Draco Malfoy



Draco Malfoy estava entediado. Em plena véspera de natal, não tinha nada pra fazer. A mansão estava vazia e a única movimentação dela vinha dos elfos que corriam de um lado para o outro.
- Menino Malfoy, jantar servido – O garoto olhou para o velho elfo que se retirava com uma reverência. Nem havia percebido a presença dele.
Draco se encaminhou para o outro cômodo. A mesa gigante havia sido decorada somente em tons de verde e preto. Encaminhou-se para a primeira cadeira da esquerda,o seu lugar. Olhou para frente e para os lados não havia ninguém ali para compartilhar a farta ceia de natal com ele. Narcissa, sua mãe havia ido em uma festa e Lucio só Merlim sabia onde este estava. Ele pegou a taça de cristal a sua frente e a encheu com o liquido transparente e borbulhante. O melhor champanhe que o dinheiro poderia comprar
- Feliz natal, Draco – Ele a levantou, brindando sozinho. O relógio da sala emanava suaves badaladas, anunciando as horas que parecia não passar.
Ele comia tranquilamente, tentando apreciar o sabor da comida. Mas que sabor? Aquilo estava uma droga, completamente intragável. Irritado afastou o prato e se retirou da mesa e foi para a sala de estar onde se sentou em uma poltrona frente à lareira. Sentia frio, tanto frio que parecia que seu sangue havia congelado. Estava confortável encolhido ali. As chamas o aqueciam, agora podia sentir seu sangue correndo pelo corpo. Agora se sentia cansado, apesar de não ter feito nada o dia todo. Seus olhos pesavam e fechavam-se um pouco mais a cada instante. O garoto ressonava baixinho. Havia dormido.
Assustado ele levantou-se rapidamente. O que estava acontecendo? Que agitação seria aquela e porque estavam gritando? Rapidamente foi até a entrada. Uma movimentação incomum via de lá.
- O que esta acontecendo aqui? – Ele perguntou exasperado ao ver sua mãe no meio daquela agonia
- Draco querido, agora não – Narcisa Malfoy, era um poço de exasperação
- Mãe, o que houve? – Agora o garoto estava realmente preocupado
- Me deixe Draco – A mulher abriu a porta – Agora não posso falar – Draco só foi entender o motivo, quando um homem entrou com alguma coisa no colo
- O que aconteceu? - A mulher nem passou por ele correndo sem responder sua pergunta
- Por aqui – O homem a seguiu e Draco foi atrás. Queria saber o que havia acontecido. E quem era a criatura que o homem tinha nos braços.
Narcisa os guiava pelos extensos corredores, até que parou em frente a um dos quarto e entrou
- Coloquei-a aqui – Ele obedeceu a sua senhora e estendeu a menina na cama.
- Mamãe o que esta acontecendo? – draco parou petrificando. Não podia ser, seus olhos o estava enganando. Que tipo de brincadeira era aquela?
- O que significa isso? – Ele não tirava os olhos da garota que jazia desacordada na cama
- Isso o que? – Narcisa pela primeira vez na noite, reparou no filho. Ele não parecia bem, estava mais pálido que o normal
- Isso – Ele apontou para a cama. Ainda não acreditava no que via
- Foi um pequeno acidente – Draco se deu conta, de que ela não havia entendido sua pergunta. Obvio que deveria ter sido um acidente pois ela sangrava. Mas não era a isso que estava se referindo
- Mamãe, não me refere a isso - Ele sacudiu a cabeça. Às vezes ela poderia ser mais obtusa que uma porta
- A o que então? – Narcisa sabia muito bem ao que se referia, mas também conhecia muito bem seu filho, para saber que ele tinha um gênio igual ao do pai
- Você sabe quem é ela? – Que pergunta idiota. Era obvio que ela sabia. Não havia uma só família no mundo trouxa que não a reconheceria
- Sim – Narcissa queria dizer mais que aquilo. Queria poder dizer que nada disse importava naquele momento. Que ela era só uma menina e que a ajudaria, mas ele não entenderia. Ele nunca poderia entender. E ela sabia muito bem quem era o culpado de tudo isso. Amava o seu marido, mas não o perdoava por ter transformado seu único filho no ser que era hoje.
- Então você pode me dizer por que diabo,trouxe uma Wesley pra casa? – Ele gritou furioso. Não era porque o pai não estava que deixaria sua mãe fazer aquilo. Não a deixaria desonrar o nome da família daquele jeito
- Draco – Ela o chamou, mas ele não quis ouvir. Não queria suas explicações
- Se você não a tirar-la imediatamente daqui, eu mesmo contarei ao Lúcio – Ele a ameaçou.
- Se você esta preocupado com isso, não fique mais, assim que ele chegar eu contarei – Narcisa balançou a cabeça triste. Seu único filho seria capaz de denuncia – lá.
-Mamãe, não faça isso – Ele sentia-se mal, sua mãe era a única coisa que lhe importava nesse mundo e sabia o que aconteceria a ela se continuasse com aquilo – Isso é loucura
- Você não entende Draco – Nem mesmo ela entendia. Só sabia que precisava ajudar a garota, independente de quem ela era – agora por favor me deixe sozinha
Ele não disse nada, se encaminhou para porta e fechou. Não iria impedi-la apesar de que aquela era a maior burrada que cometia.

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