.: Capítulo 7 :.
Primeiro ciúme
Atravessara a rua, extremamente apressada. Atraso era algo que realmente não se adequava a Hermione Granger, no entanto, seus “superiores” no jornal, achavam que isso era superficial para seus compromissos. E quiçá para seu estômago, que reclamava sem parar. No entanto, o problema não era exatamente isso, conhecia muito bem o moreno que a convidara para almoçar. Ele era muito... Muito impaciente.
Dobrou a esquina, e caminhou rapidamente, até chegar ao restaurante trouxa que haviam combinado. Afinal, ali seria um lugar perfeito para um encontro, visto que todo cuidado era pouco na situação em que se encontravam, e que não poderiam mais comprar o silêncio de ninguém, como fizeram com Teddy.
Sorriu, e entrou no lugar. Um restaurante moderno, e arejado. Servia comidas diversas, dependendo dos gostos de seus clientes. Uma música leve tocava, entretendo os mais apreciadores daquelas notas.
Procurou Harry com o olhar, e o encontrou numa das mesas, perto de um pequeno jardim estilizado. Notava-se o quanto estava irrequieto. Hermione aproximou-se dele, por trás, vedando seus olhos. Rira, quando ele bufara.
- Está atrasada, Srta. Pontualidade... – brincou ele, sorrindo agora.
- Desculpe Senhor Apressado, mas Rita Skeeter me jogou no fundo do poço jornalístico! – zombou a morena, beijando-o levemente. – Adivinha onde estou fazendo uma “pesquisa” temporária?
- Sabe que sou péssimo em adivinhação. Sempre tirei deplorável, nessa matéria! – comentou Harry, sorrindo torto, enquanto ela se sentava a sua frente.
- Arquivo... Não sabe o quanto aquilo é repugnante! Cheio de traças, e matérias desorganizadas. – disse a moça, revirando os olhos, e franzindo o nariz.
- Imagino que você deve estar maluca, tentando organizar tudo.
- Engraçadinho! – exclamou, levantando-se parcialmente para alcançar os lábios de Harry.
Logo pediram as comidas, pois ambos estavam famintos. Conversavam enquanto os pedidos não vinham. Abrangiam na conversa, diversos assuntos, e sempre paravam para um beijinho ou outro.
- Ah, agora bem que você poderia me dizer o que Teddy conversou com você. – sugeriu, num tom que não dava a ele escolhas.
- É uma conversa de homem, você e a mamãe, nunca me contam o que conversam...
- É diferente, Potter. – resmungou, sorrindo. – Ande, me conte logo!
- Se insiste...
– Início do Flash Back –
“ Deixaram Hermione na sala, e rumaram os dois em silêncio, até o escritório e biblioteca de Lupin. O garotinho mostrava uma seriedade, que custava a Harry ter naquele momento. Aquele instante de preocupação havia passado, e agora, restava a ele um período de descontração. Teddy pedira que fechasse a porta, quando passasse, e Harry assim o fez. O menino sentou-se na cadeira do pai, e o rapaz não se contivera em sorrir. Parecia algo muito sério e de fundamental importância o que ele tinha para falar.
Teddy limpara a garganta, e mandou o moreno se sentar. Gentileza, que Harry não aceitara, ficando de pé. Pretendia ser rápido ali, para quem sabe, ter mais um momento de privacidade com Hermione.
- Certo... O que quer de mim, ‘nobre’ Teddy? – indagou irônico.
- Quero que saiba que Hermione, é muito especial para mim. – argumentou ele.
- E pra mim também!
- Ótimo, eu sou muito pequeno pra casar com a Mione, então, eu vou te emprestar a minha futura esposa, pra você tomar conta dela.
Harry tivera muita força de vontade para não rir abertamente. Era de todo, hilário, o que o garoto relatara. Mas, ainda tinha um pouco de bom senso, para guardar as risadas, evitando que Teddy se magoasse. Então, tentava manter-se sério, e atento, as condições do empréstimo.
- Eu não vou admitir Harry, nada além de beijinhos... Então, nada de mãos ‘passeando’ como àquela hora.
- Ok... – murmurou.
- E mais, não admito que faça a Mione sofrer, em hipótese alguma!
– Fim do Flash Back –
- Ele disse isso? – indagou Hermione, depois de rir muito com a narrativa do namorado.
- Sim, ele disse!
- Que graçinha, Teddy, é um amor! – exclamou docemente.
- Esse menino sabe impor regras, eu tive que ser bem discreto, senão teria rido na cara dele. Foi muito engraçado, ele tentando ser firme.
- Mas não o fez, não riu dos sentimentos dele, e achei isso uma graça também. – sorriu, apertando a mão dele, sobre a mesa.
- Que bom, não é? Pelo menos não saí perdendo, mas quem disse que precisamos obedecer...?
Hermione entrara no quarto do namorado, destruidora como um furacão, e ao mesmo tempo, silenciosa como um felino. O rapaz erguera seu olhar a ela, nem mesmo tivera chance de argumentar, muito menos de pensar em alguma coisa.
- Quem é Gisella Phillips?!
A moça tinha o rosto contraído, avermelhado de raiva. A mesma que se refletia nos olhos castanhos dela. A morena cruzou os braços, a espera de alguma explanação, mas Harry apenas sorria sem saber realmente o que dizer. Apenas deixou os óculos de leitura de lado, e a fitou atenciosamente.
- Quem é?! – insistiu, sua voz violenta, como uma trovejada.
- Gisela...? Eu não sei quem é, porque me pergunta? – indagou Harry, calmamente.
- Porque parece que ela te conhece muito bem! – exclamou, bufando. – E quero que me diga, que seja sincero comigo, pois não vou tolerar mentiras vindas de você! Não agora que é meu namorado...
- Por Deus, Hermione, do que está falando? – quis saber, já começando a irritar-se. – A única Gisella que conheço é uma garota maluca do curso de aurores...
- Aha! Você a conhece! – acusou. Sua respiração estava pesada. Ela tremia de raiva.
- De vista, nada mais. Ela quem cismou comigo, mas não entendo aonde quer chegar com essa história toda... Quer por favor, me contar?
- Não se faça de bobo, porque eu sei que não é!
Ele a fitou, estava achando tudo aquilo muito engraçado. Nunca fora alvo dos ataques de ciúme de Hermione, era um pouco inesperado. Mas logo essa sensação tranquila, lhe deixara, para que uma totalmente séria o atingisse. Como teria coragem de contar a ela? Pois sabia que se mentisse seria bem pior, ela não o perdoaria. Mas nem pensava em namorá-la na época, fato que poderia suavizar a raiva da morena.
- Certo, certo! – exclamou vencido, ela sentou-se na cama, e sorriu forçadamente. – Eu... Eu beijei Gisella, uma vez, numa festa da turma, mas foi só isso!
Hermione levantara-se de súbito, espantada. Cobriu a boca, com uma das mãos. Encarava-o atônita, mas no fundo, seus olhos queimavam transparecendo a mais pura fúria. Harry pigarreou, coçando a nuca. Era fato que estava sem jeito, e corado. Nunca contara nem para ela sobre o beijo.
- Como teve coragem?! Aquela loira horrorosa!
- Eu estava “parcialmente” bêbado, está bem? – defendeu-se, visto que Hermione encontrava-se num tom de púrpura devido à raiva. – Mas depois disso, eu nunca mais encostei a minha boca na dela, e de nenhuma outra garota...
- Traiu a Gina? – quis saber, voltando aos poucos a sua cor natural. Ele acenou positivamente, e ela não escondera um sorrisinho acintoso. – Isso ameniza um pouco a sua situação, mas a questão é, que...
- Que a situação mudou, Hermione, sabe que eu nunca teria coragem de trair você.
- Não teria mesmo? – perguntou firme.
- É claro que não, sua ciumenta... – murmurou deixando tudo de lado, e aproximando-se dela.
A moça ficara parada esperando por ele mais perto de si. Sentia-se intensamente tocada. Ele sempre a atingia em cheio com suas palavras. E ainda mais com seus gestos. Harry rodeou os braços ao redor da cintura de Hermione.
- Sabe por que eu não a trairia? – comentou acariciando o rosto dela.
- Porque, Harry?
- Porque eu te amo, nunca a faria sofrer... Não tendo consciência disso.
Toda a zanga que sentira se esfumaçou rapidamente, e parcamente se lembrara das palavras da assanhada colega de Harry. Seus olhos esmeralda, diziam a verdade, confirmavam a veracidade de suas palavras. Hermione ficou silenciosa, perguntando-se mentalmente, se merecia tanto amor. Abriu um sorriso tímido, vendo que o moreno a fitava com certa vontade.
Na hora da raiva, nem se apegara a vestir uma roupa que pudesse cobri-la devidamente. Chegara do passeio ao Beco Diagonal com Elle, tomara um banho, no intuito de recobrar-se do acesso de ciúme – o que fora totalmente inútil – e vestira-se numa camisola, que não deveria estar tão curta.
Ele, a beijara docemente. Encostou seus lábios nos dela, que desprendeu um suspiro irrefletido. Acariciava o ponto abaixo das orelhas, com movimentos lentos. Parou de beijá-la, e sorriu, vendo-a de olhos fechados. Não tinha tamanha noção de que estava tentadora demais para ele. E ainda, ambos estavam sozinhos em casa, e assim ficariam por um longo tempo...
- Harry... – sussurrou a morena, encarando-o nos olhos. Ele percebeu um misto de ansiedade e receio. Afinal, Hermione nunca estivera tão em íntimo com um homem. E embora fosse Harry, o medo de algo que não conhecia, afetava-lhe de modo estranho.
Não era uma moça boba, que não sabia nada sobre sexo, e sabia onde tudo aquilo a levaria. Já tinha vinte anos, era esclarecida. Mas não podia deixar-se de se sentir, uma “adolescentezinha” tola, e nervosa. Tanto que as suas reações eram correspondentes. Suas mãos tremiam, e suavam. E a cada olhar compenetrado do rapaz, experimentava algo novo. Cálido. Estimulante.
Como toda jovem, sonhara em ser especial a sua primeira vez ao lado de um homem. Ser amada de forma particular. Intensa. E naquele momento, tudo não poderia ser mais igual a seu devaneio feminino... A chuva batia nas janelas, e embora a noite ainda não tivesse invadido completamente ao céu, ele se mantinha escuro e fechado. Não havia sinais de estrelas a brilhar, o único a emitir luminosidade, eram os olhos dos dois jovens, a se fitar.
Hermione passou a examinar as feições do moreno a sua frente. Estava serena. Paciente. E assim com tal tranquilidade, Harry passou a alisar o rosto macio da moça. Ela fechou os olhos, e tudo que pode sentir fora o quão poderia ser amada se consentisse aos anseios de seus corpos. Já havia se entregado de coração a ele. Então, seria questão de tempo para que seus corpos também fossem apenas um.
Abriu os olhos, devagar, ainda sentindo um arrepio pequeno sobre a pele. Observou-o e seu coração se acelerou. Enxergava nos olhos dele, o quanto este a desejava. Sentiu-se a mulher mais envaidecida do planeta. Ao mesmo tempo em que Harry oferecia a ela, o desejo, oferecia também o amor. A cumplicidade. A ternura. E todos esses sentimentos, eram fortes o bastante para banir o medo de seu coração.
Ela o beijou, tomando a iniciativa desta vez. O silêncio era rompido apenas pela ventania do lado de fora, e as respirações sincronizadas dos dois. Tocavam-se lentamente, aproveitando a calmaria que ainda planava entre eles. Não demorou muito para que Harry entendesse que aquele gesto, era um consentimento.
Sem pressa, já estavam a caminho da cama. Andaram vagarosamente até o leito, sem quebrar os beijos molhados e acalorados. O bruxo acariciou os cabelos da morena, quando a deitou sobre os lençóis arrumados de sua cama. A depositou ali, como se fosse algo estritamente frágil; de fato Hermione se mostrava delicada em demasia naquele momento. As bochechas coradas transformavam-na em uma figura virginal. E isso apenas servia para instigá-lo ainda mais.
Deitou-se sobre ela e segurou fortemente sua nuca trazendo-a mais para perto de si, enquanto a outra mão tomava liberdade, e descia vagarosamente pelo vestidinho acentuado, voltando a subir, trazendo consigo um ato cheio de segundas intenções. Hermione suspirou, quando ele abertamente passou a beijar-lhe o pescoço. Tremia, e repreendia a timidez que poderia atrapalhá-los.
Num ímpeto, ela arriscara-se a acariciá-lo por debaixo da camisa. Os músculos fortes se enrijeciam com o toque suave de seus dedos. Harry a mirou, seus olhos mais verdes do que nunca, refletiam toda a sua adoração por ela. Sentia-se ainda mais preso a Hermione, do que jamais pudera sentir-se. Aquela sensação era tão boa e adequada. Sensação que experimentava ao perceber que ela já era sua, mesmo sem mais intimidades.
A bruxa enterrou as mãos nas costas do rapaz, e desceu-as até os quadris, apertando forte, aproximando-os. Harry gemera baixo, e ela deixara um pequenino sorriso sugar seus lábios, inchados e rosados. Estava apreciando fazê-lo sentir-se assim, “perder” os sentidos. Ou aguçá-los ainda mais.
O rapaz a queria para si, e percebeu quanto tempo perdera tentando negar o contrário, escondendo-se no amor “fraternal” que acreditava dispor a ela. Nunca deixariam de ser amigos. Talvez agora fossem também amantes enamorados.
A morena ajudou-o a se livrar da camisa, expondo todo o seu tórax másculo. Harry ofegava instintivamente. Senti-la assim, apenas dele, estava despertando sentimentos que ainda permaneciam adormecidos em si. Procurou seus lábios novamente e os encontrou entreabertos, esperando por ele. Aprofundou o carinho, explorando cada canto da boca dela, sentindo-a parte dele.
Suas mãos audaciosas terminaram seu “afazer” silencioso, e subira a camisola dela, até a altura da cintura. Quebrara o contato do beijo e a olhou nos olhos. Estavam escuros. Quase negros. Magníficos como o tempo lá fora, e já não havia raiva nem desconfiança neles. Apertou devagar, mas firme, a cintura dela.
Harry procurou com uma das mãos, desabotoar a parte de cima da camisola de Hermione, e ela se retivera brevemente com o gesto atrevido. Os olhos faiscaram quando se encontraram. Os castanhos com os verdes.
Perfeitos um para o outro.
O rapaz desabotoou a peça, rápido, acometido pela vontade de vê-la despida. Sentir novamente a maciez de sua tez.
Procurou pele, e a encontrou.
Quente. Com sede. Pedindo seu toque.
Mordiscou o pescoço alvo de Hermione. Enquanto acariciava, com desenvoltura, um seio por debaixo do tecido. Queria dar tudo a ela. Queria que ela sentisse o quanto ele queria que ela sentisse.
Hermione contraiu o corpo, sentia-se torpe, incapaz de raciocinar. Ele a controlava de maneira sutil, e uma simples menção de afastamento, acarretava em todo o tipo de protestos. Apertou forte a cintura do rapaz, trazendo-o mais para perto de si. Aterrando-se a ele de forma ansiada. Ambos suavam embora o frio da noite já perpetuar-se no quarto. O calor de seus corpos exalava a sua volta.
Deslizou, - sem embaraço, - as mãos, que rápidas, subiram pelo peitoral até o pescoço de Harry. Transpondo um caminho prazeroso. Logo que ele se encerrara, a morena acabou por enterrar as mãos nos cabelos desalinhados do bruxo. Sempre gostara de senti-los. Tão macios e sedosos.
Harry a olhou, em busca de mais permissão, não obstante achasse que não precisaria de tal. Hermione então buscou seus lábios para um beijo, enquanto se contorcia levemente sobre ele. Fechou os olhos, intensificando as emoções que lhe varriam.
Era bom... Muito bom...
Movimentava-se devagar. Com cuidado, prezando inteiramente a ela. Hermione abriu os olhos e o encarou. O susto e a dorzinha inicial era apenas algo distante, sem importância.
O moreno a olhava, apaixonado, enquanto se mexia dentro dela. Tinha um sorriso largo, e maroto nos lábios. Hermione soltara um gemido rouco, unindo e aferrando-se a ele, arranhando suas costas numa maneira de demonstrar o que sentia. Harry começou a movimentar-se mais célere, porém cuidadoso e gentil.
Agora se moviam juntos, compassadamente. Os sussurros dela se arrastaram no ar... Harry sentia que se aproximavam rapidamente do clímax.
- Eu te amo... - sussurrou ele ao ouvido dela, enquanto aumentava as investidas e as carícias, até que Hermione explodira em seus braços com um gemido longo e doce, levando-os ao ápice.
Rony acordara muito cedo, naquela manhã. Escutava os barulhos da mãe na cozinha, e realmente não tinha vontade nenhuma de descer, muito embora, seu estômago reclamasse por comida. Não se sentia cansado, mas havia coisas em sua cabeça, que o fazia estar assim. Exausto, sendo que acabara de despertar.
Seus olhos rolaram até alguns papéis, jogados no chão. Dois eram bilhetes de Luna. O resto era apenas sujeira acumulada. Suspirou fundo, ao se lembrar da moça. Fugia dela como se sua presença fosse deveras perturbadora. E de certo modo, o era. Desde que haviam se beijado na formatura, sentia-se constrangido ao falar com ela. Visto que não queria nada além de extravasar sua solidão, e arranjar companhia em outros braços.
Hermione nem o notara na festa, só tinha olhos para Harry, e nada mais. Sempre fora assim, e por mais que se esforçasse, não conseguia se comparar a ele.
Seria sempre o segundo na vida dela...
Tinha que esquecer esse amor platônico, mas não podia, se a cada vez que colocava seus olhos na morena, seu coração se esquecia que não era amado. Não do modo como tanto almejava. Era apenas um amigo, e Harry era tudo...
Terminou de se vestir, e encarou a porta que se abria lentamente. Parou, fitando o visitante. No entanto, seu semblante se tornara frio, quando a irmã entrara. Gina mantinha um sorriso exuberante em seus lábios já pintados. O mesmo da noite anterior, o qual o enchera com coisas infundadas. A maioria delas, sobre Harry e Hermione.
- O que quer agora, Gina? – perguntou levemente irritado.
- Conversar, maninho! Ou melhor, continuar a nossa conversinha de ontem...
- Não quero mais falar sobre isso! – bradou, ele virando-se de costas para ela.
A ruiva revirara seus olhos castanhos, e cruzara os braços, num gesto puro de impaciência. Rony poderia amar a Hermione, mas a amizade de Harry lhe era de suma importância, e pensava ela que investindo na morena, de certa forma fosse agredir ao amigo.
- Oras! Porque é tão covarde? – provocou.
- Não sou covarde, só não quero discutir isso com você... Entenda de uma vez!
- Rony... Rony... Não é óbvio que Harry terminou comigo por que está apaixonado pela sangue...- ele a olhou feio, e Gina travara a língua. -... por Hermione?!
- Há mil razões para ele ter terminado o namoro, e você é obcecada! – berrou ele, explosivo.
- E você é um boboca! Um bundão... Vai ficar com a esquisita Lovegood, por ser tão medroso. Faria-me um favor se ficasse com aquele idiota da Granger, mas não... Insiste em guardar seu amor todo... Francamente, Ronald!
- O que quer que eu faça, hein? Rasteje que nem um imbecil atrás dela?! Se isso for mesmo verdade, é justo que Mione nem vai olhar para mim, e eu só me humilharei...
Falou num misto de desanimo e tristeza. Seria exatamente isso que aconteceria, se resolvesse se declarar, ou apenas investir mais. E de todo, já estava de saco cheio da irmã lhe cobrar atitude. Ela quem deveria ter sido mais aprazível em relação ao ex namorado, não deixando assim que a relação terminasse. Mas se bem que Gina, não demonstrava mais tanto interesse em Harry, apenas queria que ele fosse infeliz.
- Já chega desse assunto, eu não vou me subjugar só porque não quer que Harry tenha outra garota, por que você não foi boa o bastante para ele! – despejou sem piedade.
Dera as costas a ela, saindo rapidamente do quarto, em tempo ainda de ouvir a moça esbravejar e praguejar. Ele próprio gritava consigo, na mente. Desceu veloz, trombando com a mãe na escada, e nem sob os protestos dela, ele parou. Estava com raiva demais.
Tudo isso o deixava extremamente furioso; Gina exigindo mais ação, seu coração também. Em contrapartida sua razão lhe impedia de algo mais impetuoso, o medo de fracassar, igualmente lhe impedia.
Saiu de casa, o jardim ainda estava molhado de orvalho, umedecendo a barra de suas calças. O céu estava límpido, exibindo todo o seu azul imenso. Caminhava sem ter noção de onde suas pernas o levavam. Só tinha a necessidade de ir para bem longe.
Atravessou o portãozinho que ficava perto do pomar, - depois que o pai cercara todo ele, - e rumou para fora da propriedade. Queria ficar sozinho, pensar, e colocar suas ideias em ordem. Caminhou rapidamente, e parou quando chegou a uma ponte recurva de pedra, onde por baixo dela havia um riacho de águas parcas e cristalinas.
Encostou-se na murada, respirando fundo. Fechou os olhos, tentando embarcar numa quietude imaginável. Gina o deixara muito nervoso.
- Rony? – chamou a voz serena e inigualável de Luna Lovegood. O rapaz abrira os olhos de repente, e assustado, postou-se mais ereto.
- Oi. – disse um tanto seco.
- Oi! – respondera ela, exatamente ao contrário dele. – Como vai?
- Bem... – murmurou desta vez, nem se atando as boas maneiras.
- Você não me respondeu... Os bilhetes que eu mandei, talvez não tenham...!
- Sim, eles chegaram, mas estava ocupado, e não respondi... Muito trabalho no Ministério. – resmungou Rony, inquieto.
Ela sorrira sem jeito, passando uma mecha de seus cabelos loiros e despenteados, para trás da orelha. Trocou de mãos, a cesta que levava consigo. O objeto estava repleto de flores coloridas, que contrastavam muito mal com as roupas da moça. Ele a observava, sem muito interesse. Deveria ter bebido muito uísque de fogo, naquela formatura.
- Andou meio sumido, desculpe se eu fui um pouco exagerada em mandar bilhetes... – disse ela, seus olhos grandes e azuis, demonstravam - apesar da recepção fria a que tivera - ternura.
- Tudo bem, Luna, eu é que estive muito ausente... – comentou, desejando que não explodisse com ela. Afinal, a loira não tinha culpa de nada.
- Certo, eu pensei que nós...
- Nós? – indagou, suspirando fundo. – Olha Luna, não quero parecer rude, mas... Apenas nos beijamos na formatura, não passou disso para mim. Não pretendo magoa-la, mas não daria certo entre nós! Você é legal e tudo mais...
O auror vira a decepção inundar os olhos dela, antes cheios de esperança; Luna não pudera esconder sua insatisfação. Sempre nutrira por Rony, um sentimento puro, antes nunca com chances de se concretizar, e fora tola, ao agarrar-se numa primeira ilusão. Era claro que não passara apenas de meros beijos.
- Entendo Rony, também não quero magoá-lo, estávamos carentes... Não pretendia impor um namoro por conta disso... – mentiu, para não sair-se mais humilhada ainda. – Agente se vê outro dia!
O sol começava a entrar forte pelas cortinas claras do quarto de Harry, o céu luminoso, nem dava sinais de que fora acometido por uma intensa chuva na noite anterior. O rapaz abrira lentamente os olhos, acostumando-se com a claridade do dia. Espreguiçou-se cuidadoso, sentindo a presença cálida de Hermione ao seu lado.
Ela dormia calmamente, virada para si. Os cabelos soltos irradiavam em brilho. Suas faces representavam serenidade, assim como sua respiração. Sorriu encantado, olhando para ela. Parecia-se com um anjo adormecido. Apoiou-se num dos cotovelos, firmando-o no colchão. Fitava-a, estudando o quão Hermione estava bela, daquela maneira.
As lembranças da noite que tiveram juntos, se amando, eram bem nítidas em sua memória. A maneira como ela se entregara a ele, como a acariciara ternamente... Os beijos, ardentes outros calmos, e preguiçosos... Nunca se esqueceria da primeira vez que partilharam daquele ato de amor.
Carinhoso, passava seus dedos, torneando o rosto delicado de Hermione. Arrancando dela um sorriso em meio ao sono. Logo a morena, incitada pelas caricias gentis, abria seus olhos, despertando para fita-lo.
Julgou estar em um devaneio, mas era muito real. O sorriso dele, o era. Suas mãos a acariciarem. Não era somente a fantasia de uma garota. Era a realidade de uma mulher.
- Bom dia, meu amor... – sussurrou Harry, enrolando uma mecha dos cabelos da morena nos dedos.
- Bom dia! – sorriu, beijando-lhe suavemente.
- Devo lhe perguntar se dormiu bem? – indagou o moreno, sorrindo maroto.
- No pouco que literalmente dormi, sim, e obrigada pela hospitalidade... – brincou, mordendo o lábio inferior.
- Quando quiser, estarei à disposição, senhorita. – entrou na brincadeirinha, beijando-a apaixonadamente.
Ela suspirou longamente, quando Harry largara seus lábios. Aconchegou-se mais, apertando o lençol contra si. Ele ainda a observava atento. Encararam-se, bem próximos um do outro, sentindo os seus leves atos de respirar.
- Eu te amo tanto, Harry! – disse ela, pousando uma das mãos, sobre o rosto do rapaz. - Foi uma noite incrível! – terminou com um sorriso bobo nos lábios, e um rubor acentuado em suas bochechas.
- Posso dizer o mesmo, Mione. – comentou, depositando um beijo lento, sobre a boca dela. – Mas que tal, fecharmos com chave de ouro?
- Tenho “medo” de perguntar o que pretende...
- Vem comigo... Apreciaria um bom banho, não?
N/A: Eeee, os leitores apareceram! Graças, hein! E falando em leitores, apresento uma coisa nova, que eu e a Jan Potter, criamos em uma fic que escrevemos juntas, se chama: Leitor do mês.
O Leitor do Mês é, literalmente, onde eu - a autora - declaro o melhor leitor da fic em determinado mês, bonificando-o com um presentinho, ainda não determinado. (aceito sugestões kkkk)
• Ele será selecionado dentre os vários LAA (Leitor Assíduo e Ativo);
• Ele necessita ter, no mínimo, um comentário coerente e bem estruturado por cada capítulo;
• Ele pode repetir-se (ser novamente O Leitor do Mês).
A revelação d’O Leitor do Mês será feita ao dia 28 de todos os meses.
Apresentadas as “regras”, boa sorte a todos!
Voltando ao capt...
Uauuuuuuu! Minha primeira NC, nossa gente, não sei como eu a escrevi, mas só sei que escrevi... *-* Eu deveria estar muito inspirada, espero que vocês gostem, pelo menos a Betina, e a Paula gostaram, as quais foram as primeiras a ler, porque claro, precisava de uma opinião antes de postar; eu já disse, que sou insegura em relação a cenas calientes kkkkkk. Espero mesmo que achem legal, mas tudo bem, um dia eu consigo escrever uma NC decente, que nem a Carla Ligia kkkkk.
Não vou falar muito do capt, pq eu o li tanto, que já me enjoei, tomara que não decepcione ninguém kkkk. E lembrando, qualquer errinho me perdoem, beta ainda de recesso kkk.
Enfim, gracias leitores por todos os comentários, e também por todos aqueles que cederam a minha chantagem/tortura! Beijos a todos ;D
Até a próxima atualização!
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