Capitulo 3 - Volta às aulas p
Volta às aulas pior ainda!
As férias haviam acabado e todos os alunos que não tiveram chance de se formarem por causa da guerra foram chamados de volta, e agora todos se encontravam na plataforma 9³/4. O clima na estação de embarque era quase de festa, amigos se reencontrado após tanto tempo o alivio de saberem que estavam vivos e que já não existia mais um Lord Voldemort reinava e era visível em todas as faces e em todos os risos...
Um garoto em especial estava curtindo a liberdade de saber que finalmente teria um ano sem ter que se preocupar com ataques de Començais ou do próprio Voldemort. Harry Potter conversava e ria descontraidamente em um vagão com seus amigos até que notou que o trem já se movia e ele não havia visto Hermione em nenhum lugar.
—Hey, alguém viu a Mione? — ele perguntou para os outros.
—Não. — foi a resposta geral.
—Será que aconteceu alguma coisa? A Mione não é de se atrasar...
—Não, deve ser nada Harry, — falou Rony. — A Mi não tinha ido para a Austrália? Vai ver ela não conseguiu um vôo mais cedo ou coisa do tipo. E provavelmente está enlouquecendo todo mundo porque não vai chegar na hora para a escola — continuou rindo e todos os outros o acompanharam.
Eles foram o caminho inteiro brincando e rindo descontraidamente o caminho todo como os adolescentes que eram. Eles riam e brincavam relembrando-se de coisas que pareciam ter ocorrido a séculos atrás.
Antes do jantar a Diretora McGonagall se levantou e fez os anúncios de inicio de ano e fez a apresentação do novo quadro docente onde a Professora Alexandrina, uma mulher alta de traços fortes e delicados cabelos cacheados e escuros, lecionaria Transfiguração e o Professor Quinton, um homem baixo e meio barrigudo, lecionaria DCAT, no entanto a cadeira do professor de Poções estava vazia e a única coisa que a Diretora disse sobre quem seria o novo Mestre de Poções foi que ele chegaria somente mais tarde e que os alunos só iriam vê-lo na aula e no almoço do dia seguinte.
O enigma de quem seria o novo Mestre de Poções era o tema de todas as conversas no salão e mesmo depois quando todos já estavam reunidos em suas casas a discussão continuou até altas horas até que finalmente todos foram dormir.
No dia seguinte a manhã estava ensolarada e o céu azul se opunha ao sentimento de desconforto que permeavam os pensamentos de Harry, pois mesmo depois do café da manhã Hermione ainda não havia chegado e agora até mesmo Rony dava sinais de preocupação eles ficaram tão distraídos se preocupando com a garota que só perceberam que sua primeira aula era de Poções quando já estavam na porta da sala de aula.
Harry e Rony sentaram no fundo da classe e ficaram, junto com todos os presentes, a esperar pelo novo professor. Até que finalmente as portas das masmorras se abriram e fecharam com estrondo e o Professor Snape entrou nas masmorras com sua capa esvoaçando em sua clássica entrada.
— Abram os livros na pagina 38 e comecem a preparar a poção... — Começou ele até que seu olhar recaiu em Neville que estava branco feito papiro e tremia.
— Fan... Fan... Fan... Fan... Fan... Fan... Fan... Fan... Fan... Fan... — Ele choramingava até que o aluno ao seu lado deu um tampa em suas costas ele “desengasgou” — FANTASMA! — Ele gritou pouco antes desmaiar e Snape arqueou uma sobrancelha ao que ele achou ser uma reação exagerada do garoto, mas ao olhar em volta notou que todos pareciam acreditar que ele era um fantasma e que voltara do mundo dos mortos para atormentá-los.
—Eu não estou morto. — Ele falou por fim revirando os olhos.
—O senhor tem certeza? — Perguntou Rony com a voz baixa.
—Absoluta, senhor Weasley.
—Mas como? — Perguntou Harry com cara de ponto de interrogação.
—Isso não é da sua conta, Potter. — Falou quase cuspindo o nome do menino e depois acrescentou olhando para a sala. — E onde esta a senhorita Granger? Eu pensei que vocês três não se separassem.
—A Mione ainda não voltou da Austrália... — Respondeu Harry e o professor notou o tom preocupado na voz do garoto, mas fingiu não ligar e tornou a mandar que todos fizessem a poção do Morto-Vivo e que o aluno que estava sentado ao lado de Neville o levasse até a ala hospitalar.
Y~Y
No final do dia todos sabiam que o Professor Snape havia de forma misteriosa sobrevivido a guerra e que havia voltado a lecionar Poções. E quando todos começaram a se dirigir para os jardins Harry foi em direção a torre na qual ficava a sala da diretora e foi só quando ele chegou la lembrou que não sabia a senha, ele estava quase se virando para ir embora quando:
— Hipogrifos. — Soou a voz facilmente reconhecível de Severus Snape atrás dele — Não vai subir Potter? — Ele perguntou quando a escada começou a se mover.
— Vou sim, obrigado. — falou o garoto subindo pela escada sendo seguido pelo professor.
— Entre. — falou a diretora quando ele bateu na porta, ele entrou e Snape sentou-se em uma poltrona que fazia uma espécie de sala de espera. — Algum problema, Harry? — perguntou a professora o encarando através dos óculos.
— É a Hermione, professora, ela não voltou da Austrália ainda e já faz um tempo que eu não recebo cartas dela... eu e o Rony estamos preocupados de que tenha acontecido alguma coisa...
— Entendo... Eu conheço alguns bruxos por lá e posso pedir para que eles tentem descobrir algo sobre ela, mas eu creio que tudo não passa de um atraso nos planos de vôo da senhorita Granger. — Falou a diretora terminando com uma expressão de duvida.
— Obrigado diretora. — falou o garoto se levantando e indo até a porta. Assim que ele saiu Snape entrou e antes que ele pudesse dizer qualquer coisa a McGonagall levantou a mão pedindo silencio.
— Deixe-me ver se adivinho... Você está preocupado com a garota.
— Não eu...
—Não foi uma pergunta Severus. — A diretora o interrompeu com um sorriso. — Eu vou fazer o que eu disse ao Harry e se eu descobrir alguma coisa eu deixo você saber está certo? Ótimo agora é melhor nós irmos se não iremos perder o jantar. — ela falou saindo da sala e deixando um Severus atordoado para trás.
Y~Y
Uma semana havia se passado desde o dia em que Harry havia ido a torre da direção para falar sobre as suas preocupações em relação a Hermione. E agora ele estava ali de novo encarando a gárgula dele saber a senha dessa vez, ele não sabia se queria ouvir as noticias que a diretora tinha para ele. Ele respirou fundo juntando toda a sua coragem e então disse a senha subindo pela escada até a porta de carvalho escuro, bateu lentamente e a voz da diretora pareceu demorar uma eternidade antes de ser ouvida mandando-o entrar. Ele sentiu como se tivesse flutuado durante todo o caminho da porta até a cadeira.
— Harry, eu encontrei a Hermione... — A Diretora deixou que a frase flutuasse no ar por uns minutos.
— Isso é ótimo! Onde ela esta? — Perguntou Harry se agarrando no que parecia ser o ultimo fio de esperança dentro dele. — Ela está bem não está? — Ele perguntou quando a Diretora não falou nada e quando viu ela olhar para baixo com a tristeza refletida em cada centímetro de sua expressão. — Onde ela está? — ele perguntou novamente a voz não passando de um murmúrio rouco que saiu junto com as primeiras lágrimas que mancharam seu rosto.
— Ela está na enfermaria senhor Potter... Ela está... — A voz da Diretora saiu triste e um pouco cortada, com dor, — ela está em coma...
— Ela vai ficar bem não é? — ele perguntou enquanto as lagrimas escorriam pelo seu rosto.
— Nós não sabemos ainda...
— O que... o que aconteceu? — ele perguntou, a voz saindo como se ele tivesse algo preso na garganta.
— Ela foi atacada enquanto estava na Austrália... nós acreditamos que ela tenha seguido uma pista até os pais e acabou sendo atacada por Trouxas...
— Trouxas? — ele perguntou erguendo a cabeça com expressão de descrença. — Porque ela não se defendeu?
— Os oficiais Trouxas disseram que um dos homens estava com uma arma Trouxa... eu não entendi muito bem, mas creio que você compreende o que seja uma arma de fogo, uma 9mm.? — ela perguntou lendo um papel com cara de quem não fazia idéia do que significava.
— Eu sei o que é... se um deles tinha uma arma dessas a Mione não teria chance de pegar a varinha ou de fazer qualquer outra coisa para se defender... — ele disse balançando a cabeça como se concordasse com alguma coisa.
— Eles disseram que ela foi atacada por cinco jovens, que já estão presos... Ela foi encontrada e levada para um hospital trouxa onde foi tratada e onde a maioria dos ferimentos dela cicatrizaram... a Madame Pomfrey acredita que o maior problema dela agora seja lidar com o trauma...
— Então porque ela está em coma? — ele perguntou tentando assimilar tudo.
— O trauma que ela sofreu foi bem grave... ela está fora de perigo, mas o cérebro dela está tentando se proteger dos danos tanto físicos quanto psicológicos que este ataque pode ter causado a ela...
— Eu posso ve-la agora?
— Claro. Venha comigo... — Ela falou se levantando e seguindo para a enfermaria.
Quando eles chegaram lá a primeira coisa que chamou a atenção de Harry foi um cortinado que estava fechado no final da enfermaria ele não precisava que lhe dissessem nada ele sabia que sua amiga estava ali, então ele foi andando em direção a ela sem ouvir mais nada, sem ver mais nada e sem sentir mais nada...
Ao abrir o cortinado ele teve que conter um gemido de surpresa e sentiu as lagrimas dobrarem de intensidade até quase o cegar. Hermione estava deitada imóvel o rosto estava inchado o olho esquerdo estava coberto com um enorme hematoma e o lábio superior, alem de inchado, tinha um corte do lado esquerdo, o que lhe era visível dos braços estava coberto de hematomas e cortes no topo da cabeça tinha um corte que parecia profundo e estava fechado com pontos que ela provavelmente recebera enquanto estava no hospital Trouxa.
— Mione? — A voz sofrida do garoto saiu tão baixo quanto um suspiro, enquanto ele estendia uma das mãos em direção ao rosto da amiga, parado-a um pouco antes de tocar a face machucada com medo de piorar o estado dela. — O que fizerem com você, Mi? — A voz saiu distorcida enquanto ele caia de joelhos ao lado da garota.
— Harry? Diz que é mentira!? — A voz de Rony invadiu a enfermaria e quando ele virou para porta ele pode ver Rony apoiado no batente da porta com Gina ao seu lado.
— Não, pode ser... — falou Gina ao encontrar nos olhos de Harry a confirmação de seus temores e então correu de encontro ao namorado desabando em seus braços, enquanto Rony se arrastava atrás dela com medo do que veria...
— Ela vai ficar bem! Ela tem que ficar! — Falou Harry olhando para o Rony enquanto afagava os cabelos ruivos de Gina que soluçava em seu ombro. — Tem que ficar!
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