Sorte em grupo
Capitulo 52 – Sorte em grupo
- O mais chato de tudo isso é começar com uma aula de História da Magia... eu imaginava o ultimo ano como um ano que você escolheria realmente todas as matérias que você quisesse estudar... – ia comentando Maria quando nós descemos pra tomar café.
- Nós estudamos as matérias importantes pras profissões que nós queremos – eu respondi, fechando a minha bolsa.
- Daria tudo pra uma aula de defesa contra as artes das trevas agora, seria o Maximo – ele olhou para cima, o céu do salão principal estava escuro, que nem o do lado de fora. Nem parecia que já havia amanhecido há séculos.
- Quero ver o que vai acontecer lá, afinal, o mais básico nós já sabemos, até sei formar um Patrono – comentei, e nós fomos sentar á mesa
- Você tem que me contar depois, minha aula só é na quarta – ela disse inquieta. Alice apareceu atrás de mim.
- Ainda estou pensando como eles ficam invisíveis, e não há muitas formas nesse mundo para isso – ela refletiu – e eu também penso, porque eles tavam lá?
- Tiago é bobo, ouvir minha conversa não é uma coisa recente, ta fora de moda – comentei, pegando um pão e colocando no prato
- Ele deveria querer saber algo sobre o Brandon bestas – disse Maria, Alice bateu na testa. Olhamos assustadas pra ela.
- Nem tinha pensado nisso, e eu aqui fantasiando coisas – disse ela vermelha – mas ainda não entendo como foi isso de invisíveis... – ela olhou para o teto – vou na biblioteca de novo mais tarde, sabe né, esse ano é o ultimo ano, então eu vejo você na aula e você eu vejo mais tarde, vou comer – e saiu andando rápido
- Ela esta frenética – comentou Maria ainda olhando – no que será que ela tava pensando, isso envolve o Sirius é claro
- Sem nenhuma duvida, mas eles poderiam ser criativos não é? Até ficar pendurados em arvores valeria – mordi o pão, estava bem macio.
- Mas ai iria contra as “éticas” marotas, isso se eles tiverem alguma – ela tomou um gole do suco – e isso ai, monitora em?
- É, queria ser havia tempos, mas não sei se tem alguma utilidade agora – eu disse rindo – Porque a pessoa que aprontava agora não faz mais nada
- É o amor – ela disse com um sorrisinho
- Dele é da Vernon né? Ela parece que curte ele
- Quem não curte ela é você, pelo jeito
- E eu tenho que curtir? Eu mesmo não, quanto maior o ódio melhor para a vingança – Maria arregalou os olhos – O que foi? Esse não é o nosso ultimo ano? E temos algum tipo de missão aqui, não é? – sorri feliz, e ela balançou a cabeça.
- Certo alunos, vamos todos ficar em pé, a primeira aula vai ser pratica, vamos relembrar alguns feitiços, e depois, vocês vão fazer um trabalho em grupo, que eu sortearei é claro – ia dizendo o professor, e sorriu olhando em direção aos marotos – para não causar tumultos. O trabalho vai ser dizer quais os feitiços que vocês não aprenderam que tem vontade de aprender e o porque, no mínimo 10 folhas – houve um murmúrio – são 10 feitiços alunos, vocês não me deixam terminar, agora se afastem – ele levantou a varinha e fez uns gestos, as carteiras se afastaram e a sala parecia ter aumentado de tamanho. – os grupos são separados por cores, então, ache quem tem a mesma cor do botão do casaco – ele disse sorridente como se soubesse que aquilo foi muito criativo.
Todos começaram a olhar em direção dos seus botões, alguns gritavam “o meu anda continua preto” e o professor respondia “então essa deve ser sua cor querido”. Teve alguns conflitos, uns não sabiam o que era exatamente o que roxo e rosa, mas no final estávamos todos separados. E não sendo mais obvio do que o normal, parece que os astros gostam de me juntar com essas pessoas. Meu grupo era formado por, nada mais e nada menos, e só para causar mais uma coisa terrível em minha vida, Tiago, Brandon, Chloe, Sirius, Alice, Eu (obviamente), Dulce Stidder da Corvinal e Dean Camichael também da Corvinal. Agora a sala era bem misturada, já que era por “dons de trabalho” que nós tínhamos aula. Quando em vi, aquele amarelo nos botões dele, eu senti que não daria muito certo.
- Pelo menos conheço a maioria – comentou Brandon sorrindo pra mim, Chloe me secou com o olhar – Tudo bom?
- Tudo – respondi – E...
- Então galera – interrompeu Tiago – como iremos fazer isso?
- Acho melhor marcamos uns dias na semana pra nós se vermos sempre – comentou Dulce, ela era ruiva também, mas seu vermelho era mais escuro – Pra ficar organizado
- Concordo – disse Alice rindo
- Ta rindo do que garota? – perguntou Sirius
- Não vou falar agora Sirius – ela deu virou a cara pra ele
- Você me irrita, e é estranha – ele se encostou na mesa – Que dia então? Não pode ser nem nas segundas e nem nas sextas, também não pode ser nas quintas porque tem treino.
- Meu treino é nas sextas, então por mim tudo bem – disse Brandon.
- Vocês precisam treinar em, estão mal há anos – comentou Sirius
- Nem comece a me zuar Black, vocês só ganharam a temporada passada por causa do Potter e aquele goleiro de vocês
- Acho que não estamos aqui para conversar sobre Quadribol – disse Chloe com desprezo e friamente – Algum de vocês tem mais alguma coisa a dizer? – ela olhou para eu, Alice e Dean
- Por mim tanto faz, não sou do time – Dean tinha uma cara engraçada. Não era feio, e nem bonito. Ele parecia ser uma pessoa bem alegre e divertida. – Mas as reuniões dos monitores é dia de terça...
- Ainda tem isso – eu disse impaciente, Tiago me olhou
- Acho que poderia ser nas terças e nas quartas, nas terças depois da reunião dos monitores – ele disse, me olhando. Chloe se aproximou e ele deu um sorrisinho pra ela.
- Porque não pode ser na segunda mesmo Sirius? – perguntou Alice
- Eu te conto depois, quando você me contar porque estava rindo – ele sorriu
- Você é um idiota – ela revirou os olhos.
- É sempre assim? – me perguntou Dulce, rindo da situação
- É, e com o passar do tempo vai piorando, esses encontros vão ter é historias para ser contadas – eu sorri e olhei pra cara de Sirius, que ainda irritava Alice.
- Pode apostar – disse Chloe me olhando e sorrindo de lado. Ela era do tipo de pessoa que gostava de aparentar má comportamento, e além do mais ela olhava de um jeito de “sou superior que você” e eu não estava nem a ponto de ser subordinada por ninguém.
- Concerteza – afirmei e sorri de volta. Aquilo iria ser maravilhoso. E se ela estava buscando algum tipo de raiva, não seria fácil encontrar.
- Não brinca né, vocês todos em um grupo? O que foi isso, manipulação? – disse Maria na hora do almoço.
- Ta mais pra obra do capeta não é? Vai ser um inferno esse trabalho, eu já estou vendo... – olhei para cima e refleti. Discursões. Indiretas. Mais indiretas. Ódios se formando. Talvez um amor ali, ou um ciúme.
- Só sei que amanha nós já começamos e eu não tenho a menor idéia do que eu quero aprender, talvez uma forma de se livrar de pontas duplas... – Alice olhos para as pontas do cabelo e fez cara feia.
- Não sei pra que dizer o porque, afinal se a gente quiser é só decorar o nome e sair gritando por ai – disse, e depois pensei melhor – alias, não é bom não, se não podemos explodir, ou nascer furúnculos, não sei o que seria pior – bebi um pouco do suco.
- Vocês tomaram alguma coisa? Tipo um whisky de fogo envenenado? – perguntou Maria – estão falando coisas sem noção...
- É a pressão, sempre é culpa da pressão – disse Alice que deu um sorrisinho e olhou para Maria – como foi sua aula hã? Historia da Magia com Remo Lupin não deve ser tão chata assim...
- Nem comece. Eu não fico prestando atenção nele, e sim na aula. E, além do mais eu nem falei com ele ainda
- Ainda não é? Vejamos, onde esta o Reminho – Alice girou a cabeça pela mesa
- Eles não estão aqui, nenhum deles – falei, e comecei a mastigar.
- Um dia nós vamos ter alguma coisa que nos mostre onde estão todos neste colégio, ai uma coisinha que eu teria ter – Alice disse, e voltamos a comer.
- Tenho que ir, aula de Transfiguração agora, você vem Alice?
- Não, eu vou encontrar o Longbottom, e nós vamos para Herbologia
- Raam, o Longbottom em?! – disse cinicamente e ela mexeu nos cabelos e riu, ri também e sai andando para aula.
Entrei no corredor, depois dali teria aula de Poções. A velha e famosa, mas não querida, aula de Poções. Olhei para o caminho das masmorras, depois segui.
- Então Lilian, - disse Tiago nas minhas costas, pulei de susto – Desculpe por isso.
- Você me assusta sabe, como sabia que eu estava aqui? – continuei andando
- Temos as mesmas aulas. Todos os dias, foi fácil – ele disse sorrindo.
- Que. Ótimo. – revirei os olhos e continuei a caminho da sala.
- Temos um encontro amanhã. – ele continuava a me seguir.
- Um o que?
- Um encontro, do trabalho é claro – ele pôs a cabeça um pouco de lado e sorriu.
- Porque você me persegue?
- Não estou te perseguindo, estou indo para a aula, e como eu sou educado, eu converso com você, mas se você não quiser também não vai fazer grande diferença – parei e olhei para a cara dele – Que foi? – ele franziu a testa.
- Não vai fazer grande diferença, muito obrigada – voltei a andar.
- Não sei o que você quer, reclama porque eu converso com você, reclama porque se eu não conversar com você esta bom também, no dia que eu te entender Lilian, será a morte – ele deu uma risadinha
- Muito engraçado você, onde estão os seus amigos?
- Á caminho, e eu não gostei desse interesse todo neles – disse balançando a cabeça e colocou as mãos nos bolsos da calça.
- Você deveria se preocupar com outras coisas...
- Tipo? – ele me olhou, e eu olhei pra ele. Voltei a olhar pro caminho.
- Como na sua namorada, ela quer me matar ou o que? Acho que despertei um remorso nela – soltei um risinho
- Isso é ciúmes? – ele sorriu abertamente
- Ninguém falou nada sobre isso aqui, só digo que você deveria ir controlar o seu “dragãozinho”, antes que ela jogue fogo em mim. – ri depois com o duplo sentido
- Ela não gosta de você e eu não vou negar, ela sabe o quanto nós temos essa conexão - ele colocou um braço no meu ombro
- Por favor, não venha de gracinhas pra cima de mim Tiago, já passou disso não é? – finalmente a sala havia chegado.
- Pode ter passado, mas toda vez que nós tentamos avançar de fase algo errado acontece, estranho não é?
- É. Acho que é Merlin me alertando, vá se sentar – caminhei pelas cadeiras e sentei na terceira.
- Acho que você tem ciúmes dela – disse ele de repente, como ele adora fazer – Alias, acho que você ainda gosta de mim. – Gelei. Endureci na cadeira. E não pude dizer nada, fazer nada. Fiquei paralisada, não conseguia me mover. Senti um sorriso dele do meu lado. – Vá se sentar Potter, no seu devido lugar – a voz de Mcgonagall surgiu como sinos de alivio para mim.
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