Feriados



As meninas ficaram acordadas até as três horas da madrugada, conversando, rindo e ouvindo música, tendo, como conseqüência, dormido até tarde na manhã seguinte, à exceção de Sophie. Mesmo tendo ido dormir tarde, ela acordou no mesmo horário em que costumava acordar quando estava na escola, levantou-se, tomou um banho e após um copo de leite gelado na cozinha, saiu para passear com Mellody. Ao retornar, cerca de uma hora e meia mais tarde, encontrou seu pai na cozinha, preparando o café da manhã.


- Bom dia, pai. – cumprimentou ela, ao entrar na cozinha, indo até onde o pai estava.


- Bom dia, querida. – respondeu o Sr. Fitzwillian, dando-lhe um beijo na testa – Pensei que só fosse acordar mais tarde...


- Estou acostumada com o horário da escola. – justificou Sophie, sentando-se à mesa – Além disso, é o melhor horário pra sair com a Mell.


- É, é sim. – concordou Charles, verificando os waffles.


- E as meninas?


- Ainda não acordaram. – respondeu o pai – Vocês foram dormir bem tarde ontem.


- É. – concordou Sophie – Quer ajuda?


- Seria ótimo.


Sophie foi até a pia e lavou as mãos. Colocou um avental e foi ajudar o pai a preparar o café, espremendo as laranjas para o suco e passando café fresco, enquanto o Sr. Fitzwillian terminava os waffles, que colocou na mesa junto com três diferentes tipos de geléia.


- Bom... dia... – cumprimentou Laura, bocejando, ao entrar na cozinha, ainda de pijamas.


- Bom dia, Tio Charles. – cumprimentou Joanna, que estava um pouco mais acordada, ao chegar também – Bom dia, Soph.


- Bom dia, meninas. – respondeu o Sr. Fitzwillian – Com fome?


- Morrendo. – disse Joanna, sentando-se à mesa.


- Gina e Mione ainda estão dormindo? – perguntou Sophie.


- Não, já acordaram. – respondeu Laura – Já devem estar descendo.


Nem bem Laura acabou de falar, Gina e Hermione apareceram à porta da cozinha, ambas com caras de sono.


- Bom dia. – cumprimentaram elas.


- Bom dia! – responderam as três Diamantes, em uníssono.


- Bom dia, meninas. – disse o Sr. Fitzwillian – Espero que gostem de waffles.


As duas meninas se acomodaram também à mesa, onde estava o enorme prato de waffles, que estavam com uma aparência ótima, e um cheiro melhor ainda.


- Preparem-se, meninas. – disse Joanna – Vocês vão comer os melhores waffles das vidas de vocês.


Todos então começaram a se servir. Ao dar a primeira mordida em seus waffles, Gina e Hermione perceberam que o elogio de Joanna não fora exagerado. Os waffles estavam realmente deliciosos.


- Hmm... os waffles estão mesmo uma delícia, Sr. Fitzwillian. – disse Hermione.


- Por favor, Hermione, eu não sou assim tão velho. – brincou Charles – Pode me chamar de Charles.


- Ou “Tio Charles”, que é como nós chamamos. – disse Laura, e todos riram.


- É, Tio Charles também pode. – disse o pai de Sophie, ainda rindo – Mas, então, o que vão fazer hoje?


- Bom, como é o primeiro dia das meninas, pensamos em fazer o típico passeio de turista. – disse Sophie – Andar pela cidade, visitar os pontos turísticos... Mione disse que é doida pra conhecer o Cristo.


- E depois, é claro, um passeio pelo calçadão de Copa, com direito a uma boa água de coco, bem geladinha.


- Hmm... programão, hein?


Logo depois do café, as meninas se vestiram, e após aplicarem generosas camadas de protetor solar, sobretudo em Gina e Hermione, que não estavam acostumadas ao sol forte do Rio, despediram-se do pai de Sophie e saíram para o seu passeio. Foram ao Corcovado, andaram no bondinho e tiraram dezenas de fotos aos pés do Cristo Redentor. As Diamantes mostraram a Gina e Hermione os Arcos da Lapa, falando sobre as festas populares que aconteciam ali com freqüência, foram ao Sambódromo do Rio, onde Laura e Joanna tentaram, até com algum sucesso, ensinar o samba às duas inglesinhas. Deram voltas e voltas pela cidade, visitaram todos os principais pontos turísticos como a Biblioteca Nacional, que encantou Hermione, o Teatro Municipal e vários outros, tendo parado apenas para um lanche, no meio da tarde, e depois para tomarem um sorvete, pois estava bastante calor. Por fim, foram à praia de Copacabana, onde Gina e Hermione ficaram completamente encantadas com a beleza da praia.


- Merlin, Soph! – exclamou Hermione – Isso aqui é lindo!


- Vamos até a beira? – pediu Gina.


- Claro, Gi!


As cinco então descalçaram as sandálias e chinelos, e atravessaram a faixa de areia, indo até a beira da água, onde molharam os pés.


- Ai, a água tá tão quentinha... – comentou Gina.


- Deve estar uma delícia lá dentro. – disse Hermione.


- Amanhã vamos sair pra comprar os biquínis de vocês. – disse Laura – Aí vamos poder tomar um banho de mar.


- Oba!


- Nossa, quanto menino bonito tem aqui... – comentou Hermione, olhando para um grupinho de surfistas que conversavam, perto de onde elas estavam. Um dos garotos piscou para ela, fazendo-a corar até o último fio de cabelo.


- Olha a Mione, arrasando já no primeiro dia em Copa! – brincou Laura, e todas riram.


- Isso que ela nem tá de biquíni ainda. – acrescentou Joanna, e Hermione ficou ainda mais vermelha.


- Parem, meninas! – repreendeu Sophie, meio rindo – Vocês estão deixando ela envergonhada!


- Tá bom, vai?! – concordou Laura – Vamos tomar a nossa água-de-coco?


Elas voltaram para o calçadão, indo até um dos vários quiosques e compraram águas-de-coco para todas. Ficaram ali, conversando, sentadas na areia, e bebendo suas águas-de-coco – que Hermione e Gina adoraram – até o sol começar a se pôr, quando decidiram voltar para casa.


Enquanto isso, em Londres, já era noite e fazia bastante frio. Draco estava na biblioteca, junto com Annabella e Narcissa, fazendo os deveres que a professora McGonagall havia passado para os feriados, mas ao mesmo tempo em que descrevia os feitiços de Transfiguração Humana que haviam sido pedidos, pensava em algo que nada tinha a ver com as aulas da severa professora. Naquela noite, a hóspede, Annabella, havia jantado com ele e sua mãe, na sala de jantar. Nenhum deles falou muito, Annabella demonstrou apenas algum interesse por Hogwarts, quis saber um pouco sobre como estava a escola, e Narcissa, embora houvesse convidado a outra mulher a acompanhá-los à mesa, esteve tensa durante toda a refeição. Mais uma vez, Draco forçava sua mente a pensar sobre a pessoa a quem o rosto da bela mulher morena lhe remetia, e desta vez, finalmente conseguiu descobrir.


“Os olhos dela são com certeza mais bonitos do que os de mamãe...” – pensava ele, enquanto, rabiscava distraidamente um canto do pergaminho – “Mas não são mais do que os da...ei! O que eu tô pensando? Aquela garota é... é ela! Annabella se parece com ela!”


- Draco? – chamava Narcissa, mas ele não a ouvia – Draco!?


- Hã? – fez o garoto, fitando-a com ar confuso – O quê?


- Annabella estava falando com você. – respondeu Narcissa, tensa novamente.


- Ah, desculpe, eu me distraí. – disse Draco, disfarçando – O que disse?


- Devo encontrar com o Lorde amanhã. – disse a mulher – E devo informar a ele como está o andamento de sua missão.


- Ahn... eu estou tentando uma coisa... – disse Draco – só que estou tendo um pouco mais de dificuldade do que imaginei que teria.


- Entendo... – disse Annabella, e Draco não gostou do tom de sua voz.


- Mas irá funcionar. – ele apressou-se em acrescentar – E a ordem dele será cumprida.


- Ótimo. – disse Annabella – Repassarei esta informação a ele. Agora, se me dão licença...


Ela levantou-se da poltrona e, desejando boa noite a Draco e Narcissa, deixou a biblioteca, subindo as escadas para ir para seu quarto. Narcissa respirou fundo, soltando o ar ruidosamente, aliviada com a saída da mulher.


- Mãe? – chamou Draco.


- Sim? – perguntou ela.


- Nada. – mentiu o garoto, desistindo do que ia perguntar – Nada.


Na manhã seguinte, as Diamantes, Gina e Hermione acordaram por volta das nove horas, tomaram café, se vestiram e se prepararam para sair.


- Onde é que vocês vão hoje? – perguntou o Sr. Fitzwillian, ao vê-las descendo a escada. Laura e Joanna se entreolharam, com sorrisos marotos nos rostos.


- Shoooooping! – disseram as duas juntas, e todos riram.


- As meninas precisam de biquínis. – explicou Sophie.


- Eu devia ter imaginado. – disse o Sr. Fitzwillian, ainda rindo – Cinco meninas, assim tão animadas logo pela manhã... só podiam estar indo fazer compras.


- Pai! – exclamou Sophie, indignada.


- Eu estou só brincando! – disse o Sr. Fitzwillian, erguendo as mãos em sinal de rendição, e depois beijando-a na testa – Vocês vêm para o almoço?


- Aham.


- Então, até mais tarde. – disse ele – Boas compras.


- Valeu, Tio Charles. – disse Laura.


- Tchau!


As meninas foram de táxi até um shopping, no centro da cidade. Entraram em várias lojas, andaram, andaram, e andaram, até que finalmente encontraram uma loja cujos modelos na vitrine as agradou. Escolheram vários modelos, e então foram até os provadores para experimentá-los. Gina gostou de um biquíni de lacinho, vermelho-escuro com flores brancas, que teria feito seus irmãos terem um ataque cardíaco coletivo.


- Gininha... tá lindo! – elogiou Laura, quando ela abriu a cortina do provador.


- Tá mesmo, Gina. – concordou Sophie – Ai, Fred vai me matar...


- Eu adorei. – disse Gina, olhando-se mais uma vez no espelho – Tá decidido, é esse.


Hermione preferiu um modelo um pouco mais fechado, frente-única, verde-escuro, com um bonito bordado na parte de cima.


- Aí, Mione! – brincou Joanna – Maior gata!


- Agora o surfista vai gamar! – acrescentou Laura.


- Parem, meninas! – pediu Hermione, encabulada – Ficou bom mesmo? – perguntou ela, olhando-se no espelho.


- Ficou lindo, Mione! – disse Sophie – Você tem que ficar com ele.


- Aham. – concordou Laura – Vai, Soph, experimenta esse. – disse ela, jogando um biquíni nas mãos de Sophie.


- Ah, não, Lau... não quero experimentar...


- Ah, deixa de ser chata, Soph! – disse Joanna.


- É, experimenta, Soph! – concordou Gina.


- Tá bom, suas chatas! – disse Sophie, entrando em um dos provadores com o biquíni.


Laura, depois de experimentar diversos modelos diferentes de biquínis, finalmente escolheu o que iria levar – o primeiro que tinha experimentado –, um tomara-que-caia, amarelo-claro, que realçava seu bronzeado, e convenceu Sophie a levar o biquíni que havia experimentado, preto, semelhante ao de Hermione, porém sem o bordado e com uma amarração lateral na parte de baixo. Elas também compraram cangas e shorts, para Hermione, Gina e Sophie, para atender ao pedido de Fred, e depois de pagarem pelas compras, voltaram para casa, para o almoço.


Harry, Rony e os gêmeos estavam voltando do pequeno campo de Quadribol improvisado, ainda em meio a risadas, atendendo ao chamado da Sra. Weasley para o almoço. Entraram em casa, e já iam se dirigindo para a escada, quando a Sra. Weasley chamou.


- Harry, querido, pode vir até aqui?


Os meninos se entreolharam, e Harry então dirigiu-se até a porta da sala de estar, ainda com a Firebolt na mão. Ao entrar no cômodo, foi surpreendido pela presença de outra pessoa além da Sra. Weasley.


- Ah, Sr. Potter. – exclamou o homem – Finalmente.


Harry encarou, surpreso, o rosto que até então só havia visto estampado em fotografias no Profeta Diário; o ministro da magia, Rufo Scrimgeour, sustentou seu olhar, por trás dos óculos de arame.


- Ahn, eu... vou deixa-los a sós. – disse a Sra. Weasley, levantando-se e deixando a sala, esbarrando em Rony e nos gêmeos, que espiavam a cena.


- Mas... vocês...


- Shhh... mamãe! – fez Fred, e, surpreendentemente, a Sra. Weasley obedeceu, ficando junto com eles, em silêncio, escutando ao lado da porta.


Dentro da sala, Harry, ainda de pé, esperava o ministro começar a falar.


- Bem, Harry, já faz algum tempo que eu desejava encontrá-lo, sabe – disse Scrimgeour –, mas Dumbledore não tem facilitado para mim.


Harry manteve-se em silêncio, ainda encarando o ministro. Scrimgeour franziu o cenho, e pigarreou, levemente nervoso.


- As histórias que têm circulado, sobretudo após o incidente no Ministério... – continuou o ministro – “O Eleito”, é como vem sendo chamado. Suponho que Dumbledore e você já tenham discutido a respeito...


- É, nós já falamos sobre isto. – disse Harry, em tom seco.


- Ah, sim? – fez Scrimgeour – E o que Dumbledore pensa disto?


- Desculpe, senhor, mas isto é entre ele e eu.


- Oh, claro, eu... compreendo. – disse o ministro, embora não parecesse de fato compreender – Mas... a comunidade bruxa, todos estão de fato... acreditando.


Harry nada disse. Sentiu que Scrimgeour estava chegando ao ponto em que desejava chegar desde o início.


- As pessoas acreditam que você é “O Eleito”. – continuou o bruxo – Você é um símbolo de esperança para muitos, e se estivesse ao lado do Ministério...


- Não estou entendendo o que exatamente quer dizer, senhor. – disse Harry, fingindo não ter percebido as intenções de Scrimgeour.


- Bem, é tudo uma questão de imagem. – disse Scrimgeour – Se fosse visto no Ministério, algumas vezes, passaria a imagem correta, daria uma boa impressão.


- Basicamente, o senhor quer que eu vire uma espécie de garoto-propaganda do Ministério? – perguntou Harry, desistindo de fingir-se de desentendido.


- Bem, acho que você deveria ver isto como uma espécie de dever, afinal...


- Dever? – interrompeu Harry – Não devo nada ao Ministério. – disse ele, em tom ríspido – Na verdade, o Ministério é que deve a mim. – acrescentou, mostrando ao ministro as costas da mão direita, onde ainda estavam as marcas do castigo que Umbridge lhe impusera no ano anterior.


- Percebo que não irei conseguir nada de você, Harry. – disse Scrimgeour – Mas antes de ir, há uma coisa mais que quero lhe perguntar.


Harry apenas encarou-o, de forma desafiadora.


- Aonde Dumbledore vai, quando se ausenta de Hogwarts? – perguntou o ministro, abruptamente – O que ele anda fazendo?


- São duas perguntas, Ministro. – disse Harry, em tom de ironia – Eu não sei aonde o professor Dumbledore vai, ou o que está fazendo, mas, se soubesse, também não diria ao senhor. – acrescentou ele, de forma insolente.


- Ele realmente fez um ótimo trabalho com você. – disse Scrimgeour, e Harry pôde sentir toda a irritação que o ministro tentava conter – Você é por inteiro um homem de Dumbledore.


- Sou. Que bom que isto ficou claro. – disse Harry – Agora se me dá licença, eu realmente preciso de um banho.


E dizendo isto, deu as costas a um ministro estupefato e furioso, deixando a sala de estar, rumo à escada torta d’A Toca.


Depois do almoço, as meninas ainda ficaram em casa por algum tempo, conversando e jogando Twister – as Diamantes e Hermione ensinaram Gina como se jogava –, até a hora em que o sol ficaria um pouco mais fraco, para irem à praia. Por volta das três horas, pegaram esteiras, bolsas e guarda-sóis, vestiram os biquínis e os shorts, tomaram um verdadeiro banho de protetor solar e então foram levadas pelo pai de Sophie até a praia.


Estenderam as esteiras e abriram os guarda-sóis em um ponto já conhecido pelas Diamantes, perto de um dos quiosques, cujo dono conhecia o Sr. Fitzwillian, e costumava tomar conta das coisas das meninas enquanto elas estavam na água. Tão logo tudo estava arrumado na areia, Gina despiu o short, ficando somente com o biquíni, no que foi logo imitada pelas demais, e as cinco então caíram na água. Foram até onde a água alcançava um pouco acima da barriga – por causa de Gina, que nunca havia tomado banho de mar – e ali ficaram, mergulhando, jogando água umas nas outras e nadando.


- Isso é uma delícia! – disse Gina, que flutuava, deitada, olhando para o céu azul, enquanto as ondas balançavam levemente seu corpo.


- É, e a água ta tão morninha... – disse Hermione, também flutuando, enquanto agitava os braços devagar para se mover.


Elas ficaram na água por um tempo, e depois voltaram para a areia. Laura e Joanna passaram bronzeador, e se estenderam no sol. Hermione, Gina e Sophie reforçaram o protetor solar, e preferiram ficar debaixo do guarda-sol.


- Hmm... tá me dando fome! – disse Gina, abraçando a barriga.


- Ficar na água faz isso. – explicou Sophie.


- Vontade de comer picolé... – disse Laura.


- Ih, duas! – disse Joanna.


- O que é picolé? – perguntou Gina.


- É parecido com sorvete, Gi – explicou Hermione –, mas vem num palitinho.


- Ai, me deu vontade também. – disse Sophie – Vou lá comprar pra gente. Que sabor vocês querem?


- Eu quero de limão. – disse Joanna.


- Dois de limão! – disse Laura.


- Gina? – perguntou Sophie, enquanto se levantava.


- Hmm... tem de chocolate? – perguntou a ruivinha.


- Aham.


- Eu vou com você, Soph. – disse Hermione, levantando-se – Ou vai faltar mão pra trazer os picolés.


As duas foram então até o quiosque, onde compraram os picolés, e voltaram correndo até onde as meninas haviam ficado, pois os picolés estavam derretendo rápido. Depois de comerem os picolés, as cinco decidiram voltar a entrar na água, e levaram a bola de Laura, para jogarem um pouco.


- Ei, tem lugar nessa rodinha?


As meninas pararam de jogar e se viraram na direção da voz. Quatro garotos se aproximavam, andando contra as ondas.


- Podemos jogar com vocês? – perguntou um deles, moreno de olhos verdes. Ele encarava Sophie.


As meninas se entreolharam, e todas deram de ombros. Os garotos as observavam, esperando pela decisão. Um deles olhava para Hermione com interesse.


- Tudo bem. – disse Sophie, por fim.


- Meu nome é Rafael. – disse o garoto moreno – E estes são Davi, Maurício e Felipe. – apresentou ele, apontando os amigos um a um.


- Sophie. – respondeu Sophie – E estas são Laura, Joanna, Hermione e Gina. – apresentou ela.


- Muito prazer, meninas.


As meninas abriram espaço para que os garotos entrassem na rodinha. Rafael ficou entre Sophie e Laura; o garoto que encarava Hermione, Felipe, ficou entre a inglesinha e Joanna. Davi fez sinal para Maurício, que se dirigiu até o lugar entre Joanna e Gina, e ficou com o lugar entre a ruivinha e Laura.


O grupo se divertiu bastante jogando vôlei. Joanna, Hermione, Rafael e Felipe jogavam bem; Sophie, Laura e Davi eram jogadores razoáveis, e Gina e Maurício eram péssimos. Mas no fim, apesar de muitas boladas, eles acabaram se acertando e o jogo rendeu muitas risadas. Depois de jogarem por um bom tempo, eles voltaram juntos para a areia, e ficaram conversando, perto de onde estavam as coisas das meninas. Davi e Laura ficaram um pouco mais afastados, conversando muito perto um do outro, enquanto, mais perto dos demais, Felipe jogava todo seu charme em cima de Hermione.


- Então, você é inglesa? – perguntou ele – Seu português é muito bom.


- Obrigada. – agradeceu Hermione, levemente corada.


- E você fica muito linda assim, vermelhinha. – brincou o garoto, e Hermione corou ainda mais.


Enquanto isso, Rafael tentava, sem muito sucesso, se aproximar de Sophie. Ela estava reaplicando o protetor solar em Gina, e, aparentemente ele não vira a aliança de prata que ela continuara a usar para manter as aparências, embora não tivesse tido oportunidade de falar com Fred a respeito antes de partir. Gina tentava com todas as forças segurar o riso, e evitava olhar para o garoto, para não cair em tentação.


- Você nem parece ser mesmo do Rio. – dizia ele – É tão branquinha...


- Eu não pego muito sol. – respondeu Sophie – E também, passei todo o último ano na Inglaterra.


- Ah...


- Pronto, Gina. – disse Sophie – Está protegida.


- Vou dizer pro Fred que você cuidou muito bem de mim. – disse a ruivinha, divertida.


- Quem é Fred? – perguntou Rafael.


- Meu namorado. – respondeu Sophie.


- Ah, puxa, você tem namorado... – disse o garoto, meio desanimado.


- É, tenho. – confirmou Sophie.


- Que pena.


Sophie riu.


- Bem, depende do ponto de vista, né? – perguntou ela, e o garoto riu.


- É. – concordou ele – Do meu ponto de vista é.


Eles ainda voltaram a jogar vôlei, desta vez na areia, e Rafael ficou um pouco distante de Sophie. Depois, a pedido das meninas, Davi tirou fotografias das cinco, que, para tirar as fotografias, vestiram todas seus shorts e cangas, saindo muito comportadas em quase todas as fotografias, ou pelo menos, nas que Fred, Rony e Harry veriam.


As meninas então decidiram ir embora, para a tristeza dos meninos, sobretudo de Felipe, que ainda estava com Hermione, de quem apenas conseguira um leve beijo no rosto. Davi foi o único dos meninos que conseguiu alguma coisa naquele dia, pois acabou trocando números de telefone e alguns beijos discretos com Laura, enquanto ninguém prestava atenção.

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