Capitulo 6 - Conversa forçada?
Conversa forçada?
Snape estava tentando se concentrar na correção dos trabalhos que os alunos haviam entregado antes do fim de semana quando o barulho de uma coruja batendo na janela o trouxe de volta a realidade. Agora ele estava subindo em direção a torre da Diretora para saber o que ela queria com ele já que a única coisa que o bilhete dizia era que o assunto era urgente.
—Drops de Limão. — Falou ele para a gárgula que girou revelando a escada que subia em direção a sala da diretora. — Que original... — pensou ele em voz alta enquanto esperava que a escada o levasse até o topo.
— Entre. — Falou McGonagoll quando ele bateu a porta. — Severus, a Madame Ponfrey me contou o que aconteceu com a Srtª. Granger noite passada.
— Eu não sabia que a menina estava tão traumatizada, espero que minha visita à enfermaria não tenha prejudicado. — Flou ele em tom neutro, ele já tinha imaginado que talvez a Diretora fosse dar-lhe uma bronca por ter comprometido a melhora de sua protegida.
— Oh, não de maneira nenhuma! Em fato você parecer ser o único homem em quem a Hermione confia...
— Como? — Perguntou ele genuinamente surpreso. — Mas e o Potter e o Weasley? — Ele estava tão surpreso que esqueceu de botar o tom de desprezo que geralmente usava ao se referir ao Potter.
— Eu também não entendi, mas ela parece confiar em você e, na verdade a primeira crise que ela teve foi durante a visita de seus amigos... Nem eu nem Ponfrey entendemos por que ela confia em você, mas ela confia. Ela escolheu você por algum motivo e nós achamos que o melhor para ela seria que você tentasse ajuda-la a recuperar suas memórias ou pelo menos superar o trauma.
— E como eu faria isso? — Perguntou Snape andando de um lado para o outro e puxando os cabelos com as mãos.
— Conversando com ela, obviamente! Amanhã ela recebera permissão para andar pelo castelo, você poderia ir com ela mostrar o local...
—POR QUE EU??? — Perguntou ele realmente exaltado lançando um olhar assassino para a Diretora que respirou fundo e disse em voz calma.
— Como eu já disse ninguém sabe, mas vai ser assim e ponto final! Agora vá lá conversar com a garota antes que eu me irrite e te transfigure em uma cadeira! — Terminou em tom ameaçador.
— Sim, senhora... — Falou ele respirando fundo e saindo do escritório, no caminho da sala da Diretora até a enfermaria, ele xingou a Diretora e a enfermeira de todos os nomes que conhecia (o que, acredite, não eram poucos) e outros que ele inventou.
— Ola, Severus. Você já falou com a Diretora? — Perguntou a enfermeira assim que ele pos os pés na enfermaria.
— Sim. — falou ele grosso.
— Pensa numa pessoa que já acorda de mal humor... — A voz veio da ultima cama. — Qual é o seu nome mesmo? — Perguntou a garota se inclinado para que pudesse ser vista atrás da cortina com um sorriso inocente, fazendo Madame Ponfrey se segurar para não rir.
— Eu tenho mesmo que fazer isso? — Perguntou ele olhando para a enfermeira.
— Tem. — ela falou seria se retirando.
— O que você tem que fazer? — Perguntou Hermione com a expressão curiosa.
— Falar com você... — Respondeu ele indo em direção a uma cadeira que estava encostada na parede no fundo da enfermaria.
— Você não gosta de falar comigo? — Perguntou ela com uma sombra de tristeza em seu olhar.
— Não é isso, é que você não deveria gostar de conversar comigo.
— Por quê? Eu não gosto de você?
— Ah, nã... Não sei... Você não deveria, mas no fim do ano passado você salvou a minha vida...
— Eu salvei a sua vida?! — perguntou ela impressionada, ao que ele acenou positivamente. — Como?
— Eu não sei...
— Sinceramente, tem alguma coisa que você saiba?
— Bom, eu sei que você é a melhor amiga do Potter e dos Weasley...
— Isso, já me disseram! Você sabe alguma coisa sobre mim que eu não saiba?
— Ahn...
— Se você falar eu não sei, eu juro que eu taco esse livro em você! — Falou ela irritada apontando para o grosso livro em seu colo.
— Você não ousaria! — Falou ele serio.
— Ah, é? — Falou ela jogando o livro para cima dele que pego despreparado não conseguiu terminar de lançar o Protego e o livro acabou batendo na testa dele onde deixou um belo galo.
— Você está louca? — Perguntou ele balançando o livro irritado.
— Um pouquinho... — Falou ela gesticulando com as mãos para dizer que era pouco e se segurando para não rir.
— Um pouq... Oh, Merlim essa semana vai ser longa! — Falou ele mirando o teto com cara de desolado.
— Quem é Merlim? — Perguntou a garota interessada.
— Muito, muito longa! — Falou ele olhando para ela e balançando a cabeça em sinal negativo.
— Ok, então se você não vai dizer quem é Merlim você poderia ao menos dizer quem é você não acha? — Perguntou ela erguendo uma sobrancelha.
— Ah, eu sou Severus Snape, professor de poções. — Falou ele esperando que ela pelo menos soubesse que era bruxa.
— Poções?Serio?! — Ela perguntou com um brilho nos olhos que aumentou quando ele confirmou. — Legal!Então talvez você possa me dizer uma coisa... Pode me devolver esse livro eu prometo que não taco mais em você! — Falou ela séria.
— Se você jogar isso de novo em mim sua amnésia vai o menor dos seus problemas entendeu? — Ele disse sério estendendo o livro para ela.
— Ok. — Falou ela engolindo em seco e abrindo o livro em uma pagina marcada. — Aqui está falando que o ditamno é um fungo mágico parecido com um cogumelo utilizado na cura de feridas, mas na poção da cura que o Wiggentree inventou ele não é utilizado e sim a Mimbulus Mimbletonia. Por que essa diferença?
— A Poção do Wiggentree é mais fraca e é para tratar apenas infecções, enquanto as com ditamno são para a cicatrização de qualquer ferida e são bem mais eficientes. — Ele respondeu e depois acenou negativamente com a cabeça quando notou que ela estava anotando tudo que ele falava. — Sempre a Sabe-Tudo, não é Granger?
— Por que, eu era inteligente? — Perguntou ela.
— A melhor da sala. — Falou ele acenando positivamente.
— Legal! Você era meu professor?
— Sim eu era. — Respondeu ele e durante o restante da tarde eles conversaram sobre poções e o modo correto de prepara-las.
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