Capitulo XIII – Potters



Ao abrir o pergaminho Harry sentiu uma forte pressão puxá-lo e uma luz muito forte cegou momentaneamente seus olhos.
Quando conseguiu abri-los viu rapidamente a imagem dos três amigos se afastando dele e sendo envoltos em uma densa e cinzenta neblina.
- Gina! – ele gritou, mas não obteve resposta.
Depois disso tudo ficou embaçado, sua visão ficou turva, mas antes de se perder na escuridão ele viu o que achou ser a entrada de uma grande caverna.
Após esta imagem lhe fugir os olhos ele perdeu os sentidos.
Abriu os olhos com dificuldade enquanto ouvia seu nome sendo chamado ao longe.
Piscou várias vezes até conseguir firmar corretamente o olhar e ver a figura de duas garotas muito assustadas lhe olhando:
- Gina! Mione! – ele balbuciou com dificuldade.
- Harry você está bem meu amor? – Gina lhe abraçou forte.
- AI! – ele exclamou em sinal de dor.
- Desculpe meu amor, onde está doendo? – A ruiva perguntou exasperada.
- Estou bem Gina, acho que bati a perna em algum lugar durante a queda. – ele fez um esforço e conseguiu levantar. Aos poucos a sensação de dor que havia sentido minutos atrás sumiu – Cadê o Rony? – ele perguntou.
- Ele está bem Harry, mas machucou o braço na queda. – Disse Hermione.
Harry caminhou até o amigo que olhava para o braço com uma expressão completamente confusa e massageava o local onde provavelmente sentia dor com a outra mão. Na verdade parecia mais que Rony estava tocando algo abstrato tamanha a confusão que olhava para seu próprio membro.
- O que foi Ron? – o moreno perguntou.
- Meu Braço... – ele disse baixo.
- Ta doendo muito Rony? – Hermione perguntou já alterando a voz em sinal de preocupação
- Não! – ele disse surpreso – É exatamente este o problema. Não dói, não sinto nada.
- Não sente o braço? – A morena exclamou ainda mais preocupada.
- Não meu amor, não é isso. – ele disse tentando passar tranqüilidade, mas estava visivelmente nervoso – Eu sinto meu braço, o que eu não sinto mais é dor.
- Não entendi Ron? – Gina falou
- Eu estava sentindo muita dor Gina, parecia ter quebrado mesmo o braço e de repente passou. – ele disse gesticulando muito como que querendo provar o que estava falando.
- Como exatamente aconteceu Rony – perguntou Harry.
- Quando você abriu o pergaminho Harry, eu vi uma luz muito forte e de repente me senti sugado por algo. Depois disso não vi mais ninguém e senti que caía muito rápido, durante a queda gritei por vocês várias vezes, foi muito estranho por que eu tinha certeza que estava gritando, mas não ouvia minha própria voz. – ele falava completamente entusiasmado e os outros apenas prestavam atenção com os olhos arregalados - E depois eu vi o mar embaixo de mim. Eu tinha tanta certeza de estar vendo água que estiquei os braços para mergulhar, mas em vez disso senti meus braços se chocando contra algo sólido e depois senti muita dor, parecia que todos os ossos do meu braço haviam se rachado, e de repente a dor passou, sem mais nem menos.
Rony terminou seu relato de uma só vez, e quando acabou de falar precisou respirar fundo pra pegar o ar.
- Pode movimentá-lo bem Rony? – Hermione rompeu o silencio que havia entre eles.
- Sim! Olha! – ele fez vários movimentos para mostrar que estava mesmo tudo bem.
- Você viu o mar Rony? – Harry perguntou intrigado.
- Não sei se era exatamente o mar, ou um rio sei lá, mas sei que vi água, muita água. Por que Harry? Você também viu?
- Não verdade vi algo Ron, mas foi uma caverna.
Eles entreolharam-se confusos.
- Eu vi muitas plantas, pedras enormes e arvores – Disse Hermione.
Todos ficaram calados olhando Gina em expectativa de que ela dissesse algo, mas ela permaneceu calada.
- E você Gina? – Rony perguntou em sinal de curiosidade. – Você viu algo?
- Sim eu vi. – a ruiva tremeu – Eu vi um cemitério.
- Um cemitério Gina? – Harry perguntou assustado.
- Sim, tenho certeza que era um cemitério. Eu vi rapidamente, mas eram tumbas e cruzes lá embaixo.
Eles entreolharam-se nervosos.
- Todos nós vimos ambientes diferentes – disse Hermione passando a mão no queixo pensativa. – Por quê?
- A pergunta principal agora Mione, é o que era aquele pergaminho? – Disse Harry.
- Na verdade Harry, são as perguntas, pois além de saber o que era aquele pergaminho, precisamos saber onde ele nos trouxe e por que?
- Onde estamos eu não sei – Disse Rony – mas aquele pergaminho estava mais me parecendo uma chave de portal.
- precisamos descobrir onde estamos. – Disse Gina nervosamente.
Eles olharam em volta e viram que estavam numa rua, estava de dia o que os deixou mais confusos ainda, pois era noite quando foram à torre de astronomia. Pareciam estar ainda na Inglaterra, mas será que tinha passado tanto tempo assim?
- Olhem lá! – exclamou Hermione – vejam aquele homem! Vamos perguntar a ele.
Era um homem já de idade, apresentava alguns cabelos brancos e tinha uma aparência cansada, porém feliz. Estava sentado no batente de uma casa pequena, ao lado dele havia uma garotinha, brincando na areia.
A garota aparentava não mais que seis anos, era muito bonita, branca como uma boneca de porcelana, cabelos ruivos intensos e expressivos olhos verdes, além de um sorriso iluminador.
- Vovô! Veja! – disse a pequena menina mostrando um caramujo – Não é lindo?
Harry pôde ouvir toda a excitação da jovem menina ao mostrar o animal. Eles aproximaram-se do homem.
- Com licença senhor – disse Hermione. – Pode nos dizer onde estamos?
O homem não respondeu. Nem mesmo olhou pra ela.
- senhor, por favor, pode dizer que lugar é este? – ela insistiu, agora um pouco mais alto, mas ele não se moveu.
Irritado Rony aproximou-se dele:
- Sabia que é falta de educação deixar as pessoas falando sozinhas?
O homem apenas sorria para a menina como se não houvesse ninguém ali.
- Ei! – Rony tentou puxar o homem pelo ombro, mas no momento que o tocou, sua mão o transpassou como se ele fosse um fantasma.
Ele olhou assustado para os amigos e os três estavam tão espantados quanto ele.
Os amigos entreolharam-se sem compreender e afastaram-se imediatamente do homem e da menina.
- O que foi aquilo? – perguntou Rony bastante impressionado. – Nós Morremos?
- Não! – disse Harry, rapidamente, como se ele próprio quisesse acreditar em suas palavras – Claro que não. – o tom morreu um pouco – eu acho. – ele completou perdendo a força total das palavras.
- Harry! Rony! Parem com isso! – bradou a morena. – Nós não morremos – ela tentava amenizar o medo de todos. – Vamos pensar. Com que situação isto se parece.
- Isto parece o mesmo que estar em uma penseira! – exclamou Harry excitado, mas logo ele caiu em si. – Ah mas era um pergaminho...
- Isso Harry, devemos descartar a idéia de uma penseira, pois penseiras só podem ser acessadas através da memória de alguém e eu nunca ouvi falar em penseiras em formato de pergaminho. – a morena falou.
- então só pode ser... – Gina começou e parou de repente pálida.
- O que Gina? – Exclamou Harry. – Meu amor, fale comigo! – ele disse já desesperado com a expressão e a falta de resposta de Gina.
- O diário de Riddle Harry, é a mesma sensação do diário de Riddle.
A ruiva completou ainda mais pálida e agora com uma expressão chorosa de pavor.
Harry lembrou-se de como ele ficou invisível ao ver as lembranças de Voldemort no diário. Sim! Aquilo era igual.
Ele sabia o quanto aquilo era difícil para Gina e então a abraçou.
- Calma Gina. – ele beijou sua testa. – Não se preocupe com isso, você não está sozinha. Não vou deixar nada de mal te acontecer meu amor.
A ruiva tentou esboçar um sorriso sem sucesso.
- pessoal calma, eu sei que tem semelhanças, mas nós não sabemos tudo sobre o diário de Riddle, não vamos nos desesperar ok? – disse a morena
- o que devemos fazer? – perguntou o ruivo.
- A finalidade do diário era que víssemos as lembranças... – Começou Harry.
- E nos dominar também – completou Gina secamente.
- Isso – Harry disse fracamente – Mas em relação as lembranças, eu acho que se nós virmos o que o pergaminho quer mostrar, no final seremos levados de volta. E Gina, meu amor, não se preocupe, Voldemort está morto e se isso tem relação mesmo com meus pais, não vai nos fazer mal. Vamos ser cuidadosos. – a ruiva assentiu. – Vamos lá, vamos ver o que isto quer nos mostrar.
Eles aproximaram-se de novo do homem e da menina e observaram atentamente ele brincando com ela. Em determinado momento uma outra garotinha saiu da casa e chamou.
- Vovô! Lily venham. Mamãe está chamando.
- Diga a ela que já vamos Petúnia.
Harry ficou estático. Lily? Petúnia? Então aquela garotinha era sua mãe????

- Aquela é minha mãe? Aquela menininha...
- Harry... – Gina o Chamou.
- Gi! É minha mãe! – ele exclamou agora com uma certeza absurda. – É ela, e a minha tia Petúnia, Ron, Mione! São eles! – o moreno estava com uma expressão de desespero no rosto.
- Eu sei Harry – Gina o abraçou – Nós sabemos meu amor.
Os olhos do moreno encheram-se de lágrimas, mas ele nem teve tanto tempo para pensar. De repente a atmosfera do lugar mudou num giro e em segundos eles estavam em outro lugar. Uma mansão enorme onde Harry reconheceu ser Godric Hollow.
A casa que viam em sua frente era definitivamente monumental.
Eles caminharam pelo jardim, até perceberem a presença de um pequeno garoto.
O menino era moreno, pele alva e usava óculos redondos, iguais aos de Harry. Aparentava ter oito anos.
- James!
Uma mulher gritou.
- Sai desta areia suja James Potter! Já!
- Deixe-o Sarah, ele está se divertindo. – um homem alto, cabelos negros muito parecidos com os de Harry falou.
- Isso não faz bem, ele pode ficar doente John.
- Olha pai! – o garoto mostrou um barquinho de papel. – Aguamenti! O menino bradou com a varinha. Mas como não controlava bem a varinha ainda ele inundou um canteiro do jardim.
- James!!! Minhas tulipas! Merlin, você não pode fazer magia James Potter!
A mulher mexia os braços freneticamente, mas o homem apenas ria.
- Não se preocupe Sarah, eu resolvo isso.
O menino que estava todo molhado, olhou a mãe que estava brava e correu.
Harry observava a cena emocionado, não pôde conter um sorriso ao ver quão maroto seu pai era ainda pequeno.
- Meu pai Gina – ele balbuciou e a ruiva pegou a mão dele apertando entre a sua.
Mais uma vez a atmosfera girou, desta vez Harry viu várias imagens passarem em sua frente, tanto de Lily quanto de James. A ruiva fazendo magia pela primeira vez e correndo assustada. James voando em sua primeira vassoura. Lily conversando com Snape e brigando com Petúnia, James azarando uma arvore enquanto fingia um duelo e acabando mais uma vez com o jardim de sua mãe.
Varias imagens de seus pais ainda crianças vieram cada vez mais rápido, porem apesar da velocidade, ele guardava-as uma a uma.
A velocidade foi aumentando, ele viu natais, halloweens, aniversários. Sua mente trabalhava freneticamente, ele parecia estar num caleidoscópio de imagens, até que elas se acalmaram.
Ele podia ver Lilian agora com 11 anos recebendo sua carta de ida para Hogwarts. Na carta havia um selo em especial que lhe chamou a atenção. Um G bem desenhado em dourado com o desenho de um feroz leão saindo dele e uma marca que lembrava os formatos das pedras das correntes de Gina e Hermione.
Harry e os amigos viajaram de novo e ele viu James, os pais orgulhosos pelo filho ter sido aceito.
Na carta nas mãos do moreno havia o mesmo selo, porém as marcas ao lado lembravam os formatos das pedras de seu pingente e o de Rony.

Após as ultimas imagens serem formadas, eles sentiram uma forte pressão no estomago, o velho sentimento de desconforto, mas antes de serem sugados e se perderem no nevoeiro Harry Pôde ver um sorriso brincando marotamente nos lábios de seu pai. E com uma ultima piscadela ele viu se formar no ar a frase. “Está começando. Herdeiros, Godric Vive”.

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Meninas desculpem a demora, mesmo.

Muito obrigada pelos comentários de vcs, por favor continuem comentando

Rafaella Thanks flor, mesmo. espero que continue acompanhando.

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