Então é Natal...



Vinte e cinco de Dezembro de 1978.
- ACOOOORDA CAMBADA! – berrou James, correndo pelo dormitório enquanto abria com força os cortinados das camas dos amigos.
Sirius levantou-se de um salto, com o cabelo totalmente bagunçado, o rosto amassado.
- O QUE? ONDE É O INCÊNDIO? – disse assustado, olhando pra todos os lados procurando sinais do tal incêndio.
Peter colocou o travesseiro em cima da cabeça e Remus caiu da cama, enquanto James gargalhava com gosto, jogado na própria cama.
- JAMES POTTER, VOCÊ É RETARDADO POR ACASO? – berrou Sirius. – O QUE DEU EM VOCÊ PRA SAIR GRITANDO POR AÍ E NOS ACORDAR ÀS SEIS DA MANHÃ?
- Feliz Natal, Siricutico! – disse James, se acabando de rir. – Feliz Natal pra vocês também, ôh. E Peter, ACORDA MANÉ! – e nisso, ele foi até Peter, deu o travesseiro do garoto para Remus e se jogou em cima dele.
- SOCORRO, SOCORRO! – berrava, falsamente, o garoto. – TEM UM LOUCO QUERENDO ME MATAR ESMAGADO!
Não adiantaram para muita coisa os berros escandalosos de Peter. Quando menos se esperava, os outros Marotos já estavam jogados em cima dele, fazendo montinho.
- Ta... Legal. Agora ac... Acho que você... Vocês já po... Podem sair de cim... Cima de... MIM! – disse o loiro, fazendo força com o corpo e empurrando todos para o lado. Por fim, eles acabaram por cair no chão com um baque surdo e alguns Ai’s.
- Oho, Rabicho ficou forte! – Remus levou as mãos à boca. – Tem tomado alguma poção pra aumentar a força é?
Peter corou levemente, mas nem ligou para os comentários dos amigos. Foi até o banheiro e se trancou lá dentro. Ligou a torneira, juntou as mãos em concha, encheu-as de água e lavou o rosto. Encarou seu próprio reflexo no espelho, o rosto pingando.
- É, Peter, você realmente mudou. – disse, e sorriu para si mesmo.
Realmente, ele não era mais aquele garoto gordinho, mal cuidado e sem presença de antes. Durante as férias de verão, Peter começou a cuidar de si mesmo e isso o transformou em outra pessoa. Agora ele está relativamente forte, mais magro e com um rosto mais bonito. A única coisa que não mudou foi sua única covinha na bochecha esquerda. Essa sim era sua marca registrada.
Poderia até parecer o contrário, mas já fazia quase vinte minutos que ele estava ali, trancado no banheiro.
- Rabicho, vem logo abrir os presentes! – disse Remus, com a voz abafada.
- Tem um aqui de uma tal... G.L. Conhece? – perguntou James, com um tom de voz intrigado.
Nisso, ele abriu a porta do banheiro.
- Na verdade eu não tenho idéia de quem seja. – disse Peter, franzindo o cenho. – Me dá isso aqui.
James jogou o embrulho retangular nas mãos do loiro. Peter rasgou o papel que envolvia o presente e viu que, além do presente, havia um cartão. Sentou-se na sua cama, colocou a caixa ao lado e abriu o envelope.

Querido Peter,

É bem provável que você, assim que vir esse presente se pergunte quem sou eu e qual a minha intenção em te dar algo no Natal.
O que posso lhe dizer, por hora, é que venho notado o quão mudado você está e isso tem me encantando.
Espero que faça bom proveito, afinal, sei que são seus favoritos.

Com amor, G.L.


Peter não percebeu antes, mas os outros garotos estavam amontoados atrás dele lendo, também, o cartão. É invejável a paciência que eles têm uns com os outros. Realmente invejável.
Desde quando ele tinha “admiradoras secretas”? Tudo bem, ela não disse isso na carta, mas estava na cara que ela era uma.
- Quem te viu quem te vê Peter. – soltou Sirius, um sorriso incrivelmente mais maroto do que sempre, se é que isso era possível, brotou em seu rosto.
- Quem diria que a essa altura da vida, Peter Pettigrew estaria recebendo presentes de Natal vindos de uma garota misteriosa que tem estado... Como é que diz na carta? – James tomou a carta das mãos do loiro, e releu-a até achar a parte que lhe interessava. – Ah sim, que vem notado o quão mudado você está e tem se sentido encantada com isso.
Peter fingiu não ligar para os amigos, contentando-se em ver o que a tal G.L havia lhe mandado de presente. Assim que levantou a tampa da caixa, viu que a mesma se encontrava com nove bolinhos de caldeirão, perfeitamente enfileirados, de sabores variados. Chocolate e nozes, amora, licor de uva, morango com calda açucarada, caramelo, algodão doce... E alguns que ele incrivelmente não conhecia. Sorriu.
- Querem saber? Por que é que ao invés de ficarem me atormentando por eu ter recebido um presente de uma garota que eu nem ao menos sei quem é, vocês não vão até o dormitório das meninas e lhes desejam Feliz Natal?
Pareceu ser uma oferta tentadora para os outros Marotos. Sem nem pensarem duas vezes, foram até o corredor, com suas vassouras na mão, abriram a janela que dava a visão para os jardins do castelo e a atravessaram. Logo em seguida, poucos segundos depois, abriram a janela, nas mesmas condições da outra, que dava para o corredor dos dormitórios femininos e entraram por ela. Sorrateiramente, foram até a porta que dizia 7º. Ano e abriram-na, tentando não fazer barulho. 1ª parte concluída com sucesso.
- O que faremos agora? – sussurrou Remus, o mais baixo que pôde.
- Não tenho idéia. - respondeu James. – Improvise, improvise. – e riu.
Antes mesmo que os dois pudessem perceber Sirius já estava ao lado da cama de Elizabeth, olhando-a abobalhado. Ele sempre quis ver como os olhos dela ficavam enquanto dormia, mas sua curiosidade sempre era destruída por causa da mascara de dormir que a morena usava. Antes que qualquer um pergunte, eu responderei: sim, ele sempre ia ao dormitório das meninas para ver Lizzie dormindo. Por incrível que pareça, Sirius Black não era aquele ser repugnante que Elizabeth achava.
Algo peludo roçou nas pernas de Sirius e soltou algo como um grunhido estranhamente agudo. Era Bucks, o gato persa de Lizzie. Desde que a garota o comprara, à cerca de dois anos, os dois não se deram bem. Black tinha ciúmes do bichano, pois ela estava sempre o abraçando e lhe dando todo o carinho possível. Bucks aparentava ciúmes do garoto, pois o mesmo estava tentando ter mais atenção do que ele. Cão e gato, literalmente.
- Sai daqui, bola de pelos. – disse Sirius, e chutou o gato para um canto, que miou alto e pulou em cima do outro.
Era uma vez um garoto chamado Sirius Black... Uma série de fatos sucederam o pulo do gato.
Quando Bucks pulou em cima de Sirius, o mesmo caiu em cima de Lizzie, que acordou assustada e com um peso extra em cima de seu corpo. Com o grito que ela deu, conseguiu fazer com que Emily e Lilian também acordassem de um pulo, e a primeira coisa que viram foi Remus e James que estavam parados à porta, com as expressões de incredulidade estampadas em suas faces. Seus olhares se viraram dos garotos para a cama de Elizabeth, que ainda não parara de berrar, onde se encontrava Sirius sendo arranhado por Bucks.
- SIRIUS BLACK, O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? – perguntou, berrando ainda mais, Lizzie ao ver que o maroto havia se transformado em um cão, sua forma animaga, e agora corria atrás do gato. – PARA DE CORRER ATRÁS DO BUCKS, BLACK. VOCE ESTÁ ASSUSTANDO ELE!
Ao ouvir essas palavras, Sirius parou onde estava e virou-se para encarar a garota. Então, voltou à sua forma humana.
- Eu estou o assustando? – perguntou irônico. – Ele me arranha até não poder mais, e eu é que o estou assustando! – e então mostrou seus braços e o rosto que estavam cheios de arranhões, sendo que uns sangravam.
Emily e Lilian olharam para a amiga com um olhar que dizia claramente “Você não ia dar uma chance a ele? Então, esse é o momento certo!”. Lizzie suspirou e foi até ele.
- Me desculpa Six, não sei o que deu em mim. – disse meigamente, dando-lhe um beijo na bochecha.
Nenhum dos garotos entendeu o que estava acontecendo ali.
- Er, tudo... Tudo bem, Liz. – disse, sorrindo. – Eu é que me estresso demais com gatos. Sabe como é... Instintos caninos! – todos ali presentes riram.
Sirius e Elizabeth continuaram se encarando, de um modo carinhoso, e um silencio constrangedor, para os outros, se instalou no local. Lilian e James pigarrearam ao mesmo tempo, e se entreolharam no que a ruiva corou de leve.
- Bom, Feliz Natal pra vocês! – disse Remus, dando um sorriso gigante, vendo que agora sim é que aqueles dois não falariam nada.
- Feliz Natal pra você também, Remus. – disse Emily, olhando-o e sorrindo.
Ao perceberem suas próprias reações, ambos riram, ligeiramente corados.



| N/A: oooooooi galërë rs
estão gostando da fanfiction ? preciso de opiniões. comentem, pooor favor ;;
dude, eu acho que esse é o maior capitulo até agora. *HM que lindo *-* eu acho que ele ficou meeio enrolado, mas qdo eu escrever a fanfic inteira eu dou uma revisada, corrijo erros de ortografia e desenrolo o que tiver enrolado :D
hm, comentem, comentem e façam a tia Flávia Black ficar feliz, ok ? *O*
XOXO |

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