Verdade descoberta
Capitulo 19 – Verdade descoberta
- Quem é o que Evans? – disse Sirius, fingido não entender o que eu havia falado.
- Lobisomem, isso mesmo, quem de vocês é? – o maxilar de Tiago estava travado.
- Ninguém é lobisomem aqui não Evans, não viaja – continuava Sirius, parecia ser o mais calmo dos quatro.
- Vocês não me enganam, tem um segredo por ai, sobre essas transformações, ou são lobisomens ou animagos – eu olhava bem para cada um deles, Pettigrew olhava para baixo, mexia nos botões de sua roupa, Potter olhava para a janela, ainda parecendo tenso, não tanto quanto Remo, que estava mais pálido do que antes, Sirius era o único que conseguiria falar alguma coisa.
- Pois bem, se nós fôssemos animagos teríamos de ser registrados, e todos saberiam, então tenha certeza que isso não é – disse ele se sentindo vitorioso.
- Do jeito que vocês são, não me assustaria se fossem animagos clandestinos – Potter olhou para mim, com as sombrancelhas levantadas, talvez estivesse impressionado.
- Incrível Evans – começou ele, todos os olharam – incrível o dom que você tem de acusar os outros, sem ao menos saber das coisas.
- Então me esclareça as coisas Potter, estou a ouvidos – sentei em um sofá – pode demorar o tempo que for, sei que há algo ai e eu não vou sair daqui até descobrir. – fiquei olhando a cara deles, todos bem sérios e tensos.
- Tudo bem, se é mesmo isso que você quer Evans – disse Remo levantando, recebendo olhares dos amigos – vamos lá fora agora – mandou todos eles se levantarem, inclusive eu, eles não queriam, ouvi Pettigrew mandar jogar um feitiço em mim, mas Remo o ignorou.
Não sabia o que eu estava prestes a ver, pensei até que eles tinham envolvimento com o ser do mal ou algo parecido, eles me pareciam tensos, Potter e Black falavam coisas para Lupin, na certa alguma forma para qu ele parasse e me falasse algo mais simples do que eu iria pressenciar.
Já estávamos perto do jardim, devia ser umas sete horas da noite já, já estava ficando escuro. Havia pessoas, mas eles continuavam a andar. Que não entrassem na floresta, era proibido esse horário.
- Tudo bem, se preparem – disse Remo entrando no salgueiro lutador. Como assim? Eu não ia chegar perto daquela arvore viva que se debate.
- Ficará tudo bem certo Evans? Não se preocupe, você que quer saber o que tanto a gente esconde – disse Sirius, fazendo drama, e então os três foram para longe de mim.
Eu estava realmente com medo, todo aquele silêncio, o Lupin entrando no salgueiro lutador e Black falando pra eu não me preocupar, coisa boa não ia sair dali não.
Não demorou muito, alguns gritos de alguma fera ecoaram dentro do salgueiro lutador, dei um passo para trás. Parece que minha suspeita estava certa. Mas então, eu fitei Pettigrew, e a outra suspeita também estava certa, uma transformação um pouco lenta, de um gordinho e baixo, para um rato foi impressionante, eu não piscava, e minha respiração estava baixa. Corri meu olhar para Black e Potter, não achei Potter, só um veado ou um cervo, não sei diferenciar aquele animal, grande e pomposo perto do salgueiro, vi rapidamente um garoto correr e em meio á um salto virar um cachorro de pêlos muito escuros, eles eram todos animagos, impressionante. Mas Lupin, ou a fera, ainda não havia saído da arvore, e eu estava tensa. Um Black-cachorro se aproximou de mim, seus olhos ainda eram mantidos azuis, e de alguma forma eu ainda sabia que tudo por ali estava controlado.
Pisquei, e ainda bem que eu pisquei, foi o tempo da pálpebra fechar e abrir que um anorme bicho saltou do salgueiro, tinha uns três metros, era branco, de aparência não muito saudável, havia uns poucos cabelos, não estava descontrolado, não era lua cheia, só amanha que seria, agora eu entendo porque das viagens inesperados de Remo Lupin, e suas faltas sempre justificadas pelo diretor. Tudo agora ficava explicado.
O Lupin-lobo uivava junto com o Black-cachorro, já Potter-veado ou cervo e Pettigrew-rato estavam parados, apenas passiando.
Não foi muito tempo, em uns dez minutos todos voltaram ao normal, Lupin demorou um pouco para voltar a fase normal de humano, sua aparência parecia mais legal agora.
Nos reunimos assim que todos se ajeitaram, ficaram calados por um pequeno espaço de tempo.
- Então, vocês três são animagos – falei olhando para Black, Potter e Pettigrew – e você Remo, ahm... – disse meio desconcertada.
- Não se preocupe Evans, estou até feliz – disse ele rindo – quando conto a mais alguém, é como se algo pesado estivesse saindo de mim.
- Mas então vocês são animagos ilegais não é? – disse, querendo não ficar nesse assunto de lobisomem com Remo.
- Sim. – disse Potter.
- Então, Black é um cachorro, Pettigrew um rato e Potter um veado? – entravamos no castelo neste momento.
- Cervo. – ele me corrigiu.
- Certo, cervo – não dava muita importância para o que ele falava era como se o que ele dissesse para me corrigir fosse apenas uma voz ecoando em minha mente.
- Fica só entre a gente certo Evans, tudo isso – disse Remo, simpático como sempre.
- Claro que sim, não falarei a ninguém, até porque eu achei divertido – disse sorrindo.
- é mais divertido ainda quando você se transforma e fica passiando no banheiro feminino – disse Pettigrew sorridente, levando um tapa de Sirius.
- Calado rabicho – repreendeu Sirius – segredo nosso – disse ele rindo – e sim, nossos codinomes são relacionados a nossas formas animagas
Nem nisso eu estava pensando, mas se ligava, aluado; lua; lobisomem. Pontas; cervo; os chifres pontudos. Almofadinhas e Rabicho que eram difíceis de se explicar.
- Vamos subir logo antes que um fantasma passe por aqui, tipo o pirraça – disse Potter, sua voz parecia normal, não como antes quando tinha que falar comigo.
Subimos bem rápido as escadas para a torre da Grifinória.
- Toda essa história quero que fique só entre nós certo Evans? – continuou Remo quando subimos.
- Pode deixar, agradeço a vocês pela confiança em me contar tudo isso – disse sorrindo, fui em direção as escadas do dormitório, já devia passar da meia-noite.
- Não tem nada que agradecer Evans, fizemos porque nós queríamos – disse Pettigrew, jogando-se em um sofá
- Só você – disse Potter – Porque eu fiz porque o aluado encheu o saco – ele deu um meio risinho e sentou também – transformar do nada e pro nada cansa – Pro nada? Ele me chamou mesmo de nada?
- Pois é, obrigado Evans, por entender, amanha eu não vou estar aqui – disse Remo, já sabia porque – Estou cansado, vou dormir, transformar DO NADA cansa também – ele enfatizou o ‘do nada’ como se tivesse observado que Potter havia me achado insignificante assim como eu achei.
Ele subiu as escadas, e eu ia fazer o mesmo gesto.
- Ei Evans – chamou Black e veio até mim nas escadas – Você está tendo algum tipo de relacionamento com o Coote? – como assim, o que esse menino quer?
- Que pergunta é essa Black?
- Não me responda com outra pergunta, só me responda – disse ele sorrindo, ai ver uma frase confusa.
- Estou – eu estava tendo algum tipo de relacionamento com Cadu sim, amizade era um relacionamento.
- Que tipo de relacionamento? – mas o que Black quer afinal.
- Que tipo de liberdade é essa Black?
- Não me responda com outra pergunta novamente Evans, que mania – disse sorrindo – é eu sei, mas era apenas curiosidade... você esta apenas saindo com ele não é?
- Só vou sair com ele sábado.
- Só?
- Só! – eu estava impaciente com Black querendo saber dessa minha vida.
- Então se um dia, um dia, não sei quando, pode ser lá no final do 7° ano, um dia, se o Tiago te chamar para ir á Hogsmead você iria?
- Ele esta mandando você vim aqui é? – Potter nem olhava para a gente, parecia meio impaciente.
- Quantas vezes pedirei para que você não responda com outra pergunta? – disse ele rindo mas uma vez – e não, ele não me mandou aqui, se ele soubesse eu já estaria morto, não vou falar pra ele, quero guardar só pra mim – disse sorrindo marotamente.
- No último ano do colégio quem sabe. Até lá ele vai ter amadurecido o suficiente – disse sorrindo também
- Há alguma chance então, ou tudo esta perdido? – o que ele quer que eu fale, seja direto Black.
- Uma pequena chance, lá no fundinho – disse subindo o primeiro degrau
- Eu sabia que ele era bom no beijo - falou afirmando com o braço, Black não era uma pessoa normal – Ai, o que um Potter não faz – disse ele pensativo.
- Calado em Black, olhe lá sua vida, cuide bem dela
- Nossa, agora que eu vou cuidar, posso morrer dos dois lados do ringue – falou e saiu, e eu também subi para dormir. Dois lados do ringue, creio que na certa eu e o Potter estamos em uma luta, que eu não sei qual será o premio.
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