Único
Presente de Casamento.
Sirius rodou na sala como uma barata tonta, as mãos atrás do corpo entrelaçadas, nervoso. O que faria? O que compraria? Não tinha nem idéia do que comprar de presente de casamento para James e Lílian. Não sabia o que fazer! Não poderia pedir ajuda á Remus, ele estava arrumando o apartamento que agora dividia com Dorcas, eles provavelmente estavam fazendo coisas sobre a bancada da cozinha. Coisas bem diferentes de comida. Sacudiu a cabeça para tentar afastar aquelas imagens de sua mente, e então um nome lhe passou pela cabeça. Marlene.
Sorriu. É claro que ela o ajudaria, ela não iria querer que ele desse uma torradeira para os dois. Pegou as chaves da moto e saiud e casa, trancando-a. Iria ver Marlene naquele exato momento. Ela deveria estar em casa. Subiu na moto e foi, passando por entre os carros, como um bom trouxa faria. Parou a motocicleta na frente do prédio marrom estreito, tirando o capacete, pensando no quanto tempo passara ali. Toda vez que se sentia sozinho em seu apartamento ia pro apartamento de Marlene, já que era perto de sua casa e James agora tinha Lílian. Acabara gostando da melhor amiga de Lily. Ela era engraçada, espontânea, divertida e sexy, além de orgulhosa e teimosa. Tornaram-se bons amigos e ela deveria ajudá-lo. Pelo menos ele queria que sim.
Passou direto pelo porteiro que nem disse nada por já conhecê-lo e subiu pelo elevador. Não entendia por que Marlene quisera um prédio trouxa. Ele escolhera um pela falta de dinheiro, mas Lene tinha grana, e muita. A herança dos McKinnon, ou melhor, do avô ricaço dela, fora praticamente toda para ela. Não entendia mesmo por que ela não usava aquele dinheiro. Mas, bem, ela nunca lhe dizia. Então não iria se importar com aquilo. A porta do elevador se abriu e ele andou pelo corredor de piso branco fosco, seguindo até o final do mesmo e batendo na porta de Marlene.
-Sirius? – Ela disse meio espantada, atendendo a porta, se escondendo atrás dela. Sirius achou estranho.
-Está com alguém aí? – Perguntou espichando o pescoço. Ao pensar na possibilidade de ser um homem seu estômago rugiu. Será que ela ousava fazer aquilo com ele ali? Oh certo, balançou a cabeça. Não tinha nada a ver com isso. Ela era sua amiga, não podia impedi-la.
-Não não, não tem ninguém comigo. É só que eu estou... – Ele desistiu de esperar por ela abrir a porta, enquanto ela mordia o lábio inferior. Abriu a porta por ela, empurrando-a para trás devagar. Assoviou olhando-a de cima a baixo enquanto Marlene corava.
-Está tão ruim assim? – Ela perguntou dando uma volta, incerta. Ele fez que não com a cabeça.
-Deixe de ser boba, já te disse que nada que você vista pode ficar ruim em você – Ele que deu a volta nela agora, pegando um pouco da seda lilás nas mãos, apreciando a textura do tecido que ficava perto das coxas dela, mas afastado pelas anáguas de tulli. – É seu vestido pro casamento da Lil’s? – Perguntou e ela assentiu, avaliando-se no espelho da sala, alisando a barriga.
-Eu acho que ele me faz parecer gorda – Ela declarou e ele sorriu, colocando o queixo no ombro dela e passando os braços em torno de sua cintura, colocando as mãos por cima das mãos dela.
-Marlene, o dia que você parecer gorda, eu vou parecer com Peter – Ele disse rindo. Ela virou-se para ele, irritada.
-Eu já disse pra você não me abraçar desse jeito – Ela falou irritada, mas logo sua expressão abrandou-se e ela cruzou os braços, se tornando irônica. – E além do mais, o Peter não tem essa pinta aqui também? – Marlene tocou o pescoço dele com um dedo indicando a pinta no que ele rosnou.
-Certo, agora você pegou pesado. Sabe que essa pinta não é legal de tocar – Disse sentindo-se arrepiar. Ela sabia que aquela maldita pinta o arrepiava todo. Aquilo era golpe baixo. Mas se ela jogava baixo, talvez ele o fizesse também. Colocou suas mãos na cintura dela e sua boca foi parar na pele atrás de sua orelha, fazendo-a soltar um gemido.
-Maldito – Ela falou suspirando, enterrando as unhas nos braços dele. Ele deu uma risada perto da orelha dela que a fez gemer baixinho.
-Yeah, eu sei que eu sou – Disse soltando-a e se dirigindo para o sofá branco da sala, se jogando ali com uma perna por cima do braço do sofá e um braço por sobre o encosto. Ela sentou-se elegantemente na poltrona.
-E um traste também – Ele mandou um beijo para ela quando ela disse aquilo. Marlene riu.
-OK Sirius, eu tenho certeza que você não veio aqui só pra me dizer que eu não sou gorda. Manda, o que é que você quer? – Perguntou cruzando os braços e se recostando na poltrona. Ele finalmente desceu do sofá e sentou-se no chão perto dela, colocando uma de suas pernas por sobre os ombros, massageando sua panturrilha.
-Sabe o que que é, Lenoca? Eu não sei o que comprar de presente pra Lily e James. – Falou e ela suspirou sentindo os dedos massageando-a, ajudando a dor de suas pernas por andar em um salto altíssimo. Era acostumada, claro, mas muito tempo daquele jeito sempre a deixava mal. Ela riu.
-Eu não vou te dar idéias, Sirius. Você precisa ter uma idéia do que gostaria de dar para recém-casados – Ela falou e ele beijou sua panturrilha. Ela sabia que ele estava puxando seu saco, mas aquilo estava tão bom...
-Mas eu não sei o que eu daria! – Começou a massagear mais embaixo, chegando aos tornozelos e tirando aquele instrumento de tortura lilás estilo aviador cheio de brilhos dos pés dela. Marlene jogou a cabeça para trás.
-Então eu não posso te ajudar, Sirius. James está uma pilha e Lily á ponto de explodir, talvez apoio moral fosse uma boa idéia de presente – Ela falou e ele se deitou no chão parando de massageá-la. Os pés dela então pararam em cima de seu peito, mas seu vestido era aberto por demais por causa das anáguas muito engomadas. Ele viu as maravilhosas pernas de Marlene, e algo mais que prendeu a sua atenção.
-Sabia que não é educado ficar olhando embaixo do vestido de uma dama? – Ela falou tirando os pés de cima dele, aproximando ao máximo o vestido do corpo, sem obter muito sucesso.
-Sabia que você tem pernas maravilhosas e uma calcinha adorável? – Ele perguntou e ela ruborizou inteira. Não era normal Sirius ser tão ousado. Ele soltou aquela risada de latido.
-Não é educado comentar coisas assim também – Se ela estivesse um pouco mais embaraçada ela estaria morrendo por falta de irrigação sangüínea no resto do corpo. Ele se ergueu apoiado nos antebraços.
-É a verdade. E, pra dizer a real, isso me deu uma idéia. Você e a Lily vestem o mesmo número? – Ele se levantou do chão vestindo o casaco de couro e pegando sua chave rapidamente. Ela não entendeu.
-Sim, apesar de eu ser mais alta. Por que? – Perguntou confusa.
-Vem comigo – Ele pegou-a pela mão e puxou-a até o quarto dela, abrindo seu armário e pegando a primeira calça jeans e a primeira blusa que vira. – Vista isso e venha comigo. Você vai ser o manequim – Ele falou e os olhos dela se arregalaram. Manequim? Ele era louco? Vestiu o que ele jogara sobre a sua cama, sabendo que se fosse escolher demoraria séculos. Só que aquele jeans fora de seu tempo de escola, e agora ficava apertado. Antes que pudesse destrocar ele entrou no quarto puxando-a novamente. Foram até a motocicleta dele e ele montou, mandando-a montar também.
-Segure-se bem – Ele falou e ligou a moto. Ela achou que ele iria voar, mas logo viu que não. Sirius era imprevisível, e agora andava com ela por entre os carros trouxas naquela motocicleta preta, desviando de tudo muito rapidamente, deixando-a tonta. Percebeu que vestira aquela maldita sandália ao invés da outra confortável, que estava do lado desta lilás. Bom, mais algumas horas com aquilo não iriam matá-la. Mas o que ele estava fazendo sim. Ele parou a moto e estacionou-a embaixo de um prédio de dois andares.
-Você não acha um pouco cedo para dar o enxoval do bebê, Sirius? – Perguntou vendo a loja de baixo, artigos para recém-nascidos. Ele ofereceu-lhe um sorriso malicioso.
-De modo algum. Eles começaram a tentar tê-los ainda em Hogwarts. Vem comigo – Sirius caminhou rapidamente para o lado da construção, onde havia uma escada que os levava até uma porta no segundo andar. Ele bateu três vezes, duas juntas e uma separada, como se fosse um código. Então a porta se abriu e ele fez sinal para que ela o seguisse. Marlene arregalou os olhos ao ver onde ele a levara.
-Um sex shop, Sirius? Você é louco? O que viemos fazer aqui? – A atendente, loira de olhos verdes, soltou uma risada ao ouvir as palavras de Marlene.
-Sirius Sirius, você sempre traz moças aqui, mas nunca sem elas saberem onde vão. Não parece seu tipo de garotas para brincadeira, é sua namorada? – Ela perguntou saindo de trás do balcão, enquanto Sirius passava a mão pelos cabelos, ruborizado.
-Não May, ela é uma amiga. Veio me ajudar a comprar o presente de casamento para dois amigos nossos. Ela vai ser a modelo, é do mesmo tamanho que a noiva – Ele disse e a moça sorriu.
-Certo, então já sei o que você quer. Vamos, vou levar vocês á sala dos provadores privativa – Ela falou olhando para Marlene sorridente – É a única que tem portas separando quem ta dentro e fora dos provadores – Ela deu uma risadinha e Marlene corou furiosamente com a idéia de trocar de roupa na frente de Sirius. Ele colocou uma mão em suas costas na altura da cintura e encaminhou-a ao seu lado para o lugar que a mulher os encaminhava.
Passaram por um corredor cheio de quadros com fotos de posições do kama sutra, Marlene corando absurdamente com aquilo. Merlin, no que se metera daquela vez? E o que teria que experimentar? Aquilo era loucura. Uma tremenda loucura. De repente uma das fotos lhe chamou a atenção e ela parou. Sirius percebeu e parou também.
-O que foi Lene? – Ele perguntou olhando para o que ela olhava. Um quadro com uma posição definitivamente difícil, pois a mulher estava toda arqueada para trás. Ela inclinou um pouco o rosto franzindo as sobrancelhas.
-Isso é possível? – Perguntou e ouviu a risada de Sirius.
-O bom é que você é alta, querida – Ouviu a voz da loira lhe dizer, sorrindo maliciosa.
-Mas não é possível alguém se arquear tanto assim – Repetiu e viu Sirius revirar os olhos.
-É sim Lene. – Ele garantiu, mas ela cruzou os braços teimosamente.
-Não é – Arrependeu-se de imediato de ter dito aquilo. Sentiu-se ser erguida no ar por mãos grandes que seguravam seus quadris, então foi virada para Sirius, que fez com que ela enlaçasse as pernas em sua cintura e prendendo-a junto ao corpo colocou uma perna para cima sentando-a nela, no que Marlene escorregou um pouco para o lado, se arqueando com medo de cair, segurando os ombros de Sirius.
De repente viu que estava bem segura nos braços dele. E logo depois se sentiu constrangida ao ver a intimidade da posição, com a intersecção entre suas pernas exatamente sobre o zíper da calça dele. E percebeu que estava exatamente na posição que a foto mostrava, ficando roxa de vergonha. Sirius riu algo aquela risada de latido.
-E aí, ainda acha que é impossível? – Simulou os movimentos que fariam se estivessem fazendo o que a foto supunha que fariam naquela posição, investindo seu quadril contra o dela e mostrando a ela que era absolutamente fácil. Ela tentou erguer-se, sem muito sucesso.
-É, o problema é que ela fica totalmente á mercê dele – Disse enquanto ele segurava suas costas com a mão, erguendo-a com um só braço. Ela rapidamente tirou as pernas da cintura dele, voltando a ficar de pé, e ajeitou a jaqueta dele que ficara amassada por suas mãos.
-O submisso é quem detém o controle, Lene – Ele disse e ela tentou não mostrar o quanto estava arrepiada. Sorte sua que a blusa era de manga comprida e estava de cabelos soltos. Senão iria pirar. – É ele quem dita tudo. Manipula quem se acha dominador com suas reações, sabendo qual a ação que o dominador irá executar logo depois. O submisso sempre comandou tudo, só que a maioria não soube disso – Ele falou e ela quis fazer com que ele parasse de hipnotizá-la movendo tanto aqueles lábios para falar tão baixo. Torturante.
-Vamos? – A loira agora parecia um tanto mais risonha, como se soubesse de algo que os dois não sabiam. Chegaram ao final do corredor e entraram em uma sala grande e bem iluminada com luzes de foco brancas. A mulher pegou a chave que estava do lado de dentro e saiu da sala, olhando para eles.
-Eu tenho que trancar vocês aqui, pois se meu supervisor descobre que eu liberei essa sala pra alguém ele me mata. Façam bom proveito, todo nosso arsenal de lingeries está aí dentro. – A mulher fechou a porta rapidamente e trancou-a. Marlene arregalou os olhos.
-Lingeries? É isso que você vai dar de presente á Lílian e James? – Perguntou colocando as mãos na cintura. Ele sorriu.
-É claro. Algo original, que eles não vão ganhar de mais ninguém, e que ambos vão aproveitar – Ele piscou para ela e ela ficou indignada. Cruzou os braços e sentou-se no sofá sem encosto branco que tinha na frente dos quatro únicos provadores que existiam na sala. As paredes eram cheias de cabides especiais com as lingeries penduradas.
-Eu não vou ser modelo de lingerie pra você, Sirius. Pode tirar o hipogrifo da chuva – Disse irritada, cruzando as pernas também. Ele se aproximou dela, se ajoelhando na frente do sofá.
-Lene, por favor – Ele subiu a mão por baixo das pernas de sua calça, tocando sua panturrilha maltratada pela sandália. Certo, ele estava jogando baixo. – Eu faço massagem nas suas pernas com aquele óleo que você gosta tanto – Disse tentando persuadi-la, olhando com seu melhor olhar pidão. Ela tentou, mas não conseguiu. Derreteu-se com aqueles olhos azuis olhando-a tão de perto.
-Certo, certo. Mas nada de zoações, brincadeiras ou gracinhas. Eu vou me despir e você joga os conjuntos por cima da porta do provador. Vá escolher logo – Disse corando e levantando-se do sofá. Ele deu um grande sorriso e beijou-lhe a face, perto da mandíbula. Sabia que fora sem querer, mas quisera que ele continuasse com os lábios lá. Afastando aqueles pensamentos foi para o provador e despiu-se, sentindo que havia algo erótico em tirar a roupa separada de Sirius somente por uma cortina vermelha. Lembrou-se:
-Sirius, como é que e vou provar as lingeries com a minha por baixo? Vai ficar apertado. Não é melhor só escolher a partir do meu tamanho e pronto? – Perguntou hesitando em tirar a calça. Ouviu o barulho de cabides se metal se chocando e da risada dele.
-Esse é o bom de sex shops. Você pode provar as lingeries sem nada por baixo, elas passam por uma máquina de lavagem ultra rápida e esterilização antes de voltarem para o cabide ou ir para casa conosco – Ele disse dando á ela com a mão por cima da parede do provador, a mão cheia de cabides de lingerie. Ela pegou-os e começou a vestir a primeira. Preta de rendas. Apesar de depravado, ele tinha bom gosto. E caíra como luva em Marlene. Abriu a cortininha e viu-o em uma arara á sua direita. Ele parou o que fazia, olhando-a boquiaberto. Ela olhou-se também.
-Que foi? Eu estou gorda, não estou? Eu sabia que estava gorda – Ela falou sentindo-se uma idiota em ter ido. Se soubesse que teria que mostrar suas banhas enormes á ele não teria ido. Justo para ele! Aquilo era embaraçoso. Ia fechar a cortina quando ele correu e segurou-a, observando de perto o corpo de Marlene.
-Não é isso, de modo algum. Você só é... Mais bela do que eu tinha imaginado nesse tempo todo juntos – Ele falou e passou as mãos bem perto dos contornos da cintura dela, mas sem tocá-la. Então ele sacudiu a cabeça e afastou-se dela. Marlene estava ultra ruborizada.
-E aí? Está bom? – Perguntou e ele se jogou naquele sofá branco na frente dos provadores, olhando.
-Perfeito. Agora prova as outras enquanto eu escolho mais – Disse se levantando rapidamente dali. Ela não entendeu. Ele temeu que seu corpo reagiria se ficasse olhando para ela naqueles trajes por muito tempo. Marlene entrou e vestiu um conjunto vermelho, saindo logo depois.
-E esse? – Perguntou. Ele olhou rapidamente e assentiu com a cabeça.
Marlene experimentou exatamente vinte e sete conjuntos. Vestiu o último que Sirius tinha lhe dado, cansada.
-E então? – Perguntou e ele torceu o nariz.
-Couro é péssimo. Já está anotado. – Ele ainda avaliava mais lingeries. Marlene saiu do provador e deitou-se no sofá branco.
-Sirius, eu estou cansada. Não agüento mais vestir essas coisas, essa sandália está me matando e eu estou com sono. Será que agente pode ir para casa agora? – Marlene perguntou e ele se aproximou dela.
-Só mais uma, Len. Por mim – Ele disse entregando para ela mais um conjunto. Ela suspirou e subiu nos saltos novamente, indo para o provador. Então se olhou no espelho. Era maravilhosa. Azul de seda com rendas delicadas, um strazz na frente, a calcinha fina nas laterais. E caíra como luva em Marlene. Mas sabia que não serviria direito em Lílian, pois ficara certinha nela, e Lílian tinha o busto um pouquinho maior. Estava medindo todos os conjuntos assim.
-Esse não serviu Sirius. Eu vou me tirar ele e me vestir para irmos embora – Disse isso, mas a mão dele abriu a cortina de qualquer modo. Olhou-a de cima a baixo, um olhar sem expressão. Então as mãos ajeitaram as laterais da calcinha, que estavam enroladas, num gesto que ele fez parecer nada, mas para ela foi demasiadamente íntimo.
-Serviu perfeitamente, Lene. Não sei do que está falando – Ele disse, a voz um pouco misteriosa.
-Mas não servirá em Lílian. Ficou muito certo em mim, sabe que ela é um pouco maior de busto que eu – Ela disse, mas ele não parava de olhá-la. Sentiu-se constrangida.
-Mas serviu em você. E eu vou levá-lo. – Ele falou e fechou a cortina, deixando-a vestir-se. Marlene não entendeu nada, mas separou os conjuntos que ele gostara. Quando abriu a cortina já vestida a porta estava aberta e Sirius não estava mais na sala. Andou incerta pelo corredor com as fotografias, sentindo-se constrangida por andar ali sozinha.
-Coloque os conjuntos naquela máquina ali querida – A mulher loira disse assim que viu Marlene da recepção. Ela o fez e sentou-se em uma cadeirinha para esperar Sirius enquanto a máquina lavava e esterilizava as peças de roupa. Ele logo apareceu por um corredor atrás do balcão com um grande volume no bolso da jaqueta, falou algo para a mulher e pagou as lingeries, dando dinheiro a mais.
-Até mais, Sirius – A mulher loira se despediu sorrindo enquanto Sirius pegava a sacola com as lingeries que escolhera já limpas e secas. Conduziu Marlene até a moto e levou-a até sua casa. Ao parar na frente do prédio pegou-a no colo sob seus protestos, ela com a sacola nas mãos.
-Sirius, por favor – Ela pediu, mas ele só sorriu e levou-a para o apartamento.
-Você disse que estava com dor nas pernas, e agora é o momento de eu pagar a minha promessa – Disse largando-a na porta de casa. Marlene abriu a porta e entrou, jogando a sacola de lingeries na mesinha de centro e sentando-se na poltrona que sentara antes.
-Quer que eu faça o embrulho das lingeries, Sirius? Pensei em uma caixa que eu tenho aqui em casa, é linda – Ofereceu de olhos fechados, a cabeça jogada para trás. Céus, estava cansadíssima. Sirius tirou a jaqueta e trancou a porta de sua casa, tirando os sapatos e ficando só de meias no piso de madeira clara. Sentou-se aos pés dela novamente, afastando a mesinha de centro e tirando algo de sua jaqueta. Um frasco. Então suas mãos foram parar no fecho da calça de Marlene, abrindo-o, enquanto ela dava um pulo e abria os olhos.
-O que está fazendo? – Perguntou apavorada. Ele estava louco? Sirius sorriu, continuando a abrir o botão e o zíper da calça dela.
-Ora Marlene, vi essas pernas hoje o dia inteiro. Não espera que eu faça a massagem por cima da calça, não é? – Ele disse como se fosse óbvio.
-Eu posso entrar e colocar um short – Ela contrapôs.
-Besteira. Deixa de ser fresca, me deixa tirar isso – Ele disse insistindo para descer o jeans dela por suas pernas. Marlene suspendeu os quadris e ele escorregou suas calças até o chão, tirando-as. Então tirou as sandálias dele e olhou-a. Marlene tinha fechado os olhos e jogado a cabeça para trás novamente. Deveria estar exausta.
Pegou o frasco e colocou um pouco da loção em suas mãos. Aquela loção prometia aquecer e provocar formigamento. Sabia que aquilo provavelmente aliviaria muito a dor nas pernas dela, então comprara. E de quebra ainda tinha gosto de pêssego, daria para ela e algum outro marmanjo faria bom proveito. Seu estômago rugiu novamente.
“Eu não devo ter ciúmes dela. Ela nem é minha. Pára de pensar besteiras, seu imbecil.” Afastou os pensamentos imbecis de sua cabeça e esfregou uma mão na outra. Não esquentou ou formigou. Pegou o frasco e viu as instruções.
-Oh céus, mais essa – Disse lendo tudo. Teria que soprar de leve a pele dela para aquilo acontecer. Tentou soprar forte as próprias mãos. Não deu certo. Tentou soprar mais delicadamente, ainda não aconteceu nada. Quando estava praticamente bafejando ar quente em suas pernas que sentiu o efeito do produto. Suspirou desanimado.
–Marlene, não brigue comigo – Avisou-a rapidamente. Ela nem se mexeu. Então começou a passar as mãos pelos pés dela, massageando-os. Subiu para os tornozelos e então bafejou, sentindo-a estremecer. Ela deu uma risada.
-Sirius, o que é isso? – Ela perguntou mantendo os olhos fechados. Ele riu.
-Nada não – Continuou a massagear, subindo para a panturrilha dela, bafejando. Ela parecia imensamente mais relaxada. Continuou a massagear a pele firme, chegando até os joelhos. Ela soltou um gemido dolorido.
-O que foi? – Perguntou parando imediatamente. Ela se remexeu, incomodada.
-Eu estou dolorida aí. Tem um bruto nó no músculo da minha coxa, isso ta dando câimbra toda noite – Disse em voz penosa. Ele engoliu em seco.
-Quer que eu arrume isso? – Perguntou, amaldiçoando-se. Não podia deixá-la sofrendo, mas ele próprio iria sofrer para se recuperar depois. Duas horas em uma ducha fria, no mínimo. Marlene era linda.
-Se não for incômodo... – Oh certo, não era incômodo algum. Sirius colocou mais produto nas mãos e começou a massagear joelhos acima, sentindo a textura da pele. Rapidamente achou o nó do qual ela falava e começou a desfazê-lo com movimentos circulares firmes, mas delicados sobre a pele dela. Quando ouviu Marlene gemer de satisfação teve que parar.
-O que foi Sirius? – Perguntou á ele, abrindo os olhos. Estivera tão bom! Viu Sirius levantar-se rapidamente, vestir o casaco e os sapatos e pegar a sacola de lingeries.
-Deu meu horário Lene, eu tenho que ir. Tem jogo da copa de quadribol no telão do bar bruxo do outro lado da cidade e eu tenho que ir pra lá agora, afinal, pelo fuso horário, o jogo já deve estar começando, e tem baseball agora também então as ruas devem estar cheias e eu vou pegar trânsito – Ele disse aquilo muito rápido e saiu batendo a porta, Marlene desconfiava que ele saíra correndo. Então vestiu a calça, pegou o frasco daquela loção bizarra e o pacotinho da lingerie azul que ele esquecera, correndo atrás dele.
-Sirius, você esqueceu a... – Chamou-o ao chegar á moto dele, mas ele ligara o motor e saíra correndo pelas ruas com a moto preta. Marlene olhou para a loção e a lingerie, dando um sorriso. Tivera uma idéia. Uma idéia louca, obviamente, mas era uma idéia. Entrou novamente no prédio e foi para casa arquitetando o plano.
Ele não perdia por esperar.
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-Então eu queria desejar á Lílian e James muita felicidade, que vocês se aturem com humor por todos os anos que virão e que tenham filhos para eu poder ser padrinho! – Todos riram enquanto Lily e James coravam. – É, eu quero ser padrinho. E não faça essa cara não Lily, eu vou ser um bom padrinho, contando que o pai dele é James Potter – A ruiva revirou os olhos, mas Marlene acenou para Sirius da mesa ao lado.
-Sirius, fala do presente – Ela alertou-o e ele lembrou-se.
-É verdade Lene, quase ia esquecendo. Lily, queria te avisar pra não abrir meu presente durante a festa não. Só abre quando estiverem no hotel – Sirius disse com a taça de champagne erguida, e Lílian questionou-o com o olhar. – Sabe como é, como um dos melhores amigos do noivo eu tive que dar algo que ele fosse aproveitar bastante. Em você. – Todos os presentes riram enquanto a noiva corava absurdamente. – Nem reclame, se eu desse algo pra separar vocês, como um videogame, você iria amaldiçoar á mim, os meus antepassados os meus sucessores também. Bom, é isso. – Todos brindaram ao casal nas mesas brancas com toalhas de linho, naquela tarde perfeita no jardim perfeito.
Era o casamento perfeito, e Sirius podia ver isso. Podia ver toda a felicidade merecida que os amigos teriam. Regozijava-se daquilo e invejava James enquanto ele olhava com aquela cara de besta apaixonado para Lílian, vendo-a adquirir a mesma expressão que o amigo. Eram o casal perfeito. Não precisavam mais ficar sozinhos, nunca mais. Eles teriam um ao outro. E Sirius não tinha ninguém. Afastou aquele pensamento bobo e começou a conversar com Remo, que colocava o braço por cima dos ombros de uma loira doce e adorável, Dorcas. Mais um. Pedro estava com sua noiva na França para apresentá-la aos pais. Aquilo era loucura! Era o único Maroto livre do mundo! Frank e Edgar já haviam se casado com Alice e Emmeline respectivamente, e estavam em uma mesa mais ao fundo, Emmeline com a pequena Susana Bones nos braços.
Permaneceu silencioso pelo resto da festa, chamando a atenção de James, que abordou-o quando ia embora logo depois de Remo e Dorcas, que iam á sua frente trocando beijos e olhares.
-Hey, Sirius – Colocou uma mão no ombro do amigo, que virou-se para ele e forçou um sorriso. Conhecia-o bem, e sabia que Sirius não era de ficar assim. Preocupou-se. – O que houve contigo? Ficou quieto de uma hora para outra. – Indagou vendo-o desviar o olhar para o chão.Naquele momento preocupou-se ainda mais. Será que Sirius estava com algum problema e não queria lhe contar? Ou era tudo da sua cabeça?
-Eu... Você vai me chamar de maricas – Disse dando um sorriso triste, rindo um pouco.
-Não vou não Sirius. O que houve? – Perguntou puxando-o para uma mesa ao canto do salão, vendo Lily conversar animadamente com seus pais. Ela não o procuraria tão cedo. Olhou para o amigo, que passava a mão pelos cabelos.
-Eu... Eu me dei conta que todo mundo tem alguém com quem contar. Essa história de ser solteiro e pegar todas era legal quando éramos mais jovens. Mas agora somos homens feitos e todos estão construindo família. Menos eu – Revelou dando um suspiro pesaroso – Eu estou me sentindo sozinho, James, e em algum lugar da minha cabeça eu sei que é a hora certa pra eu tentar alguma coisa nova, algo maior, como o que você e Lily tem. Mas você sabe que eu só amei uma garota em toda a minha vida, e ela nunca sequer olhou para mim como mais que um amigo. Isso é embaraçoso, deprimente e muito, muito maricas. – Disse suspirando mais uma vez.
-Eu entendo o que você quer, Sirius, e sei que você vai encontrar, com ou sem Marlene. Você também nunca deu sinais para ela de que gostava dela. No colégio nunca nem chamou-a para sair! Eu não entendo você Sirius, não nesse ponto – James disse passando a mão pelos cabelos, e Sirius riu.
-Okay, okay, eu tinha medo dela. Agora deixa quieto, eu vou pra casa tomar um uísque e ir dormir no sofá – Disse rindo divertido, se levantando da cadeira. Os dois se abraçaram, James disse um “fica bem” e Lily veio se despedir também, abraçando o amigo e agradecendo por tudo – Já que ele os ajudara a começarem a namorar ainda no colégio.
Sirius pegou a sua moto no estacionamento do hotel cujo jardim fora usado na cerimônia de casamento de Lily e James e dirigiu para casa, ainda meio pra baixo. Deixou a moto no estacionamento do seu prédio e subiu, indo para o andar de seu apartamento. Abriu a porta com as chaves e entrou, trancando-a. Só aí percebeu que havia algo errado.
-Eu não deixei a lareira da sala acesa – Disse para si mesmo, vendo sua sala em uma semi-penumbra. Tirou os sapatos e empunhou a varinha, indo até a cozinha silenciosamente. A varinha caiu de sua mão e seu queixo foi junto.
-Comida? – Perguntou surpreso, olhando para o prato em sua mesa de dois lugares. Peru assado, arroz temperado, uma salada divina e um molho por cima que cheirava á manjericão e açafrão. Delicioso. Comeu tudo sem nem pensar na idéia de veneno, apagando a vela que iluminava o local e pegando a rosa solitária no vaso sobre a mesinha, cheirando-a enquanto se dirigia mais uma vez á sala. Então sentiu um cheiro de pêssego maravilhoso. Seguindo o cheiro foi guiado até o seu quarto, iluminado somente por velas também. E mais maravilhoso que o cheiro foi a visão que teve.
-O que faz aqui... Assim, Lene? - Perguntou vendo-a deitada em sua cama vestindo um robe azul aberto por cima do conjunto de lingerie que deixara de propósito na casa dela de presente, nos pés mais um daqueles instrumentos de tortura preto com strazz. Olhando-a de cima a baixo, ela era a visão do paraíso. Um parque de diversões, onde ele era a criança entediada. Um bolo de chocolate com cobertura mais que especial, e ele era a pessoa faminta. Ela era mais do que ele poderia querer. E mesmo assim a queria.
-Assim como? – Ela perguntou, a voz mais baixa e grave, aveludada.
-Deixe disso, Marlene. O que faz aqui? Isso é alguma piada de James e dos Marotos? O que houve aqui? – Perguntou essa última olhando para o seu quarto, todo arrumado. Ela riu, colocando as magníficas pernas cruzadas uma sobre a outra lado a lado, sentando-se e levantando-se da cama. Não pôde deixar de hipnotizar-se com os movimentos languidos que ela fez para vir até si. Marlene deu um dos seus sorrisos reluzentes, olhando-o com seus olhos cinzas, agora meio castanhos. Quentes. Sentiu algo em seu peito aquecer-se e colocou uma mecha do cabelo dela para trás da orelha.
-Eu estou aqui pra... Ok, certo. Pelo jeito que eu estou vestida é meio óbvio, não é? – Ela perguntou corando e desviando o olhar para o chão. Ele se aproximou dela sorrindo levemente.
-É, é sim. Mas eu não acho que você queira só uma noite de sexo com seu melhor amigo Sirius Black – Disse diretamente, colocando uma mão na cintura dela.
-Talvez eu não queira só isso. Talvez eu queira que ele me faça o café da manhã também – Ela riu. – Ou talvez eu faça um contrato de uma semana de exclusividade com ele, porque faz tempo que não durmo com alguém, e talvez duas ou três vezes por dia durante uma semana me acalme por mais algum tempo – Ela falou sorrindo. Aquilo doía, mas não assustá-lo-ia com a informação de seus sentimentos por ele. Talvez com o tempo ele se apaixonasse por ela.
-E se eu quiser mais que isso? E se eu não quiser só seu corpo, e exigir seu coração, sua alma também? – Ele perguntou sorrindo para ela, fazendo-a olhar para ele com uma mão em seu queixo. Ela não entendeu de imediato, mas sabia que com Sirius o importante era responder, e não entender. Ele explanaria depois.
-Então eu vou te dar isso e tudo mais que você quiser, pois não tem nada que eu queira mais que isso. E pode ficar com eles por quanto tempo quiser, Sirius, porque eu não vou pedir devolução em momento algum. Eu me entregaria sem pensar, Sirius, porque é isso que eu quero fazer – Respondeu olhando-o nos olhos, sem medo de Sirius zombar dela. Naquele momento estava se expondo, e estava pronta para o possível sofrimento que ele a causaria. Pelo menos tentara.
-É? E se eu dissesse que eu quero dar a mesma coisa de mim á você? – Ele perguntou passando a mão pelos cabelos dela. Dessa vez Lene ficou realmente confusa.
-Isso é algum tipo de pedido, Sirius? Você está me pedindo em namoro ou algo assim? – Ela brincou e as mãos dele desceram para as laterais finas da calcinha azul, brincando com elas.
-Yeah. Mas você sabe que eu sou apressado, então já peço em namoro, noivado e casamento tudo junto. E se você topar, quero começar a providenciar meus filhos essa noite, pode ser? - Perguntou colocando a boca perto do ouvido dela, sugando a pele por trás de sua orelha logo depois, fazendo-a gemer. Marlene riu.
-Está falando sério? – Perguntou olhando nos olhos azuis, e Sirius deu aquela risada de latido.
-Uhum. E ainda prometo que não vou permitir nenhum tipo de despedida de solteiro que armem para mim se você cozinhar nua para mim amanhã no almoço. Porque sabe, eu vou tirar toda a sua energia, e você só vai conseguir acordar no almoço. Mas eu ajudo á fazer o arroz, eu prometo – Ele disse e ela colocou a mão na pinta sensível do pescoço dele, dirigindo os lábios até lá logo depois, sentindo a pele dos antebraços dele, aonde tinha apoiado as suas mãos, se arrepiar. Riu.
-Eu até cozinho pra você, mas só se você me deixar exausta o suficiente pra não acordar até o meio-dia, senão eu vou fazer o café sem te acordar e você vai ter que fazer o almoço. Nu também – Mordiscou a pele em volta do sinal, fazendo-o gemer alto.
-Okay, okay. Se eu tiver que cozinhar, você vai ficar com essa lingerie então. – Ela estendeu a mão e eles apertaram-se as mãos, selando o contrato. Então Sirius beijou-a e caminhou com Marlene para frente, até tombarem na cama. Riram.
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Na manhã seguinte…
-Ah não! Isso não é justo! Você trapaceou Marlene! – Sirius disse levantando-se da cama e olhando no relógio. Pela posição do sol era óbvio que não era meio-dia ainda. Verificou no rádio-relógio na cabeceira da cama enquanto enrolava-se no lençol branco, sentindo o cheiro de café vindo da cozinha. Onze horas. Inferno, a mulher tinha energia. Foi até a cozinha ouvindo a risada cristalina dela.
-Eu não trapaceei, eu só esqueci de avisar que me recupero rápido. Agora você vai ter que pagar a prenda, Sirius, porque eu estou acordada desde ás nove horas. – Ela disse sentada na mesa de dois lugares na cozinha dele, vestindo a lingerie e o robe aberto por cima, tomando café em uma caneca azul dele. Ele passou a mão pelos cabelos, suspirando.
-Okay, okay. – Ele riu - O que você quer comer? – Perguntou pegando a caneca de café vermelha que ela lhe estendeu, sentando-se ao lado dela na mesa quadrada e apoiando o lado do corpo na parede, ficando de frente para a parte do armário da cozinha que era encostado na mesa. Marlene sorriu e fez cara de pensativa.
-Humm... Lasanha – Disse sorridente. Sirius riu também.
-Lasanha? Você vai engordar antes do tempo, Marlene. É suposto que você só engorde quando estivermos casados e eu não puder mais me livrar de você sem virar alcoólatra – Falou risonho e Marlene levantou-se da cadeira, abrindo o robe e mostrando o corpo coberto pela lingerie azul para ele.
-Ah é? Você acha mesmo que eu não posso engordar? Isso quer dizer então que você me acha gorda – Ela falou irritada, olhando para a própria barriga. Então voltou a olhar para Sirius e sentiu um arrepio de desejo. Ele levantava-se da cadeira deixando o lençol que o cobria lá, mostrando sem pudor a evidência de seu desejo.
-Você é obesa, Marlene. – Disse encostando-se nela, beijando seus lábios de leve enquanto apoiava-a e fazia-a deitar-se na bancada de granito da cozinha. – Sério, você pode comer treze lasanhas e vai continuar magra se agente continuar a fazer sexo assim, tipo três vezes por noite. – Ele completou e ela riu alto, passando as unhas pelos braços dele de leve, chegando ás mãos que estavam em sua cintura. Sirius riu.
-Do que está rindo?
-É engraçado. Eu fui comprar o presente de casamento de James, mas quem ganhou o presente fui eu – Disse sorrindo para ela, que de repente pareceu hesitante. – O que foi?
-Eu queria te pedir uma coisa – Ela disse e corou, fazendo-o achá-la absolutamente adorável. – Eu quero fazer aquela posição que agente fez naquele sex shop – Ela falou e viu as pupilas dele se dilatarem. Sorriu timidamente, corando. Sirius riu.
-Tudo que você quiser, Lene. Tudo que você quiser.
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Surto de férias. Divirtam-se ;D
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