Capitulo XVI - De Volta a era



Eles olhavam estupefatos as “tatuagens”, cada uma delas lembrava claramente a forma de um animal. A de Rony, era a sombra perfeita de uma águia de asas abertas, a de Harry parecia um leão, Gina trazia a silhueta clara de uma Fênix enquanto Hermione tinha uma coruja. Não eram figuras perfeitas, eram apenas, silhuetas, porém bem marcadas. De repente a lareira acendeu-se de novo, crispou forte e suas chamas espalharam-se no ar formando uma frase: “ Pelo sangue do coração de Godric, que retornem os guardiões” Eles leram estas palavras e ao fim, as chamas se intensificaram, um clarão tomou conta de tudo e eles se viram mais uma vez sugados para outro tempo... Quando abriram os olhos, viram-se ainda em Hogwarts,, estavam no salão principal e viram uma turma de primeiro-anistas sendo selecionadas para suas casas. Harry não teve dificuldades em perceber seus pais entre eles, assim como também viu Sirius, Lupin e Petigrew. Os quatro reconheceram ainda Lucio e Narcisa Malfoy, Alice e Frank longbottom, Molly e Arthur Weasley entre outros espalhados pelas grandes mesas do jantar. Depois, todos seguiram o monitor-chefe até o salão comunal, os mesmo em que eles estiveram minutos antes. - Oi tudo bem? – Harry viu o pequeno Remus Lupin falando com sua mãe. - Oi. – ela respondeu acanhada. - Meu nome é Remus Lupin, e o seu? - Ah, é Evans, Lilian Evans, mas pode me chamar de Lily. - Muito prazer Lily. A ruivinha sorriu. O tempo passou, eles viam-se agora diante de um James mais crescido, junto com seus três amigos inseparáveis, brincando displicentemente com o pomo de ouro. Estavam indo ao primeiro passeio em Hogsmead, ou seja, estavam em seu terceiro ano. James e Lily andavam lado a lado, conversando tranquilamente, o que Harry estranhou, pois acreditava, pelo que Sirius tinha lhe dito, que Lily o odiava naquela época. “Nunca realmente dei chances para o Sirius me contar tudo” – ele pensou triste. - Tchau James, preciso ver as meninas, marquei com elas no três vassouras. - Ah ok, até mais então. - Certo – ela sorriu – Mantenha-se longe de encrencas. - Impossível Evans. Ele afastou-se. Ele percebeu, que a relação de seus pais realmente era distante, nada mais que colegas de casa. James alcançou Sirius, e Harry observou-o, era mesmo um garoto cheio de vida, não se parecia muito com o Sirius cansado e triste que Harry conheceu. O viu sorrir galanteador para duas meninas que passaram por eles. Lupin era a copia exata do que Harry conhecera, tímido, calado, misterioso. Pettigrew também não se diferenciava muito do que tinha visto, baixo, gordo e desajeitado, com feições que claramente lembravam um rato. O quarteto fora novamente lançado no tempo, James e Lily agora estavam no quinto ano. Harry reviu a incomoda lembrança de Snape onde James o humilhara publicamente. Vira sua mãe reagir furiosa e James tentar explicar-se. Mas desta vez a lembrança foi alem. ... - Lílian, você pode me ouvir agora? - Vá embora Potter. – ela disse chorosa. - Por favor Lily, me desculpa. Eu não queria... - Por que faz isso James? Por que faz isso se sabe que eu não suporto? Você vive me chamando para sair, diz que faria tudo por mim, mas quando pode realmente me mostrar algo que eu gostaria de ver, faz tudo errado. Ela falava com uma expressão triste. - Você está me julgando igual aos outros. Eu sei que o fato de eu ser estereotipado não ajuda muito, mas eu não um monstro Lily. - Eu sei que não é, mas por que raios você não tenta se manter longe de encrencas? E por que você ataca o Severo sem ele fazer nada. - Oh Lily você acha que o ranhoso é santo? – ela fez uma careta diante do apelido – Ele provoca, sempre. É obvio que ele é covarde demais para fazê-lo na frente dos outros, está sempre escondido atrás do Malfoy e a corja dele. Ele me odeia Lily, e faz de tudo para que eu pareça mal com você. Ele me provoca por que sabe que eu não vou me controlar. Ele te chama daquilo! – James falava e sua voz denotava desespero. - Não quero que brigue com ele por isso, eu sei muito bem em defender. – ela disse desafiadora. – E não seja infantil, por que o Severo te odiaria? - Por sua causa. – ele disse enfático. - Por minha causa? Por que por minha causa? - Por que ele sabe que eu te amo. Lily enrubesceu. - Ele gosta de você e sabe que eu também. E por isso ele faz de tudo para que eu pareça mal na sua frente. Sabe o que ele faz Lily? Ele insulta meus pais, ele disse que o lorde das trevas quer a cabeça da minha mãe e o Malfoy, ele disse que teria prazer em entregá-la numa bandeja. Lily parecia estupefata. - Ele... ele disse isso? James deu de ombros. - Você não acredita em mim não é? Ele sentou-se e afundou o rosto entre as mãos; - Eu não gosto de brigar com você Lily, mas eles provocam e eu não consigo... - James... – ela chegou perto. – Eles são sonserinos, você devia saber que agem assim. e você deveria fazer o contrario em vez de viver em detenção por culpa deles. Veja agora, o que aconteceu ontem. Vai cumprir uma semana por causa do Malfoy e se a Minerva te pega fazendo aquilo com Severo... - O Malfoy também está em detenção. – ele disse defensivo. - sei disso, mas não mudará o fato de que sua fama de irresponsável aumenta terrivelmente. Ela foi dura. - Você parece simpatizar com sonserinos. – ele falou com uma pontada de ciúmes. - Ah James! Severo era meu amigo mesmo antes de virmos para cá. – ela disse nervosa. - Ele não se mostra muito amigo ao te chamar... daquilo. – ele rebateu. - Eu já disse que sei me defender Potter. Não preciso que arrume confusão por isso. - Eu sei que sabe se defender Evans – ele enfatizou o sobrenome ácido. – Me desculpe se eu não consigo suportar ver alguém te xingando. Ele virou de costas emburrado. - James desculpe, não vamos brigar mais por causa disso ok? – ela disse tentando suavizá-lo e ele virou-se com um sorriso bobo. - Só se você aceitar sair comigo. - Ah de novo James? - Não vou desistir de você Lily. Ela riu amável. - Nunca vai me dar uma chance não é? - Um dia quem sabe – ela disse sorridente – Quando você crescer Peter Pan. Ela saiu rindo e ele ficou confuso. Viram-se transportados um ano a frente, a noite caía. James, Sirius, Pedro e Remus, caminhavam sorrateiramente pelos corredores do castelo em direção á saída. Estavam com o mapa do maroto nas mãos. Passaram rapidamente pelo quarteto e saíram do castelo indo em direção ao salgueiro lutador. Ainda puderam ver Sirius, James e Pedro, transformarem-se em suas versões animagas enquanto Remus apenas os acompanhava. De Longe viram o Salgueiro Lutador se debater, o que significava que eles estavam na casa dos gritos. Mais alguns instantes e Harry viu Lílian, seguindo pelo mesmo caminho, parecendo meio perdida, como se procurasse por algo. Mas ela não seguiu o caminho para a casa dos gritos, ficou rodando em frente a floresta proibida. O tempo correu um pouco e eles puderam perceber do que se tratava. Era noite de lua cheia, e Remus provavelmente se transformaria em lobisomem. Harry viu com desgosto Lucius Malfoy aproximar-se de sua mãe. Junto com ele, assim como era com seu filho, estavam Crabbe e Goyle. Severo Snape também estava com eles. - Oi sangue ruim. – debochou Lucius enquanto os outros riam, menos Snape. - O que quer Malfoy? - O que está fazendo aqui sozinha. Sem seu cavaleiro de armadura dourada para te proteger. Lilian sacou a varinha rapidamente. - Não preciso de um cavaleiro Lucius, tudo o que preciso para me proteger está bem aqui na minha mão, agora vá embora ou estuporarei os quatro. Lucius riu. - Você é muito prepotente sua Sangue sujo. Sabia que o Lorde das trevas quer o sangue de gentinha como você? Ela olhou-o com desprezo. Depois encarou Snape. - É isso que quer Severo? Foi nisso que se transformou? Um seguidor de um assassino que mata as pessoas por nada. O capacho de um playboy que é mais frouxo que uma criancinha de 2 anos? O homem nada respondeu. - Mas respeito comigo e com o Lorde seu aborto. – bradou Lucius. - Você só é homem com esses orangotangos do seu lado Malfoy. Crabbe e Goyle fizeram menção de avançar sobre ela e ela recuou alguns passos. - Está com medo Evans? – ele desafiou. Ela sustentou o olhar e a varinha. Eles avançaram e ela recuou mais alguns passos. - Cadê sua coragem Evans? Você fala de mim, que ando com guarda costas, mas você é igual. Sempre na companhia de D’Artangnan e os três mosqueteiros. Porém, me parece que seus amiguinhos não estão aqui, e os meus estão. E agora Evans, o que vai fazer contra nós quatro sozinha? – Lucius aproximava-se cada vez mais. - Ela não está sozinha Malfoy. Ela nunca está sozinha. Lucius virou-se para ver de quem era a voz que falava e deparou-se com James. Mas ele não estava sozinho. Não estava com os outros marotos como de costume, mas tinha a companhia de Frank Longbottom e as amigas de Lily, Alice e Marlene. Todos com as varinhas em punho. - Muito homem pra ameaçar uma mulher sozinha, sendo que vocês estão em quatro. Vamos ver se você é tão corajoso assim enfrentando-nos em desvantagem. James falou e Lucius recuou. - Com medo Malfoy? Então façamos melhor, só eu e você, ninguém interfere. O que acha? - Não James. – Lily falou. – Não vale a pena. - É isso mesmo Potter. Não vale a pena pra mim, me sujar com você. – Lucius disse tentando não aparentar medo. – Cadê seus mosqueteiros? Estão aprontando de novo não é? Sabia que vamos descobrir o segredo de vocês? - Vai pra tua toca covarde. – James falou serio e continuou avançando. - O lorde das trevas vai dizimar sua raça Potter. - Não antes de eu dizimar a sua seu desgraçado. James empunhou a varinha e no mesmo instante Malfoy lhe deu as costas deixando o lugar. Lilian o segurou. - James não! – Lily disse preocupada – Não vale a pena, por favor. James acatou o pedido da ruiva, porém seu corpo todo tremia de raiva. Ele a olhou. - Eles machucaram você Lílian? – Ele estava muito sério, Lílian nunca o vira assim, seus olhos crispavam raiva e transtorno. - Não. – ela disse baixo. - O que você estava fazendo aqui? - Eu... eu... – Ela não sabia o que dizer. - Você estava me seguindo de novo não é? - James... Ele respirou fundo. - Não ande sozinha por ai Lily, ele vai querer retaliação. - James, o que vocês estão aprontando? - Sinto muito, mas não posso lhe contar. Frank, você leva a Lily e as meninas de volta para o castelo. Ela fez menção de falar algo, mas o olhar dele a impediu. James fez um sinal mudo para que ela voltasse, deu as costas e sumiu na floresta. O quarteto foi transportado de novo. Estavam dentro do castelo, era tarde, mas pelas roupas que Lilian usava no salão comunal, ainda era o mesmo dia. Ela nadava de um lado para o outro. Estava sozinha no salão. O retrato da mulher gorda rangeu e Pedro e James entraram por ele. Pedro lançou um olhar sugestivo a James ao ver Lily ali, depois seguiu escadas acima. - Você sabe que oras são Potter? – ela perguntou fria. – O que raios estava fazendo até essa hora fora do castelo? Tem idéia de que se forem pegos isso pode acarretar uma expulsão? Cadê o Black? Vocês não acham que correm riscos demais só pra ficarem com garotas por ai? Ela falava rápido sem dar espaço para James responder. Quando ela parou precisando respirar, ele deu um sorriso de lado. - Lily, se bem que horas são, e não estávamos com meninas por ai. Nós... eu não posso te contar, o segredo não é meu. - É do Remus? Ele afirmou com a cabeça; - O que o Remus tem James? Alguma doença? Por que vocês sempre somem a estas horas todos os meses? - Eu já disse que não posso contar Lily. Se isso envolvesse apenas a mim eu te contaria, eu jamais esconderia nada de você. – ele se aproximou dela – Mas não diz respeito só a mim. Eu sinto muito. - Eu sou amiga dele, eu quero ajudá-lo. - Eu sei, Lily, mas cabe a ele querer isso. Eu não posso trair a confiança do meu amigo. Ela baixou a cabeça. - Tudo bem. Eu entendo e respeito sua posição. – Você é muito leal Potter – ela disse com um sorriso – Eu gosto muito disso. Ela deu-lhe um beijo no rosto e ele levou a mão ao local onde ela beijou. - Boa Noite James. – ela riu e ele correspondeu. Ela deu as costas e subiu. Parou no meio das escadas e olhou-o. - Sabe que eu vou descobrir não sabe? - Sim, eu sei – ele disse maroto. Lily sorriu de novo e desapareceu nas escadas, enquanto James seguiu para o seu dormitório feliz. Quando eles sumiram do salão comunal a lareira crispou, formou a frase “Os guardiões de Godric são sempre leais” e depois disso eles se sentiram puxados de volta a realidade. _____________________________________________________________ Capitulo novinho pra vcs pessoal. Obrigada de coração pelos seus coments;;;

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