Grávida
Eram mais ou menos três da madrugada, no castelo todos estavam dormindo, menos duas garotas que estavam em um dos inúmeros banheiros do andar.
- E então Gina, o que deu? – A garota loira estava apreensiva e ruía a unha em sinal de nervosismo
- Deu azul, Luna - A ruiva estava de boca aberta, parecia estar em choque.
- Isso é bom não é ? – Sua voz era carregada de esperança
- Não, Luna, não é nada bom – Ela olhou para amiga e engoliu em seco – Estou grávida – Luna exclamou alguma coisa incompreensível, enquanto Gina usando a parede como apoio sentava-se no chão.
- E agora Gi, o que você vai fazer? - A ruiva que se mantinha abraçada aos joelhos, levantou a cabeça para olhar a amiga
- Eu não sei, Luna – Ela chorava baixinho, tentando fazer o mínimo de silêncio possível. Ser descoberta agora só iria piorar sua situação
- Você vai contar pra ele não vai? – A loira perguntou incerta, por um momento a ruiva pareceu não saber do que ela falava, mas depois empalideceu.
- Eu – A menina se esforçava pra pensar em algo coerente – Eu não sei o que vou fazer Luna. E se ele não me apoiar? – Luna se agachou ficando de frente pra a garota que tinha o rosto banhado pelas lagrimas.
- Deixe de boba Gina, é claro que ele vai te apoiar, afinal esse filho é dele também
- Eu estou com medo, Luna, muito medo – Luna abriu os braços e Gina jogou-se em cima da amiga, que a abraçou fortemente.
- Tudo vai ficar bem, amiga, você vai vê – Ela acariciava os longos cabelos ruivos da menina, que chorava, molhando a roupa da amiga.
Uma semana. Fazia uma semana que sabia que estava grávida, fazia uma semana que carregava todo aquele peso sozinho, apesar de ter a garota da corvinal ao seu lado.
- Gina, eu não acredito que você ainda não contou para ele – A amiga, mas uma vez a recriminava
- Eu preciso de tempo para me preparar – E ela mais uma vez, tentava se sair. Ela não queria contar, não agora, porque tinha medo. Com a guerra prestes a estourar, como poderia dizer a ele que estava grávida?
- Quanto tempo? Nove meses? Você acha que quando sua barriga começar crescer ninguém vai notar é ? – A loira batia o pé. Ninguém poderia dizer que aquela era mesma Lovegood avoada e sonhadora. A menina havia crescido, os cabelos sujos e mal cortados, não existiam mais. Assim como sua personalidade boba, em pleno começo da guerra, Luna deixara de lado toda sua fragilidade e mostrava-se uma garota forte. “Mas forte do que eu”, pensava a própria Gina.
- Eu não havia pensado nisso – Não estava mentindo, a garota realmente havia esquecido totalmente que dentro de alguns meses sua barriga cresceria.
- Gina se você não contar eu conto.
- Não por favor, eu vou contar, só preciso de mais tempo – A ruiva implorava a menina que já estava decidida.
- Você tem até a amanhã a noite, se você não contar, eu faço
Gina havia esperado até o ultimo momento, agora estava ali, nos jardins esperando-o. Ainda não tinha coragem, mas sabia que a amiga não estava brincando,se ela não contasse Luna o faria e isso ela não poderia permitir
Algumas moitas começaram a se mexer o que fez a garota pular assustada.
- Harry? È você? – A menina chegava cada vez mais perto do lugar
- Quem mais poderia ser?- O menino saiu do local, e ela respirou aliviada – Você por acaso estava esperando outra pessoa? – Ele brincou. Seus olhos verdes sempre brilhantes faziam dela uma prisioneira.
- Não – Ela apressou-se em negar – Não estava esperando ninguém
- Bom, assim podemos ter mais liberdade – Ele a prendeu em seus braços e beijou. Ao sentir o toque dos lábios dele ela se rendeu e deixou-se beijar. O beijo era cheio exigente, cheio de desejo, o garoto colocava a mão por debaixo da blusa dela.
- Espera Harry – Ela tentava se desvencilhar dele, que beijava seu pescoço
- Pra que esperar? – Com uma mão ele abria os botões da blusa dela, com a outra ele a mantia o corpo dela junto ao seu
- Não Harry – Com toda sua força ela o empurrou – Eu disse não
- Se não foi pra isso, pra que você me chamou aqui então? – Ela nem reparou na grosseria dele, pois tentava achar uma maneira de falar.
- Eu preciso falar com você – Ela começou, mas foi interrompida
- O que foi agora? – Ele a olhava, estava irritado – Não tenho tempo para perder com conversinhas tolas – Ela correu atrás dele que ia embora
- Temos que conversar – Ela agarrou o braço dele – É importante – O tom da voz dela, o assustou.
- Pode falar,estou ouvindo – Ele a olhava interessado.
- È bem, eu não sei por onde começar – Ela engoliu seco – Aconteceu uma coisa Harry, uma coisa grave
- O que foi, você esta doente? – O menino estava sem paciência. Não acredita que ela o havia chamado para falar que estava com alguma doença. Como se ele tivesse alguma coisa haver com isso.
- Não Harry, eu não estou doente – Os dois respiraram fundo, ela procurando coragem e ele de certo modo aliviado – Eu estou grávida.
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