Capítulo 2
Capítulo 2
- UHUUUUL!
- Vamos acampar, vamos acampar, vamos acampar... – Lorraine cantava.
- YEAH! Vamos sim! – Brian ajudava.
- Não entendo porque vocês se animam tanto! Nós acampamos todo ano!
- Ah, mas é que é legal! A gente faz fogueira, come marshmallows...
- Mexe com os ursos e os leões da montanha...
- Sabe, é emocionante ser picada por um monte de mosquitos! – Lorraine completou. Harry riu.
- Pai, estamos chegando? – Brian perguntou.
- Estamos quase... – Harry apontava pra um pequeno morro, que era pra onde eles iam.
- Por que mesmo tivemos que vir a pé? – Lorraine reclamava.
- Porque estamos perto da nossa casa e não valia a pena usar as vassouras quando eu posso te obrigar a fazer exercícios! – Luna respondeu.
Depois de alguma caminhada, os quatro Potter chegaram no morro. Ficaram dez minutos procurando a chave de Portal. Até Brian encontrar, um pneu furado escondido atrás de um arbusto próximo.
- Por que temos que pegar uma Chave de Portal? Não podíamos só aparatar? – Brian perguntou.
- Aparatar de um país ao outro, ou de uma ponta do país a outra, ainda mais com Aparatação Acompanhada, não é muito seguro... Uma Chave de Portal é rápida do mesmo jeito e é bem mais segura.
- Mas é desconfortável!
- Encosta nela, temos dez segundos... Nove... – Harry e Luna encostaram um dedo no pneu.
- Ah, nem... – Lorraine reclamou, encostando um dedo também.
- Oito, sete, seis, cinco... – Harry ainda contava. Brian olhava tudo com cara de besta.
- Brian! – Lorraine berrou. Ele a olhou, assustado.
- Quatro, três...
- Encosta a porcaria desse dedo logo aí, imbecil! – Brian colocou o dedo, rapidamente.
- Dois, um! – a Chave de Portal começou a girar, com um brilho azulado, e todos sentiram um puxão no umbigo, como se um anzol os puxasse. Num instante, a pressão parou, e Lorraine e Brian caíram estatelados no chão, enquanto Harry e Luna caíram de quatro. Logo todos se levantaram, tirando a sujeira das roupas.
- Não acredito que você ficou lá parado igual besta, Brian! O que deu em você? – Lorraine berrava.
- Você sabe que eu não gosto muito de Chaves de Portal...
- E queria o quê, ficar pra trás?
- Não, eu... Só voei um pouco.
- Um pouco?
- Menos, crianças... Já sabem a regra: sem magia. Venham me ajudar a montar a barraca aqui!
Eles estavam numa floresta de árvores espaçadas, com raízes pra fora, e tinham sido levados pro meio de uma clareira. Montaram as barracas, uma para o casal e outra para os filhos, depois Harry mandou Lorraine caçar lenha enquanto ainda estava de dia e a noite não umedeceu os galhos. Enquanto isso, ele e Brian foram caçar comida e Luna cuidava de arrumar as coisas dentro da barraca do velho Perkins, que o senhor Weasley havia lhes dado de presente anos atrás, para caçarem Voldemort. Era a barraca onde os filhos iam ficar.
- Pai... Em que lugar da floresta estamos?
- Estamos no extremo leste, filho.
- Ah... É porque eu pensei que a gente podia ir ver o Campo de Quadribol...
- Acho que agora está tendo treino dos Flechas de Appleby lá, e além do mais estamos muito longe... Fica bem no meio da floresta... Você gosta mesmo de Quadribol, hein? Logo se vê que tem o sangue Potter!
- Quero ser um grande apanhador, como você e o vô! – sorriu, orgulhoso.
- E você será, filho!
*~*~*~*~*~*~*~*~*~*
- Chegamos! – Rony sorria, feliz. Estavam em uma clareira muito parecida com a que Harry estava, mas ligeiramente menor.
- Onde estamos, Rony? – Pansy perguntava.
- No lado oeste!
- Pai, deixa eu montar as barracas? – Keytlin dizia, enquanto atrás Pansy fazia gestos indicando não.
- Você pode me ajudar, filha, mas eu mexo com o martelo! – Rony riu da cara de Pansy.
- Pai... Porque a mamãe não confia em mim? – Keytlin perguntava baixinho, enquanto montavam a primeira barraca.
- Não é que ela não confia em você, é que ela se preocupa com sua segurança! – Rony respondeu, carinhosamente.
- Pois um dia eu ainda vou ser uma grande médica! E sem deixar os equipamentos caíram na cirurgia! – ela disse, com um ar de desafio.
- Eu acredito em você, filha! Eu era igualzinho a você na sua idade!
- Era?
- Sim! Eu tinha um problema, meus pés, pernas e braços eram compridos demais... Sabe, adolescência... Então, eu sempre tropeçava em tudo, derrubava as coisas, chegava fazendo barulho...
- Nossa!
- E mesmo assim, Angelina me escolheu para ser o goleiro, e ganhamos a Taça! E olha que eu ainda tinha um problema de auto-estima, com as caçoadas da Sonserina... E ganhamos de novo no ano seguinte, quando Harry me escolheu outra vez...
- Então eu posso ser o que eu quiser?
- Basta você tentar... E eu te apoiarei o que quer que você escolha!
- Obrigada, pai... – eles sorriram.
*~*~*~*~*~*~*~*~*~*
- Senhor Malfoy, sua varinha. – Hermione estendia a mão pra Draco, sorridente.
- Tenho mesmo que fazer isso? – Draco parecia perceber só agora a dificuldade de acampar sem magia.
- Aposta é aposta, pai... Pense melhor da próxima vez! – Leonardo se divertia com a cara do pai.
- Mas como vamos montar três barracas sem magia?
- Quem mandou você concordar em deixar uma barraca só pra Jane e o Vítor? – Hermione ainda ria. – Se não, teríamos que montar só duas!
- Deixa que eu monto a minha, pai... Assim você não tem tanto trabalho...
- Obrigado, filho!
- Pai, pra que lado fica o vento?
- Bom, estamos no norte da floresta, então os ventos vão vir todos por ali! Por quê?
- Tenho que montar a porta da barraca de costas pro vento...
*~*~*~*~*~*~*~*~*~*
Todas as famílias dormiam tranqüilamente. Harry e Luna explicaram os nomes das constelações para os filhos, e todos foram dormir, dois em cada barraca. Rony comeu muitos marshmallows, e Keytlin havia derrubado o único vidro de poção para dor de barriga que tinham trazido, então foram todos dormir cedo. Draco e Hermione ficaram contando histórias de terror em frente à fogueira, mas Jane ficou com medo e Draco teve que mandar todo mundo ir dormir.
Mas algo inesperado aconteceria aos pequenos...
- Mana... Apaga a varinha... – Brian resmungava, virando pro outro lado.
- Que varinha, seu idiota? Não temos varinha... – Lorraine resmungava de volta.
- Então que luz é essa? – Brian perguntou, ainda virado.
- Eu vou saber? Vai lá e apaga!
Brian se levantou, coçando os olhos, e viu uma luz, meio azulada meio prateada, que flutuava em sua frente. A luz não tinha origem, era uma bola azul no espaço. Ela rodou em volta dele e parou em cima de Lorraine.
- Mana...
- Quê que é? – perguntou, irritada, tentando dormir.
- Tem uma luz não-identificada flutuando em cima de você...
Lorraine abriu os olhos, sentando. Assustou-se ao ver a luz. Ela rodou em volta da menina, depois de novo em volta de Brian, e saiu da barraca, parando em frente a ela.
- Acho...
- Que ela quer que a gente siga? É, foi o que pensei. – Brian completou.
- Na verdade, eu ia dizer ‘Acho que devemos chamar o papai’, mas sua opinião é mais plausível. – Ela riu.
Os dois se vestiram e saíram da barraca. A luz os esperava. Assim que eles saíram, ela foi na direção das árvores, com os gêmeos atrás. Seguiam cada vez mais pro oeste, entrando no coração da floresta.
*~*~*~*~*~*~*~*~*~*
Keytlin estava ferrada no sono dentro de sua barraca, quando o que parecia ser a mesma luz entrou e ficou flutuando perto do seu rosto. Ela nem se mexeu. A luz começou a brilhar com mais intensidade. Ainda nada de Keytlin. Então a luz ficou num nível de brilho que poderia cegar alguém que a olhasse diretamente. Keytlin começou a se mexer, e a luz voltou ao normal. Mas ela apenas se virou, ainda dormindo.
A luz então foi pro seu braço, que estava pra fora do saco de dormir, e encostou-se nele. Ao toque, Keytlin levantou-se de um pulo, esfregando o braço. Nele apareceu uma queimadura, com um curioso formato de uma estrela. Ela olhou para a luz que a queimara, cautelosa, procurando algum sinal de hostilidade. A luz girou ao redor dela e saiu da barraca.
- Acho que eu tenho que te seguir agora, certo?
Ela se levantou, saindo da barraca, e seguiu a luz até fora da clareira. Seguiam cada vez mais para o leste, até as árvores tamparem completamente o céu.
*~*~*~*~*~*~*~*~*~*
Leonardo não havia conseguido dormir. Havia tido uma sensação, por toda à noite, de que algo estava para acontecer. Então, quando viu aquela luz entrar em sua barraca, não se surpreendeu tanto. Ela o rodeou, chamando-o para fora da barraca. E ele foi, como sabia que teria de ir.
Seguiam para o sul, sempre para o sul, até o meio da floresta, de onde se podia avistar o Campo de Quadribol. Mas passaram direto por ele, ainda para o sul, parando em outra clareira. Quando chegou, viu a luz que o guiava se juntar a mais duas outras luzes, e do caminho que essas outras luzes vieram apareceram três pessoas mais ou menos da sua idade. Um deles, que estava ao lado de uma garota, quebrou o silêncio.
- Ok, quem são vocês, o que era aquilo e o que estamos fazendo aqui?
Ele tinha cabelos pretos, arrepiados, e olhos castanhos claro. Apesar dos olhos e do cabelo, seu rosto se parecia muito com o da menina ao seu lado, de olhos verdes, com o cabelo loiro comprido e ondulado.
- Eu poderia fazer a mesma pergunta... – ele respondeu.
- Mas primeiro responda a nossa, oras! Não é a regra, responde primeiro a quem perguntou primeiro? – a loira falou.
- Sou Leonardo Keyne Malfoy, não faço a mínima idéia do que era aquilo e muito menos o que estamos fazendo aqui. – ergueu uma sobrancelha, calmamente. – Agora é a vez de vocês.
- Sou Lorraine Lovegood Potter, e repito a resposta anterior. – ela sorriu.
- E eu sou Brian James Potter, e assinalo todas as afirmativas estão corretas. – O menino de cabelos pretos sorriu também. “Que ótimo, dois piadistas.” Léo pensou.
Os três olharam pra menina, que ainda não tinha dito uma palavra, e descobriram o porquê. Ela havia tropeçado em uma raiz, e agora tentava se levantar, mas estava embolada nos galhos. Brian foi ajuda-la.
Ela tinha cabelos ruivos lisos e compridos, e olhos castanho-escuro. Tinha algumas sardas. Brian tinha certeza de que já a vira antes, e há pouco tempo. Lembrou. Era no álbum de fotos de sua mãe, a antiga namorada de seu pai.
- Obrigada... – ela disse, corando, enquanto aceitava a mão que ele oferecia para se levantar.
- Quem é você? – perguntou, desconfiado.
- Keytlin Cindy Weasley, prazer...
- Sabe porque estamos aqui? – ele perguntou, aliviado por saber que não estava biruta. Era outra pessoa.
- Não tenho idéia... – e, para sua surpresa, Brian virou-se para trás e berrou:
- Temos a resposta vencedora! “Não faço idéia” preencheu todas as perguntas! – Lorraine ajudava, fazendo barulho de quando alguém acerta.
- Bin, bin, bin!
- Bem, então temos que descobrir, certo? – Brian ainda sorria.
- Ei... Potter... Vocês disseram que se chamavam Potter?
- Nos conhece? Que surpreeeeeeeeeeesa... – Brian respondeu.
- Não acrediiiito que alguém conheça a gente! Somos só filhos do maior herói do mundo bruxo! – Lorraine ajudava.
- É uma honra ser conhecido por alguém... – Brian limpava lágrimas imaginárias.
- Fiquem quietos, vocês dois! Estou dizendo que meu padrinho também é Potter! Harry Potter!
- Espera aí... Nosso pai é seu padrinho? Quem é você mesmo, que eu não ouvi nada depois do ‘sou’? – Lorraine perguntou.
- Leeeeeonaaaaardo... Keeeeeeeeyne... Maaaaaaaalfooooooy... – ele repetiu, como se falasse com uma retardada.
- Ti lindo! Minha madrinha é Hermione Malfoy! Sua mãe, não é? Minha mãe falou que ela tinha um filho chamado Léo alguma coisa... Como eu não lembrava se era Leandro ou Leonardo, ficava chamando só de Léozito... – Lorraine comentou.
- Ei... Você disse que é uma Weasley, certo? – Brian virou-se pra Keytlin, que corou mais ainda.
- Sim...
- CUMADRE! Você também é filha do meu padrinho, Ronald Weasley, certo? – Brian sorriu pra ela.
- Sou...
- Não acredito que nos encontramos todos de uma vez! Mas vocês dois não moravam fora do país? – Lorraine perguntou.
- Acampamento... – responderam, juntos.
- Nós também! – Ela e Brian também responderam juntos.
- Minha mãe vai adorar saber que vocês estão aqui... Ela fala de vocês duas como se fossem filhas dela também... E ela sente muita falta de seus pais... – Leonardo comentou.
- Ei! Galera! Acho que aquelas luzinhas não-identificadas não queriam que isso fosse exatamente um encontro familiar... O que viemos fazer aqui, afinal de contas? – Brian chamou. Leonardo então reparou em uma espécie de caixa dourada, corroída pela ferrugem devido à idade, em que não tinham reparado antes pelo fato da noite não destacar o dourado. Foi até ela.
- Acho que elas queriam que achássemos isto... – apontou. Os outros três foram atrás. Brian abriu. Dentro, havia uma almofada prateada. E em cima das almofadas, quatro varinhas, de mesmo tamanho, com aspecto antigo. Cada uma tinha uma pedra preciosa na ponta do punho, que na verdade era todo o cerne da varinha, ao invés de penas de fênix ou pêlo de unicórnio. Uma era verde, outra azul, uma vermelha e uma roxa.
- Será que é pra gente? – ele perguntou.
- A varinha escolhe o bruxo... Então, se for pra gente, vamos saber. – Léo respondeu.
- Eu quero a vermelha! – Lorraine estendeu a mão pra ela. Mas a varinha que veio até sua mão foi a roxa. Brian também estendeu a mão.
- Há, há, se deu mal, a vermelha é minha! – ele caçoava a irmã. Depois foi a vez de Keytlin. A verde foi até sua mão.
- O que me resta... – Léo também estendeu. Como o esperado, a azul foi parar em sua mão. Imediatamente, o baú desapareceu.
- Ótimo, uma coisa a menos da nossa lista de material escolar! – Lorraine sorria. – Então, menino loiro do olho cinza, era só isso? Podemos ir embora?
- Já disse que meu nome é Leonardo. Você tem problema? E como é que eu vou saber se era só isso? Eu vim parar aqui sabendo tanto quanto vocês! – ele respondeu, muito calmo.
- Calma, querido Léozito, perguntar não ofende...
- É Leonardo! – pela primeira vez, ele já não estava mais calmo. Sua voz mostrava sua irritação.
- Óóóóó! Meus parabéns, irmãzinha, você conseguiu tirar aquela cara calma dele! – Brian cumprimentava. Lorraine só ria. Keytlin olhava da cara de um pra cara de outro, com um ligeiro sorriso.
- Ah, quer saber! Tchau pra vocês! – Leonardo deu as costas e foi embora, pelo mesmo caminho que veio.
- Vamos também, Brian? – Lorraine chamou.
- Pra onde vocês acamparam? – Brian perguntava a Keytlin.
- Pro oeste!
- Vamos levar nosso pai lá, ele vive reclamando que não vê seu melhor amigo... Se importa?
- Não, claro que não! Ele também vai adorar... – ela sorriu, tímida.
- Nos vemos lá, então! Até amanhã! – ele virou e foi seguir a irmã. Keytlin também foi embora, pensando em tudo de estranho que acontecera e olhando sua queimadura. Logo chegou ao acampamento e tratou de entrar em sua barraca, silenciosa, para ninguém notar sua ausência. Quer dizer, silenciosa como pôde, porque tropeçou na chaleira, que caiu com um estrondo. Mas caiu ao mesmo tempo em que seu pai deu um ronco audível. Agradecendo sua sorte, deitou e dormiu.
*~*~*~*~*~*~*~*~*~*
Disclaimer: Harry Potter não me pertence, e se pertencesse Harry não seria um idiota completo na Ordem da Fênix.
Disclaimer 2: Dirge of Cerberus não me pertence. E se pertencesse Nero e Weiss nunca teriam se separado.
Disclaimer 3: Seymour e os Guado não me pertencem. E se pertencessem Troll teria explodido antes de me condenar traidora. Ê dificuldade que esse cara pôs no jogo com uma única palavra: ‘Traitors!’
N/A: nota da Aisha
N/N: nota da Naylla
N/N: Hello, boys and girls!
N/A: Yoooooooooo minna-san! Votem pro nome da fic! E aí? Gostaram? Capítulo dedicado a todos os fãs de Harry Potter que, como eu,
N/N: E provavelmente como eu, quando vir o filme...
N/A: Claro, você tá custando pra começar a ler o Cálice de Fogo, capaz do filme chegar antes de você passar da metade do 4... Bem, como dizia... *SPOILER* choraram na morte do Dobby! Triste, não?
N/N: Estraga prazeres!
N/A: Eu avisei que tinha spoiler! Bem, primeiramente, a fic está começando a entrar nos eixos da história, e isso é muito bom! Ver que estamos conseguindo ir pra frente!
N/N: Yeah! Conseguimos!
N/A: Segundo: músicas, personagens respondendo coments, romance, ação, até mesmo a definição de shippers, absolutamente TUDO vai ter influência de vocês, leitores...
N/N: Claro, temos a história, mas podemos alterar um pouco pra ficar no gosto de vocês!
N/A: Ah, e não se esqueçam de escolher o nome da fic! E outra... Comentem! Façam duas autoras bobas felizes de uma vez só!
N/N: Eu não sou boba!
N/A: Não falo nada... XD Ja nee!
N/N: Chao!
N/A: ~*Aparatei*~
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