new Lene.
: Marlene McKinnon narrando.
: St. James High School
Bom, então estava definido. A próxima a mudar era eu. Vamos concordar com uma coisinha: o fato de eu ter sentado no colo do Sirius no ônibus já foi o começo de uma mudança. Quando contei isso para as meninas, a Lily riu e a Emme se engasgou com o champanhe.
- VOCÊ O QUE?
- Por favor, não grita no meu ouvido Emme – fiz uma careta. – Sentei no colo dele, ué – dei de ombros.
- Bom, não posso negar – Lily sorriu, colocando a mão no meu ombro. – Isso foi fantástico! – Ela riu.
- É, digamos que sim – sorri, colocando mais champanhe na minha taça.
- Lene, posso ver seu armário? – Lily perguntou e eu assenti. Ela esvaziou meu armário na minha cama.
- Ela fez a mesma coisa comigo – Emme sorriu, pegando uma calça minha. Fiquei escarlate. – Marlene, desde quando você tem uma calça de couro? – Ela olhou para a calça de couro preta.
- Hm, uma prima minha me deu de presente. Ela achou que eu usava – sorri, sem graça.
- AH, quero conhecer sua prima – Lily sorriu, pegando a calça. – Isso com toda certeza continuará em seu armário – ela continuou bagunçando minhas roupas.
Ela ficou quase duas horas mexendo nas minhas roupas. Sobraram algumas que ela disse que daríamos um jeitinho. Depois ficou mais meia hora reclamando comigo, do porque eu não tinha decidido mudar antes de irmos a Londres, que assim ela poderia ter comprado roupas para mim também.
- Ai, Lily, pára de reclamar! – Exclamei, tapando sua boca. – Assim que der damos uma fugidinha em Londres, Ok?
- Ai, tudo bem – ela finalmente calou a boca.
- Gente, estou morrendo de sono – Emme murmurou, esfregando os olhos. – Boa noite – ela virou de lado na cama e dormiu, de vestido e tudo.
- Sono pesado – Lily balançou a cabeça. – Eu vou tomar um banho – disse e entrou no chuveiro.
Fiquei sentada na ponta da minha cama, olhando o chão. Tinha gostado da minha atitude. Ok, não vou mentir, estou com um certo de receio de não dar certo, afinal de contas, estava fazendo tudo isso pelo Sirius. Eu não ia conseguir de jeito chamar atenção dele como a Marlene. Eu tinha que ser a Lene. E, bom, se não desse certo, o Sirius não é o único homem do mundo, né?
- O chão deve estar mesmo muito interessante pra você olhar tanto pra ele – Lily me tirou de meus devaneios. Ela estava usando uma blusa de homem, meio desbotada, que parecia um vestido super curto nela. – Ah, essa blusa eu peguei de um cara com quem dormi – ela sorriu, mexendo na blusa. – Parece idiota, mas agora é meio de lembrança. Relembrar os velhos tempos. – Ela sorriu. Sentou na cama e me olhou.
- O que foi? – Virei o rosto, sem graça.
- Você quer me perguntar alguma coisa – ela disse segura.
- Quero? – Perguntei risonha.
- Eu sei que quer, dá pra perceber. O que é?
- Nada – murmurei, pegando minha roupa de dormir e indo pro banheiro me trocar. Quando sai, ela estava deitada, olhando para o teto. Apaguei a luz e deitei na minha cama, também olhando para o teto.
- Lene, pergunta logo. Estou ficando nervosa – ela murmurou e eu mordi o lábio. Decidi falar logo de uma vez.
- Você gosta do Sirius? – Ela ficou alguns segundos em silêncio e meu coração disparou.
- O que você acha? – Ela murmurou.
- Que sim.
- Desculpe te decepcionar, Lene. Mas minha vítima é o Potter.
Então ficamos caladas, cada uma com seus pensamentos. James Potter que se cuide.
: James Potter narrando.
: St. James High School.
- Sabe, eu andei pensado – disse, enquanto saía do dormitório com o Remo.
- No que James? – Ele ainda estava na onda depressiva por causa da Emme.
- Você acha que consigo conquistar a Lil?
- Ah, James. Vou encher o saco de outro – ele saiu andando irritado. Stress causa rugas, hã? Ok, isso foi meio gay, mas enfim.
- James! James! James! – A Emme veio correndo feito uma doida pelo pátio. Como ela não cai com esse salto enorme?
- Diga, Emme – sorri enquanto ela parava. Ela era muito bonita, mas com tudo o que a Lily fez ela tinha ficado linda, muito linda.
- Preciso de sua ajuda.
- Para?
- Você tem um carro? – Ok, ela é bem direta.
- Um carro? Não, não tenho.
- Sabe dirigir?
- Bom, meu pai me ensinou quando...
- Ótimo, vem – ela me puxou e nem me deixou terminar. Ela saiu me puxando em direção ao dormitório feminino.
- Emme, eu não posso entrar aí.
- Como se você se importasse com isso – ela disse e continuou.
Entramos correndo no dormitório e só paramos quando entrei no quarto das meninas. Digamos que tomei um susto. A Lene estava sentada na janela, com uma calça de couro e um top e, bom, tinha uma garrafa de cerveja na mão dela. E poucos segundos depois, a Lily saiu do banheiro só de lingerie. Meu Deus é hoje que não vou me aguentar.
- Hei Potter – ela sorriu fazendo o imenso favor de mexer no sutiã. Tentei desviar os olhos e a Lene riu.
- Bebendo Lene? – Apontei pra garrafa. Ela piscou.
- Vale a pena – ela desceu da janela e mexeu numa geladeirinha. Tirou uma garrafa e me deu. – Divirta-se.
- Nana-nina-não (?) – a Lily a tirou da mão antes que bebesse. – Preciso dele sóbrio por algumas horas. Mais tarde fazemos isso – ela sorriu, tomando um gole.
- O que vocês querem comigo?
- Você sabe onde podemos arrumar um carro? Aqui na escola? – Lene perguntou, enquanto a Lily colocava um vestido bem curtinho e um sapato de salto. Será que elas não sentem dor com esses saltos?
- Não – olhei confuso para as três. – Ok, o que está acontecendo aqui?
- Precisamos ir a Londres – Emme disse.
- Não temos um carro – Lene disse.
- E quero você de motorista, se acharmos um – Lily sorriu.
- Acho que posso ajudar – sorri pensando em algo perfeito.
- Pode? – Emme me olhou com os olhos brilhando.
- A fim de roubar um carro? – Sorri.
- Roubar não, pegar emprestado – Lily sorriu também.
: Lily Evans narrando.
: Estrada para Londres.
Devo admitir que a ideia do James me surpreendeu. Quem diria que alguém como ele pensaria em algo desse tipo. Só tivemos que nos certificarmos de que a Madre Superiora não estava na escola e que o portão dos fundos estava aberto. O resto foi fácil.
- Nós vamos presos? – Emme perguntou assustada no banco de trás.
- É claro que não – revirei os olhos.
- Lil, nós roubamos o carro da Madre – pude ver seu rosto espantado no espelho. James riu, diminuindo um pouco e olhando para trás.
- Nós não roubamos Emme – ele voltou a olhar a estrada, acelerando. – Só pegamos emprestado.
- Exatamente como eu disse – assenti.
- Não quero ir pressa.
- Pára de reclamar, Emmeline! – Lene exclamou. – Se tivéssemos roubado, não iríamos devolver mais tarde.
- Nós vamos devolver?
- Pelo amor de Deus, é claro! – Exclamei, já com um pouco de impaciência. – Emme, vamos fazer o que tivermos pra fazer em Londres e depois o trazemos de volta. Ou você achou que viríamos a pé?
- Tudo bem, tudo bem. Agora me sinto melhor – ela sorriu e recostou a cabeça no banco.
Chegamos à Londres em menos de duas horas. Digamos que o James corre bastante. Ele estacionou em frente à butique que tinha levado a Emme ontem e elas duas desceram do carro. Abri a janela e olhei para Emme.
- Lembra da Joana, aquela menina que te ajudou? Pois é, ela ‘tá lá dentro. Eu já liguei para ela e avisei que vocês viriam aqui. Já ‘tá tudo pronto pra Lene. Pego vocês aqui na hora do almoço. Beijo e tchau – sorri e James saiu com o carro.
- E para onde nós vamos? – Ele perguntou confuso.
- Comprar algumas coisas.
- Para?
- Estou pensando em fazer uma festa. O que você acha?
- Quando?
- Semana que vem, talvez.
- Impossível – ele discordou, sorrindo. – A Madre vai estar lá. No outro fim de semana, sem ser esse o outro, tem a reunião com os pais em um restaurante aqui em Londres, eles passam a noite toda aqui. O jantar começa as oito e só acaba lá para três da manhã – ele sorriu.
- Bem informado – elogiei.
- Às vezes faz bem. Então, para onde madame? – Ele riu. Dei o nome da loja e lá fomos nós.
Depois de duas horas arrumando tudo para a festa, encomendando bebidas e tal, pedi para o James me levar até uma loja que queria, para comprar uma roupa para mim. Olhei no relógio e vi que ainda faltava uma hora pra encontrar as meninas.
- Vamos, entra logo – o puxei pela loja. Logo uma amiga veio me atender. Sim, eu conheço muita gente.
- Hei Lil – ela sorriu, me abraço. – Hm, esse é o affair da vez? – Ela olhou com malícia para o James.
- Tira o olho, menina. Tira o olho – a alertei rindo. Mas ela recoou um passo. – Preciso de umas coisinhas – sorri, caminhando pela loja.
Depois que enchi os braços da Lia com roupas, fui prová-las. Nada pior do que você comprar uma roupa e, quando for toda animada para usar, ela não couber. Arrastei James para a parte dos provadores.
- Senta aí e me espera – joguei ele em um sofá e entrei. Coloquei o primeiro vestido e saí. – O que acha?
- Ficou ótimo – ele disse. E repetiu essa frase nas próximas cinco roupas. Já estava começando a me irritar. Decidi ver o que ele falaria com algo diferente.
- O que acha desse aqui? – Perguntei com malicia. Estava com uma lingerie linda, preta com branca. Uma cinta liga e meu sapato de salto completava o look. Admito, estava muito sexy.
- Bom, er... Sabe... Ficou... – Ele ficou completamente perdido! E ainda estava todo vermelho. Segurei muito o riso. Caminhei até perto dele.
- Então, o que acha? – Dei um giro e ele tossiu de mentirinha.
- Ficou ótimo – ele conseguiu falar.
- Eu vou te mostrar o que é ótimo – segurei a blusa dele e o puxei.
- Lily, o que... – Antes que ele terminasse, já tinha jogado ele dentro do provador e lhe dado um beijo.
Eu o prensava na parede, pra ver ele tomava uma atitude. Então ele finalmente fez alguma coisa. Virou e me imprensou na parede. O beijo dele não era bom. Era ótimo! Meu Deus, sempre soube que os santinhos eram os piores, mas esse... UAU. Eu já tinha conseguido tirar a blusa ele e as mãos dele estavam na minha coxa, me levantando. E bom, eu podia sentir a excitação dele. Ele parou de beijar minha boca e passou para meu pescoço. E de repente, ele estava beijando meu peito! Mordi o lábio para reprimir um gemido. Minha mão voou pra calça dele, mas ele a segurou antes.
- Deixa pra próxima – dele disse, dando um beijo no pescoço. – Troca de roupa que temos que buscar as meninas – ele se soltou de mim, pegou a blusa e saiu do provador. Fiquei alguns segundos tentando pensar em alguma coisa.
Catei as roupas que estavam no chão e coloquei a minha. Quando saí ele estava encostado na parede, me olhando. Passei direto e ele veio atrás de mim. Entreguei a Lia as roupas que queria e a segui até o balcão para entregar o cartão de crédito. Ela me entregou a sacola com as roupas. A lingerie estava ali dentro.
: Emmeline Vance narrando.
: Porta da butique, Londres.
- Tem certeza que ficou bom? – Lene perguntou pela trilhonéssima (?) vez, mexendo nervosa na barra do vestido e na ponta do cabelo.
- Pergunta isso mais uma vez que você vai ver só – a ameacei e depois sorri. – Você está magnífica, Lene – ela sorriu.
O cabelo dela, que antes era liso sem graça, agora estava cacheado, lindo. As roupas que tínhamos comprado eram mais ou menos no estilo das minhas. Só eram um pouco mais grudadas. Enquanto eu comprava uma calça jeans normal, a Lene comprava uma calça de couro bem justinha. Digamos que o visual dela era um pouco mais sexy. O carro da Madre (meu Deus, ainda estou com medo de ir presa) parou em frente à butique. Corremos e colocamos as bolsas na mala, com a ajuda do James.
- Oi meninas – Lily sorriu, virando-se no banco. – UAU, LENE! – Ela gritou. – Você ‘tá maravilhosa. Amei, amei, amei. Elas fazem um ótimo trabalho por aqui – ela sorriu e virou pra frente quando o James arrancou com o carro.
- Vamos aonde? – Ele perguntou.
- Comer alguma coisa – ela respondeu, olhando distraída para a janela.
- Vamos naquele restaurante italiano. Foi lá que tudo começou, né? – Lene sorriu, batendo palmas.
- Se eu continuar comendo muita massa vou ficar enorme – Lily riu.
- Qual é, vocês nem almoçaram lá naquele dia – Lene revirou os olhos.
- Vamos ao restaurante então – James decidiu.
Depois de ficarmos uma hora e meia no restaurante, achamos melhor voltar para a casa. Pegamos o caminho alternativo, que dava no portão dos fundos da escola e – graças a Deus – ele estava do jeito que tínhamos deixado. James estacionou o carro e nós três tratamos de pegar as sacolas de roupa e correr para o dormitório. James não veio atrás da gente.
- Pra onde ele foi? – Lene perguntou, depois que jogamos as sacolas nas camas e percebemos que ele não estava atrás da gente.
- Não sei – Lily deu de ombros. – Vamos tratar de arrumar esse armário. Ainda precisamos mexer no uniforme de vocês duas.
Quanto tínhamos terminado de arrumar o armário e iríamos começar a mexer nos nossos uniformes, bateram na porta. Lily atendeu. Irmã Charlotte estava parada, olhando séria para nós três.
- Oi, Irmã – Lily sorriu, tentando ser simpática.
- As três na sala da Madre, agora – ela disse ríspida. AH, fudeu.
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