Cap XX - Eis os Guardiões de

Viram-se transportados uma vez mais para outro tempo em Hogwarts. Mas desta vez não estavam vendo James ou Lily Potter, estavam no salão comunal da... Sonserina?

Sim estavam, pois podiam ver claramente as figuras de Severo Snape, Lucius Malfoy, Crabbe e Goyle sentados em uma das mesas.

- Severo você precisa se decidir, já estamos no ultimo ano, o lorde logo tomará tudo, esteja de lado certo.

- Mas... se eu me tornar um comensal, Lily nunca... Nunca irá me perdoar.

- Ah Severo! A Evans não passa de uma sangue-ruim. Você sabe que o lorde odeia sangues- ruins.

- Não...Não fale assim dela Lucius.

O loiro parecia impaciente, mas resolveu tentar mais uma vez.

- Severo, A Evans e o Potter estão quase juntos. Ela já escolheu. Além do mais, talvez do lado certo, você possa poupar a vida dela, quem sabe o lorde não abre uma exceção para você.

- Vo... Você acha mesmo que o Lorde me concederia Lily, se eu o pedisse?

- Ele costuma ser muito generoso com quem é leal a ele.

Harry arregalou os olhos, mas de repente foi sugado de novo. Agora estavam no meio do corredor do quinto andar, a cena a seguir fez o moreno franzir o cenho.

James Potter tentava a todo custo ganhar um beijo de Lily.

- James, pare com isso, se alguém passar aqui e ver? – dizia Lily alternando entre o sério e o divertido.

- Ah Lily, por favor, por favor. Poxa, a gente é amigo a tanto tempo, me dá uma chance, eu sou louco por você.

Lillian a estas alturas já sabia que correspondia o sentimento, mas algo nela era mais forte e a fazia recusar.

- James por favor, vamos conversar disso outra hora ok?

Ele sorriu pra ela.

- OK, mas um beijo de boa noite pode? – ela arqueou a sobrancelha e ele se apressou. – De amigo Lily?

Ela sorriu.

- Pode sim, mas vamos logo, você já devia estar no salão a esta hora.

James a abraçou, Lily fechou os olhos com o contato. Ele embrenhou a mãos em seus  cabelos ruivos longos e ela soltou um suspiro, aos poucos, o moreno aproximou-se dela, os hálitos se misturando, seus lábios muito próximos, quase se tocando.

- Que maravilha! A Sangue-ruim e o traidor do Sangue se agarrando nos corredores. – A voz arrastada de Lucius Malfoy penetrou o lugar.

James e Lily afastaram-se sobressaltados.

- O que quer aqui Malfoy? – Lily perguntou rubra.

- Sou monitor Evans e estou monitorando o lugar. Assim como você deveria estar em vez de ficar se agarrando por ai.

- Eu... não estava me agarrando por ai Malfoy e isso também não é da sua conta.

- Não chame a Lily assim seu nojento. – Gritou James.

- Calma, James, não vale a pena... – disse Lily.

- Pensei que você era diferente Lillian, mas pelo visto é como todas as outras. – a voz de Snape era carregada de rancor e magoa.

- Severo...

- Tornou-se mais uma na lista do Potter.

- Não fale assim com a Lily seboso, você não sabe de nada. Eu a amo.

- Ah sim Potter, você a ama, assim como ama a todas as meninas de Hogwarts todas que assim como essa sangue-ruim estão dispostas a dar uns amassos com você pelo castelo.

James ficou vermelho e sacou a varinha. Assim fizeram Snape e os outros.

- Peça desculpa a Lily agora? Ele gritou.

- Me faça pedir Potter.

- James... Por favor, não. – Lily pediu, mas James nem olhava para ela. Encarava Snape com ódio nos olhos.

Lily com medo que aquilo se tornasse uma coisa mais seria, principalmente para James se Pôs na frente dele e segurou seu rosto com as mãos.

- James, olhe para mim, por favor.

O maroto a encarou.

- Baixe a varinha, por favor...

- Mas...Lily.

- por mim.

Ele imediatamente baixou a varinha enquanto Snape e os outros ainda apontavam as suas.

- Dobrado por uma mulher Potter – riu Malfoy. – Sabia que você era um covarde. E quanto a você sangue ruim, sabe que ele está atrás de gente como você não é? O lorde vai dizimar sua raça da face da terra.

James voltou a erguer a varinha.

- Esse demente será destruído junto com vocês que fazem parte da corja dele, seus malditos.

- Grandes sonhos Potter, ele vai torturar sua princesinha ruiva até ela pedir para morrer.

- Só por cima de mim – Disse o moreno rangendo os dentes.

- Chega de conversa, vou me divertir um pouco com esta sangue-ruim estúpida. – Lucius – apontou a varinha para Lily. – estupefaça!

Lily fechou os olhos ao ver o jato de luz saindo da varinha de Malfoy, mas não sentiu o impacto. Abriu os olhos e viu que James estava a sua frente, havia conjurado um feitiço escudo de ultima hora que foi o suficiente para protege-los, mas ele fora atingido pelo feitiço, de modo que estava com a boca sangrando apesar de ainda estar de pé..

- James... – Ela murmurou fraco.

- Já disse que você e sua corja só tocam na Lily por cima de mim.

- Ora Ora, Potter, servindo de escudo para essa trouxa. Você é muito cavalheiro. Mas somos quatro e vocês são dois, algum feitiço nosso atingirá vocês.

Lucius apontou de novo a varinha para eles.

- O que está acontecendo aqui? – a voz de McGonagall soou.

Ao adentrar o corredor ela viu James e Lily acuados, cercados por quatro sonserinos armados de suas varinhas.

- Mas o que significa isso senhores?

Os Sonserinos não sabiam o que dizer. Haviam sido pegos no flagra.

- Ah, nós... O Potter está fora da cama, após o horário professora e nós estávamos dando-lhe uma detenção. – Disse Lucius.

- Mentira professora, eles estavam nos ameçando.

- Os senhores tem noção do quanto é grave ameaçarem colegas com a varinha? Detenção para os quatro e menos 20 pontos de cada um para a Sonserina.

Eles bufaram juntos e começaram a reclamar.

- E o Potter? Não vai ganhar detenção, ele esta fora da cama e nós somos monitores! – gritou Lucius.

- Até onde eu sei, nem o senhor Crabbe, nem o senhor Goyle são monitores. – disse Minerva ríspida – Potter, o que faz aqui a esta hora?

James ficou sem ter o que dizer, havia isso atrás de Lily, por vontade própria, não a envolveria naquilo.

- AH, eu...eu...

- Ele está aqui por que eu o chamei professora. – disse Lily insegura.

- Chamou-o senhorita Evans? E porque?

- AH... eu.. o chamei para...

- Por minha causa professora. – a voz de Remus se fez ouvir. – Lily encontrou-me no segundo andar e eu... não estava bem , a senhora sabe. – a professora assentiu – Então eu pedi que ela chamasse James ou Sirius para me ajudar.

- Deveria ter chamado um professor senhorita – Minerva começou a reclamar, mas Remus a interrompeu.

- Mais uma vez minha culpa professora. –  todos o encararam – Eu estava assustado, Lily iria chama-la, mas eu pedi que não o fizesse. E ela me atendeu.

- Sr. Lupin, isso é...

- Professora o erro foi todo meu. – Lily tomou a palavra – Eu percebi que Remus não estava bem, e deveria ter chamado um professor, independente de ele ter me pedido ou não. Eu errei em tirar Potter do salão comunal, me desculpe.

Minerva encarou Lily, para a menina assumir um risco destes devia estar dizendo a verdade, Lily Evans era a melhor aluna que tinha.

- Bom, amanhã esclareceremos isto senhorita Evans, voltem para suas casas, agora!

Os Sonserinos ainda tentaram protestar, Mas Minerva foi enérgica e eles acabaram se retirando.

 

- Srta. Evans, Sr. Potter voltem para o salão comunal da Grifinória já. Sr. Lupin, acompanhe-me.

Remus assentiu e a acompanhou, enquanto Lily seguia com James para o salão comunal.

Lily seguiu para a torre da Grifinória com James, havia nela um ar triste, mas não bravo, o que deixou o maroto um pouco mais tranqüilo. Eles não iriam brigar de novo.

Passaram pelo retrato da mulher gorda e se deram conta de que não havia ninguém no salão comunal. Era tarde, todos já deveriam estar dormindo. Todos menos eles, e Remus.

James encostou-se junto a lareira, um olhar longe, perdido. Assustou-se ao sentir o corpo da ruiva muito próximo ao seu, quase lhe tocando, e quando a encarou, viu um sorriso insinuante em seus lábios.

- Não vai mesmo me contar o que há com Remus?

Ele suspirou.                    

- Não posso Lily.

Ela encostou-se mais a ele, e aproximou seus lábios dos dele.

-Nem se eu te prometer um beijo?

James empalideceu, por um momento pareceu estar com a respiração suspensa.

Quando ele conseguiu falar sua voz saiu cheia de tristeza.

-Não posso contar, acredite Lily se eu pudesse já o teria feito. Mas não posso.

Contrariando as expectativas do maroto Lílian sorriu.

- Eu já te disse que esta lealdade a seus amigos é uma coisa que eu admiro em você?

Ele a encarou alguns segundos antes de retribuir o sorriso.

- Eu já sei de tudo James.

O moreno arregalou os olhos.

- Como assim?

- Sei sobre o Remus, sei sobre vocês.

James arqueou a sobrancelha ainda incerto se Lily falava a verdade.

- Sei que Remus é um lobisomem e sei que vocês são animagos ilegais.

Ele engasgou. “Como ela sabia?”

- Descobri por que segui vocês na ultima lua cheia. – ela respondeu como se lesse a mente dele.

James abriu e fechou a boca varias vezes, mas não proferiu nada, apenas a encarou.

- Por que... Por que você não contou nada... pra ninguém? Você é monitora.

- Você é meu amigo James, Remus também. Eu não entregaria vocês – ela disse levemente magoada – Ajudei você hoje não ajudei?

Ele afirmou com a cabeça.

- Pois então, ajudaria sempre.

- Se você já sabia Lily, por que me perguntou de novo?

- Queria testar até onde vai sua lealdade.

- E em que conclusão você chegou? – ele perguntou arqueando a sobrancelha divertido.

- Que você – ela aproximou-se de novo - é muito confiável James Potter. – dizendo isso Lillian finalmente deixou que seus lábios tocassem os do maroto, num beijo calmo, doce e apaixonado.

 

Mas antes de poder ver a reação de seu pai a isso, Harry sentiu-se sugado para sua realidade, mas não sem antes poder ler no ar.

“Guardiões são leais, e conhecem o amor”... “Eis os guardiões do segredo de Godric Grifinória”.

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N/A: Quero pedir desculpas pela demora para postar, mas gostaria que vcs comentassem mais, assim eu posso saber o que vcs estão achando da fic... Vou aguardar os coments, o proximo capitulo vem cheio de surpresas, e não demorarei prometo.

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