO IRIA QUERER CONCORRÊNCIA. Hermione sabia que a essa hora seus pais já deviam estar em casa, mas não se importou, depois se explicaria. Mas ao abrir a porta Hermione parou de chofre ao ver a sala. Estava tudo revirado.

Hermione se apavorou na hora, desejava com todas as fibras de seu ser que seus pais tivessem se atrasado no trabalho, se dirigiu imediatamente ao segundo andar, chamando por eles, mais nada nem um ruído sequer. Quando chegou ao segundo andar, notou que o último quarto do corredor estava com a porta aberta, Hermione sacou a varinha e seguiu em frente, cada passo que dava seu coração parecia que se contraia mais, pronto a arrebentar caso seus temores se confirmassem.

Mas parecia que seu coração não havia se arrebentado e sim estraçalhado,Hermione contemplou com horror o corpo de seus pais pendurados pelos pescoços, os olhos saltados, a língua para fora e a ponta de seus dedos roxos e sangrando, abaixo de seus pés uma poça de sangue.As lágrimas desciam em abundância pelo seu rosto, aos poucos ela foi caminhando na direção de seus amados pais, o corpo agora sacudido pelos soluços. Hermione cai de joelhos em frente a eles e bateu com os punhos serrados no chão fazendo o sangue espirrar em si mesma.

- NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOO – então desatou num choro convulsivo, não parando nem mesmo quando se viu rodeada de Aurores.

*********
Na sede da Ordem da Fênix, todos receberam com choque a notícia do assassinato.

- Meu Merlim aonde está Hermione, porque não a trouxeram ainda para cá?- Perguntou exaltada Molly.

- Calma Molly daqui a pouco Hermione estará aqui, e ela vai precisar de todo o nosso apoio! – exclamou Dumbledore.

- Isso o senhor nem precisava falar – falou Harry agoniado e exasperado. Se corroia pela culpa, horas antes ele e Hermione discutiram agressivamente, e ele lhe disse palavras imperdoáveis.Céus estava apavorado com a idéia de Hermione não o perdoar e se recusar a receber o conforto de seus braços e ajuda-la a atravessar esse momento tenebroso pela qual está passando. Mas se ela dissesse um não, estaria coberta de razão, se estivesse no lugar dela teria jogado um crucio triplo nele, Harry se pudesse se espancava pela atitude vil, que teve com ela.

Seus pensamentos foram interrompido pela chegada de Hermione,e mais dois Aurores. Todos contemplavam pesarosos e chocados o estado dela. Coberta de sangue, as roupas em desalinho e a expressão fúnebre, nem de longe lembrava a Hermione vivaz que conheciam, tinha um olhar duro e frio, o coração de Harry se apertou em desespero por ela, mas soube no momento em que ela pôs olhos nele, que era a última pessoa no mundo que queria ver.

Molly foi a primeira a tomar uma atitude, puxou Hermione para um abraço apertado e cheio de conforto, isso pareceu desarmar Hermione que correspondeu e a abraçou forte, e deixou que o choro viesse novamente, mais forte e doloroso.

- Meus pais estão mortos, mortos, moooooortooooos – disse entre um soluço e outro que sacudia seu frágil corpo.

- Ó minha filha eu sinto tanto por você – disse Molly com a voz embargada pelo choro e a apertando mais ainda. Gina se aproximou e abraçou as duas, e também chorou.

- Amiga eu não preciso dizer que você conta com o nosso total apoio! – exclamou Gina com a voz também embargada.
Todos estavam comovidos e prestaram as suas solidariedades para com aquela menina que sofreu um duro golpe do destino. Depois de um tempo a Sra. Weasley conduziu Hermione para o quarto de Hospedes, a onde ela poderia se trocar, e depois descansar. ( Fim do flash back da Hermione )
***********
Hermione ainda refletia sobre aquele fatídico dia, e as ações que se sucederam depois. E o rumo que o destino resolveu dar na sua vida, agora que Harry apareceu.

Uma vez aceita a oferta de Harry, no dia seguinte Hermione começou a se preparar para a viagem. As semanas correram com uma velocidade incrìvel, Harry não conseguiu esconder a sua satisfação com a decisão de Hermione, agora poderia ficar mais relaxado e seguir com seus objetivos.

Hermione não conseguia se esquecer de muito em breve estaria atravessando o canal da Mancha com destino à França, enquanto ele continuaria na Inglaterra, ou indo para um dos muitos países onde tinha negócios.

***********
Harry estava refletindo a cerca de seu plano agora que Hermione iria residir na França, seus pensamentos vagaram para o passado, onde perdeu Hermione por uma estupidez e viu a garota que amava se desesperar com a morte de seus queridos pais no mesmo dia que brigou seriamente com o namorado, e mais tarde sair da vida dele sem deixar rastros.

( Inicio do flash back do Harry )

Hermione ainda continuava arrasada, mas pelo menos estava mais sociável com as pessoas, menos com Harry. Ninguém entendia o porquê dela estar tão arredia com ele. Mas ele sabia, uma parte dele não a culpava, mas a outra gritava de frustração, tela tão perto e ao mesmo tempo tão longe, era desesperador.Fazia três semanas e nada dela querer da papo, pra ele.

Só que no momento estava concentrado em sua missão de emboscada contra o maldito comensal que matou os Granger, Harry não era um Auror, mais pediu para ir, na missão, pois queria se vingar pessoalmente do desgraçado que causou todo o sofrimento que Hermione estava passando. Com um aceno de cabeça Harry e Rony invadiram o local, junto de outros Aurores e conseguiram capturar o sujeito, Harry o reconheceu na hora, Antonio Dolov, Comensal da Morte foragido à três anos.E o bruxo que ousou tentar matar Hermione uma vez no quinto ano.

- Ora se não é o potinho – troçou Dolov - e aí, como ta aquela gostosinha sangue ruim? Chorando muito – riu ele maléfico, mais seu sorrisinho não durou muito pois levou um violento chute na cara desferido por Harry.

Dolov uivou de dor, os demais presentes não fizeram nada para impedir Harry de descarregar a sua fúria.

- Seu filho da puta, vai se arrepender do dia que nasceu – rosnou Harry.

Dolov não teve tempo de abrir a boca para pedir intervenção dos Aurores, pois recebeu outro chute na cara e em seguida sucessivos golpes. Ninguém iria impedir o espancamento que o cara estava recebendo.Mesmo com seus dezoito anos Harry era um rapaz vigoroso, com um corpo lapidado pelo Quadribol, Dolov não tinha nenhuma chance. Quando Harry terminou, o comensal nem parecia um ser humano.Tinha o maxilar deslocado e nenhum dente na boca,o braço esquerdo quebrado em três pontos, a rosto totalmente deformado o nariz também quebrado, cinco costelas arrebentadas e as duas pernas também arrebentadas.

- Podem leva-lo – disse Rony fitando friamente o porco imundo, que gemia debilmente no chão.

Rony se virou para Harry que observava os Aurores que retiravam Dolov do lugar.

- E aí cara tudo bem – disse ele estendendo um pano para Harry limpar o sangue das mãos.

- Ainda não, falta resolver mais um assunto. – respondeu ele agradecendo o pano.

- Sei... A Hermione não é?- falou Rony - Cara eu realmente espero que ela te perdoe, embora esteja coberta de razão. Ela que sempre te apoiou em tudo e nunca sequer duvidou de você por nada e nem por ninguém. Quando queria seu apoiou você a humilhou. – concluiu Rony desgostoso com suas palavras e a atitude do amigo.

- Eu sei, eu me humilho perante ela, se isso a fizer se sentir vingada, pelo que eu a fiz passar. Mais uma coisa te digo, pagarei minha penitência com prazer se ela me aceitar de volta.

Rony suspirou, tinha pena dos seus dois melhores amigos, um se arrependia por uma idiotice que fez para a namorada, e amargava o sofrimento que ela estava passando e o receio dela não o desculpar. A outra tentava se recuperar da perda trágica de seus pais, e evitava deliberadamente o namorado ou ex- namorado, ainda estava viva na memória a humilhação sofrida nas mãos dele. Que Merlim ilumine a mente daqueles dois jovens desesperados.

*********
Já era uma da manhã, mas Hermione nem se importava, se sentia vingada, no inicio da noite recebeu a notícia de que o Algoz de seus pais foi capturado, e que estava em estado deplorável, recebeu uma surra daquelas e foi jogado em Azkabam do jeito que o pegaram.

- Que Deus me perdoe mais ele merecia coisa pior – sussurrou para si mesma.

Mas outra coisa preenchia sua mente, também no inicio da noite Dumbledore lhe informou que se estivesse interessada,poderia fazer um curso especializado na área de comunicações, nos EUA. Hermione achou excelente e aceitou com a condição de que apenas o senhor e senhora Weasley soubessem seu paradeiro e mais ninguém, Dumbledore aceitou a condição, e conversou com os Weasley sobre a proposta.

Molly a muito contra gosto aceitou, Arthur apoiou e disse que assim que ela voltasse a queria trabalhando com ele.No dia seguinte seria sua partida, já se despediu de todos,Gina resmungou com o fato de não saber para onde a amiga iria, mas se conformou em apenas manter contato, e foi assim com todos os outros Weasleys, Rony que não podia deixar de ser foi o que mais chiou, argumentou mais de nada adiantou e se conformou com a decisão da amiga.

Hermione estava tão absorta em seus pensamentos que não notou a presença de um certo alguém no quarto, e levou um susto ao sentir uma mão quente em seu ombro.

- O que faz aqui? Saia se não eu grito – Hermione falou entre dentes.

- Pode gritar até a garganta doer, ninguêm vai te ouvir. Coloquei um feitiço da imperturbabilidade neste quarto. – falou Harry calmamente.
- Seu desgraçado, arrogante o que você quer? Me rebaixar mais? Ainda não terminou?- Hermione disse de um modo baixo e tão frio quanto um iceberg.

- Escute Hermio... – Harry foi interrompido por Hermione que avançou contra ele, e socava seu peito com todas as forças que tinha, e dizia para ele sumir da vida dela.

Harry sem muito esforço segurou Hermione pelos pulsos e a prendeu contra a parede usando seu corpo que era praticamente o dobro do dela. Ela o encarava com fúria. Ele também estava nervoso queria pedir desculpas a ela, mas Hermione permanecia implacável.

Os dois se olhavam de uma maneira que parecia sair chispas de tensão deles. Então num impulso eles deram inicio a um beijo violento, e logo estavam na cama tratando de tirar as roupas e saciar o desejo que queima as suas peles. Foi um sexo selvagem que fizeram, Hermione movida pela raiva que sentia dele e de si mesma ao constatar que ainda o amava e desejava. Ele pelo desespero em provar com o seu corpo que a amava loucamente, e que depois daquele momento ela o iria perdoar e ficar com ele pelo resto da vida.

Exauridos, em pouco tempo adormeceram, um nos braços do outro.

Quando amanheceu Harry se descobriu sozinho na cama, se levantou e pôs uma roupa e foi atrás de Hermione. No corredor encontrou com Rony e perguntou por ela, Rony o olhou penalizado e explicou sobre a proposta feita a Hermione e que ela já foi embora.Ele então lhe estendeu uma caixa com o colar de esmeraldas, a mesma jóia que usou para ofende-la.

Harry ficou um bom tempo parado olhando para o nada e apertando a caixa entre suas mãos e murmurou com a voz embargada.

- Ela se foi.

( Fim do flash back do Harry )

Harry foi tirado de seus pensamentos, quando Meg tropeçou no tapete e derramou o café fumegante no peito dele. Com o líquido queimando-lhe o torso, Harry blasfemou e levantou-se da poltrona como gato escaldado. Horrorizada, Meg desculpo-se e rompeu em um pranto copioso. Várias pessoas acorreram na sala, alertadas pelos pelo grito de Harry. O telefone tocou exatamente naquela hora. Papéis voaram pelos ares caindo no chão quando Hermione correndo a fim de ajudar deu uma cotovelada na mesa.

- CALMA! – A confusão cessou tão logo a ordem de Harry ecoou na sala; o silêncio foi quase completo, sobrando apenas os gemidos de Meg e a campainha irritante do telefone. – Por favor eu estou bem, dêen uma xícara de chá a Meg e atendam esse maldito telefone.

Todos saíram da sala, ficando apenas Harry e Hermione. Ele fechou a porta. Puxou a camisa do cós da calça, tirou a gravata e começou a abrir os botões.

- O que está fazendo?! – Hermione exclamou, espantada, ele ia fazer um Strip-tease ?

-O que acha que estou fazendo? – Ele não estava inclinado a explicações, e Hermione não podia culpa-lo. Mas se ele vestido já causava um impacto enorme, semi- nu era impossível ignorar o magnetismo dele e sem roupa como ela já o tinha visto então nem se fala.

- Hermione?

Ele a chamara duas vezes, e Horrorizada constatou que não parava de encarar o corpo dele.

- Hermione eu lhe pedi que mandasse alguém ao Harrods me comprar uma camisa – ele disse, com um sorriso divertido nos lábios. – A loja fica mais perto daqui do que meu hotel e tenho conta lá. Eles conhecem o tipo e tamanho que uso.

- Naturalmente. Mandarei alguém – Hermione respondeu enfim, mantendo o olhar agora só no rosto dele. Mas o corpo bronzeado continuava lá, logo abaixo do rosto.

Harry jogou a camisa molhada nas mãos dela. E depois disse:

- Vou tomar uma ducha no banheiro usado por Arthur, o maldito café ainda esta me queimando.

Hermione segurou a camisa como se aquele pedaço de pano fosse morde-la. Sabia que estava rubra. Harry fez aquilo de propósito, mas ela não se referia ao café e sim aquela exibição de corpo, fora proposital. Ela se retirou da sala ainda morrendo de vergonha e foi providenciar uma nova camisa para ele.

*************
Meia hora depois voltou com o pacote na mão.

- Sua camisa – ela disse ao entrar na sala dele. Ela tinha vontade de atirar o pacote e sair correndo.

- O brigado. – ele sorriu e perguntou: - A pobre Meg ainda está nervosa? Ela era assim nervosa com Arthur?

- Não claro que não.

- Sou eu quem a deixa nervosa? – ele falava enquanto vestia a camisa bem devagar, afim de provoca-la.

Ande depressa com isso, por favor. Hermione pensava exasperada.

- Não ela apenas não se sente muito à vontade com pessoas pouco conhecidas.

- sei... E você como se sente?

- Eu?

- Agradei-a com meu comportamento nas últimas semanas? Ou continuo sendo um monstro vindo do inferno para destruir tudo? – perguntou com um sorriso irônico e um brilho no olhar.

Ela preferia responder que sim, mas deixa pra-lá.

- Nunca disse isso! – protestou.

- Vi descontentamento e medo escondidos nos seus olhos cor de mel. Além disso, acho que me lembro de você ter me acusado de haver banido o pobre Arthur daqui. E “ pobre Arthur “ foi sua terminologia, não minha – ele acrescentou.

- Já pedi desculpas por isso. – Hermione estava a um passo de jogar Harry pela janela.
- E não é sinal de boas maneiras trazer este assunto de volta a baila. – Ele acrescentou o que ela não ousara dizer. E continuou – Mas você não respondeu minha pergunta diplomática Hermione.

- Que pergunta? – indagou.

- Se a agradei com meu comportamento nas últimas semanas.

- Deu pro gasto – respondeu irônica.

Harry achou graça

- Você me acha ameaçador, é isso?

- Trabalho para você, Harry, apenas isso.

- Talvez eu não queira que seja “apenas isso” – ele sussurrou suavemente. – E você o que quer Hermione?

Ela teve vontade de dizer que não estava interessada nele, que a deixa-se em paz, que ele era o último homem no mundo com quem gostaria de estar. Mas por um motivo ou outro, tudo que pôde fazer foi encara-lo, incapaz de se mover ou de se pronunciar.

- Você é... tentadora, sabia? – ele acrescentou com voz rouca. – Uma mistura de mulher adulta e de menina com pele macia. Sai comigo esta noite. Podemos ir ao cinema ou fazer qualquer outra coisa.

- Como? – o convite foi tão repentino que ela duvidou ter ouvido bem.

- Sim, não quer ir ao cinema? Esta noite. – havia qualquer coisa na voz dele, que fez soar um alarme na cabeça de Hermione.

- Acho que não. Sempre acreditei que trabalho e prazer eram duas coisas à parte. – ela respondeu friamente.

- Eu também sempre acreditei.

- Bem e então?

- Mas sempre há uma exceção à regra.

Era isso que ele queria? Um pagamento pelo maravilhoso emprego é isso? Canalha!.

- Hermione? – Harry segurou-a pelos ombros e acrescentou: - Estou sugerindo apenas uma noite fora, nada mais. Nunca usei minha posição para chantagear uma mulher, levando-a a minha cama. Não tenho intenção de começar isso com você.

Mas não foi o que pareceu para Hermione, e ela já tinha uma certa experiência com isso, já que ele fizera uma coisa parecida no passado usando todas as letras. Ele continuou:

- Você mereceu este emprego. E é bom que saiba, para o caso de sua mente decidir pensar em outras razões.

- Não me culpe por isso, e você sabe que tenho razões de sobra para tal.- Harry permaneceu quieto e ela prosseguiu. – Realmente pensei que estivesse propondo algo más, se quer saber. O que hoje em dia não é muito fora do comum, já que a maioria dos homens fazem isso.

- Nesse caso deveria conhecer outro tipo de homem. Um que pense com o cérebro e não com a parte inferior de sua anatomia.- ele rebateu.

- Por acaso está se candidatando? – respondeu sarcástica.

- È você quem esta dizendo! – falou também sarcástico – Então será um almoço simples num restaurante repleto de pessoas onde estará salva de minhas intenções pouco honestas. – troçou ele.

- Mas...

- E nada de mas, não adianta inventar nenhuma desculpa pois irá comigo almoçar.

Hermione saiu bufando de raiva da sala.

***********

O céu estava cinzento quando saíram para o executamento, digo almoço. Eles foram no carro de Harry. Durante quinze minutos percorreram várias ruas, mas nada de pararem para almoçar, curiosa Hermione perguntou:

- Aonde vamos?

- Tenho um compromisso para agora importa-se em aguardar um pouco mais?

- Não, claro que não.

Em cinco minutos se viram parados em frente a uma enorme mansão, em estilo vitoriano.

- Quem mora aqui? – ela indagou curiosa.

- Um amigo de trabalho. Ele vai se mudar e me deu a primeira opção de compra antes da casa se posta a venda.- respondeu dando de ombros.

- Talvez sim, talvez não. Detesto hotéis, e quando visito outros lugares prefiro um lugar só meu. Vamos dar uma olhada no interior?.

Depois de vinte minutos de vistoria, Hermione concluiu que a casa era de fato linda, mas muito impessoal, principalmente para uma criança.

- Bem? O que acha? – ele perguntou a Hermione.- Impressionante, não?

- Sem duvida é. Mas...

-Mas?

- Sinto muito dizer. È linda, porém como lar não é de meu agrado. Não há calor, não é acolhedora.

- Você preferiria um chalé no campo, um gato, um cachorro e pombos, incluindo, claro, duas ou três crianças gordas e saudáveis andando pela relva? – perguntou inocentemente.

Hermione se irritou e respondeu:

- Se um dia eu me casar, o que não consta de minha agenda, Prefiro o chalé que você descreveu há pouco à magnífica casa que pretende comprar. E outra coisa, tente se afogar na piscina.- ela retrucou.

Então deu meia volta e foi saindo, só que não deu dois passos e sentiu que era puxada com uma certa violência e sua boca invadida pela língua dele. Tentou se esquivar mas não conseguiu, temia não agüentar o peso do próprio corpo, tamanha era a fraqueza nas pernas.

Harry apertou-a mais entre seus braços e aprofundou mais o beijo. Droga se ele não se controla-se ia por tudo a perder. E com um esforço sobre humano
Interrompeu o beijo. Os dois se separaram , Harry imprimiu uma voz calma Uma calma que estava longe de sentir.

- Que tal almoçarmos agora? – perguntou com a voz um pouco rouca.

Hermione o encarou incrédula, mas mesmo assim assentiu. Ela pensava seriamente em afoga-lo na piscina.

( COMENTÁRIOS, COMENTÁRIOS, COMENTÁRIOS )


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Comentários (1)

  • Lariiinha

    MEU DEUSSSSSSSSSSSS! pq ngm nunca me dá um beijo assim ????

    2011-06-12
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