Atenção
O Natal tinha um significado, mas eu não sabia qual era. Durante 15 anos eu ganhei presentes de meus pais e absolutamente mais nada; contudo, naquele ano, o Natal poderia ser diferente por estar em Hogwarts.
Coloquei as mãos no bolso enquanto caminhava para o Salão Principal e atravessei os corredores escuros e silenciosos, sem nenhuma pressa. Ultimamente eu havia adquirido uma mania incontestável de colocar as mãos no bolso, quando minha mente oscilava nas nuvens.
Nem em meus sonhos o sentimento se tornava distante. Muito pelo contrário, a cada noite que passava mais perto de mim ela ficava. Mas eram apenas sonhos, algo completamente surreal; que de fato jamais aconteceria na vida onde meu temperamento genioso, sangue puro e meu sobrenome impediam que ela se aproximasse de mim voluntariamente.
Como sempre, a Weasley precisava de motivos para isso.
Se eu fosse capaz de dar ao menos um motivo já seria o bastante.
Mas sempre indisposto a vulnerabilidades, esperei que ela fosse perceber o que se passava comigo. Eu não queria me entregar. Se ela se mostrasse inteligente e esperta, teria percebido só nas vezes que a chamo de Weasley.
Eu nunca cheguei a esquecer as palavras de meu pai; nem os conselhos e, principalmente, as verdades que constatava em voz alta para mim. E no momento em que a vi ali, parada e concentrada, senti finalmente um monstro devastador nascer dentro do meu peito, de modo que murmurei com desgosto:
– Devia saber o quanto é fraco, Scorpius.
Aquela, porém, não era uma sensação de ódio e nem de desprezo, principalmente de fraqueza. Era muito diferente daquilo que eu senti em toda a minha vida. E foi difícil admitir para mim mesmo.
As pessoas não conseguem sentir aversão pelas outras no Natal.
Eu sabia o que a Weasley estava fazendo. Segurava com a mão direita um livro, seu dorso encostado à parede de mármore do corredor, junto com a cabeça – os olhos tão abstraídos nas palavras que lia que meu sangue ferveu quando imaginei a mesma atenção voltada para mim um dia. Sua outra mão descansava na bochecha. Os lábios dela estavam se movendo de uma forma rápida e silenciosa.
Descontraída; despreocupada; aliviada; contente – embora só estivesse na companhia de um livro –; e todas essas sensações natalinas. Não havia nenhuma ruga entre as sobrancelhas, nada que pudesse preocupá-la. O modo como estava enlouqueceu minha alma.
Por que eu queria observá-la? O que diabos ela havia feito para que eu pudesse dar tanta atenção a ela?
Ela não tinha a mínima idéia de que um Malfoy estava há poucos metros dela, enamorando-a com tamanha inutilidade que era quase impossível ter tal perspectiva do fato.
Não tinha tirado os olhos delas, mas meus pensamentos estavam bem mais distantes.
Eu a tirei de seu ânimo, de sua constância. Agora ela estava olhando para mim, aparentemente desconcertada e eu fiquei calado, surpreso, ferido, e sentindo-me um idiota. Um detestável idiota pego de surpresa, desprevenido, observando o seu maior inimigo.
Não pensei em me explicar, mas disfarcei – da forma mais convencida que fui capaz – e esforcei um sorriso desdenhoso.
Ela não percebeu, por isso sua expressão alterou-se para uma pior e bem assustada. Seus olhos ficaram parcialmente abertos.
– Oi – eu soltei sem querer.
Ela não respondeu. Estava me analisando, e ao mesmo tempo descobrindo um modo de escapar da minha presença.
Logo que me aproximei ela finalmente percebeu que estava encostada numa parede.
Só que ela talvez não devia saber que, se tentasse fugir, eu não iria agarrar seu braço como no dia anterior. Eu queria tanto que fosse embora, saísse da minha visão! Assim tudo seria mais fácil...
– Por que você está aqui? – Weasley perguntou com a voz um pouco esganiçada quando na realidade tentava me repreender. Fechou o livro devagar. Ela fez um movimento com a mão e colocou o cabelo atrás da orelha. Olhou para o lado esquerdo e depois o direito, enquanto eu me aproximava dela.
Ela estava evitando me olhar.
– O corredor não é restrito, posso andar nele quando eu quiser – respondi.
– Pode sair quando quiser também – ela replicou.
– Dessa vez eu não quero. Que livro é esse? – perguntei displicente. Ela ergueu uma sobrancelha e depois franziu a testa. – Está estudando nas férias, não está? Ah... isso é realmente produtivo. Não está pensando em se divertir um pouco, não? Vamos, é Natal.
Ela abriu um sorriso trocista e disse:
– Procure outra pessoa para atormentar, Malfoy.
– Eu não estou atormentando você – retruquei completamente furioso. Como ela podia achar que eu queria atormentá-la naquele momento? – Pelo menos não é essa minha intenção.
– Intencionalmente ou não, você apenas faz. Então com licença.
Ela não se mexeu; estava esperando que eu saísse de sua frente. Em resposta, apenas cruzei os braços e continuei olhando para ela.
– Oh! – exclamei. – Estou impedindo sua passagem? Se depender de mim, Weasley, você ficará aqui.
– Mas, como todo mundo sabe – ela olhou para mim –, as coisas não dependem de você.
Eu sorri de novo.
– E se as coisas dependessem de você? – perguntei a ela.
– Eu tiraria você do meu caminho.
– O que está impedindo que o faça?
Ela abriu a boca e a voz não saiu. Continuei esperando pela resposta, mas o tempo passava e ela não sabia o que responder. Justamente no momento em que saiu o som de uma silaba, outra voz conhecida ecoou o corredor antes silencioso e a impediu que continuasse.
– A festa de Natal já começou! São oito horas da noite. Ei! – exclamou Lily Potter ao me ver. Depois ela veio até a prima, parecendo surpresa. – O que você está fazendo aqui com ele, Rose?
Só que ela não tinha tirado os olhos de mim e não notou a presença da prima.
– Venha, Rose, pois caso não saiba... seu namorado está te esperando! – ela agarrou o braço da garota e a afastou de mim. No final do corredor eu ainda ouvia: – Por que diabos você estava com o Malfoy agora?
Weasley respondeu baixinho, então não fui capaz de escutar o que dissera. Eu só sabia que uma sensação tomava conta de mim.
Namorado?
Era uma sensação semelhante a que eu havia sentido quando minha primeira coruja morreu: decepção e raiva.
Ela não tinha namorado. Quem em sã consciência namoraria Rose Weasley? Ela dava mais atenção a livros do que a qualquer outra coisa!
Comecei a rir sozinho enquanto caminhava até o Salão Principal para a festa, pois não perderia a cena da Weasley se agarrando pelos cantos com um cara. Eu não consegui, não conseguia e nunca conseguiria imaginar aquilo. Fiquei, então, curioso, apressei-me a andar.
Ao entrar no salão principal eu vi Zabini beijando a Parkinson sentados na mesa da Sonserina. Eu queria vomitar, mas de fato não foi a pior coisa que eu havia visto naquele dia. Quando chamei Zabini, Parkinson saiu de seu colo e ajeitou os cabelos, sorrindo para mim. Talvez fosse um sorriso muito tímido, um sorriso debochado, um sorriso de desculpas.
Mas, ei. Era Lize Parkinson! Ela não se arrependia de seus atos.
Não deixaria barato o preço que meu melhor amigo deveria pagar por estar agarrando a garota que, supostamente, estava ficando comigo.
– Façam o que quiser, contanto que não se aproximem de mim depois.
Eu imaginei que nunca ia perdoar Zabini, muito menos Parkinson por isso. Mas eu não estava zangado por ter sido “chifrado”. O que mais me zangou foi o modo como Zabini simplesmente traiu minha confiança.
Sempre foi insignificante para mim o dia em que Parkinson realizou o que sempre desejara, por isso é desnecessário relatar esse fato. Ela sempre quis uma maneira de ficar comigo, de modo que um dia ela conseguiu. Mas isso passou tão despercebido que nem ao menos lembro a sensação. Talvez fosse somente a diversão que constava, por isso eu aceitei.
Também podia não ter significado nada ver os dois se beijando; mas era detestável a falta de lealdade que existia naqueles dois. E eles eram como eu, sangue-puro de corpo e alma.
Já entrei em várias brigas para defender Zabini, já passei cola para ele em todos os anos, levei a culpa quando Zabini roubou os livros de poções do professor. E o ajudei a entrar para o time de Quadribol – eu, inclusive, não consegui. No entanto, ele nunca demonstrou esse tipo de lealdade. E eu, que sempre dei valor a nossa amizade, estava finalmente entendendo o que meu pai queria dizer que um homem que tem o coração sensível fracassaria um dia, pois um mundo injusto não merece compaixão.
– E você – eu apontei o dedo para Parkinson. – Acredite; eu não vou gastar meu tempo brigando com ele por você. Isso é o que menos importa aqui.
De repente eu senti que Zabini estava rindo, caçoando.
– Malfoy, Malfoy! Demorou a perceber que só andei com você porque é sangue-puro! E, vamos combinar, você é muito covarde para ser digno da minha amizade.
– Covarde?! – eu gritei batendo os pulsos na mesa com raiva.
COVARDE?
– Você tem medo de tudo, Malfoy.
Zabini levantou do banco e exclamou para que todos os sonserinos presentes na mesa ouvissem:
– Scorpius Malfoy chorou quando o chapéu seletor quase o enviou para a Grifinória. Eu estava lá no dormitório e vi tudo!
Aquele era o segredo pelo qual eu morreria se alguém descobrisse.
– E ele se recusava a ficar comigo – comentou Parkinson, rindo como todos os outros. Eu ouvia as risadas como se fosse chiado. Demorou algum tempo para raciocinar que era sobre minha fraqueza que eles estavam caçoando.
Zabini me empurrou.
– Vai chamar o papai? – caçoou Luke Beaumont.
A minha expressão era acusadora. Eu estava respirando com dificuldade, de tanta raiva, tanto desprezo, tanta imundice. Eu olhei para os lados, cerrando os dentes, procurando alguma válvula de escape entre as mesas.
– É verdade! Malfoy adora chamar o pai! – riu Zabini cada vez mais. Eu fiquei parado. – Por que está aqui e não na mansão? Seu pai está ficando bêbado de novo?
– Cale a boca – eu murmurei dando as costas para ele, para a humilhação. Mas foi impossível.
– Está vendo? – ele perguntou em voz alta. – Tanta covardia para uma pessoa só! Não admira que você dê atenção às pessoas desprezíveis.
Ele percebeu que eu ainda estava ignorando e acrescentou:
– Como a Weasley, por exemplo.
O sangue estava fervendo dentro de mim. A raiva e o desespero foi o suficiente para que eu sentisse prazer em acertar o rosto de Zabini com toda a força que consegui reunir.
Zabini revidou, dando um soco na minha barriga. Eu caí de joelhos no chão, sem fôlego.
– Escorpião?! Seu veneno não mata ninguém!
A professora Ungleia, que representava a Sonserina, correu até nós, zangada, e me ajudou a levantar. Mas antes que ela dissesse alguma coisa, eu caminhei para fora do salão principal sem olhar para os lados, sem prestar atenção no grande movimento que se estendeu pelo lugar.
Naquele Natal eu escolhi o lugar mais conveniente para me esconder. Quando recuperei meu fôlego corri até uma pequena caverna na Floresta Proibida, que na realidade não é proibida. Fiquei lá por um tempo, brincando com alguns feitiços, sentado numa rocha.
Eu achava que estava livre das pessoas, mas me enganei.
Senti um estrepito de graveto se quebrando; uma movimentação de folhas ao meu lado. E uma luz ofuscou meus olhos.
– Malfoy?!
A voz dela saiu abafada. Rapidamente apagou a varinha e tudo escureceu, de modo que não consegui ver seu rosto. Mas eu reconheci a voz.
Fez-se silêncio. Pude ver apenas a sua silhueta; ela estava sentada e o reflexo da lua cheia a iluminava com fervor.
– Eu consigo ver você – disse a ela com a voz um pouco alta demais. Pela primeira vez eu não tive curiosidade de saber porque ela estava ali. Ela simplesmente estava, e isso importava.
– Desculpe, você me assustou – ela explicou o fato. – Não imaginava que, de todos os lugares de Hogwarts para se esconder, fosse escolher justamente esse.
– Não estou me escondendo.
– Não está? – ela soltou uma risada nervosa. – O que você está fazendo afinal?
– Comemorando o Natal – eu respondi. Ouvi as folhas se mexerem novamente; Weasley estava engatinhando até que ajeitou o suéter de lã e se sentou ao meu lado na rocha. Eu ainda não fui capaz de enxergar seu rosto, mas sentia seu cheiro. Para alguém que não teria possibilidades de se aproximar, somente o cheiro já era o suficiente.
– Como consegue comemorar o Natal sozinho? – ela perguntou com um quê de surpresa visível.
– Vou tentar me acostumar – murmurei jogando uma pedra na parede da caverna a minha frente. Na realidade a caverna era muito pequena que minha cabeça estava roçando no teto, e eu estava sentado em uma rocha.
– Espero que não consiga – ela respondeu se mexendo inquieta. – Olha, antes que pergunte alguma coisa, vou explicar tudo. Eu... segui você, mas não que me orgulho disso. A professora Ungleia pediu justamente a mim...
– Não.
– O quê?
– Não se explique, apenas... – eu não sabia como iria terminar aquela frase sem que ela realmente a entendesse – fique.
Era um alivio que tudo estivesse escuro. De repente senti aquela sensação esmagadora e continuei:
– Os motivos não importam.
O silenciou voltou e eu ouvi a respiração dela. Era acelerada, quase no mesmo ritmo da minha. Eu decidi que devia obter ela falando para que não ouvisse aquilo. Mas eu não encontrei nada para dizer.
Ela esfregou as mãos uma na outra e disse:
– Eu preciso ir agora, já está bastante tarde e frio. E eu sugiro que você volte para o castelo também. Não pense que vai conseguir ficar aqui até todo mundo esquecer o que Zabini falou de você. Isso sim é ser covarde, Malfoy.
– Se sou covarde, então serei para sempre.
– Lumus.
Eu estava com a cabeça virada para ela tempo antes da varinha se acender rapidamente. A expressão de seu rosto, visível e pálida, era sincera e a ruga entre a testa significava que alguma coisa estava incomodando.
– Não é verdade – ela cochichou, segurando a varinha mais abaixo para que não houvesse perigo de ofuscar a visão.
– É, sim. E você só diz isso porque está com pena de mim.
Ela riu.
– Pena?Não existe prazer maior ver você assim, sabia? É uma vingança.
– Bastante justo – eu disse em voz alta.
– Por outro lado eu sei como é isso – ela replicou com a voz suave. – Não sou como essas pessoas que desejam o mesmo sofrimento para as outras que nos fizeram sofrer... Então não espere que eu diga que você é covarde, porque não é.
Eu franzi a testa.
– Nunca disse que é covarde, Weasley.
Ela suspirou e desviou seu olhar sobre o meu.
– Você disse tantas coisas que nem mais lembra – ela murmurou. – No entanto eu, como alvo de suas acusações, obviamente lembro.
– Não, não. Eu sei perfeitamente tudo o que digo e penso. Nunca mudo de idéia. E covardia é a última coisa que considero ter em você.
Rose colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha. Aquele movimento era o mais aterrorizante, pois o modo como o fazia era sinal de que estava: a) nervosa; b) tímida; c) indecisa; d) com medo; e) tentando raciocinar tudo o que estava acontecendo. E o monstro que só despertava com a presença dela, rasgava meu peito e pedia para que eu nunca a deixasse ir embora quando ela movimentava as mãos daquele jeito; naquele momento nós estávamos, pela primeira vez, tendo uma conversa civilizada, cujas vozes não se alterara nenhum instante. Naquele momento estávamos desviando as diferenças e, pelo menos de minha parte, tentávamos descobrir se tudo o que já disseram sobre cada um de nós era verdade.
Se um dia disseram que ela era a pessoa mais chata do mundo estavam terrivelmente enganados. Rose, tremendo de frio, ficou ali ao meu lado, numa caverna completa de aranhas e outros insetos. Era um pesadelo, no entanto ela demonstrou indiferença e continuou ali para que eu não comemorasse o Natal sozinho.
– Eu não sabia disso – falou ela depois de alguns segundos silenciosos. – Você costumava rir de mim, e não entendi como não riu quando eu quase chorei por causa de um aracnídeo do tamanho de uma formiga na aula do Hagrid. Seus amigos estavam todos lá para me humilhar, e justamente o qual eu não admiraria que o fizesse também, simplesmente me olhava como se estivesse perdendo uma invisível batalha.
– Perdi muitas batalhas naquele dia – confessei, sorrindo de modo derrotado. – E, por favor, não diga que aqueles são meus amigos. Não me orgulho de saber que sempre tentei preservar a amizade, e por ironia eles nunca precisaram de mim como eu precisei deles.
– Em que aspecto precisou deles? – ela perguntou, chocada. – No que achava que a Parkinson ou aquele Zabini, que quase desfigurou o rosto do meu primo, poderia ajudar você?
– É – suspirei coçando a cabeça. – Se for pensar por esse lado, nenhum deles me ajudou em alguma coisa. Talvez o fato de serem de uma família de sangue-puro, igual a minha, eu imaginava que seriam leias a mim o tempo todo. Pois é, Weasley, eu estava enganado.
No momento em que ela tornou a ficar calada, eu pensava na maneira como confiara nas pessoas iguais a mim e como havia me dado mal com tudo isso. Levei detenções e entrei em brigas para apenas saborear a sensação de desapontamento e traição.
Weasley olhou para o relógio do pulso e fez uma cara de espanto.
– São dez horas da noite! – exclamou sobressaltando-se, de modo que sua cabeça colidiu contra o teto da caverna e ela gemeu fraquinho de dor enquanto massageava a cabeça.
Ela me emprestou a varinha para que eu verificasse se estava sangrando.
– Não, só está saindo o seu cérebro por esse rasgo gigante que se formou, mas acho que conseguirá sobreviver sem ele – eu disse seriamente.
Rose olhou para mim, com os olhos arregalados.
Lembro de nunca ter rido tanto da cara dela.
Enquanto saímos da caverna ela tentava me fazer calar a boca, com a cara emburrada, mas no meio do caminho da floresta ela acabou rindo também. Era a coisa mais estranha do mundo de repente rir com o seu maior inimigo por algo tão bobo e infantil.
Quando chegamos até o castelo, não estávamos mais rindo. O silêncio da noite era um barulho medonho, no entanto o caminho seguiu com os uivos do vento forte e gélido.
Entramos no castelo e alcançamos a escada para a Torre da Grifinória.
– Feliz Natal, Rose.
Ela estava no quinto degrau da escada quando parou abruptamente de andar para virar seu rosto surpreso e espantado.
Mais uma vez, ela colocou a franja atrás da orelha rapidamente.
– Desde quando me chama pelo primeiro nome?
– Ah... – exclamei sem emoção. Até então eu não tinha percebido isso. – Se você prefere Weasley eu posso...
– Não – murmurou com um sorriso sincero, sem mostrar os dentes. – Foi bom saber que você conhece meu nome também.
Eu tentei esbarrar um sorriso como o dela para ela, mas o meu nervosismo impediu que eu mexesse qualquer parte do meu rosto. Eu estava esquecendo que ela era uma Weasley; estava dando a mínima importância para o fato mais importante de todos. Eu a chamei mesmo pelo primeiro nome?
Isso não podia acontecer.
Bem, mas já estava acontecendo.
Comentários (3)
SIMPLISMENTE P-E-R-F-E-I-T-O ESSE CAP. A-M-E-I *.*#MORRI A-M-E-I <3 <3 <3 MUITOOOOOOOOOO LINDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA *.*CHOREI AQUI :)E O AMOR ESTÁ NO AR U.U kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk'
2013-02-05Awwwwwwwwwww *--* com certeza ela vai pro meu topo My crazy love no meu blog porque é linda demaiiis *------------------------* tô amando. Poxa, covardes são aqueles que o Scorpius chamava de amigos. Agora eu acho que faria a mesma coisa que ele fez...Poxa não gostei do que o Zabine e a Parkison fizeram!
2012-02-15Muito lindo,mais morrir de pena do Scorpius,detesto esse tal Zabine e essa Parkinson. Muito fofo a cena dos dois na caverna,indo para os próximos capítulos. Beijos^^
2011-09-06