chapter eight.
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Lene estava bem consciente de que aquele banho havia relaxado cada célula de seu corpo. Estalou as juntas do pescoço, e depois enrolou uma toalha nos cabelos molhados. Já vestia um roupão de algodão fofo e pequeno demais para ela, que ia até menos da metade de suas coxas. Quando terminou de escovar os dentes, ouviu alguém chamando-a no quarto da suíte. Não era Lílian – não, era uma voz que ela conhecia bem. Uma voz de veludo. “Saia do meu quarto, paspalho”, ela pensou, irritada, espiando Sirius pela fresta.
- Lene? – ele chamou de novo.
Marlene não conseguiu dizer nada. Apenas fincou os pés no chão, decidida que não sairia dali por nada para falar com ele. Seus sentimentos ainda estavam à flor da pele por causa da noite anterior – e por perto dele, quando eles não ficavam à flor da pele mesmo? – e ela não estava nada bem para outra briga.
- O que é isso... – ele falava consigo mesmo.
Lene quase gritou. O pergaminho. O maldito pergaminho que tinha as palavras manchadas pelas lágrimas que ela escrevera na noite anterior, cheio de desenhos de luas, estrelas e floreios que ela riscara nervosamente, estava esticado em sua cama, chamando-o. Lílian havia lido e esquecido de guardar antes de ir assistir a um filme no quarto de James e deixá-la sozinha. E Sirius já estava com as mãos nele. E estava lendo.
About the things we've gone through/ Sobre as coisas que nós passamos
Though it's hurting me/ Embora isso me machuque,
Now it's history/ Agora é passado
I've played all my cards/ Eu joguei todas as minhas cartas,
And that's what you've done too/ E foi o que você fez também
Nothing more to say/ Não há mais nada a dizer,
No more ace to play/ Nenhum ás a mais a jogar
The winner takes it all/ O vencedor leva tudo,
The loser standing small/ O perdedor fica menor
Beside the victory/ Ao lado da vitória,
That's a destiny/ Está o seu destino
I was in your arms/ Eu estava em seus braços,
Thinking I belonged there/ Achando que ali era o meu lugar
I figured it made sense/ Eu achava que fazia sentido,
Building me a fence/ Construindo-me uma cerca
Building me a home/ Construindo-me um lar
Thinking I'd be strong there/ Achando que seria forte lá
But I was a fool/ Mas fui uma tola,
Playing by the rules/ Jogando conforme às regras
The gods may throw a dice/ Os deuses podem jogar um dado,
Their minds as cold as ice/ Suas mentes são tão frias quanto gelo
And someone way down here/ E alguém bem aqui embaixo,
Loses someone dear/ Perde alguém querido
The winner takes it all./ O vencedor leva tudo,
The loser has to fall/ O perdedor tem que cair
It's simple and it's plain./ É simples e está claro,
Why should I complain?/ Por que eu deveria lamentar?
But tell me does she kiss/ Mas diga-me se ela beija,
Like I used to kiss you?/ Como eu costumava te beijar?
Does it feel the same/ Mas diga-me se é a mesma coisa,
When she calls your name?/ Quando ela o chama?
Somewhere deep inside/ Em algum lugar bem profundo,
You must know I miss you/ Você deve saber que eu sinto a sua falta
But what can I say/ Mas o que eu posso dizer?
Rules must be obeyed/ As regras tem de serem obedecidas
The judges will decide/ Os juízes decidirão,
The likes of me abide/ As coisas boas da minha vida,
Spectators of the show/ Os espectadores do espetáculo,
Always staying low/ Sempre ficam quietos
The game is on again/ O jogo começa de novo,
A lover or a friend/ Um amigo ou amante?
A big thing or a small/ Uma pequena ou uma grande coisa?
The winner takes it all/ O vencedor leva tudo
I don't wanna talk/ Eu não quero conversar,
If it makes you feel sad/ Se isso te deixa triste
And I understand/ E eu entendo,
You've come to shake my hand/ Você veio me dar um aperto de mão
I apologize/ Peço desculpas,
If it makes you feel bad/ Se isso faz você se sentir mal
Seeing me so tense/ Ao me ver tão tensa
No self-confidence/ Sem auto-confiança
But you see/ Mas você compreende
The winner takes it all.../ O vencedor leva tudo...”
Marlene observou enquanto Sirius lia o pergaminho todo, sentado em sua cama, apreensivo. Ela estava agonizando, lutando contra uma vontade imensa de correr até ele e amassar aquele maldito pergaminho e jogar em sua cara, porque ele não tinha direito algum de sair lendo as coisas dos outros – mas não soube qual foi a maldita força que a segurou e deixou que ele terminasse toda a leitura.
Com raiva, ela puxou a porta do banheiro de uma vez e a trancou, fechando a brecha e fazendo um barulho tremendo por causa da força. Ela encostou as costas na parede ao lado da porta e deslizou até o chão, e sentiu as mãos começarem a tremer, e as lágrimas encherem seus olhos.
- Marlene... não seja infantil – Sirius estava na porta, batendo devagar – me deixe entrar.
- Vá embora. – disse, com a voz embargada pelo choro.
- Eu vou ficar aqui a noite toda, até você sair e ouvir o que eu tenho pra falar.
- Sirius, eu não quero mais brigar com você, saia!
Ela ouviu ele assobiar, e depois ouviu um barulho fofo. Lene enterrou o rosto nas mãos. “Impertinente...”
- Quer saber, acabei de conjurar seu travesseiro pra ficar esperando mais confortavelmente.
Após uns cinco minutos nos quais os dois ficaram em silêncio, Lene limpou as lágrimas no rosto e ergueu-se do chão, olhando-se no espelho. Seus olhos estavam vermelhos e suas bochechas, antes pálidas, coradas. Seus pés reclamaram de frio, e seus dedos estavam gelados.
Ela tirou a toalha do cabelo.
- Passa a minha varinha pra mim – ela pediu para Sirius.
Em dois segundos, ele havia conjurado a varinha e ela surgia por debaixo da porta. Lene resmungou um obrigado e secou os cabelos de uma vez só, com um feitiço, deixando-os lisos da raiz até as pontas.
- O que você está fazendo? – Sirius perguntou, rouco.
- Nada que lhe interesse. – alfinetou, jogando os cabelos para trás. Eles já haviam crescido até um palmo antes do fim de sua cintura, e Lene suspirou.
- Tudo o que você faz me interessa.
- Bem, eu estou pensando em pegar umas tesouras aqui. E você?
- Eu estou pensando em quando eu vou ter coragem de lançar um feitiço pra arrombar essa maldita porta.
- Ainda bem que você é covarde.
Sirius riu.
- Lene, você consegue ser engraçada até em momentos como este.
- Convencido.
- Lene...
- Sirius, quieto, eu tenho que me concentrar.
Ela mediu o cabelo pelo espelho, e com habilidade, enfeitiçou uma tesoura afiada que havia em uma gaveta, e cortou uns cinco dedos da extensão do seu cabelo.
- Se concentrar em quê? – ele perguntou, hesitante.
Lene pensou no contexto e no lugar em que estava, e gargalhou.
- Novamente em nada que lhe interessa.
- Venha aqui, Lê, está frio – ele pediu com sua voz de veludo macio.
- Você não sente frio, paspalho.
Ela sentou-se na patente e abraçou as próprias pernas, martirizando-se por não ter levado a roupa ao banheiro. Ouviu que ele conjurava mais algumas coisas e ficou curiosa.
- O que você está fazendo em meu quarto, Sirius Black?
- Estou relendo de novo o pergaminho, pela trigésima nona vez – respondeu em voz baixa.
Em voz quase emocionada. Quase.
- Pois pare de ler agora.
- Oras, foi escrito pra mim, eu tenho todo o direito.
- Maldito, quem disse que foi pra você?
Ele gargalhou, e Lene ficou mais furiosa ainda.
- Então, é para Amos? Lene, pare com esse seu joguinho.
Ela ficou quieta alguns instantes e depois perguntou, agoniada:
- Você está em que parte?
- But tell me does she kiss… Like I used to kiss you? Does it feel the same, When she calls your name? - ela estremeceu ao reconhecer a passagem na voz melodiosa e macia do garoto. Estremeceu mais quando ele completou: – não. Ela não me beija como você, ninguém beija, Lene.
Marlene levantou-se e contornou o azulejo da parede com o dedo, fechando os olhos para sentir o relevo. Sirius havia se levantado também, e estava com a testa colada na porta do banheiro, com o pergaminho entre os dedos.
- Eu poderia ter ficado a noite toda com você, era o que eu mais queria no mundo – ele disse com a voz rouca – mas você simplesmente xingou e me deixou lá.
Lene continuou em silêncio, e o seu rosto tornou a se molhar por causa das lágrimas. Estava começando a sentir repulsa de si mesma. As lágrimas não esgotariam nunca?
- Você estava enganada, Lene, o que eu sinto por você é algo muito além do físico.
- Eu n-não...
- Abra a porta. – ele pediu com firmeza.
As mãos de Lene voaram para a chave, e depois para a maçaneta dourada, mas ela parou. Por uns segundos, encarou sua mão, trêmula, mas depois abriu devagar, mandando à merda uma vozinha insistente que dizia para não ceder aos encantos de Sirius. O que ela mais queria era ouvir o que ele tinha para dizer, olhando dentro de seus olhos azuis que a hipnotizavam.
E ali estava ele. Na sua mais honrosa pose de cachorro abandonado, com o pergaminho dobrado nervosamente em uma mão, e os olhos vermelhos. Ele estava com os olhos vermelhos e molhados.
- Maldito. – ela xingou baixinho.
Quando seus olhos se fixaram, ela entendeu. Entendeu o que ele estava querendo dizer, e porque estava insistindo. Ele sentia também. O coração dela descompassou várias vezes, diminuindo e aumentando a velocidade dos batimentos. Não estava mais doendo.
Ela levantou uma mão para limpar o rosto, mas a de Sirius voou para a sua antes que ela processasse alguma coisa. Ele a puxou para perto e beijou a estrada que as lágrimas haviam feito em seu rosto, limpando-as. Lene apenas fechou os olhos, deixando a mão dele aquecer a sua e seu corpo aproximar-se do dele.
Sirius colou sua testa na dela e levou outra mão ao meio de suas costas, puxando-a para mais perto.
- Não é minha culpa, e nem sua culpa, e nem culpa de Merlin, ou do destino, ou de quem quer que seja... é tudo culpa dele – ele pegou a mão dela e pousou-a no peito onde deveria estar seu coração – e dele – então pousou suas mãos onde deveria estar o coração dela – entende porque eu não quero perder você?
- Por que você não me disse nada? Antes.
- Diabos, Lene, você sabe que eu não sou romântico. Não faça perguntas difíceis.
Ela riu, encolhendo-se no abraço dele, e Sirius pousou o queixo em seu ombro.
- Eu tinha certeza que você não sentia nada por mim, você não podia ser tão idiota.
- Eu pensei a mesma coisa, Six. Eu acho que nós somos dois grandes e estúpidos idiotas.
Ele riu, aquela risada de latido que Marlene já estava com saudade, e depois disse:
- Foi o que James disse.
- James?
- James... ele te conhece muito melhor do que você pensa, Lê – e beijou sua testa, acariciando seus cabelos.
- James é um safado. – ela brincou, e ele riu baixinho.
- Humm... bem, você estava errada sobre uma coisa, mas estava certa sobre outra. – Six falou, misterioso.
- Sobre o quê eu estava certa?
- O vencedor leva mesmo tudo... leva até o perdedor. – ele sussurrou e mordeu os lábios, sorrindo.
- E quem disse que fui eu quem perdeu? – ela perguntou, ainda com a voz baixa, mas em tom indignado.
- Bem, não foi eu quem chorei derrota, amor... aliás, seu cabelo ficou ótimo assim – ele disse, puxando as pontas para baixo, fazendo-a inclinar o corpo para trás, sorrindo.
Lene preferiu deixar-se levar pelo jogo de novo... depois esclareceria que não estava se sentindo nem um pouco derrotada. Sirius não havia percebido. Haviam sido dois vencedores.
- Hum... então você é do tipo de homem que percebe quando a mulher faz alguma coisa diferente, hãn?
- Eu sou do tipo de homem – ele inclinou-se para frente para acompanhá-la, segurando-a pela cintura, e sussurrou em seu ouvido – que percebe quando a sua mulher está apenas com um roupão minúsculo que a deixa muito sexy... – e quanto ele disse as últimas palavras sua boca já estava na orelha de Lene.
- Então já é sua mulher, Six? – ela perguntou também, no ouvido dele, com uma voz que fez os cabelos na nuca dele se eriçarem - o que aconteceu com o “Eu só gosto de quebrar as regras, Lene, isso me excita mais do que tudo”?
A mão de Sirius apertou suas costas com suavidade, e ele ergueu o rosto para encontrar seus olhos com um sorriso maroto, mordendo o lábio inferior.
- Eu quebrei todas as regras ao me apaixonar por você, princesa.
Ela sentiu as pernas bambas e sorriu para ele, e o sorriso de resposta dele chamou sua atenção, e seus olhos se prenderam naquela maldita curva dos seus lábios de cereja.
- Beija, vai, eu sei que você quer. – ele disse, mordendo um cantinho dos lábios inferiores.
Lene riu, e, fazendo-o ficar de pé e reto, ficou na ponta dos pés para sussurrar em seu ouvido:
- Eu sou decente, Six.
E afastou-se dele, indo para o lado contrário da cama, onde estava o malão. Sirius encostou-se na parede, cruzando os braços, observando-a; ela sentou-se, revirou o malão até que escolheu um punhado de roupas e depois juntou-as, indo para o banheiro e sorrindo para ele.
- Eu não me importo se você se trocar aqui, de verdade – ele disse, erguendo as sobrancelhas para ela com malícia.
- Six, seu cachorro... – ela deu umas palmadinhas de leve no rosto dele, e ele alargou o sorriso.
- Me deixa entrar com você, então? Estou precisando de um corte de cabelo, e fiquei sabendo que tem alguém aí q...
Paf.
- Obrigada pela atenção, senhorita, volte sempre. – ele disse para a porta, revirando os olhos e ouvindo a risada de Lene lá dentro.
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20/04/09
Oi geeeeeeeeeral :D é, como vocês estão prevendo (?) a fic tá no final. sem
e OMG, comentando do capítulo, siim, eu me APAIXONEI por essa música
• resposta aos
- brenda moreira:
muahaha :D éeh, o resumo tá mara neh?
aai muuito obrigada! beijo :*
Richard A. Black:
brigada ;) aaaêe, favoritada rules
hesuaihesuiaheisauhesa então, pode deixar qe eu vou continuar assim,
se a fic continuar aí :D e vc continuar comentando! haha :**
Luh Padfoot_*:
HEHSAIHESUAHESIAH tá boua dimais né sô? :P
não eh? Six/Lene arraaaaaasam! adoooro tbm!
beejo ;B
hmmm. é isso aí. vou parar de escrever antes que eu comece a falar demais de novo --' mas pensando bem, eu posso, pq a fic é minha :DDD eu que escrevo ela :DDD ela saiu da minha
até mais, jovens! curtam a vida :')
# Nah Black.
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Comentários (1)
AWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWW *-*Finalmente eles se acertaram *-*Eu sabia que ele gostava dela do mesmo jeito \o/bjoos!
2013-02-05