• Have You Ever Seen The Rain?

“Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure.” Vinícius de Moraes.


Marlene não conseguia acreditar no que via, na verdade ela estava mais para estressada do que apenas chateada. Ela só sabia xingar Sirius internamente, por que seria um vexame fazer um escândalo ali. Esperou pacientementea chuva com um guarda-chuva semi-acabado enquanto o cachorro maroto saia.

Já no carro ela toma fôlego para começar:

- Como você gasta metade do dinheiro COM CERVEJA? – A mulher de cabelos negros estava começando a ficar vermelha.

- É que... – Sirius tentou em vão começar.

- NÃO ME INTERROMPA! CERVEJA SIRIUS? COMO VOCÊ PODE? PARA O QUE AFINAL? – Marlene continuava a gritar.

- Os caras... – Ele nem se quer ligou o carro para não ter perigo de Marlene acabar causando um acidente com a sua gritaria.

- JÁ DISSE PRA VOCÊ NÃO ME INTERROMPER! MEU DEUS O QUE VOCÊ VAI FAZER COM DEZ CAIXAS DE CERVEJA HEIN? SIRIUS EU TO ESPERANDO UMA RESPOSTA!

Sirius tentava não rir da cara de Marlene com os seus gestos exagerados e as caretas engraçadas. Ele tomou fôlego e respondeu:

- Se você não ficasse o tempo todo “não me interrompa”, ficaria mais fácil de eu falar não acha? – Ele fez uma voz aguda quando tentou imitar Marlene.

Marlene McKinnon apenas levantou uma das sobrancelhas, bufou e cruzou os braços.

- ‘Tá ‘tá Lenezinha... – Ela fez uma careta ao ouvir o apelido. – Se você não sabe, nós vamos fazer um churrasco surpresa para o James.

- Aah – Marlene descruzou os braços enquanto assimilava as coisas. – Você deveria ter me avisado antes.

- Eu bem que tentei, mas você ultimamente...

- O que tenho eu ultimamente? – Ela disse dando ênfase a ultima palavra e fechando a cara mais uma vez.

Sirius tentou explicar que não era nada demais, para não dizer que ela estava de TPM, mas foi em vão, Marlene já estava emburrada e aquela era a terceira briga só naquele dia.

- Você podia deixar de ser criança, Lene! – Sirius deixou escapar enquanto tentava ligar o carro.

- Eu criança? Olha quem fala!

- Quem aqui ‘tá emburrado e com bico? – Sirius disse a encarando. – Responde: Você está com TPM?

- O QUE? Claro que não!

- Você tem certeza? - Sirius perguntou receoso.

- Você acha que eu não me conheço? – Ela já estava com a famosa cara de “assassina” que Sirius secretamente amava.

O maroto mordeu o lábio inferior e se segurou pra não agarrar a morena naquela hora mesmo.

- Ok, desisto – e finalmente o carro ligou. – Ei, não era a sua vez de revisar esse carro?

- Minha vez? Era a SUA Black!

E mais uma discussão aconteceu. Sirius e Marlene eram mais do que amigos, na verdade tinham uma amizade colorida, e um quase namoro. Só que nenhum dos dois quer tocar nesse assunto, saem e passam várias noites juntos, e sempre aparecem como um casal no Hotel Califórnia que pertence ao seu amigo James Potter. E principalmente: vivem brigando. Cada um tem a sua teoria que por acaso combinam: Lene acha que Sirius a provoca por gostar de vê-la com raiva, e Sirius realmente adoora ver ela com raiva, segundo ele as coisas eram melhores depois de uma briguinha.

Marlene afundou no banco do carona e começou a observar a estrada. Eles estavam longe do centro, na verdade aquela era uma cidadezinha do lado, que não ficava muito longe. Os campos aumentavam e a chuva também. E algo fez lembrar Marlene...

Flashback onn

Narrado por Marlene McKinnon:

Fazia mais ou menos uma hora que a festa da prima de Sirius tinha acabado e quando olhei o relógio já passava da meia-noite, sendo que a festa começou umas três horas da tarde. Tirei o salto pela terceira vez só hoje e fui em direção da cozinha. Precisava urgentemente de um copo d’água, depois que você bebe um bocado, precisa de algo mais saudável.

Algumas pessoas que vieram para festa continuavam no hotel e sabe se lá fazendo o que.

Meus ombros estavam tensos e eu estava começando a ficar com sono. Joguei meus sapatos no chão e procurei por um copo na grande cozinha. Quando finalmente achei, fui até a geladeira e peguei uma jarra de água bem gelada, olhei pela janela, estava chovendo, tive a sensação de estar sendo observada, mas deixei pra lá. Lembrei da minha infância quando eu era apaixonada por chuva. Afinal qual foi à última vez que eu tomei banho de chuva?

Soltei meu cabelo e pousei o copo na pia, fui pelas portas do fundo da cozinha que dava para a parte da piscina e onde foi a festa, havia várias mesas e cadeiras ainda lá, a chuva já havia encharcado tudo e eu me lembrei da cena do começo do segundo filme dos Piratas do Caribe, tirando que não havia nada em cima das mesas.

Era bom sentir a chuva no rosto, na verdade no corpo inteiro. Andei um pouco em direção a algumas árvores e um campo que James planeja transformar em um de futebol. Para minha sorte não havia raios, porque se não eu já estava frita, trocadilho sem graça, eu sei.

- Seguir as pessoas é feio sabia? – Eu disse e sabia quem era. – Você poderia ser o tarado da machadinha...

- Tarado sim, mas machadinha é meio masoquismo não?

Não pude deixar de sorrir com o comentário dele.

Sirius passou as mãos ao redor da minha cintura, eu ainda não havia me virado, e senti sua respiração no meu pescoço. Arrepiei-me e não foi por causa do frio que eu sentia. Ele começou a beijar meu pescoço e então eu virei e passei as mãos ao redor do seu pescoço.

- Isso não é novidade pra mim – ele abriu um sorriso maroto.

A camisa branca que ele usava estava colada em seu peitoral e os cabelos pareciam mais bagunçados, a chuva parecia fazer bem pra ele. Era impressão minha ou os olhos dele pareciam mais brilhantes?

Antes que eu tivesse mais alguma reação ele colocou meu corpo contra o dele, e me beijou intensamente como se fosse a última vez que fossemos nos ver. Não sei se foi por causa da chuva ou se era mesmo o efeito Sirius Black, o beijo foi mais do fantástico. Entrelacei meus dedos em seus cabelos e minha outra mão estava em seu peito por baixo da sua blusa. E a partir daquele dia, beijar Sirius Black se tornou um vício.

Fim da narração de Marlene McKinnon

Flashback off


Marlene sorriu com a lembrança, mas ainda estava chateada com o moreno. O que ela não sabia era que Sirius também havia se lembrado daquilo e tinha se esquecido de uma coisa que Marlene logo lembrou:

- Nós temos que pegar a pasta do James na fazenda do pai dele.

- É eu já sabia disso. – Sirius disse sem desviar o olhar da estrada e segundos depois virar em uma estrada de chão.

- Então por que parecia que você ia seguir direto?

Sirius revirou os olhos e decidiu não começar uma quarta briga... Ia deixar isso para quando chegassem no hotel.

A fazenda não tinha uma área muito grande, mas tinha uma bela casa de dois andares e um celeiro ao lado que guardava algumas máquinas e feno, os animais estavam em outro lugar por que eles estavam sendo tratados (?).

O carro parou em frente do celeiro e para a surpresa dos dois, atolou.

- Droga! – Sirius exclamou batendo as mãos no volante.

- Ah não Sirius! Não vai me dizer que a gente NÃO VAI SAIR DAQUI? - A chuva estava aumentando e o barulho dela batendo no carro estava maior.

- ACHO QUE NÃO HOJE! É MELHOR NÓS IRMOS PARA A CASA! – Ele gritou desligando o carro.

- NESSA CHUVA? – Marlene sabia que aquilo não ia acabar bem.

Os dois saíram correndo do carro em direção a varando da casa, já encharcados eles chegaram a frente da porta. Sirius vasculhou os bolsos e achou uma chave, quando tentou encaixar na porta, percebeu que a chave era maior que a fechadura.

- Sirius por que você ainda não abriu essa porta? – Marlene disse tentando secar os longos cabelos.

- Por que essa chave é a do celeiro e não da casa!

- EU NÃO ACREDITO SIRIUS! COMO VOCÊ PEGA A CHAVE ERRADA? – Marlene já estava gritando e Sirius já havia lhe puxado pelo braço, a varanda não era um bom lugar para passar a noite.

A chuva parecia que só aumentava e depois de duas tentativas, Sirius abriu o celeiro. Os dois entraram e perceberam rapidamente a mudança de clima, lá dentro estava mais aconchegante.

- Não acredito que vamos ficar em um celeiro velho e empoeirado por sua causa... – Marlene já foi dizendo.

Sirius ignorou por enquanto e olhou para cima onde havia um tipo de quarto e lembrou-se do que James havia dito uma vez: todas as vezes que ele ia à fazenda preferia ficar no celeiro.

- Pelo menos não vamos dormir no feno. – Ele falou já subindo a escada.

- Então vai ser com as aranhas e as baratas? – Marlene já estava começando a ficar de mau humor e Sirius se segurava para não rir das caretas dela.

- Tem certeza que vamos mesmo dormir com elas? – disse Sirius quando chegou ao “quarto”.

Quando Marlene chegou percebeu que o quarto estava limpo, tinha umas coisas velhas lá, mas mesmo assim limpo. A cama de casal parecia que teve seus lençóis trocados a apenas alguns dias e estava sem poeira alguma.

- Retiro o que eu disse. Black você... – Marlene parou quando percebeu que o maroto estava tirando a blusa encharcada.

“Droga! Logo agora que eu ia começar a brigar com ele... Ok! Te concentra!” pensou a morena mordendo o lábio.

- Por que você está fazendo isso? – Ela perguntou tentando voltar ao normal.

- Eu não estou a fim de pegar um resfriado e você vai pegar um se continuar com essa roupa. – Sirius disse sorrindo maliciosamente, Marlene estava quase para pular em cima dele...

- Sinceramente Black! Como você teve a capacidade de pegar a chave do celeiro e não da casa? – Marlene perguntou com as mãos no quadril.

Sirius estava mexendo no radinho que estava sobre o criadomudo e que não funcionava.

- Black você está prestando atenção no que eu to dizendo? – o moreno desistiu do rádio e se virou.

- É claro, Lene. – Na verdade ele estava mais era olhando para a blusa branca de Marlene que estava colada em seu corpo mostrando o sutiã preto.

- Por que você não liga para... alguém? – Lene disse um pouco sem fôlego enquanto o moreno se aproximava.

- Você quer mesmo que eu chame alguém? Podemos sair daqui amanhã... – ele sussurrou no ouvido de Lene que tentou se controlar.

- Black olha aqui, se você...! – Ela não terminou por que o moreno começou a beijar seu pescoço.

Sirius trouxe Lene para perto dele e como os dois sabiam as coisas não funcionavam tão devagar assim. O maroto começou a desabotoar a blusa dela enquanto a beijava na boca e ela o descabelava, os dois ainda estavam molhados por causa da chuva e com a pele fria que faziam os dois terem certos choques ao se tocarem.

O rádio começou a funcionar, Sirius não resistiu a sorrir quando reconheceu a música.

Marlene jogou a calça no canto do lugar e Sirius só estava de boxers. O moreno segurou Marlene e a levantou, ela passou as pernas ao redor da cintura de Sirius, que beijava o pescoço dela. Os dois já estavam ofegantes quando deitaram na cama, Marlene trocou de posição ficando por cima e Sirius começou a tirar suas roupas íntimas.

Someone told me long ago
there's a calm before the storm
I know...
It's been comin' for some time.
Alguém me falou há muito tempo
que há uma calmaria antes da tempestade.
Eu sei; vem vindo há algum tempo.

Sirius ainda beijava Marlene que retribuía intensamente.

When it's over, so they say,
it will rain a sunny day,
I know...
Shinin' down like water.
Dizem que quando terminar choverá num dia ensolarado.
Eu sei; brilhando como água.

Nenhum dos dois sabiam quanto tempo havia passado mas a chuva continuava como se nunca fosse terminar.

I wanna know
Have you ever seen the rain?
I wanna know
Have you ever seen the rain?
Comin' down on a sunny day?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva
Caindo em um dia ensolarado?

Já estava amanhecendo quando Marlene se mexeu um pouco ao lado de Sirius, seu rosto estava no peito do moreno que já estava acordado e mexendo no cabelo dela.

Yesterday, and days before,
sun is cold and rain is hard,
I know...
Been that way for all my time.
Ontem e nos dias anteriores,
o sol estava frio e a chuva estava forte.
Eu sei; tem sido assim toda a minha vida.

- Marlene você está acordada? – Ele murmurou e a mulher ao seu lado se mexeu.

- Uhum. – Ela disse sem abrir os olhos.

Sirius olhou pela janela que ficava ao lado da cama.

And forever, on it goes
through the circle, fast and slow,
I know...
It can't stop, I wonder.
E para sempre assim será
através do ciclo, rápido e devagar.
Eu sei; isso não vai parar, eu me pergunto.

- Marlene, que tal abrir os olhos? – Sirius disse beijando o rosto de Lene.

- Não quero não...

- Acho que você vai amar isso. – ele disse sorrindo.

I wanna know
Have you ever seen the rain?
I wanna know
Have you ever seen the rain
Comin' down on a glorious day?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva
Caindo em um dia glorioso?

Marlene abriu os olhos e olhou diretamente pela janela.

- É lindo... – ela disse quando encarou a janela que tinha as gotas da chuva e alguns raios sol que atravessavam dela.

- É eu sei que sou lindo.

Marlene deu um tapa de leve no peito de Sirius que riu.

Yeah!

I wanna know
Have you ever seen the rain?
I wanna know
Have you ever seen the rain
Comin' down on a sunny day?
Yeah!

Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva
Caindo em um dia ensolarado?

- Gostaria que todas as manhãs fossem assim... – Marlene murmurou.

- É só você pedir... – e Sirius segurou o seu rosto e a beijou.

N/B: Morri :*
UAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAH
Poooolie, que fic mais linda *-*’
Duuude, eu amei essa fic, eu amo essa música, eu amei esse “cenário”, eu amei o Six e a Lene...
Aaaaaaaah que liiiiiiindos *_____________*’me lembraram “alguém” :B AUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAU
Fala sério povo (?) essa Polie escreve muito né não? :O
Eu tenho que te agradecer por ter me deixado ser beta dela (?)e por ter escrito aquele “especial” e ter feito menção dele aqui (H) me senti dude [y]AUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAU
MUITO OBRIGADA :D

Amo você Polie <3
Beijo da gordada beta :*

N/A: Geeeeeeeeeeente desculpa a demora!
Acho que poderia ser um pouco melhor, mas tudo bem...
Aaaaaaaaaaaaah Nick! *.*
Que bom que tu gostou! *-* E muito obrigada por ter betado a fic! :D eutinhaquelembrardoespecial! *-*
Amo-te beta! ♥

Espero que vocês gostem!
Beijãão, e se puderem comentem! :D

Polie