Talvez uma nova amiga



Narrado por Scorpius Malfoy


- Sofia onde esteve ontem a tarde?
- Você sabe que eu estive na edição do jornal. – Ela disse erguendo as sobrancelhas.
- Eu sei disso. Eu quis dizer depois que saiu.
- Ah. Sim. Eu estive com Albus Poter. Fazendo uma entrevista.
- Entrevista?- Perguntei meio desconfiado.
- É sobre o time de natação.
- Onde?
- No Slytherin.
- Você saiu com Albus Potter? – Só que essa voz não era a minha. Era de Ed. Meu Deus ele ta passando tempo de mais com Sofia. Ta parecendo uma garota fofoqueira. – Por que não nos contou?
- Eu não sai realmente com ele. – Sofia disse virando os olhos. – Eu estive fazendo uma entrevista. E eu não disse por que eu só falei com ele depois que as aulas terminaram.
- Bom, tão dizendo por ai que você e ele foram vistos muito a vontade no Slytherin.
- Fofoqueiros. – Sofia resmungou.
- Olha só quem fala. – Vicente comentou rindo. Sofia fechou a cara.
- Eu não sou fofoqueira. Sou bem informada. E meu papel no jornal do colégio exige isso.
- Certo. Que seja. Já foram na secretária ver as detenções?
- Já. Quinta feira a tarde. Organizar os livros da biblioteca. – Disse e bufei. - Pra que eles pagam uma bibliotecária então?
- Pra espantar os pirralhos. Aquela mulher consegue ser assustadora. – Ed comentou do meu lado.
Então aconteceu a coisa mais esquisita que eu poderia imaginar. Albus Severus Potter cumprimentou Sofia. Com um beijo. Na boca. E eu não diria que foi curto.
- Entrevista. Sei. – Ed caçoou do meu lado.
Quando finalmente ele foi sentar perto dos primos eu virei pra Sofia.
- O que diabos foi isso?
- Oh. Bem a entrevista evoluiu um pouco sabe.
- E o que exatamente vocês dois tem?
- Uma semi- amizade, um tanto quanto colorida? - Sofia perguntou displicente. Sofia tem algum tipo de aversão a compromissos. E eu não tenho motivos pra me preocupar. Albus não vai fazer ela de idiota. Eles não vão ter nada sério e vão só se divertir um pouco.
A semana passou voando. Quando chegou quinta feira eu e Sofia fomos cumprir detenções. Quando chegamos Rose Weasley, já estava na biblioteca. Conversando com Senhora Pince, (a bibliotecária).
- Ela está sorrindo. – Sofia disse meio assustada do meu lado.
- A Weasley sorri o tempo todo.
- Eu não estou falando da Weasley Scorp. Olhe. Senhora Pince está sorrindo.
Foi então que eu reparei. Senhora Pince estava conversando com um aluno? E estava sendo simpática? Esse mundo está definitivamente perdido. Quando chegamos perto senhora Pince se apressou em nos entregar uma lista de livros pra catalogar no sistema. Eram muitos. Essa velha gagá não deve nem saber o que é um computador.

Então eu, Sofia e a Weasley nos dirigimos aos computadores no fundo da biblioteca. Dividimos a lista em três partes e cada um pegou um. Eu ia sentar do lado da Sofia, mas a Senhora Pince disse que recebeu ordem de nos separar então a Weasley ficou entre nós dois.

Os cadastros eram compostos por nome do livro. Editora. Edição. Autor. E sinopse. Eu estava realmente concentrado pra terminar o mais rápido possível. Foi então que eu percebi uma risada. Na verdade eram duas risadas. Rose Weasley e Sofia estavam conversando. E rindo. Eu simplesmente não posso acreditar.
- Eu realmente adorei esse livro. – Ouvi Rose Weasley comentar. Deve ser alguma romance ou qualquer coisa do tipo. Sofia só lê livros de romance.
- Eu não gosto muito desse estilo.
- Oh. Policiais e suspenses são os meus preferidos quando se trata de entretenimento. Mas você já viu o filme? É muito bom também. Apesar de eu sempre achar o livro melhor que o filme.
- Oh sim. Scorp e Ed me obrigaram assistir. – Eu e Ed? De que livro elas estão falando?
- É bom. E é com Denzel Washington. O cara é demais. É com certeza o melhor ator que existe.
- Você acha? – Eu pude sentir todo cinismo na voz da minha melhor amiga, e eu tenho certeza que ela ta olhando pra mim agora. Em minha opinião Denzel Washington é O cara. Ele nunca erra. Nunca entra num filme ruim.
- Claro. Você já conseguiu assistir um filme dele ruim? Simplesmente não existe. Você já assistiu dia de treinamento? – Ah não. Dia de treinamento é o meu filme preferido. O que a Weasley pensa que está fazendo? Eu olhei com canto de olho e pude ver Rose digitar enquanto fala sem parar. – O colecionar de ossos também é muito bom. Eu tenho certeza que se não tivesse lido o livro estaria entre os meus preferidos. – OH. É desse filme que elas estão falando. Ele esta entre os meus preferidos. E tem a Angelina Jolie.

- Oh. Eu prefiro comédias românticas.
- Ah. Eu também gosto. Mas, ultimamente tem sido tão difícil assistir uma comédia romântica realmente boa e original. Que eu simplesmente tenho desistido de procurar.
- Bom, eu posso indicar algumas pra você depois. Pode ser que você nunca tenha visto.
- Seria ótimo. – Ela disse contente. Elas passaram a próxima hora tagarelando sem parar. E eu simplesmente não consegui mais me concentrar como antes. O que diabos Sofia pensa que está fazendo? Conversando com a Weasley com tanta intimidade? Isso só pode ser por causa desse pseudo-relacionamento dela com Albus Potter. E eu achando que não precisava me preocupar. O caramba que não precisava.
As duas simplesmente terminaram o trabalho. Acabaram e eu ainda não. Elas conversam sem parar e eu que fico pra trás. Eu diria que falta um bocado ainda. A Weasley que dividiu. Aposto que ela colocou mais livros pra mim.
- Malfoy, se você quiser pode dividir novamente o que falta pra você. – O que essa garota quer? Isso deve ter sido um plano dela. Um plano pra se fazer de boazinha e tentar me humilhar. Mas, não mesmo.
- Não é necessário. Eu termino pode ir embora.
- Larga de ser Mané Scorp. Dividi isso aí. Eu vou ter que esperar você pra ir pra casa.
- Não Sofia. – Eu disse e olhei zangado pra ela. Ela não ficou satisfeita, mas, não falou mais nada. A Weasley parece estar constrangida. Isso deve ser uma sensação nova pra ela.
- Eu posso levar você em casa Sofia.
- ótimo. – Sofia disse rápido e alto pra me incomodar. Então as duas foram embora e eu pude terminar meu trabalho em paz.

Narrado por Sofia Donalds


- Você só vai precisar me ensinar como eu faço pra chegar à sua casa.
- Oh. Você sabe chegar na casa do seu primo?
Então ela começou a rir. Mesmo. Eu olhei pra ela com a testa franzida.
- Você não sabe então? – Voltei a perguntar. Acho que isso explica a reação dela.
- Não é isso. Mas, tipo você vai ter que ser um pouco mais específica sabe? Meu primo não é exatamente um ponto de referência muito preciso.
Bom, então eu tive que começar a rir também. Com a quantidade enorme de primos que ela tem. Scorpius reclamou um monte de vezes do tanto que ela sorri. Mas, depois de hoje eu não consigo ver como isso pode incomodar alguém. Ela só vive se divertindo. E de quebra a gente se diverte também.
- Certo. Desculpe. Você sabe chegar na casa dos Potter?
- Sei. – Ela me olhou esquisito. – Você mora lá perto?
- Duas ruas atrás.
- ótimo. Eu aproveito e passo por lá pra ver meus padrinhos.
- Seus padrinhos? - Perguntei curiosa.
- Tio Harry e Tia Ginny são meus padrinhos.
- Deve ser divertido ter uma família tão grande.
- Eu adoro. – Ela disse visivelmente animada. – Foi o que eu mais senti falta em Londres.
Oh. Isso foi uma boa hora pra fazer uma pergunta que eu ainda não tinha resposta.
- Deve ser difícil ficar longe da família. Onde você esteve?
- Bom, isso também não é uma pergunta muito precisa. – Ela comentou sorrindo e eu não entendi. – Você vai ter que dizer sobre qual dos últimos sete anos você está falando.
- Como?
- Eu passei um ano nos Estados Unidos.
- Mesmo? Eu não conseguiria viver naquele país. – Eu realmente detesto os Estados Unidos. – Onde você morou lá?
- Em Nova York. Depois eu passei um ano no Canadá, Ottawa, No ano seguinte estive em Camberra na Austrália. Depois Berlim, na Alemanha. Então fomos para Moscou na Rússia. Nos mudamos ainda pra Tóquio no Japão. E por incrível que pareça foi meu lugar favorito. E por fim ano passado estivemos na França.
Uau. Scorpius vai ter que engolir essa. A garota não esteve escondida num buraco. Ela esteve conhecendo algumas das maiores cidades do mundo.
- Hugo voltou pra Inglaterra quando nos mudamos pra Alemanha. Ele disse que não gostava de se mudar. E não estava se adaptando bem. Então papai e mamãe o mandaram pra viver com vovó Molly.
- EU posso entendê-lo. Não deve ser muito fácil tantas mudanças.
- Não é. Mas, também foi incrível tudo que eu aprendi. O tanto de pessoas que conheci. As culturas. O modo de vida. Coisas que você não pode realmente apreciar numa simples viagem.
- Deve ter sido enriquecedor.
Rose me deixou na porta de casa e se afastou sorrindo. De novo como diria Scorp. Depois de hoje eu posso tirar inúmeras conclusões. A primeira delas é que eu nunca conheci alguém com a personalidade tão diferente do Scorpius. Eu não sou exatamente parecida com meu melhor amigo. Mas, Rose Weasley e Scorpius Malfoy são absurdamente diferentes quando se trata de trejeitos e hábitos. Em compensação eles têm muitas coisas em comum. Sobre gostos e tudo mais. E tem mais. Ela não parece realmente se importar com Scorp. Mas, eu não faço idéia do que ela pode fazer se meu amigo continuar irritando ela. E eu sei de uma coisa. Eu gostei dessa garota.

Narrado por Rose Weasley


- Finalmente chegou sexta. Eu não posso mais me agüentar de curiosidade. Nem vovô Artur sabe o que é dessa vez. – Albus comentou sentado na minha cama.
- Como você sabe que ele não sabe?
- Vovô sempre conta. – Respondeu Fred sorrindo. – Ele não é muito bom com essa coisa toda de segredo. Vovó mesmo está se remoendo pra contar o que quer seja que vai acontecer nesse jantar.
Albus e Fred estão aqui em casa porque tivemos que fazer um trabalho. Agora eles estão sentados aqui enquanto esperam eu terminar de me arrumar para irmos juntos pra casa da vovó Molly. Papai, mamãe e Hugo já foram na frente. Eu não faço idéia qual dos três está mais curioso. Como se vovó fosse dizer qualquer coisa antes de todos chegarmos.
- Eu não consigo entender como vocês demoram tanto pra se arrumar.
- Eu já teria terminado se vocês não ficassem pegando no meu pé. – Disse enquanto procurava um brinco no porta-jóias.
Descemos e eu tranquei a casa. Fred foi no carro dele e eu fui com Albus. Na volta eu viria com papai mesmo.
- Então como anda seu lance com Sofia?
- Normal. Ela é legal. E não temos divergência de interesses.
- Como? – Perguntei sem entender.
- Sofia também não está interessada em um relacionamento.
- Oh. Certo então.
- Por que a pergunta?
- Eu gostei dela. Eu não faço idéia como uma garota como ela consegue ser amiga do Scorpius Malfoy.
- Ele não é tão ruim assim. Quer dizer ele não é exatamente como você. Mas, se ele não tiver problema com a pessoa ele consegue ser educado.
- Como assim ele não é exatamente como eu?
- Expansivo, extrovertido, alegre, sociável.
- Certo já entendi. – o cortei sorrindo.
Fomos os últimos a chegar à casa da vovó Molly. Mamãe me olhou brava quando entramos. Ela tinha dito pra não demorarmos quando saiu de casa.
Sentamos todos na mesa do jardim, onde geralmente aconteciam as reuniões familiares. O céu tava realmente bonito.
Então Teddy levantou um pouco nervoso e todos nós ficamos em silencio. Aparentemente ele tem algo a dizer.
- Boa noite. Eu quero primeiro dizer que fico realmente feliz de fazer parte dessa família, mesmo que indiretamente. – Ted disse e olhou pro tio Harry. Os olhinhos azuis dele estão marejados. – Por que essa é a família que meus pais escolheram pra mim, a família que me acolheu e a família que eu adotei como minha. E eu gostaria de dizer que eu fico feliz de estarmos todos reunidos aqui pra eu fazer algo que venho planejando a algum tempo. Eu queria agradecer a vovó Molly por ter organizado tudo. – Vovó já ta chorando. E eu já to curiosa de mais. Será que dá pra ele encurtar o discurso? – Acho que eu já to enrolando muito. – Ele disse meio nervoso e todo mundo riu um pouco concordando mentalmente. – Bom, eu e Vick – Vick levantou agora e está do lado dele. Acho que já to começando a entender aqui o que vai acontecer. – decidimos nos casar. – Uau. – E estamos aqui hoje pra nos tornamos noivos. – Então ele olhou pro tio Gui e a tia Fleur. – E especialmente pedir o apoio da nossa família pra esse momento tão importante das nossas vidas.
Eu vi tio Gui e Tia Fleur acenarem emocionados de mais pra dizerem qualquer coisa. Então Ted tirou as alianças que estavam guardadas e colocou na Vick. Depois ela colocou uma nele.
Oh meu Deus, acho que todo mundo ta chorando agora. Quero dizer todas as mulheres estão chorando. E tio Gui. E tio Harry também ta lagrimando que eu to vendo daqui. Oh meu Deus deixem um pouquinho pra mim eu também quero abraçar os noivos.
- Dominique você ta pálida. – Eu disse enquanto segurava no braço dela. Eu sei que to tremendo. Mas, Nick ta pálida eu tenho o direito de entrar em pânico. É a Dominique. – Vamos sentar eu vou chamar tio Carlinhos, tia Audrey e seus pais.
- Não Rose. Eu não quero atrapalhar a festa.
- O que? Não mesmo sua teimosa. Você e essa sua mania. Você ta passando mal depois acontece alguma coisa e a culpa é minha.
- Rose, por favor. – Ela disse começando a lagrimar. Assim é golpe baixo. – Nós vamos lá pra dentro. Se em quinze minutos eu não estiver melhor eu deixo você chamar quem você quiser.
- Certo. Quinze minutos Dominique.
Eu entrei com Nick em casa ainda sem soltar o braço dela. Então fomos as duas em direção ao quarto de hóspedes que fica em baixo.
- Nick eu acho melhor chamar alguém logo. Você ta tremendo.
- Você também Rose. – Ela disse quase num sussurro.
- Lógico que to tremendo. Eu to nervosa aqui,
- Eu também. – Ela disse ainda mais baixo, mas eu ouvi.
- Nick, me diz o que ta acontecendo.
- Eles vão casar. Ca-sar. Eles vão casar e vão ter filhos e eu vou ser tia dos filhos da Victoire - ela falava tão rápido que eu demorei a assimilar o que Nick tava dizendo. E então ela explicou mesmo que sem querer o estava perturbando ela - Eu vou ser tia dos filhos da Victoire com o... Com o Teddy.

Ok. Pra isso eu definitivamente não estava preparada. Nick começou a chorar e eu a abracei apertado. Isso simplesmente não podia acontecer. Não com Dominique pelo menos. Tudo que ela enfrentou durante o câncer. Tudo que ela enfrentou a vida toda. A luta dela. Ela merecia ser feliz pra sempre.
- Não conta pra ninguém Rose. Eu não queria. Eu juro que não queria.
- Eu sei que não querida. Acalme-se sim? Nós vamos dar um jeito nisso.
- Um jeito? – Ela perguntou e sorriu triste. – Mais do que eu já tentei?
- Mas, você não vai mais fazer isso sozinha. – Disse e dei um sorriso encorajador. – Eu vou estar com você querida. E nós vamos lidar com isso. Antes mesmo do casamento daqueles dois você vai ter arranjado um namorado lindo.
Dominique então sorriu pra mim. Ela pensa que eu estou tentando diverti-la, mas eu estou falando sério. Nada melhor pra esquecer um amor do que achando um novo. E eu seria louca de encorajar qualquer coisa. Primeiro é da irmã dela que estamos falando. E depois aqueles dois são completamente apaixonados um pelo outro. São simplesmente almas gêmeas.
- Nick. Nick. Rose. Vocês estão por aqui? – Ouvi a voz de Roxane chamar. Nick já tinha enxugado as lágrimas e tava retocando a maquiagem.
- Estamos aqui Rox. – Gritei de dentro do quarto. Quando Rox entrou no quarto já estávamos prontas pra voltar.
- Vamos logo lá pra fora. Tia Fleur está em pânico.
- Ela pensa que eu seqüestrei a filha dela? – Perguntei com a sobrancelha arqueada. Mas eu sei como é. Tia Fleur sempre entra em pânico quando não sabe onde Nick está. Ela só deixa Nick sair se ela estiver com alguém confiável. De preferência alguém da família.
Quando cheguei lá fora eu pude ver minha tia ficar mais tranqüila.
- E você sua ingrata. – Ouvi Vick dizer divertida. – Não vai dar um abraço na sua irmã?
Eu senti Nick reunir toda força de vontade que ela tinha e se dirigir aos dois pra cumprimentá-los. Eu a acompanhei por dois motivos. Eu precisava dar os parabéns aos noivos. E não podia deixá-la sozinha.
- Ei deixa um pouquinho pra mim também. – pedi e Nick sorriu agradecida quando se afastou dos dois.
A noite foi mais longa do que eu pude imaginar.
- Se eu soubesse que esse era o motivo do jantar teria ficado do lado dela. – Me virei e vi Lucy sorrir triste.
- Você sabia?
- Eu imaginava. Mas, só tive certeza quando vi vocês duas entrando em casa. Como ela está?
- Arrasada. Eu nunca poderia sonhar com isso.
- Eu sei como é viver na sombra da irmã Rose e pode ter certeza que não é bom.
Já essa é uma história conhecida. Quer dizer. Pelo menos pela maioria dos primos. Tio Percy não colabora de nenhuma forma pra tornar a vida da Lucy mais simples.
- O que você pretende fazer? – Lucy perguntou em tom de segredo. – Não me olhe com essa cara Rose. Eu sei que você pretende fazer alguma coisa.
- Eu acho que precisamos tirar Nick da bola de Cristal. Fazê-la se divertir um pouco. E conhecer novas pessoas.
- Curar um amor velho com um amor novo? Você acha que isso funciona?
- Não sei. Mas, não vamos saber até ela tentar. Sem falar que se ela se distrair o suficiente talvez perceba que existe vida fora da redoma. Se você parar pra pensar é muito cômodo pra ela se apaixonar pelo Teddy, ele estava sempre por perto. Dentro do mundo que ela está habituada.
- Sério. Você tem certeza que não vai fazer psicologia? – Ela perguntou e começamos a rir. Então voltamos a fazer companhia a minha prima.
Durante todo o final de semana pensei no que eu poderia fazer. Eu sabia que a dor que ela estava sentindo agora era inevitável. Eu fiquei praticamente todo sábado com ela. No almoço de domingo eu e Lucy nos empenhamos em diverti-la. Eu diria que diante da situação nós obtemos significativo sucesso.
Narrado por Albus Potter

- Olá Rose. – Eu disse assim que sentei do lado dela e a vi pular de susto. Por algum motivo Rosie esteve distraída desde sexta. Muito quieta. O que é bem estranho se tratando dela. Não desgrudou da Lucy e da Nick e não esteve em seu humor habitual. James quase me deixou louco tentando descobrir o que era. Como se eu soubesse.
- Bom dia Al.
- Aconteceu alguma coisa?
- Nada de mais. – Ela respondeu com um sorriso cansado. Traduzindo, não aconteceu nada com ela. Se fosse com ela me contaria. Ela deve estar procurando a solução pro problema de alguém. Analisando bem provavelmente pra Lucy ou Nick. Rose faria qualquer coisa pela família.
- Certo pimenta. Então coloque um sorriso nesse rosto lindo.
- oh. Não me fale do meu rosto. Quando eu lembrei que hoje teríamos aula com o querido cunhado do meu irmão quase pintei os cabelos e coloquei lentes de contatos.
Eu tive que rir. Essas alterações de humor dessa maluca nem sempre são tão ruins.
Vi Sofia chegar e fui cumprimentá-la. Conversamos um pouco, mas eu percebi o Malfoy me olhar meio torto. O que foi que aconteceu? Sofia não deu muita atenção pro amigo e Ed se aproximou, então, Sofia me puxou pela mão pra perto dos meus primos e olhou pro Edgar. O que foi que aconteceu?
-Hey. – Rose e Fred viraram pra ele. – Esses são os convites pro meu aniversário. Vai ser no sábado. Espero que vocês apareçam.
- Valeu Edgar. Estaremos por lá.- Fred disse sorrindo. Rose parece pensativa.
- Zabini, teria problema se eu levasse uma pessoa?
Edgar começou a rir. Eu só espero que ela não peça pra levar o Hugo. Já vai ser bem difícil segurar o Malfoy e o James.
- Weasley você não cansa de me surpreender. Mas, você se incomoda de me dizer quem é?
- Oh. Minha prima. Dominique.
O que? Rose não faz idéia de como são as festas do Zabini.
- Claro. Pode levar todas as suas primas se quiser. Garotas bonitas são sempre bem vindas. – Então ele piscou e saiu dali. Sofia me deu um beijo e seguiu com o amigo.
- Essa festa não é lugar pra Nick. – Fred disse antes que eu pudesse fazer o mesmo comentário.
- E você não vai resolver nenhum problema dela levando ela nessa festa. – Eu disse e Rose me olhou feio.
- Problema? Que problema?
- Eu não faço idéia do que Al está falando Fred, mas vocês podem dizer por que essa festa não é lugar pra Nick?
- Rose, vai ta cheio de gente.
- é o que se espera de qualquer festa Al.
- Vai ter bebida alcoólica por todo lado.
- Que com certeza ela não vai beber. Falando nisso seria bom se ela pudesse dirigir. Ai eu poderia beber.
- O que? Você ta surtando de vez. Nick dirigindo?
- Qual o problema?
- Ela tem medo.
- Ela não pode realmente ter medo se nunca tentou. Parem de tratá-la como um bebê. Ela é mais velha do que qualquer um de nós. Eu vou levá-la e está decidido. E qual dos dois vai me buscar?
- Vá com seu carro. – Eu disse zangado.
- Não mesmo. Eu não vou voltar dirigindo. Já sei. Eu levo Lucy e ela dirige pra mim. O Zabini disse que eu podia levar todas as minhas primas.
- Você é louca? Você lembra quando Lucy bateu o carro do tio Percy?
- Ela sabe dirigir, foi só um acidente. E vai ser uma viagem curta. Nós podemos dormir na casa do tio Carlinhos. É perto e não vai dar problema pra ninguém.
- Nós vamos dormir lá também.
Mas, antes que a conversa pudesse seguir Mcgonagal entrou na sala.
A aula foi chata como sempre e eu e Rose ficamos jogando jogo da velha. Mas, quando o professor Cullen entrou na sala ela parou no mesmo instante e se sentou reta na cadeira.
- Eu corrigi o trabalho da última aula. – Ele disse sério. Ele não esperava de verdade que a gente tivesse ido bem né? É física. A gente não vai bem nem quando estudamos com mil anos de antecedência. – Foi bem pior do que eu imaginava. Se eu realmente der vinte por cento da nota pra esse teste. Apenas um aluno não vai ficar com zero na questão.
Uau. A coisa foi feia mesmo.
- Mas, como eu disse que vinte por cento da nota caberia a esse teste a decisão vai ficar na mão desse aluno. Já que eu tenho certeza que todos os outros concordam em cancelar o teste.
Eu balancei a cabeça afirmando. Eu nem me iludo de ter sido esse aluno, mas é baixo o que o professor ta fazendo. Quer dizer, se eu tivesse conseguido alguma nota em física é lógico que eu ia querer. Física é sempre o meu calo. Mas, desse jeito se ele fizer questão dos pontos suados o resto da turma fica com raiva. Resumindo ou ele perde os pontos e fica com raiva, ou todo mundo fica com raiva e vai ter que segurar a onda.
- Então senhorita Weasley? Qual é sua decisão?
Todo mundo ta olhando pra Rose. Esse cara ta levando a sério de mais essa coisa toda.
- Por mim pode fazer outra prova. - Ela disse tranqüila. Esse é o tipo de atitude que com certeza ela teria. Ele olhou pra ela por um instante, antes de entregar a prova pra ela.
- ok senhorita Weasley. Mas, como eu não sou injusto. – Só é com a Rose, diga-se de passagem. – Se você fizer a questão no quadro e souber explicar eu lhe dou meio ponto extra na prova.
Eu sei que Rose ia fazer. Ia dar os ombros e dizer que não precisa. Rose detesta participar assiduamente das aulas. Ela prefere fazer duas provas do que um trabalho. Mas, o professor Cullen decidiu não parar por ai.
- Mas, em compensação, se você desistir agora eu vou achar que você colou a questão e vou tirar meio ponto seu.
Rose detesta injustiça. Então ela pegou a prova e foi em direção do quadro. Alguém assobiou lá atrás e eu e Fred viramos com olhares zangados. Então Rose copiou a questão guardou a prova no bolso da blusa e começou a explicar enquanto fazia novamente a questão sem olhar pro papel. E por incrível que pareça eu realmente entendi a questão. O melhor é a cara de idiota do professor Cullen. Eu acho que por essa ele não esperava.
- Você fez por outro método a questão na prova.
- Eu sei. É mais rápido, mas é difícil de explicar. – Ela disse tranqüila. – Assim fica mais fácil. O senhor quer que eu resolva a questão por outro método?
Rose perguntou e eu sei que ela ta irritada.
- Não é necessário senhorita Weasley. Pode se sentar.
Durante o resto da aula o professor pareceu analisar Rose. Eu acho que talvez ele a deixe em paz agora.





Larissa- Desculpa mesmo pela demora, eu perdi o pen drive e naum achei mais, minha irmã monopolizou o computador durante o fim de semana. Mas, ai ta o cap. Espero que goste. Eu tive que escrever duas vezes. Espero que não tenha ficado mt cliche. Espero opiniões. =D E não vou nem pensar em desistir mais. Não se preocupe. EU vou até o fim agora.

Ayla Rios - QUe bom que gostou. =D Muito feliz com isso. Desculpa mesmo pela demora. Eu não pretendia. Como eu expliquei pra Larissa ai em cima. Espero demorar menos com o próximo, mas tenho que admitir que tenho um xodó pela outra fic que to escrevendo no fanfiction.

Leeh - Essa fic vai até o fim agora. Nem que seja aos trancos e barrancos. =D
Obrigada mesmo por comentar.

Jamii Altheman - Vou tentar postar mais rápido o proximo. E valeu por ler. Que bom que abriu uma exceção pra minha fic universo alternativo. Eu tenho que admitir que tenho medo de fazer uma fic no universo hp mesmo. Quem sabe mais pra frente?



Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.