A seleção
Alvo entrou com Rosa no salão, tentando se manter afastado ao máximo de Thiago. O que menos queria era ganhar fama de medroso, ainda mais tendo um pai com Harry Potter.
- Estou com medo de ir para a Sonserina – Cochichou para a amiga. Scorpion, filho de Draco Malfoy, que estava ao lado, deu uma risadinha de desdém.
- Não fica com medo – Disse Rosa, ignorando o colega – Pra que casa você quer ir ?
- Grifinória – Respondeu, prontamente.
- Eu quero ir para a...- e falou o mais baixo possível – para a Corvinal.
- Porque ? Sua família toda está na Grifinória ...
- Por isso mesmo ! É legal quebrar a tradição. E, além do mais, Corvinal é a casa dos sábios.
- E você é uma sábia ?
- Se eu não for, pretendo ser ...
Nisso, foram interrompidos por uma alta e firme voz, que vinha de direção da mesa dos professores.
- Essa é a Diretora Minerva. Li em Hogwarts uma história – Disse Rosa, sorrindo.
- Boa noite a todos. Primeiramente, queria dar as boas vindas aos novos alunos deste ano. Seja em qual casa saírem, serão acolhidos muito bem pela Hogwarts.
“ Esse ano, teremos uma importante novidade. Estaremos recrutando os melhores alunos, do segundo ano para cima – Rosa, que estava esperançosa, fechou a cara – que demonstram ter uma carreira promissora. Participarão de uma equipe chamada Armada Dumbledore. – Minerva sorriu, ligeiramente, como se vagasse no tempo – Teremos também clubes de Duelo, Curso de magia avançada e muitas outras novidades. Agora, se me permitem, vamos acabar com a ansiedade dos alunos do primeiro ano.
Minerva puxou um banco, onde havia um chapéu velho e surrado. O salão fez silêncio, quanto o mesmo cantava uma canção a ver com as quatro casas. Depois, explodiram-se aplausos com o término da cantoria.
A diretora fez um gesto com as mãos, a fim de calarem os aplausos. Logo depois, pegou em cima da mesa um pergaminho e começou a lê-lo.
- Vamos lá... Potter, Alvo Severo !
Várias cabeças se viraram para o garoto, inclusive a do irmão, que lhe deu um sorriso encorajador.
Não esperava ser o primeiro. Ficou branco feito leite, não sabia o que fazer. Rosa, o deu um leve empurrão, e Alvo então começou a caminhar em direção ao chapéu.
- é ele, o outro filho do Harry-salvador !
- o mais novo ?
- é, é ele ! nossa, a cara do pai...
Foram cochichos intermináveis, até Alvo sentar no banco e esperar o chapéu ser colocado em sua cabeça.
Sentiu a aba encostar na ponta do seu nariz. Lembrou das palavras do pai, e começou a mentalizar :
- Sonserina não, sonserina não, sonserina não ...
- Sonserina não – Repetiu o chapéu – Ora, ora, acho que estou tendo um dejà-vú aqui. Seria o filho do Potter, repetindo os passos do pai ? Hm... Sonserina não. Tudo bem, você não se daria bem, não teria futuro na sonserina garoto. Você é receoso do novo, mas muito, muito inteligente. Mente aberta, grande capacidade intelectual. Acho que terei que decepcionar seu pai, pois você irá pra a ...
Corvinal’’.
Thiago deu um soco na mesa, furioso, enquanto a mesa da Corvinal explodia em assobios e aplausos. Alvo sentiu vontade de chorar. Será que decepcionaria o pai e a mãe, indo para a Corvinal, e não para a Grifinória ?
Rosa pulava de alegria, e começou a assobiar também. Ele se levantou e começou a caminhar para a mesa da Corvinal, cabisbaixo, quando uma voz lhe chamou.
- Ei Potter...
Era o chapéu.
- Você não se daria bem na grifinória garoto, vai por mim. Seria excluído, rejeitado, você é diferente dos demais naquela casa. Na Corvinal encontrará semelhantes, pessoas iguais a você, com mesma capacidade. Não estará sozinho garoto, e nunca esteve. Seus pais não ficarão chateados, te dou a minha palavra.
Alvo sorriu, e foi para a mesa da Corvinal um pouco mais leve. Foi recebidos com tapinhas carinhosos e gritos, e o monitor fez questão de cumprimentá-lo e dizer quanta honra sentia por receber um membro da família Potter em sua casa.
Distante, na mesa da Grifinória, Thiago sorriu para Alvo, um pouco decepcionado. Mas sorriu.
No fim daquela noite, Rosa também foi selecionada para a sua querida casa. Aquele era um novo ano. Um novo ano para quebrar tradições.
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