Um novo sonserino
Capitulo 1: Um Novo Sonserino
A paisagem passava rápido lá fora, enquanto Hermione olhava pela janela do trem. A garota pensativa nem ligava para Harry e Rony e suas apostas de quem arrotava mais alto. Era como se sua mente nem estivesse ali, apenas seu corpo imóvel. De repente o trem freou fortemente fazendo Hermione voar para cima de Harry, o que a fez perder toda sua linha pensamento.
- Ai! – disse a garota com dificuldade para levantar.
- O quê? Você que cai em cima de Harry e diz “Ai”? Aposto que ele está totalmente quebrado! – disse Rony tirando-a de cima de Harry.
- Calma Rony! Eu tô legal! Mione, você está bem? – disse Harry voltando a sentar-se de maneira normal.
- Estou bem sim! Obrigada por se preocupar, Harry.
- Obrigada por se preocupar Harry! Patético! – disse Rony imitando a garota.
- Vou ver o que aconteceu com o trem. – disse Hermione ignorando as palavras de Rony.
Ela saiu pelos corredores do trem. Quando chegou num corredor aparentemente deserto se viu envolvida por braços fortes e quentes enquanto seus olhos subiam para encontrar com os olhos do dono de tão sedutores braços. Tão penetrantes olhos azuis que se fixavam aos dela. Atenciosamente encaravam um ao outro. Hermione nunca vira tamanha beleza. Encararam-se até que aquele lindo garoto levantou uma de suas sobrancelhas, o que o deixou ainda mais bonito, já que esse simples gesto a deixava zonza e disse:
- Perdeu alguma coisa no meu rosto?
Hermione gaguejara sem conseguir proferir uma só frase, quando pela primeira vez desde o 1° ano em Hogwarts ficou feliz em ver Draco Malfoy.
O que aconteceu com essa lata velha? – perguntou ele nervoso.
- MANDA PRO CALDEIRÃO DO HULK!!! – gritou Neville que de repente entra no mesmo corredor que os demais. – Entenderam? Manda pro caldeirão!! – quando viu que a piada não teve graça para os demais, ficou sério e sem graça.
- Cala essa boca Longbottom! Você acha que eu fico perdendo tempo assistindo a esses programas trouxas? – disse Malfoy irritado. – E você Tom? O que está fazendo com essa sangue ruim? – perguntou ele dirigindo-se ao outro garoto. Hermione levantou o dedo para Malfoy, mas antes que pudesse dizer uma palavra ouviu uma voz às suas costas dizer:
- Cala a boca Draco! Fica na sua! – dizendo isso Tom puxou Draco e virou-se para Hermione dando um sorriso enquanto saia pela porta.
Hermione ficara perplexa e encantada com Tom enquanto Neville corria com medo da parada do trem gritando: “São eles, são eles! Os dementadores voltaram!”. Hermione notara que o trem voltara a funcionar e retornara à sua cabine. Chegando lá, comunicou eufórica para Harry e Rony:
- Entrou um garoto novo no colégio! O nome dele é Tom! Bom, deve ser apelido, e...
- E ele é bonito e forte. – interrompeu Rony com desdém parecendo adivinhar as palavras da garota. - Como você adivinhou? - perguntou Mione. – Estou doida para contar para Gina! Será que ela já sabe? – perguntou mais para si mesma do que para os garotos.
Já estavam todos acomodados no grande Salão Comunal, como de costuma ouvindo a escolha do Chapéu Seletor e as boas vindas do diretor, Dumbledore.
- Mal posso esperar pelo banquete! – disse Rony lambendo os beiços.
- Você só pensa na comida! – disse Hermione indignada.
- Agora vamos chamar aqui Thomas Lefroy, o novo aluno do sexto ano. – anunciou Dumbledore em alto e bom som.
As portas do Salão Principal se abriram e Tom entrou com seus cabelos esvoaçando ao vento, olhando debochado para Draco. Sentou-se no banco e McGonagall colocou o chapéu seletor sobre sua cabeça.
- Hum, ah... SONSERINA!!! – gritou animado o chapéu seletor.
Hermione ficou desapontada, embora houvesse percebido que Thomas era amigo de Draco. O garoto, porém, parecia muito despreocupado, como se tivesse a certeza da casa da qual pertenceria. Talvez Thomas não fosse a pessoa que ela imaginava, só porque a defendeu, afinal, os bruxos da Sonserina podiam ser muito habilidosos, mas poucos deles eram bondosos.
Hermione acordara pela manhã com uma maldita dor de cabeça, e pela primeira vez, desanimada com sua primeira aula: Runas Antigas. A garota estava sozinha na sala de Runas lendo e esperando os outros alunos e a professora que por um feito incrível ainda não havia chegado. Hermione apoiou sua cabeça em seus braços e fechou os olhos. Sem que a garota percebesse, Thomas entrou na sala e sentou-se de frente para ela e apoiou sua cabeça em seus braços também, observando-a. Ela abriu os olhos e vendo-o à sua frente, prendeu a respiração involuntariamente.
- E aí? Granger não é?
- É... Granger, Hermione Granger. E você? – disse a garota fingindo não saber.
- Thomas Lefroy. – disse ele mexendo no cabelo. – Mas pode me chamar de Tom!
- Estranho, não é? – disse com tranqüilidade.
- Estranho o que? – indagou confuso.
- O trem ter parado ontem!
- Pois é, também achei... Então, por que o livro aberto se você estava quase dormindo?
- Bom, eu não estava quase dormindo, só estou com dor de cabeça. – ela respondeu um tanto... Arisca. – Estava lendo pra me distrair.
- E o que está lendo? É algum livro sobre Runas? – perguntou ele sobrepondo-se sobre ela para “ver o livro”.
- Sim! Na verdade é um livro muito interessante que eu já li! Você já leu algum livro sobre Runas, Thomas? – perguntou apressada, sentindo-se um pouco incomoda com Thomas sobre ela.
- Sim, sim! Vários! Runas é uma matéria bem legal! Ah, e eu já disse que pode me chamar de Tom!
- Nossa Lefroy! – disse achando melhor não se permitir intimidades com sonserinos por menor que fossem. – Nunca pensei que você gostasse de Runas, sabe?!
- Bom, não, não sei... Por que pensou isso?
- Hum... Nada! Só não parece que você gosta...
- Hey... Você e Draco, não parecem se dar bem!
- Ah! E não nos damos! Definitivamente não! E olha... Não estamos aqui para falar do Malfoy, não é?! – Hermione achou melhor cortar esse assunto, pois sabia que se começassem a falar de Draco, ela se irritaria.
- Bom... Não, não é! Mas já que fomos impedidos de fazer o que viemos fazer, porque nem a professora, nem os outros alunos compareceram, temos que arranjar o que fazer!
- É verdade! – disse Mione rindo.
- Tá rindo de que?
- Nada! É que você ficou engraçado falando isso... Não sei, sabe?! Desculpa! – ela ainda ria.
- Ok! E não se desculpe! Você fica linda assim! Os dois agora riam juntos. Hermione corou. De repente ficaram em silêncio, pensativos. Então ela disse:
- Pena. – começou novamente.
- Pena o quê? – perguntou Tom curioso.
- Você ser da Sonserina... E nem acredito que é amigo do Malfoy!
- Por quê? Você acha que eu ser da Sonserina muda alguma coisa em mim?
- Bom, é que geralmente o pessoal da Sonserina é meio... Você sabe... Imbecil! E o seu amiguinho é o pior de tod...
- Olha Granger, você não conhece o Draco como eu! Não conhece o lado legal do Draco! Aposto que você nunca enfrentou o que ele enfrenta todos os dias!!! – interrompeu Tom levantando a voz, com a sensação de que falou de mais.
- Pois é! Não conheço mesmo!!! – disse ela irritada tentando falar ainda mais alto, não parando por ai. – Ele é um escroto! Ah, sim, ele deve ter mesmo uma vida dura! E Lefroy, já está na hora da próxima aula. – dizendo isso ela saiu da sala deixando Tom sozinho.
O Diário!
Tão bonito, tão divertido, tão encantador! Precisava me enfrentar? Ele sabe me tirar do sério! Não posso negar, ele tem coragem! TUDO DE BOM! Mas eu não acredito que ele estava defendendo o Malfoy! Claro, eles são amigos, mas até parece que o Malfoy tem um lado legal! E desde quando Malfoy tem amigos? Isso não seria possível nem que ele nascesse de novo! Ele tem no máximo aliados! Bom, mas o Lefroy me deixou curiosa! O que será que Malfoy enfrenta que é tão difícil? Provavelmente é ter que conviver com o pai dele! Ninguém merece ter um pai como aquele!
Ai, a aula de poções tá um tédio! Mas, sabe, eu gostei da idéia de ter um diário, assim eu tenho o que fazer enquanto o Snape fala com aquele arzinho arrogante e aquela voz de travesti sendo estrangulado. Tá, provavelmente eu vou escrever aqui uma vez há cada mês, mas também já é o suficiente... Nossa, eu não consigo tirar os olhos do Tom! Além de lindo ele é tão inteligente! Ele respondeu todas as perguntas do Snape! É que o porco do Snape só chama o Lefroy pra responder as perguntas e eu fico com cara de tola. E o pior é que ele o Lefroy ganhou 70 pontos pra Sonserina só na primeira aula! Droga! O Snape está me chamando “Senhorita Granger, será que a senhorita não ouviu quando eu disse que não queria ninguém escrevendo na aula de...”
Hermione andava pelos corredores escuros da escola à caminho da sala da professora McGonagall, quando Thomas a surpreendeu aparecendo às suas costas.
- Olá Srta. Granger! O que faz andando pelos corredores da escola há essa hora? – perguntou ele sarcástico e sorridente, parecendo ter esquecido ou fingindo esquecer a discussão que tiveram mais cedo.
- Ora, Sr. Lefroy, o que te faz pensar que lhe devo explicações? – perguntou Hermione rindo. Tom a rodiava enquando falava. A garota o seguia com os olhos quando respondeu. – Mas ok! Eu vou dizer onde estou indo! – agora, apenas sorria. – Vou até a sala da Profª. McGonagall. Ela quer todos os monitores lá. Confesso que estou curiosa... E você? Aonde vai?
- Estava procurando Draco, mas agora já sei onde está! Já deve estar na sala da McGonagall.
- Ah, claro! O incrível monitor chefe não se atrasaria! – disse a castanha sarcástica.
- Nós não vamos perder tempo falando do Draco de novo não é?!
- Ah, é! Desculpe... – ela sorriu. – E quer parar de girar! – pediu ela movendo as mãos euforicamente.
Tom parou na frente de Hermione, fazendo-a parar também e a encarou. A garota corou e desviou o olhar.
- Eu gosto de você!
- Que bom, mas você nem me conhece!
- É, não conheço bem, mas posso ler nos seus olhos que você é interessante, meiga e sincera. Hermione corou mais uma vez.
- Mas não pode ler minha mente...
- E o que ela está dizendo agora? – sussurrou ele sedutoramente aproximando-se dela.
Hermione ficou sem fala vendo aqueles lábios quase colados aos seus. Suas mãos estavam frias, porém suadas, ela sentia suas pernas trêmulas e o estômago revirar. Foi a primeira vez que sentiu assim. Mas não como ela esperava, não se sentiu de tal maneira pelo contato que estava prestes a acontecer entre os dois. Estava apenas... Nervosa.
- Diz que McGonagall está me esperando! – respondeu ela demasiado atrapalhada, dando um passo para trás e retomando seu caminho quase correndo.
Tom ficara parado sem entender o porquê do “fora” que não estava esperando.
Após bater na porta da sala da Profª. McGonagall, Hermione a abriu e entrou, avisatando assim, alguns alunos: Ernesto Macmillan e Ana Abbott, da Lufa-Lufa, Antônio Goldstein e Padma Patil, da Corvinal, Neville Longbottom, da Grifinória, Cassie Lee, uma garota nova, loira de belos olhos verdes e muito sorridente que Hermione pouco via pelos corredores da escola, e Draco Malfoy, ambos da Sonserina. E claro, a Profª. McGonagall.
- Agora que a Srta. Granger já chegou podemos começar a reunião. Como vocês sabem Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado retornou e por isso a Escola resolveu adotar algumas medidas para a segurança dos alunos. – disse a professora friamente. – E vocês, como monitores, devem assegurar a proteção dos demais. Sendo assim, vocês terão aulas extras para aprender a se defender das forças das Trevas. E para isso está aqui nosso monitor chefe, Draco Malfoy. De hoje em diante quem dará as aulas extras será ele. – finalizou McGonagall.
- Desculpe professora, - ouviu-se a voz de Hermione. – mas a senhora não acha que ele não é qualificado para nos ensinar a como nos defender? Afinal, ele é apenas um aluno como todos nós. – perguntou Hermione desafiadoramente enquanto Malfoy a encarava com ar de desgosto.
- Srta. Granger, eu sei que a senhorita é muito inteligente e sabe que as decisões tomadas pela escola são muito sábias. Sei que o Sr. Malfoy tem a mesma idade que vocês, mas posso garantir que ele foi totalmente disciplinado para iniciar as aulas com vocês! – disse McGonagall com total autoridade.
- Bem... – insistiu a garota – Eu sei professora, mas eu só acho que...
- Ok, demos a reunião por encerrada! – interrompeu McGonagall parecendo não querer abrir espaços para opiniões.
- Estou louco para iniciar as aulas, Granger... – disse Malfoy, o que deixou Hermione, obviamente, morrendo de raiva.
A garota saiu bufando da sala em direção à biblioteca, quase com a certeza de que encontraria Gina no local.
- Ai Gina, nem te conto! A McGonagall vai obrigar os monitores a ter aulas extras com o MALFOY sobre “como se defender das Forças das Trevas”! – disse Mione alterada despejando toda sua fúria sobre Gina e colocando sua ironia nas últimas palavras.
- Como assim? – perguntou Gina confusa. – Ele não é professor, não é?!
- Isso é ridículo! E aquele otário ainda debochou de mim! Como se não bastasse ele ser monitor chefe...
Gina ficou em silêncio deixando que a amiga descontasse toda sua raiva. Depois de muito tempo, Hermione parou de falar e se fez um minuto de silêncio, até ela se lembrar de mais uma coisa.
- E ainda tem outro problema... – disse ela mais calma enquanto Thomas ouvia as garotas atrás de uma prateleira cheia de livros sem que elas pudessem perceber sua presença.
- Qual? – perguntou Gina curiosa.
- Eu e o Tom... Quase nos beijamos hoje. – Thomas sorriu atrás dos livros.
- Minha nossa! E onde isso se torna um problema? Ele é tão lindo, e não é todo dia que um gato desses dá bola pra você, Mione! – nesse momento Gina se calou e Hermione a olhou com o cenho franzido. – Quero dizer, te acho linda, você sabe disso, mas é que você quase nunca deixa que ninguém se aproxime... Não que isso seja ruim, sabe?! Assim voc...
- Tudo bem Gina, eu já entendi! – interrompeu Hermione irritada. – Mas a questão é: Como posso deixar Tom se aproximar? Ele é sonserino e amigo de Malfoy, portanto não merece confiança alguma! – O sorriso no rosto do garoto se desfez e ele saiu imediatamente da biblioteca desapontado.
Estava Hermione voltando para o dormitório quando Neville a chamou de longe:
- Hermione! Hermione! – vinha ele gritando, correndo até ela.
- Oi Neville! O que foi?
- Malfoy me pediu pra avisar que terá aula amanhã bem cedo no campo de Quadribol antes das aulas começarem.
- O que aquele verme tem na cabeça? – perguntou Hermione estressada. – Por que ele vai nos fazer madrugar no campo de Quadribol? Por acaso ele quer nos ensinar a jogar? Isso não me ajudará a me defender!
Neville que olhava assustado para Hermione disse:
- Ok! Eu só estou repassando o aviso... Boa noite! – e saiu de perto de da garota o quanto antes...
No dia seguinte Hermione foi até o campo de Quadribol, amaldiçoando tudo e todos pelo caminho. Chegando no campo só havia Malfoy, que esperava por todos. Quando o garoto viu Hermione deu um sorriso malicioso.
- Granger!!! – disse como se estivesse feliz em vê-la; pura falsidade, pensou garota. – Não pensei que seria a primeira a chegar...
- Eu costumo ser pontual. – respondeu ela confiante.
- Então, você não gosta de voar, não é?! Tem medo? – perguntou Malfoy com desdém.
- Não, não gosto. Mas não é medo, apenas falta de prática. – respondeu com dificuldade para achar uma boa desculpa.
- Bom, só quero que saiba que vou levar isso em consideração! – disse ele sublinhando suas palavras.
Hermione pensara o mesmo que antes: pura falsidade! Porém ela não respondeu. Aos poucos foram chegando os outros. Cassie Lee, a garota sonserina, foi a última a chegar e parecia muito animada com as aulas extras. A única por sinal.
- Quero que saibam que as aulas aqui serão difíceis e pesadas! Não quero ninguém reclamando de dor, cansaço ou qualquer outra coisa! – disse Draco sério e pomposo, se achando muito importante e poderoso. Bom, mas não dá para julgá-lo! ELE era o monitor chefe e ELE virou professor, acho que ninguém estaria chorando em seu lugar... – Ok! Eu quero Macmillan, Lee, Longbottom e Granger do meu lado esquerdo. – os garotos citados foram até o lado esquerdo de Draco. – Vocês montarão uma equipe. Espero que gostem, pois essa equipe será permanente! Agora, Abbott, Patil e Goldstein venham ao meu lado direito, vocês e eu formaremos outra equipe!
- Sr. Malfoy...?
- Que é Longbottom? E não precisa me chamar de Senhor Malfoy! – respondeu Draco ríspido, chato e arrogante.
- Eu acho que-que-que as equipes estão mal divididas... – disse Neville trêmulo.
- Cale-se Longbottom! Você não conta nem como uma garota na sua equipe!
- Malfoy! Não precisa falar assim! – disse Padma brava, virando-se para Neville. – Não é verdade Neville! – o garoto baixou a cabeça.
- Tá legal, Malfoy! O que temos que fazer hoje? – perguntou Hermione impaciente.
- Calma, Granger... – disse Draco debochado. – Por que a pressa? - Hermione apenas o olhou séria e com raiva.
- Draco, para com isso! Deixa de besteira, nós precisamos saber o que você quer de nós! – disse Cassie carinhosamente.
- Ok! Sigam-me!
- Seguir? Para onde vamos? – perguntou Ernesto Macmillan.
- Bom, já que perguntou... – disse Malfoy sorrindo de lado. – Vamos a Floresta Proibida.
- O quê? Não podemos ir até lá! – disse Hermione nervosa. Draco fingiu não ouvir a garota, apenas franziu a testa e seguiu andando.
- Hey, Granger! Você não vem? – perguntou Cassie.
Hermione estava imóvel e bem para trás dos demais, mas por desgosto que isso lhe dava ela não podia contrariar um professor... Ao chegarem na Floresta Proibida Hermione foi logo dizendo.
- Ok... Agora que nos trouxe até aqui diga logo o que temos que fazer!
- Desculpe, Granger, mas quem manda aqui sou eu. – disse Draco e Hermione, sem opção de resposta, fez cara feia. - Mas pode deixar, eu vou falar agora mesmo o que eu quero de vocês. Vamos simular uma guerra, uma guerra no ar! – disse ele sorrindo. – Vamos fazer uma perseguição. Então sugiro que peguem suas vassouras! – Malfoy não havia avisado para os monitores levarem vassouras, então ele mesmo as providenciou.
Em baixo de uma das árvores tinham oito vassouras empilhadas. Hermione estava de queixo caído, ‘Malfoy fez isso de propósito! É claro que fez!!’ Pensava a garota.
- Vassouras? Você quer fazer uma guerra em pleno ar?
- Sim, foi o que eu acabei de dizer, Granger! Algum problema com isso?
- Claro! É nossa primeira aula e eu não... Digo, isso não é fácil! Não podemos sair voando atacando uns aos outros!
- Na verdade podem! Agora peguem suas vassouras. – disse Malfoy mais uma vez autoritário. Todos foram pegar as vassouras. Hermione é claro, fervendo de raiva. - Agora escutem, vocês só poderão usar feitiços simples! Eu quero ver até onde vocês podem chegar. Comecem... AGORA! – Malfoy saiu voando num impulso que o fez pegar velocidade muito depressa e levantar a poeira do chão. Estava voando na altura das árvores, olhou para baixo e ficou furioso em ver que todos em baixo parados. – VAMOS! VAMOS! VOEM! OU VAO FICAR AÍ E ESPERAR QUE EU ATAQUE TODOS VOCÊS??? – gritou ele, sua voz ecoava na floresta escura e silenciosa.
- Tá legal! – disse Mione, afinal ela como líder da sua equipe não podia ficar ali parada como um dois de paus! – Ernesto e eu vamos para a esquerda e Cassie e Neville vão para o outro lado! – disse ela apontando para os lados.
Hermione se erguia, levava seu corpo para os lados tentando manusear a vassoura que por mais que ela tentasse parecia não sair do lugar, enquanto todos voavam e tentavam se esconder dos feitiços jogados contra si.
- ISSO É O MELHOR QUE PODEM FAZER? – gritou Draco. Sua voz já não ecoava, pois agora todos gritavam, jogando feitiços que faziam fortes barulhos ao baterem no chão ou nas árvores. Hermione e Ernesto cercaram Ana Abbott deixando-a sem saída e sem chance alguma de se defender. Os garotos gritaram juntos “ESTUPEFAÇA”, atingindo Ana que foi caindo lentamente, quando Malfoy a segurou e a colocou no chão zonza. Ela fora eliminada da batalha, o que deixava a equipe de Malfoy em desvantagem.
- Ernesto! Vai ajudar a Cassie! Eu vou ajudar o Neville! – disse Mione voando em direção a Neville, a garota ainda tinha dificuldade para voar e tonteava ao olhar para o chão, ela estava cansada e queria descer daquela maldita vassoura. Ela mal chegou perto de Neville e o garoto foi atingido por Draco e desistiu da batalha. As equipes, então, estavam empatadas. A garota se escondera atrás de uma árvore para que Draco não pudesse atingi-la. - JÁ CHEGA, MALFOY! ESTAMOS EXAUSTOS! – berrou ela ofegante.
- AINDA NÃO TEMOS UMA EQUIPE VENCEDORA, GRANGER! PORTANTO VAMOS CONTINUAR LUTANDO!!! – respondeu Draco jogando feitiços contra a árvore que a protegia na esperança de acertar a garota. Hermione estava cansada de ficar escondida atrás daquela árvore deixando que Malfoy a atacasse. Ela saiu velozmente de trás da árvore surpreendendo Malfoy e deixando-o sem defesa. Ela bateu o rabo de sua vassoura contra o garoto. Os dois tontearam no ar. Malfoy foi para cima de Hermione que fugiu. Então começou a persegui-la. Ele ficara realmente nervoso. Hermione desviava das árvores que surgiam à sua frente enquanto Draco vinha às suas costas bombardeando-a. Em meio a toda aquela confusão, a garota perdera Malfoy de vista. Ela freou bruscamente a vassoura olhando para todas as direções a procura do garoto. Estava tomada pelo cansaço, então Malfoy resolveu aproveitar-se disso. Ele à surpreendeu aparecendo a sua frente. Hermione olhou assustada para Draco e ele disse com ar de vitória:
- Alguém tem que perder!
O garoto se “jogou” contra Hermione, atirando-a longe. Sem conseguir controlar a vassoura, Hermione foi esbarrando nas árvores por quais passava. Todos pararam assustados com o descontrole da garota. Ela ia na direção de uma árvore gigantesca. Todos tentaram impedir que ela batesse mais já era tarde, estava rápido demais. Hermione esbarrou na árvore com um forte baque e caiu da vassoura. Ela via o pico das árvores se distanciarem lentamente. A castanha bateu fortemente a cabeça no chão e desmaiou.
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