Capítulo X –Plataforma 9 ¾
Atenção: Este capítulo contém algumas cenas de NC leves.
Ele abriu os olhos com os raios do sol banhando seu rosto, junto com os olhos, abriu um grande sorriso, um sorriso de satisfação, de felicidade. Hoje er ao dia em que voltaria para Hogwarts, seu lar.
Harry levantou-se lentamente, sentia-se pleno, voltaria para escola, com seus amigos, com seu amor. Se formaria, seria auror como seus pais, e agora ele voltaria sem medo, sem receios, sem câmaras secretas e basilíscos ameaçando sua vida e de seus amigos, sem cães de três cabeças ou tabuleiros de xadrez mortais, sem balaços malucos, sem cálices enfeitiçados, sem profecias nem bruxos malignos lendo sua mente.
Estava livre e voltando para casa.
Desceu as escadas e encontrou o burburinho que já se formava na sala da Toca, quase todos já estavam prontos, avistou Rony e Hermione sentados num sofá do canto aos beijos e abraços. Molly corria freneticamente de um lado para o outro e do outro lado da sala estava Gina, que brincava com uma bolinha perto de George.
- Bom dia família! – ele disse sorridente.
- Ah Harry querido que bom que acordou, estamos em cima da hora – Disse Molly exasperada.
Gina, ao vê-lo, levantou-se de um salto e correu até ele, dando-lhe um abraço apertado e um selinho comportado.
- Bom dia amor. Olha o que eu ganhei do George. – ela mostrou a bolinha que era do tamanho da palma da mão de Gina e tinha uma cor azul celeste.
- É um borbulho! – ela disse feliz, aquele era o primeiro invento de George, desde a morte de Fred. O gêmeo Weasley tinha voltado a ativa. – Ele muda de cor dependendo das nossas emoções. Veja! – ela disse colocando o borbulho nas mãos dele.
A bolinha adquiriu um tom amarelo fraco e depois voltou a azul celeste.
- O que significam as cores? – ele perguntou.
- O amarelo significa que você está com preguiça. Que feio amor! – ela falou com uma caretinha que Harry considerou a coisa mais linda já vista. – E o azul, igual o meu, significa que você está muito feliz.
- Ah então minha ruivinha está muito feliz?
Ela balançou cabeça afirmativamente e ganhou outro selinho do namorado.
- Vamos crianças, vamos! Senão vamos nos atrasar. Harry querido, desculpe não termos chamado você, queríamos que descansasse, mas não se preocupe, fiz um lanche pra que você comer no caminho.
- Obrigada. – ele deu um beijo no rosto da mulher que corou.
- As malas, Gina! Suas malas, onde estão?
- Estão todas aqui mãe. De todos nós. – A ruiva falou virando os olhos.
- Têm certeza que está tudo ai?
- Sim, Sra. Weasley. Eu mesma verifiquei, a do Ron eu verifiquei duas vezes. – Hermione falou.
- AH Querida obrigada. Agora meu filho vai virar adulto, eu não podia pedir uma nora melhor... – E ela entrou na cozinha falando deixando Hermione corada e os outros rindo.
Após despedidas, o grupo se encaminhou para o jardim onde uma chave de portal os esperava. Mais um aceno e sentiram-se sugados. O destino era um beco próximo a estação King’s Cross.
Harry sorriu com os amigos ao ver as plataformas 9 e 10 e lembrou-se de seu primeiro dia, em como ficou encantado por poder atravessar a parede. Lembrou-se de Gina Tímida, olhou-a apertou a mão dela e sorriu. Ela correspondeu.
Caminharam até perto do trem e se despediam de Molly, Hermione falava algo com Gina muito animada, mas se sorriso morreu ao presenciar uma cena à frente.
Rony estava conversando com Simas que acabara de chegar á plataforma quando sentiu um puxão, ao se virar recebeu um abraço apertado de Lilá Brown, o ruivo não teve chances de reação.
A loira o abraçou de maneira vulgar, e no abraço desceu a mão até seu bumbum onde apertou e falou em seu ouvido:
- Uón, Uón, senti sua falta.
- Lilá? – ele disse assustado – Você esteve na festa do Harry...
- Sim, mas eu sinto sua falta todos os dias.
O Ruivo tirou os braços dela rapidamente e olhou em volta desesperado á procura de Hermione, mas a morena não estava mais lá.
Quando viu Lilá se aproximando, Hermione sabia que não podia esperar algo bom, quando a loira se jogou nos braços de Rony, ela teve ímpetos de arrancar-lhe a cabeça. Andou alguns passos duros em direção a outra, mas foi impedida por Gina.
- Mione! Não!
- Gina ela...
- Você é monitora! – Gina disse firme.
Ela olhou de novo e viu a loira apertar as nádegas de Rony e seu estomago revirou. Olhou para Molly, deu um beijo na matriarca Weasley, agradeceu por tudo e disse que mandaria cartas.
- Espero vocês no trem. – ela disse entre os dentes para Harry e Gina e entrou no expresso de Hogwarts.
Molly ainda tentou pedir pra ela ficar calma, mas a morena já havia sumido dentro do trem.
Rony afastou Lilá.
- Olha eu não quero ser grosso, quero até pedir desculpas pelo grito na festa mas...
- Ah Uón Uón, não precisa...
- Lilá! – ele foi mais rude. – Não me chame de Uón Uón. Desculpe-me pelo grito, mas pare com isso. Não quero mais que me chame deste jeito e nem me trate com esta intimidade por que não quero problemas com a minha namorada.
Molly, Gina e Harry chegavam perto neste momento.
- namorada? – a garota perguntou confusa, sim ela viu uma parte da cena romântica entre Rony e Hermione na festa de harry, mas não viu tudo, não sabia que estavam juntos. – Mas eu sou sua namorada. – ela finalizou.
- Não, você não é. Acabamos o ano passado, minha namorada é a Hermione.
- Aquela sangue ruim?
- Não fale assim dela! – harry gritou e Molly segurou seu braço.
- Ta defendendo ela Potter? – Lilá disse com raiva. – Pensei que você estava com a Weasley. Decidiram trocar os casais de vez em quando.
- Você pensa que todo mundo é igual a você Lilá? – o moreno perguntou – A Hermione é minha amiga, como uma irmã. Pense o que quiser, não deixarei que fale dela assim, não na minha frente.
- Vai deixar ele falar assim comigo Uón...
- Já Chega! – Rony gritou chamando a atenção de algumas pessoas. – Não me chame mais assim. Não fale mais assim da MINHA garota e sim, vou deixar o Harry falar como quiser, ele está no direito dele de proteger a irmã. E vê se me esquece.
Lilá ainda ia falar, mas calou-se pelo olhar mortal de Molly.
Rony olhou em volta e perguntou:
- Cadê a Mione?
- Ron, ela viu a Lilá...
- Mas eu não fiz nada! – Ele falou já se alterando em preocupação.
- Sabemos Rony, mas eu achei melhor que ela fosse, ou ela ia terminar perdendo o cargo de monitora no primeiro dia. Se eu não tivesse segurado a Mione ela teria transformado a Lilá em farofa e dado de comida aos testrálios.
- Ah droga! – ele disse.
- Meu filho tenha calma, venha despeça-se de mim e vá falar com sua namorada. A Hermione é muito madura, não vai se deixar abalar com isso.
- Tão madura quanto ciumenta. – ele comentou dando um abraço e um beijo na mãe.
- Já sabe não é? Juízo, não apronte, não se aproveite da sua idade, tamanho e distintivo de monitor para causar problemas aos menores, estude, não brigue com a Hermione e principalmente, não deixe que ela se magoe de novo deste jeito.
- Certo mãe. Eu te amo.
- Eu também te amo meu filho. Agora vai.
Rony soltou-lhe um beijo no ar e entrou correndo no trem deixando Harry e Gina com as despedidas finais.
Quando no trem Hermione parecia cega, andou de um lado por outro até achar uma cabine vazia, ao entrar fechou a cabine num estrondo e começou a chutar os bancos num acesso de raiva.
- Cachorra, falsa, vadia...Ah que ódio! – ela dizia enquanto chutava.
Sentou-se e encolheu as pernas abraçando-as, sentiu o corpo queimar, a sensação era péssima, as lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto. Já havia sentido muito ciúme de Rony, já havia chorado por isso, mas ainda assim agora era piro, muito pior.
Rony entrou no expresso e começou a procura-la como um louco, abria as cabines com violência, não estava nem ai pro que estava acontecendo ao seu redor, pegou uns três casais se amassando em algumas delas, mas e daí? Queria saber onde ela estava.
Finalmente quando encontrou onde ela estava, viu que ela chorar silenciosamente, mas tão intenso quanto possível a julgar pelos movimentos dos seus ombros que subiam e desciam descontroladamente.
- Hermione. – Ele chamou ela não respondeu.
Ele fechou a cabine com um feitiço e murmurou “abaffiato”.
- Hermione – ele chamou de novo e segurou em seu ombro.
- Não toque em mim Ronald!
- mas Hermione eu não fiz nada. – ele protestou
Num rompante de raiva e descontrole a morena se pôs de pé e começou a gritar.
- Você fez sim! Deixou aquela vagabunda entrar na sua vida. Eu quero matar aquela vaca!
- Hermione, a Lilá não sabia que estávamos juntos...
- Você está defendendo ela?
- Não Mione eu...
- Ela sabia sim, sempre soube, todos sempre souberam, deveriam saber, sempre fomos um do outro, ela se meteu entre nós! – a morena gritava descontroladamente e Rony perdeu a paciência.
- Não só ela como o Vitinho também não é?
- Não mude de assunto Ronald. Quer usar o Viktor como desculpa só por que você gostou daquela prostituta barata apalpando você na frente do colégio inteiro?
- Como é? – Ele perguntou incrédulo.
- Isso mesmo que você ouviu.
- Eu não gostei Hermione, eu disse a ela que estávamos juntos, que não queria mais estas intimidades.
- Intimidades que você deu Rony!
- Ela era minha namorada. Hermione você ficou com o Viktor também e eu não cobro...
- Ah cobra sim! – Ela gritava a plenos pulmões. – E fora isso eu não deixei ela fazer nada, aliás, o Viktor e eu demos apenas um beijo, ele nunca encostou em mim além disso, eu não sou fácil como ela. Mas me parece que você está sentindo muita falta disso não é?
- Você não sabe o que está falando. Eu não...
Hermione falava por impulso, pelo calor da raiva.
- Você ia acabar cansando de mim Rony. Eu sabia. – as lágrimas rolavam mais grossas – Eu não sou como ela, não tenho o corpo dela, não tenho o cabelo dela, não sou bonita e nem sensual como ela, jamais seria capaz de fazer você sentir...
- Chega Hermione! – ele chegou ao limite. – Como você sabe a maneira que eu me sinto em relação a ela, ou o que eu acho do corpo dela, ou até mesmo o que eu sinto com relação a você? Como você pode se comparar e menosprezar desta forma? Não queira adivinha o que eu sinto por que você não pode.
- Posso sim, me conheço, conheço você. Eu sou... – ela falava aos soluços. – Eu não sou perfeita como ela, jamais despertarei em você as mesmas sensações.
- Pare com isso! – ele disse com a voz mais baixa segurando o pulso dela.
- Mas é verdade! – ela também já falava mais calma.
- Não, não é!
- É sim Rony! Você não fala com pena de mim.
- Isso é ridículo Hermione! – O ruivo já não sabia o que fazer.
Ela expulsava junto com a raiva todo o medo que sentia.
- Não é ridículo, você nunca vai me olhar como olhava ela.
- Chega, isso é ridículo, não é verdade e eu vou provar.
Dizendo isso ruivo a puxou sem nenhuma gentileza contra ela e a beijou.
Foi um beijo exigente, intenso, e repleto de paixão. Rony colocou naquele beijo não só amor, mas todo o desejo reprimido por anos, tanto quanto a raiva por ela duvidar do quanto ele a queria.
Segurou firme a nuca da morena e pressionou mais os lábios nos dela, as línguas deles se encontravam de maneira louca e sensual.
Hermione sentiu correntes elétricas passarem pelo seu corpo. Nunca tinha experimentado nada igual. Involuntariamente subiu as mãos até a nuca do ruivo e pressionou mais o beijo, transformando-o em um beijo urgente e possessivo.
Rony perdeu a noção de limite, aquela era Hermione, sua amiga, ele tinha medo de avançar, de ela achar que ele estava desrespeitando-a, afinal, tinham apenas alguns dias de namoro, mas por outro lado, ela era Hermione, a garota com quem ele sonhou muitas noites, nem sempre sonhos tão inocentes, a menina que ele amava acima de tudo, que ele desejava até a alma.
Rony subiu a mão que estava na cintura da menina até as costas e pressionou-a mais contra si.
O beijo ainda era urgente, Hermione sentia-se cada vez mais sem noção, o ar lhe faltava, mas ela não queria parar. Sentiu que andaram quando seu corpo foi pressionado contra a janela do trem, que graças a Merlin estava fechada.
Quando sentiu o ruivo encostar o corpo ao seu, Hermione pôde sentir o volume que se formava. Sentiu medo e alegria, estaria ela ficando louca?
Rony levou a mão aos quadris da menina e puxou-os contra si, estreitando mais ainda o contato. Hermione sentiu-se esquentar completamente. Era maravilhosa a sensação de estar perto dele, sentir o quanto de fato, ele a desejava, mas isso também a assustava. Apesar de todos os temores, eles não se largavam , o beijo ainda era intenso quando algo bateu na porta da cabine, com o susto, eles se distanciaram.
Hermione ofegava encostada à janela. Rony passou as mãos na cabeça:
- Me desculpe Mione, eu sei que... Eu não quis desrespeitar você.
- Não Ron... Não peça desculpas. Você não me desrespeitou.
Falou ela ainda ofegante e levemente corada.
- Eu... Você... – ele gaguejava – Ta tudo bem né?
Ela respondeu afirmativamente com um aceno de cabeça.
- Er... Você achou...
Ele não achava as palavras e como se lesse a mente dele ela respondeu rápido.
- Achei ótimo.
Ele riu. Adiantou-se a abraçou.
- Como você pode comparar-se a Lilá? Não faça mais isso. – ele disse suavemente.
- Ah Ron, a Lilá é bonita e...
- Mione. – Ele interrompeu segurando o rosto dela entre as mãos – Sim a Lilá é bonita e eu não sou cego, eu sei disso, e nem quero que ache que eu sou o tipo de cara que namora as meninas e depois fala mal delas quando termina. Não é isso. Eu curti ficar com ela, mas foi só isso. Assim como a Lilá, há tantas outras mulheres lindas e exuberantes por ai. Acontece que a única mulher linda e exuberante que realmente faz meu coração bater e minha respiração falhar esta aqui na minha frente.
A morena que tinha uma feição fechada por que ele dissera que achava Lilá Brown bonita, amoleceu na hora.
- Você tem razão numa coisa. Eu nunca vou te olhar como eu olhava pra Lilá, por que pra ela eu olhava apenas pra uma garota com quem eu estava por me sentir traído. Mas quando eu olho pra você, eu vejo meu amor, eu vejo minha vida, eu vejo a mais linda, mais inteligente, mais admirável e mais sexy que existe.
Hermione ficou da cor dos cabelos de Rony com as ultimas palavras.
- Você não tem idéia de como me deixa louco só em me olhar, nem precisa mais que isso. Até seu jeito de brigar comigo me enlouquece. Perdoe-me por ter visto aquilo lá fora, mas ponha na sua cabeça que não há lugar pra outra no meu coração. Esse lugar é só seu meu anjo.
- AH Ron ! – Ela o abraçou forte. – Me perdoe, mas eu o amo tanto, tenho tanto medo de te perder, de não ser o suficiente.
- Shhh... não diga mais nada amor. Você é tudo, é mais que eu mereço. É tudo pra mim.
Dizendo isso ele tomou seu lábios, num beijo calmo agora, sem urgências e pressa.
Estavam perdidos nos lábios um do outro quando Harry e Gina entraram na cabine.
- Hei, seu ruivo folgado, vê se não engole minha irmã. – harry disse.
Todos riram.
- Até parece – Rony revidou – Por que eu não posso se você vive querendo engolir a minha.
O expresso de Hogwarts partiu e uma nova vida estava começando para aqueles quatro jovens.
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Queria deixar meus agradecimentos a todos os leitores,
principalmente os que comentam.
Pessoal, os meninos estão voltando a Hogwrarts e aventura vai começar.
em breve a Lily e o Tiago vão aparecer, só mais alguns capitulos.
espero que continuem acompanhando. bjos.
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