<u> Tudo começa a mudar </u>



Completamente calma. Foi assim que Hermione acordou. Apesar de que a noite anterior tivesse sido uma noite de guerra, ela se sentia realizada. De certa forma a missão estava cumprida. Hermione desceu para o salão comunal da Grifinória e se impressionou ao encontrar Draco Malfoy sentado olhando para a fogueira.


 - Bom dia, Nashie. – Draco fala para ela, ainda sem se virar para olhá-la.


 - Está louco Caleb? Se alguém da Grifinória te encontrar aqui... Aliás, como você entrou aqui? – Hermione estava preocupada, afinal qualquer grifinório podia descer e encontra-lo ali.


 - Harry. Ele me disse a senha e me emprestou a capa e o mapa dos marotos. – Draco aponta para o mapa e a capa que estava do lado dele no sofá.


 - E o que te traz aqui a essa hora? Aconteceu alguma coisa? – Hermione lançou um olhar preocupado para Draco e se sentou ao lado dele.


 - Humm. Tudo OK. Eu só... Queria conversar. – Ele disse isso com um olhar confuso e Hermione percebeu que ele travava um conflito consigo mesmo.


 - Caleb? O que está acontecendo? – Hermione pergunta para Draco.


 - É a conversa com meu pai. – um olhar de compreensão passou pelo rosto de Hermione. – Eu não sei como consegui lutar contra ele. Por um momento achei que não conseguiria.


 - Draco... Eu não sei o que te dizer. Mas, você deu outra opção pra ele não deu? – ela diz. – Então cabe a ele fazer a escolha certa.


 - É justamente este o problema. E se ele não fizer a escolha certa? Como é que vai ser? Na guerra final eu vou conseguir lutar contra ele? Porque querendo ou não ele é meu pai. Ele é o cara que me criou, do jeito dele, mas me criou.


 - Se ele não fizer a escolha certa, eu estou dizendo SE, ele vai assumir as conseqüências das escolhas dele. Draco, você não pode cometer os mesmos erros que seus pais. E quanto ao fato de você lutar contra ele, bem... Eu vou estar do seu lado. – Hermione diz isso com um sorriso no rosto e Draco simplesmente não consegue resistir e dá um pequeno sorriso. – Tenha fé Caleb. Vai dá tudo certo.


 - Eu estou apostando nisso. – ele diz concentrado, e depois dá um sorriso. – Você é linda, sabia?


 - Eu? – Hermione fica surpresa com o elogio repentino dele. – O que você quer hein Caleb? Fala logo e deixa de enrolação.


 - Cruz credo Nashie. Uma pessoa te faz um elogio e você responde desse jeito. – ele faz uma cara de ofendido, mas Hermione continua inflexível. – Quanto ao que eu quero, eu tenho outra maneira de mostrar isso. – ele dá um sorriso cínico e ao mesmo tempo encantador. Hermione fica confusa com o que ele disse.


 - Que outra maneira? – ela pergunta confusa.


 - Dessa maneira. – Draco a beija, sem dá chances de outras respostas e até mesmo outras interpretações. Ele a beija de uma forma tão carinhosa que Hermione podia jurar que estava no céu. Ele a beijava com desejo e ela correspondia igualmente. Os dois não pensavam em nada no momento. Draco não se importava com o fato de estar em pleno salão da Grifinória e Hermione, bem, ela estava totalmente entregue ao beijo. Estavam tão alheios ao que ocorria que nem escutaram as vozes de Rony e Pansy discutindo. Quando ouviram a Mulher Gorda perguntar a senha foi que eles se separaram. Hermione estava sem fôlego e claro, corada. Draco estava igualmente sem fôlego, mas com um sorriso satisfeito no rosto que qualquer um que entrasse e visse os dois daquela forma suspeitaria de algo, qualquer um com exceção de Pansy e Rony que estavam tão concentrados na briga e nem perceberam esses detalhes.


 - Ah Ronald. Fala sério é óbvio que é mentira. Isso jamais aconteceria nem aqui nem na China. – Pansy diz revirando os olhos.


 - Eu não duvido nada. Já foi comprovado cientificamente que os quietinhos são os piores. – Rony disse convicto. Draco riu ironicamente e Hermione, se isso é possível, ficou mais corada ainda.


 - Os quietinhos são os piores? Mas que porcaria de frase é essa? – Pansy pergunta sarcasticamente para Rony.


 - É uma frase trouxa. – Rony dá de ombros.


 - Essa foi podre, Tyler. Péééssima. Vamos lembrar que a nossa amiga Hermione é um exemplo de pessoa quieta e não faz nada do que essas garotas de mentes poluídas fazem. – ao Pansy terminar de dizer isso Draco dá outro risinho deixando Hermione totalmente sem graça.


 - Hey, eu não falei nada e vocês já me meteram no meio dessa discussão... – Hermione resmunga se recuperando do beijo.


 - Afinal, do que vocês estão falando? Pra chegar assim interrompendo a conversa de pessoas civilizadas? – Draco pergunta ironicamente deixando novamente Hermione um tomate.


 - Está rolando um boato aí que Neville ficou com Cho Chang e Ronald é claro, acreditou. – Pansy diz revirando os olhos.


 - Neville? Com a Chang? – Hermione pergunta com ceticismo nos olhos. Draco assume um ar divertido. – Caramba Rony, você acreditou nisso? – todos começam a rir menos Rony.


 - Ah gente. Sei lá, vai que Chang realmente goste de Neville?


 - Isso é muito improvável Rony. – Pansy discorda de Rony.


 - Tudo o que eu falo é improvável pra você Pansy. É incrível. – Rony diz irritado e Pansy respira fundo.


 - Ah não. Ah não. Você não vai começar a dá chilique, vai? – Pansy pergunta levantando a sobrancelha.


 - Não Lany. Eu não dou chiliques. – Rony diz ainda irritado.


 - Você que pensa. Ah Rony desencana. A Chang jamais ficaria com Neville. – ela diz isso apertando a bochecha de Rony.


 - Para. Para de apertar minha bochecha. – Rony diz fechando a cara, provocando risadas de Hermione e Draco.


 - Você sabe que eu adoro você né, Roniquito. – Pan diz divertida.


 - Não me chama de Roniquito, eu odeio esse nome. – ele diz carrancudo.


 - Ronicão?


 - Piorou Panzita. – Pansy faz uma careta para o apelido.


 - Ta bom. Eu paro com os apelidos. – ela levanta as mãos se rendendo. – Mas... O que vocês estavam fazendo quando a gente chegou? – Pansy se vira para Draco e Hermione.


 - É... a gente tava... é... tava... – Hermione começa a gaguejar e se embolar toda na hora de falar e Draco começou a rir. – CONVERSANDO. A gente tava con-ver-san-do.


 - Nooooooossa. Que interessante... e sobre o que vocês estavam conversando, posso saber? – Pansy pergunta divertida, de uma coisa ela sabia: Hermione é uma péssima mentirosa.


 - É... sobre... a gente tava conversando sobre... as coisas. É sobre as coisas. - Hermione respondeu totalmente vaga.


 - Que coisas? – Pansy pergunta levantando a sobrancelha.


 - Ora Pansy. Que coisas? Isso é um interrogatório por acaso? – Hermione muda a expressão de confusa para ofendida.


 - Não, Nashie. Só curiosidade. – Pansy faz uma expressão inocente e dá um sorrisinho cínico. É claro que tinha acontecido alguma coisa, e Hermione que se prepare pra contar tudinho mais tarde. Draco apenas balançou a cabeça. Hermione ficou mais vermelha que tomate e qualquer um perceberia o clima constrangedor. Qualquer um...


 - Mas sobre que coisas? – perguntou Rony com uma cara de desentendido.


 Er.. qualquer um menos Rony.


 - Coisas da vida, Rony. Coisas da vida. – Pansy completa revirando os olhos e Hermione respira fundo, aliviada.


 Harry entra no salão comunal conversando com Gina, que apesar de já estar acostumada com a presença de Draco e Pansy ficou surpresa pelo fato dos dois estarem no salão comunal da Grifinória.


 - Vocês estão se apossando do salão da Grifinória. Daqui a pouco os alunos vão descer. – Harry diz e Draco pega o mapa e a capa e o devolve.


 - Valeu cara. Muito útil. – Draco dá um sorrisinho e Harry ri.


 - Eu sei. O quanto é útil. Essa capa e esse mapa já fizeram milagres. – Rony diz com um ar divertido. E os três começaram uma conversa sobre as aventuras com a capa, sobre quadribol, enfim: conversa de garotos. Pansy aproveitou a primeira distração deles e caiu em cima de Hermione.


 - Agora que estamos eu você e Ginny, conta tudo. Tudinho mesmo, cada vírgula, cada ponto. TUDO. – Pansy diz.


 - Tudo o que? Não aconteceu nada. – Hermione baixa a cabeça e faz birra.


 - Hermione Nashie Jane Granger. Eu não acredito que você vai fazer isso comigo. Logo eu, que sou a sua amiga. Para todas as horas a todo o momento. Eu estou sempre ali, te ajudando e te apoiando. E quando as pessoas falam de você eu sou a primeira a te defender e quando falam alguma infâmia eu digo mil maravilhas sobre você. Falo que você é uma ótima garota, estudiosa, inteligente e ainda digo que você ajuda as crianças nas ruas dando esmola e tudo mais. E como você me agradece? Escondendo as coisas de mim. Nunca em minha vida fiquei tão triste e decepcionada. Além de me sentir usada. Mas já que você já demonstrou toda a sua consideração por mim, eu vou embora. É isso. Eu vou embora. – Hermione levanta a sobrancelha e Gina dá uma risada. Pansy se levanta. – Está ouvindo bem, Hermione? Eu vou embora. – Hermione faz um gesto de SIM na cabeça. – Eu já estou no meio do caminho pra porta.


 - Ta bom, sua exagerada. Senta aqui logo, deixa de ser dramática. – Ao Hermione terminar de dizer isso, Pan volta correndo.


 - Eu sabia que você ia acabar me contando. – Pansy diz convencida.


 - Eu só não entendi uma coisa: Hermione Nashie... De onde você tirou esse nome? – Gina pergunta confusa.


 - Eu falei Nashie? – Pansy se faz de desentendida e Hermione faz uma cara de ‘eu avisei’. – Surto de loucura.


 - Se tratando de você Pansy. Isso é até normal. – Hermione faz uma piadinha para distrair Gina que acabou rindo.


 - Engraçadinha você. – Pansy dá língua. – Maas... Não tente mudar de assunto.


 - Ai meninas. Eu e Draco a gente... – Hermione estava muito vermelha.


 - Ah Hermione, que demora pra dizer que vocês dois se beijaram... – Pansy diz revirando os olhos e Gina faz uma cara de surpresa.


 - Você e o Draco se beijaram? Ah que tudo. – Gina diz animada.


 - Ah Pansy... Era pra eu ter falo. – Hermione faz uma cara irritada.


 - O mais importante você vai contar, meu bem: como foi? – Pansy ignora a cara de Hermione e se anima com Gina.


 - Foi maravilhoso. Eu fui até o céu e voltei. Meu Deus, nunca em toda a minha vida eu me senti assim. – Hermione diz com uma cara sonhadora.


 - Ah Ginny. Ela está apaixonada. – Pansy diz com uma certeza.


 - Fale isso mais alto. Os meninos estão bem aqui do lado. – Hermione diz irritada.


 - Oh, mais uma amiga apaixonada. – Ginny diz divertida. – O que é que eu faço meu Deus?


 - Mais uma? Quem é a outra? – Pansy pergunta curiosa.


 - A outra é você. – Gina diz convicta e Hermione concorda.


 - EEEEEEU? – Pansy arregala os olhos e não entende nada.


 - Você mesma mocinha. – Hermione se junta a Ginny.


 - E eu posso saber quem é o ser por quem legítima eu, está apaixonada? – Pansy pergunta debochando.


 - Ronald Weasley. – Gina diz convicta.


 - O Rony? Gente, vocês cheiraram pó de flúor? Vamos logo, pra enfermaria. Não quero me sentir culpada se vocês começarem a ter alucinações na minha frente. – as meninas riem. – É. Pelo visto o caso é grave. – Pansy diz preocupada.


 - Ah Pansy, confessa logo. – Hermione diz.


 - Confessar o que? Que vocês estão blefando e falando coisa com coisa? – Pansy diz sarcasticamente.


 - E como você me explica as implicâncias? Como você me explica a sua necessidade em ter que dizer ao Ron que ele está sempre errado?


 - Mas eu faço isso com todo mundo. – Pansy discorda.


 - Ah Pansy. Você tem uma implicância muito maior com Rony. 99,7% de suas conversas com Rony é só discussão, discussão e discussão. – Hermione diz convicta.


 - E isso quer dizer que eu estou apaixonada por ele? – Pansy pergunta cética.


 - Já te disseram que entre o amor e ódio existe uma linha fininha que chega a confundir? – Hermione pergunta a Pansy.


 - Isso vale pra você e Draco. – Pan diz. – Eu e o Ronald não temos nada a ver.


 - Tudo a ver sim. Seria ótimo ter você como cunhada. – Gina diz animada com a idéia.


 - Se tem uma coisa que eu aprendi Pansy é que o amor pode ser facilmente confundido com aversão. – Hermione diz.


 - Você que o diga. Eu não. – Pansy diz e as meninas reviram os olhos.


 - Quando você finalmente admitir pra si mesma você nos conta. – Gina diz isso e Hermione dá risada. Pansy dá de ombros.


 - Vamos tomar café da manhã meninas. Vamos. – Harry chama as meninas que estavam estranhas e rindo de tudo. “ Garotas! Quem as entendem...”


 


 #


 


 Depois do café da manhã, os Filhos de Ipswich foram para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas com o professor Snape e Gina foi pra dois (demorados) tempos de História da Magia.


 - Eu adoro DCAT. Mas com o professor Snape é terrível. – Harry sentencia triste.


 - Ah Harry. É a matéria que você tem mais facilidade. – Rony diz tentando animar o amigo. – Ainda mais agora que nós temos...


 - Sim Ronald. Já sabemos o que você quer dizer, não precisa dizer em voz alta afinal pode ter pessoas ouvindo. – e nessa hora Lilá passa com um andar superior. Ela ainda não havia esquecido a briga que tivera com Pansy e Hermione. Pansy nem se abalou e continuou dizendo em voz alta. – Pessoas que não tem o que fazer e fica procurando intriga.


 - Ah Pansy. Pega leve com a garota. Ela não te fez nada. – Rony diz entediado.


 - Você que pensa Rony... Peraí! PARA TUDO! – todos que estavam no corredor olharam para Pansy e ficaram paralisados.


 - O que foi agora Pansy? – Hermione perguntou assustada. Pansy faz uma cara irritada começa a andar de um lado para o outro e para na frente de Rony.


 - Você, senhor Weasley, está defendendo aquela mocréia sem sal? Eu tive a leve impressão de que você estava a defendendo e SE isso for verdade, e pelo bem da sua vida eu espero que não, você está muito ferrado Rony. – Pansy finaliza com um olhar mortal, mas Rony não percebe as coisas tão facilmente (às vezes ele precisa de um empurrãozinho básico).


 - Ta na cara que é você quem está provocando. A garota passou sem dizer nada, estava na dela e você foi logo arranjando briga. Olha Pansy eu não sou nenhum idiota, qualquer um percebe isso. A garota errou tudo bem. Mas todo mundo erra e todo mundo merece uma segunda chance. Não dá pra ficar reprimindo alguém a vida toda por um erro. Não queria discutir com você nem nada, mas é isso. – Rony diz sério e Pansy estava incrédula e pela primeira vez na vida sem palavras.


 - Tudo bem Rony. Todo mundo erra, mas essa garota passa com um olhar superior que dá nos nervos. Além do mais, vocês garotos não sabem o sufoco que passamos com as provocações de Lilá e sua trupezinha. – Hermione defende Pansy.


 - Não se preocupe Weasley, eu não vou mais falar da sua amiguinha ‘ eu errei e mereço uma segunda chance’. Eu nem sei se vou voltar a falar com você. – Pansy disse isso com uma voz arrastada que lembrava claramente a Pansy Parkinson de antes: fria e calculista. Talvez pelo tom de voz, Rony se assustou com a forma que Pansy falou e se arrependeu de ter dito tudo aquilo pra ela.


 - Pansy não leve pelo lado pessoal. É sério. – Vendo que ela simplesmente estava o ignorando, ele se irritou. – Eu só falei o que eu penso. E se o que eu penso te incomoda sinto muito. Não vejo necessidade desse drama todo.


 - Drama? Drama? Tudo o que eu faço é drama pra você Ronald. TUDO. Aquela garota me enche o saco, me torra a paciência inventa mil mentiras sobre a minha legítima pessoa e você nada faz. Quando eu ajo em legítima defesa eu viro a vilã da história. Porque claro ela é a grifinória boazinha e eu sou a vilã sonserina. Típico. – Pansy finaliza sarcástica. Draco, Hermione e Harry percebiam que aquela discussão estava mais séria do que as discussões normais.


 - Legítima defesa? Ah Pansy, pára com isso. No dia em que você não tiver culpa no cartório Voldemort casa por amor. – Rony diz irônico. Draco faz uma careta, “preciso ensinar ele a fazer ironias melhores do que isso. Essa foi podre.”


 - Tudo bem Ronald. Eu já entendi, OK? Eu sou sempre a errada, sempre. O mundo pode acabar e a culpa é de quem? MINHA. Inteiramente minha. – Pansy diz quase chorando. Ela entra rapidamente na sala e senta na cadeira. Hermione senta ao seu lado e lança um olhar compreensivo.


 - Pansy... – Hermione começa a falar.


 - Sabe Hermione. Eu não sei de onde você e a Ginny tiraram aquelas idéias malucas. Sério, aquele papo sobre eu estar apaixonada por ele e tals. Isso jamais acontecerá, porque ele é um legume insensível, idiota e diz sempre as coisas erradas. Tudo bem que eu exagero um pouquinho... – Hermione arqueia as sobrancelhas. – Ta, ta bom. Eu sou muito exagerada, mas esse é meu jeito. E ninguém muda.


 - E esse é o jeito dele também Pansy.  Deixa de ser cabeça-dura. – Hermione diz com uma voz compreensiva.


 - Ele gosta dela. Daquela mocréia sem sal. – Pansy diz irritada.


 - E porque isso te abala tanto? – Hermione pergunta divertida.


 - Não é hora pra isso, Hermione. Poxa, eu achei que ele tinha alguma consideração pela minha pessoa. Mas eu estava muito enganada. – Pansy diz com uma voz triste.


 - Essa é a sua forma de demonstrar que está com ciúmes? Caramba, Rony vai ter muito com o que se preocupar... – Hermione diz divertida. – Não quero que fique chateada com o que eu vou dizer, maas... você é muito dramática. Não vê que está fazendo tempestade em copo d’água?


 - Não acho que estou fazendo uma tempestade em copo d’água... eu...


 - Quero o silêncio de toda a sala, AGORA. Se alguém conversar ou disser um pio, menos 50 pontos e detenção.


 - Nossa! Ele acordou com bom humor hoje não? – Harry comenta baixinho para Draco e Rony que estavam ao seu lado. Mas Hermione e Pansy ouviram tudo e deram uma risadinha.


 - Se bem que hoje você está bem animada né Hermione?  - Pansy comenta alto o suficiente para os meninos ouvirem. Draco dá uma risada cínica e Hermione fica vermelha que nem um tomate.


 - Srtª Granger, porque está mais vermelha do que os cabelos dos Weasleys? – Snape fez esse comentário fazendo com que Draco e Pansy rissem mais ainda mais. Snape simplesmente dá de ombros. - Hoje, vamos ter uma aula diferente. Vamos estudar um pouco sobre as armas trouxas. – Snape diz categórico.


 - Armas trouxas? Isso é aula de magia professor. Não vejo necessidade de ter aulas sobre armamentos trouxas. – Zabinni um aluno da sonserina disse desinteressado.


 - O diretor Dumbledore acha necessário termos essa aula e eu particularmente acho meio improvável que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado vá usar armamento trouxas, mas todo cuidado é pouco. – O professor fez uma pequena pausa olhou para os alunos a sua frente. – Ao contrário do que muito de vocês pensam, os armamentos trouxas nos afetam e são extremamente perigosos. As bombas, para ser mais específico, as bombas atômicas são letais e trazem conseqüências inimagináveis. Tem um poder arrasador que nem mesmo um bruxo consegue detê-la. Ela destrói cidades, pessoas, animais tudo o que vêem pela frente. Quem poderia me dizer um fato marcante que aconteceu no mundo não-bruxo envolvendo a bomba atômica?


 Todos já sabiam quem ia responder. Tanto que todo mundo já tinha se virado para Hermione que incrivelmente não tinha a mão levantada, pelo contrário estava distraída olhando para o nada.


 - Ninguém? Ninguém mesmo? – o professor Snape olha para Hermione esperando que ela se manifestasse. Pansy deu um cutucão em Hermione que tomou um susto e pôde reparar que todos estavam olhando para ela. Imediatamente ficou vermelha. – Srtª Granger, me impressiona que a senhorita não responda a minha pergunta. Hoje é um dia anormal.


 - Bem... é... eu... estou cansada. Só isso. – Hermione respondeu tentando limpar a barra dela. Snape arqueou as sobrancelhas e deu um sorriso cínico.


 - Está com a cabeça no mundo da lua. – Snape sentenciou. – Eu devia tirar pontos da Grifinória por causa disso. – diante dos olhares indignados dos Grifinórios, Snape deu uma risada sarcástica. Afinal ele fez uma pergunta para a sala toda, porque apenas os Grifinórios seriam prejudicados por não saber a resposta? – Mas hoje estou, particularmente, de bom humor. – e como se nada tivesse acontecido ele continua. – Um fato, uma tragédia que aconteceu no mundo dos trouxas marcante foi a Bomba de Hiroshima. Milhares de pessoas foram mortas. Vamos estudar um pouco sobre a composição da bomba atômica, bomba de hidrogênio e outras. Pra começar, vou explicar sobre o átomo.


 Hermione teve uma leve impressão que iria começar uma aula de Química. Muito interessante, por sinal. O professor explicou tudo direitinho. Os alunos estavam interessados e faziam perguntas. Hermione já sabia de cor tudo o que o professor disse, e se permitiu divagar em seus pensamentos. Na verdade ela só pensava em uma única pessoa: Draco Malfoy. E agora? Como ficaria a relação entre eles? Estava tão absorta em seus pensamentos que nem percebeu que o professor Snape parou bem ao seu lado.


 - Hermione... – Snape começou a falar baixinho, apenas para que ela escutasse. Os alunos pararam o que estavam fazendo e tentavam escutar o que o professor iria falar, mas apenas os que estavam próximos a Hermione conseguiram ouvir a conversa. – Eu sei que nós não temos a melhor relação de professor e aluno. Mas, se tiver acontecendo alguma coisa grave, que tenha a ver com a guerra, ou alguma ameaça que sua família esteja sofrendo não hesite em falar comigo ou então com o professor Dumbledore, se preferir. Tenha a certeza de que vamos tomar nossas devidas providências. Sei que não é normal essa sua distração, mas de qualquer forma você é a minha melhor aluna então tente não se distrair muito na minha aula. Seja qual for o problema, livre-se logo dele. – Hermione estava surpresa. Nunca em seus sonhos mais loucos imaginara que Snape fosse dizer tudo aquilo para ela. Agora, ela entendia porque Dumbledore confiava nele.


 - Obrigada professor. – ele apenas deu um aceno na cabeça e continuou a aula como se nada tivesse acontecido. Harry estava com os olhos arregalados e Rony estava pálido. Draco estava indiferente e Pansy sorria ela sempre soube que Snape era uma boa pessoa, talvez por sua capacidade de saber quem tem um bom coração.


 #


 Os filhos de Ipswich estavam na sala precisa conversando sobre o que fazer em relação aos comensais.


 - Eu acho que a gente pode começar pelos os que estão querendo se tornar novos comensais da morte. É uma maneira de cortar o mal do início. – Rony(Tyler) recomenda.


 - Gostei da idéia. Afinal os comensais crescem cada vez mais... – Nashie (Mione) diz.


 - Então que tal nós começarmos pelos alunos de Hogwarts? Sendo assim a gente já manda uma lista pra Dumbledore, ele saberá o que fazer... – Lany(Pansy) sugere.


 - Então fica assim: Tyler(Ron) você faz a lista dos Grifinórios, Nashie(Mione) faz a lista dos Corvinais, Reid(Harry) faz a lista dos Lufa-Lufas e eu e Lany(Pan) fazemos a dos sonserinos, uma vez que eles com certeza serão o que estarão em maior número. – Caleb(Draco) fala isso convicto de que ia dá certo, e todos os outros concordam e começam a fazer a sua lista fazendo uma pequena visita na mente dos alunos.


 Ao terminarem de fazer a lista eles juntam todas e Draco lança um feitiço com o Brasão dos Filhos de Ipswich e envia a carta para Dumbledore.


 - Temos que ir... – Caleb diz.


 - Por quê? Ainda podemos decidir tanta coisa... – Reid(Harry) diz.


 - Dumbledore recebeu a carta e convocou os pais de todos os alunos dos estudantes, daqui a 3 minutos ele chamará todos os estudantes da escola de Hogwarts... – Draco responde.


 - Pra quê ele quer fazer isso? – Lany(Pansy) pergunta curiosa.


 - Não sei, ele está mantendo a mente em branco e está procurando não pensar sobre isso, talvez ele desconfie que Os Filhos de Ipswich seja qualquer um dos alunos... – Draco diz.


 - Ele desconfia de nós?- Rony pergunta preocupado.


 - Não, ainda não... – Caleb diz.


 - Então vamos logo... o bom disso é que eu pelo menos vou ver meus pais... – Hermione diz sorridente. E todos os outros concordam.


 Saíram em rumo ao Salão Principal e não se impressionaram ao encontrar todos os pais de alunos ali.


 - Hey! Granger, Malfoy, Parkinson, Potter, Weasley. Esperem! – O professor Snape os freiam quando vão cumprimentar seus pais. – Depois vocês dão as saudações aos seus pais, agora quero que fiquem do meu lado, OK? – eles apenas confirmam com a cabeça e seguem o professor.


 - Sei que estão todos surpresos com o que está acontecendo aqui, mas espero que entendam que isso é necessário. Vamos fazer uma espécie de avaliação. – os alunos fizeram um muxoxo por ter que fazer uma prova. – Não, meus queridos. Não é do tipo de avaliação que vocês estão acostumados a fazer. A avaliação que vamos fazer é uma avaliação dos poderes de vocês.


 Os Filhos de Ipswich se entreolharam. Se nem eles mesmos sabiam qual a extensão dos poderes o que será que essa avaliação significaria?


 - Todos sabem do surgimento dos Filhos de Ipswich e vamos tomar medidas que possam nos ajudar. Quem sabe alguns de vocês fazem parte desse misterioso grupo? – todos ficaram silenciosos e os cinco filhos de Ipswich mantiveram uma expressão indiferente, mas os seus pensamentos estavam extremamente preocupados. - É bom que os pais se mantenham presentes, uma vez que Hogwarts sempre mantém uma boa relação entre pais e a escola. Além do mais, são os seus filhos que vão ser examinados. Então vamos começar. – ao terminar de dizer isso Dumbledore dá um sorriso. – Algum professor tem algum palpite?


 - Eu tenho um palpite. – o professor Snape diz. – Que tal examinarmos os melhores alunos da escola? Pelo menos em minha matéria...


 - Quem são esses alunos?


 - Hermione Granger, Draco Malfoy, Harry Potter, Pansy Parkinson e claro, Ronald Weasley. – Snape diz com um sorrisinho maldoso e todos os outros professores concordaram com o fato de eles serem os melhores alunos. Os pais dos cinco ficaram orgulhosos.


 “Quem acha válido matar Snape? EU” – Pansy pensa com raiva.


 “Eu concordo!” – Rony faz eco ao pensamento de Pansy.


 “Nós não podemos fazer esse teste...” – Hermione pensa preocupada.


 “Não tem jeito galera, se a gente não fizer esse teste eles vão desconfiar...” – Harry pensa derrotado.


 “E se eu fingir um desmaio?” – Hermione recomenda esperançosa.


 “Não tem jeito, ou a gente faz...” – Harry pensa.


 “Ou o quê?” – Rony pergunta mentalmente.


 “Ou a gente faz, ué! Tem outra opção?” – Harry complementa.


 “Ainda acho válido matar Snape...” – Pansy pensa furiosa.


 “É galera, vamos ver no que vai dar...” – Draco pensa preocupado.


 - O que nós temos que fazer? – Hermione pergunta inocentemente.


 - Apenas entrar na máquina, que será feita a análise dos poderes de vocês em cinco fases. – o professor Snape explica.


 - Existe um limite de poderes? – Harry pergunta cautelosamente e o professor estranha a pergunta.


 - Um limite... Como assim? Para você ser bruxo você tem ser pelo ao menos o estágio 1. – o professor responde.


 - E um limite máximo? – Pansy pergunta.


 - Bem, já detectamos até o estágio 5. Quem sabe a gente não tenha uma surpresa? Por favor, Srtª Granger, você primeiro.


 Hermione entrou cautelosamente na máquina e olhou relutante para os seus amigos. Draco tentou passar um olhar de segurança para ela, que por um momento funcionou, até a máquina começar a apitar e o ponteiro alternar entre o estágio 1 e 5 sem parar.


 - Mas, o que está acontecendo? – o professor Snape pergunta assustado.


 - Parece que a máquina quebrou professor... – Hermione disse pálida.


 - Não, não. Eu mesmo a testei. Sr. Longbottom, por favor, venha cá. – o professor chamou Neville e o adentrou dentro da máquina que indicou o estágio 2.


 - Humm... Interessante. Como a senhorita poderia explicar tal fenômeno? – o professor olha para Hermione de forma acusadora.


 - Se nem o senhor sabe, como saberei? – Hermione disse tentando se fazer por desentendida.


 - Tudo bem então... Potter. Sua vez... – Snape disse com um sorrisinho maldoso.


Harry entrou na máquina e o mesmo fenômeno aconteceu, em seguida Pansy, Ronald e na vez de Draco a máquina explodiu. O diretor Dumbledore levantou da mesa, furioso.


 - Como os senhores me explicam isso? – ele pergunta furioso.


 - Nós... Nós não sabemos professor... – Harry fingia-se assustado e todos os outros se olhavam com uma expressão confusa. Ao perceber as expressões dos cinco alunos a sua frente o professor se acalmou.


 - Coincidências demais não existem. – O professor Snape diz, colocando mais lenha na fogueira. – Eles também são cinco. Além do mais só uma magia poderosa engana esse sensor. – quando Snape disse isso todos que estavam presentes no Salão Principal olharam para eles com reverência.


 - Acha mesmo que nós temos poderes extraordinários, professor? – Pansy pergunta com ceticismo nos olhos.


 - Se eu tivesse tanto poder em minhas mãos, já teria feito tanta coisa... – Rony disse com um falso brilho de ambição no olhar.


 - Não podemos duvidar de mais nada a essa altura. Digam-me, queridos, onde estavam quando houve o ataque a Hogsmead? – todos ficaram pálidos.


 “Merda! Eu falei que a gente devia ter matado Snape!” – Pansy pensou desesperada.


 “ Caramba! Não tem solução...” – Harry diz.


 “ E agora como a gente sai dessa?” – Rony pergunta mentalmente.


 Draco já ia se preparando para dizer alguma coisa quando Gina Weasley se pronunciou.


 - Eles estavam comigo. – ela sentenciou. Os Filhos de Ipswich olharam para Gina com agradecimentos, ela apenas sorriu. – Estávamos na Sala Precisa. Na verdade, estávamos impedindo que Harry se envolvesse no ataque. – Harry entendeu a jogada e entrou no jogo.


 - Eu tinha que está lá. Bellatriz... – ele resmungou com raiva.


 - Sem heroísmo, Potter. – Draco usou seu sarcasmo. – Se você estivesse lá, ia fazer besteiras.


 - Acho professor Snape que os alunos já se explicaram... – o professor Dumbledore disse confiante.


 - Professor... – Harry interrompe cautelosamente e Dumbledore olhou para ele. - Esses Filhos de Ipswich são perigosos? – Harry perguntou e Dumbledore fez uma expressão confusa. – É que eu já tenho que me preocupar com Voldemort...


 - Não se preocupe com isso Harry, não se preocupe... – ele disse com um sorriso sincero. – Acho que a máquina está com defeitos, vamos analisar. Aproveitem que os pais de vocês estão aqui e matem as saudades é claro.


 “Nem acredito que escapamos!” – Hermione pensou aliviada.


 “Inacreditável! Foi por pouco...” – Draco concorda.


 “Graças a Gina.” – Rony lembrou os amigos. “Porque será que ela nos protegeu? Será que ela sabe de alguma coisa?”


 “Não, ela não sabe de nada. Mas nos conhece o suficiente para saber que nós estávamos numa enrascada” – Pansy pensa.


 Todo mundo começou a abraçar os pais e matar a saudade. Não podia ser diferente com Draco, talvez pelo fato de seu pai ser um comensal da morte. Deu um abraço em sua mãe, que sorriu feliz e na hora de cumprimentar o pai ia fazer uma referência, quando Lucius Malfoy inesperadamente o puxa para um abraço.


 - Que saudades de você, meu filho. As coisas estão cada vez mais difíceis... Decisões complicadas estão por vir... – Lucius disse misterioso e Draco sabia do que ele estava falando, mas fingiu-se de desentendido.


 - Porque está falando isso pai? – Draco fez uma expressão confusa.


 - Nada, meu filho. Seu pai só está ficando muito velho, acho que é isso. – disse Lucius disse indiferente.


 - Então, meu bem. Quais são as novidades? – Narcisa Malfoy perguntou ao seu filho.


 - Talvez, as notícias que eu tenha para dar aos senhores não seja uma das melhores... – Draco disse relutante. Como ele iria falar para seus pais que agora era amigo do trio maravilha? Pior, como ele iria falar sobre Hermione? Mas... O que é realmente o relacionamento dele com Hermione?... Sua cabeça estava cheia de dúvidas e ele já estava ficando confuso. Não sabia a reação de seus pais, sabia que eles iriam ficar irritados, mas pelos seus amigos valeria a pena.


 - Está me assustando, meu filho. Tantas expressões já passaram pelo seu rosto agora, percebo que está travando um conflito consigo mesmo... – Narcisa disse preocupada. – Está acontecendo alguma coisa querido? Porque não nos conta?


 - Mãe... Eu acho melhor a gente deixar essa conversa para outra hora... Aqui há muitas pessoas... – Draco disse relutante.


 - Não seja por isso... Vamos a um lugar mais privado... – Lucius se pronunciou e indicou a sua família para uma sala mais afastada e os três entraram.


 - Então querido. Se pronuncie. – Narcisa disse carinhosamente. Ele se perguntava até onde ia esse carinho dela com ele quando soubesse de seus novos amigos.


 - Pai, mãe... – ele respirou fundo. – Eu fiz novas amizades aqui em Hogwarts...


 - Humm, querido isso é bom, não? – Narcisa perguntou indecisa e Lucius estranhou.


 - O que você quer dizer com novas amizades Draco? – Lucius ao fazer essa pergunta arqueou a sobrancelha.


 - Vamos dizer que essas minhas novas amizades, sejam um pouco improváveis. – Draco estava muito nervoso.


 - Improváveis? – Lucius olhou desconfiado para o filho. – Só falta você me dizer que seus novos amigos são da grifinória. – disse Lucio ironizando.


 - Humm... Bom pai... Meus novos amigos são da grifinória. – Lucius ficou pálido e, ao mesmo, tempo assustado.


 - Que audácia Draco. COMO VOCÊ SE DIZ AMIGO DE GRIFINÓRIOS?? VOCÊ ENLOUQUECEU?? – Lucius estava furioso.


 - Pai, eu sei que o senhor está nervoso... – Draco tentava acalmar seu pai e Narcisa observava os dois, adquirindo ainda a notícia.


 - NERVOSO??? MEU FILHO ANDA COM GRIFINÓRIOS NOJENTOS E EU ESTOU NERVOSO??? – Lucius pergunta.


 - Pai, eu sei que você não gosta dos grifinórios, mas isso não te dá o direito de chamá-los de grifinórios nojentos. Além do mais você nem os conhece. – Draco estava começando a se irritar e usava um tom de voz frio.


 - O QUÊ?? COMO OUSA DEFENDER ESSES GRIFINÓRIOS?? – Lucius estava descontrolado e andava de um lado para o outro.


 - Filho, seu pai está nervoso dê um tempo para ele. – Draco olhou para mãe que pareceu compreensiva.


 - Mas mãe... – Draco tentou dizer quando Narcisa interrompeu.


 - Não querido... Seu pai vai acabar fazendo besteiras... – Narcisa implorou com os olhos.


 - Mas não é só isso. – Draco disse de uma vez só. E pela expressão de Draco, os pais perceberam que era muito mais grave.


 - O QUÊ??? Ainda tem mais??? – Lucius olhava assustado para Draco. – Eu já estou ficando velho filho, pare com isso. – Lucius implorava. 


- Se o senhor quer que eu pare de andar com meus amigos com essa historinha de que já está ficando velho pode parar por aí. – Draco levantou um pouco o tom de voz. – Meus amigos são: Harry Potter, Ronald Weasley e Hermione Granger.


 Lucius e Narcisa olharam para Draco com os olhos arregalados.


 - Como é que é? – Lucius ainda acreditava no que tinha ouvido.


 - Isso mesmo pai. O famoso trio maravilha são os meus novos amigos. – Draco disse confiante, pois para ele pouco importava a decisão de seus pais, seus amigos estavam com ele independente do que acontecesse.


 - Eu proíbo você de andar com esses... grifinórios. – Lucius disse autoritário. – Aposto que isso foi idéia de Dumbledore...


 - Não pai o professor Dumbledore não tem nada a ver com isso e o senhor não vai me proibir a nada. Muito menos aos meus amigos. – Draco sentenciou e isso deixou Lucius irritado.


 - Então é amigo deles por que quer?? – Lucius perguntou assustado.


 - Sim. Sou amigo deles porque quero. – Draco disse convicto.


 - Não. Eu não ouvi isso. COMO PÔDE TRAIR NOSSO SANGUE??


Draco olhou para o pai incrédulo. Como um homem, inteligente como o seu pai, se deixa guiar subordinado a um pensamento tão idiota como esse?? Ele era um traidor por estar tomando as decisões certas. Patético.


 - Sabe pai. Você já disse as suas merdas e agora você vai me ouvir. – Draco disse furioso.


 - Baixe o seu tom de voz eu ainda sou seu pai. – Lucius disse.


 - Pai, eu sempre respeitei o senhor justamente por isso, você ainda é meu pai. Porque apesar desse caminho que você escolheu para a sua vida você me criou e não deixou que me faltasse nenhum bem material. Pai. Nós já tivemos essa conversa antes, eu não vou seguir os seus passos.


 - Então isso tudo é uma afronta a minha pessoa. – Lucius diz indignado.


 - Não pai. Isso não é pelo senhor. Isso é por mim. Pelo meu bem estar. – Draco disse. – Não queria te dizer isso, mas já que estamos falando sobre isso... – Draco suspirou, ia ser difícil. – Pai, eu sempre o admirei... Até a alguns tempos atrás. Quando dei por mim, eu já não acreditava no que o senhor dizia, eu não tinha fé. O senhor traçou um caminho para mim, e eu para fazer o que eu devia fazer, tive que me desvincular do senhor, desse lado das trevas. Sem fé, e apenas tendo a certeza de que estava fazendo a coisa certa eu segui em frente. Foi aí que me surgiu uma oportunidade de fazer, dessa vez, a coisa certa e influenciar na vida de outras pessoas. Sabe pai, essa oportunidade veio junto com a minha amizade com Harry, Rony e Mione. Eles são pessoas maravilhosas, e nos momentos em que mais preciso são eles e Pansy que estão ao meu lado. As melhores coisas, os melhores momentos, as melhores e as mais difíceis decisões foram feitas com eles. Daí pai, eu criei um vínculo muito, mas muito forte com eles. E é um vínculo que nem que o senhor queira, será destruído. – ele respirou fundo. – E dessa vez não é um vínculo das trevas e sim da esperança. A fé pai, aquela fé que eu procurei com senhor e não achei, eu encontrei neles. E sim, eu me agarrei a essa fé, me aproximei mais do que devia, e amo eles mais do que devia. – Uma lágrima escapuliu dos olhos de Draco e Lucius pôde ver o mais sincero sentimento. – Pai, faça a escolha certa. Não vai ter nenhum mal se você fizer a escolha certa. – ao Draco terminar de dizer isso, ele imediatamente pensou em Caleb.


 - Tomei uma decisão filho. Essa decisão com certeza vai mudar as nossas vidas. – Lucio disse, e ao terminar de dizer isso Draco pensou que tudo na vida tinha esperanças, se seu pai estava mudando aos poucos, ainda existia a esperança.


 - Espero que o senhor saiba o que fazer. – Draco disse frio.


 - Eu sei. – Lucius disse com a voz rouca e olhou para Narcisa que estava o tempo todo calada e com lágrimas nos olhos. Draco se direcionou a porta e Lucius perguntou.


 - Aonde vai, meu filho? – Lucius perguntou.


 - Fazer uma coisa que eu já devia ter feito há muito tempo. – Draco sorriu e os pais olharam para ele desentendidos.


 - O que? – Narcisa perguntou carinhosamente, e Draco foi tomado por um amor e admiração aquela mulher. Como podia viver ao lado de seu pai e ainda assim ser tão carinhosa. Narcisa não podia negar: estava orgulhosa de seu filho. Ele conseguira calar Lucius Malfoy com palavras sinceras.


 - Vocês vão ver. Vamos? – ele indicou a porta.


 Lucius pegou na mão da mulher e seguiu para o caminho do filho. E Narcisa sussurrou baixinho. “Quem disse que os filhos não ensinam aos pais?” Baixo o suficiente para Lucius ouvir e sorrir para a sua esposa.


 


#


 Os quatro filhos de Ipswich olharam para Draco esperando uma resposta e sorriram ao ouvir pelos pensamentos que tudo deu certo. Agora era a vez de Harry, Rony e Hermione darem as notícias.


 - Pai. Eu, Mione e Rony temos é... notícias para dar. – Rony se pronunciou para o pai e todos da família Weasley e Granger olharam para eles.


 - São notícias boas? – Arthur Weasley perguntou preocupado.


 - Pelo menos a gente acha que sim. Mas, com certeza, vocês acharão que não. – Harry disse cautelosamente.


 - Sabe pai, as coisas mudaram os tempos mudaram, e claro nós também mudamos... – Rony ia começando e os gêmeos interromperam.


 - Vocês vão começar a falar sobre mudanças? – Perguntou Jorge.


 - Que tal adiantar o lado e darem logo as notícias horrendas? – Completou Fred.


 - Vamos Rony, quero só ver como o papai vai reagir a isso. - Jorge disse com um olhar maldoso. Os gêmeos particularmente não gostaram da idéia de amizade entre eles e os sonserinos, e tentaram argumentar, mas sem sucesso. Agora, tudo ia mudar. Os pais deles com certeza teriam um efeito maior.


 - Pare com isso, meninos. Que idiotice. – Gina defendeu os três. – Vocês não tiveram ainda a oportunidade de conhecer eles, então não tem nenhum direito de julgar eles.


 - Vocês estão nos assustando. Está acontecendo alguma coisa, Hermione? – O senhor Granger perguntou preocupado com a filha.


 - Pai, mãe, senhor Weasley, senhora Weasley... bom... – Hermione começa a falar, mas é interrompida pelos gêmeos.


 - Esperem! Nós estamos partindo... – disse Jorge.


 - Não vamos ficar pra ver a desgraça. – completou Fred indo embora com o irmão.


 - Bem, como eu ia falando. Nós somos amigos de Draco e Pansy. – Hermione despejou de vez. Os pais de Hermione estranharam, pois sempre ouviam a filha falar mal da dupla. Já os Weasleys era possível ver muitas expressões. Molly estava azul, depois passou pra verde, e agora está na cor vermelha. Já Arthur, não tinha nenhuma cor no rosto, estava pálido. Tanto que os meninos seriamente pensaram em levá-lo na enfermaria.


 - O QUÊ?!? – Arthur Weasley foi o primeiro a se pronunciar.


 - Isso mesmo pai. Draco e Pansy se tornaram nossos melhores amigos. – Rony disse cautelosamente.


 - Vocês enlouqueceram??? E tudo o que a família deles fez a gente passar? Lucius Malfoy é um comensal da morte! – Arthur agora estava vermelho de raiva.


 - O senhor falou certo pai. Tudo o que Lucio Malfoy, não Draco ou Pansy fez. - Rony disse defendendo os amigos.


 - O quê? Meu filho o que aconteceu com vocês? E toda a rivalidade? – Arthur tentava argumentar, mas dessa vez que respondeu foi Harry.


 - Eu acho, e o senhor deveria concordar comigo senhor Weasley, que em tempos de guerra rivalidade é coisa para medíocres. – Harry disse. – Temos que esquecer esse preconceito, essa rixa que não nos leva a nada.


 - Mas quem garante que eles não estão se fazendo de bonzinhos? Harry... pode ser uma armadilha. – Arthur disse sem acreditar no que os garotos estavam dizendo.


 - É mesmo senhor Weasley. Quem garante ao senhor que todas as pessoas da Ordem são fiéis? Quem garante ao senhor que as pessoas que você ama, não vão te trair? Quem garante ao senhor que nós não estamos do lado de Voldemort? Quem garante o senhor que Molly o ama? Quem? – Harry desafiou o senhor Weasley.


 - É diferente. Estamos falando de verdades absolutas. Eu confio plenamente nas pessoas que amo. – Arthur disse ofendido.


 - Nós também. Confiamos plenamente em Draco e Pansy porque os amamos. – Hermione disse simplesmente. - Em períodos de guerra, não dá pra ter a certeza de nada. E ainda assim confiamos um no outro, essa é a nossa diferença entre o grupo de comensais. Não é preciso provas para explicar uma amizade, ou até mesmo um amor, a gente simplesmente sente. – Hermione diz.


 - Nada do que você diga pai, vai mudar a nossa amizade. – Rony disse.


 - Eu não consigo entender. – Arthur disse confuso. – É muito para mim. 


- Pai. – dessa vez quem se pronunciou foi Gina. – Não tente entender, vou complementar o que Hermione disse, dizendo que na guerra os conceitos mudam para o nosso próprio bem, ou o mal. Já está na hora de mudar os seus conceitos, papai. Derrube essa barreira do preconceito. Derrube este castelo de cristal que te impede de ver as pessoas como elas realmente são sem que isso seja esfregado na sua cara.


 Molly estava com lágrimas nos olhos. Aliás, todos estavam prestando atenção naquela discussão, e Rony podia jurar que viu lágrimas nos olhos de Minerva. Os adultos pensavam em seus conceitos, em seus modos de ver a vida e em como as crianças, deixaram de serem crianças. Draco e Pansy estavam com sorrisos nos lábios. Os pais de Pansy, não se importaram com o fato de Pansy estar andando com Grifinórios. E não é porque compreenderam, foi pelo fato de eles serem frios e não se importarem com a sua filha. Draco estava abismado com a atitude dos pais de Pansy, então deu um abraço dizendo que eles não sabiam o bem que estavam deixando escapar pelas mãos.


 - Que tal conhecer eles? Por favor, dêem essa chance não só a eles, mas a vocês mesmos. – Hermione disse para os adultos inclusive para os gêmeos Fred e Jorge que também estavam pensativos. Diante do silêncio, Hermione entendeu como o SIM e foi em direção a Draco e Pansy. Rony a acompanhou e Harry sorria para Ginny.


 - Sinceramente. Acho que tenho uma dívida ENORME com você. – Harry disse divertido passando o braço por cima do ombro de Ginny. Gina deu uma risada gostosa. – É sério. Nem sei como te agradecer.


 - Eu vou cobrar Potter. Não se preocupe. – Ginny diz divertida, no qual Harry ri.


 - OK, eu vou esperar. – ele diz sorrindo ainda.


Enquanto isso, Hermione dá um sorrisinho para o casal Malfoy e puxa Draco pelo braço enquanto Rony puxa Pansy pelo braço também. As pessoas olhavam com curiosidade o que eles estavam fazendo. Hermione sentiu um arrepio ao sentir o toque da mão de Draco na sua mão. Ele sorriu ao perceber isso, mas se deixou ser guiado pela sua morena. Pansy fazia uma cara meia emburrada com as gracinhas de Rony, mas estava adorando o contato com a pele dele. Chegando em frente aos pais, tios, sobrinhos e companhia Hermione disse.


 - Então... pai, mãe, senhor e senhora Weasley, galera. Esses são Draco e Pansy. – Hermione diz sorridente. “ Hoje as coisas estão começando a ficar boas para o nosso lado”.


 Draco cumprimentou educadamente a todos e Pansy, além de cumprimentar deu um abraço em cada um deixando os adultos surpresos.


 - Não liga não gente. Ela é meia doidinha da cabeça mesmo. – Rony diz divertido e Pansy dá língua pra ele.


 - Ronald Weasley. Eu ainda não estou falando com você. – Pansy fez uma cara emburrada. Harry suspirou derrotado, Gina deu uma risada, Hermione olhou para Draco e este revirou os olhos. Os adultos perceberam que era uma cena freqüente.


 - Ah Pansy, você ainda está chateada por causa daquilo? Esquece a Lilá. – Rony diz praticamente implorando.


 - Mas não foi justo o que você falou comigo. Essa garota realmente é um saco. – Pansy diz. – Ela fica enchendo o meu saco, o de Hermione e o de Ginny também.


 - Que eu me lembre Hermione e Gina não ficam o tempo todo lembrando disso. – Rony estava começando a se irritar e os adultos estavam achando divertida a briguinha.


 - Você está querendo insinuar o que? Hein Ronald Weasley? – Pansy pergunta.


 - Nada, Pansy. Pelo amor de Merlim. Esquece esse assunto. Desculpa, OK? Eu já pedi desculpas agora muda de assunto? – Rony diz e Pansy dá um sorrisinho.


 - Ta, tudo bem. – ela diz. – Mas bem que...


 - Hey, será que o casalzinho poderia parar de discutir? – Draco perguntou divertido. – Vamos lá, Pansy. Esquece esse ciuminho, se agarrem logo, sejam felizes e nos poupe dessa briguinha. – ao Draco terminar de dizer isso, Rony e Pansy ficaram corados e os que assistiam a cena davam risada.


 - Me poupe Draco. Olhe quem está falando, logo você... – Pansy se recupera rapidamente e dá uma risadinha sarcástica. Draco fica sem graça, mas ri também.


 - OK. Vamos parar com essa conversa, estou começando a ficar com medo de você Pansy. – Draco diz divertido e Hermione começa a ficar corada.


 - Que assim seja... só não entendo o porquê de Hermione estar corada. – Pansy faz uma falsa expressão confusa.


 - Impressão sua. – Hermione diz, mas a sua expressão nega. – O céu está bonito hoje... – Hermione comenta olhando para a janela, onde um céu estava estrelado e com a lua cheia. Pansy ia comentar alguma piadinha, quando olhou para o céu e deu razão a Hermione.


 - Eu ainda não consigo entender... – Pansy diz pensativa e todos olham para ela.


 - O que você não consegue entender, Pan? – Rony pergunta carinhosamente.


 - Como eu consigo me encantar com as coisas mais simples da vida. Esse céu maravilhoso, nem dá pra acreditar que essa obra prima não é magia. O pôr do sol, por exemplo, todo dia esse fenômeno acontece, mas as pessoas nem percebem. O amor, a amizade dentre tantas outras coisas.


 - E eu me pergunto às vezes, porque me impressiono com você. Já deveria estar acostumado. – Rony diz sorrindo. E Pansy dá outro sorrisinho.


 - Pessoal! – Hermione chama a atenção de todos. – A aula! Nós estamos perdendo aulas! Oh meu Merlim. Que absurdo. – Hermione lamenta, no qual todos dão risada.


 - Eu estou dando graças a Merlim, por isso e você aí se lamentando. Me poupe Mione. – Gina disse divertida.


 - Estou pensando seriamente em fazer oferendas a Merlim, ele atendeu um dos meus pedidos. – Rony disse divertido.


 - Ahá. Muito engraçado todos vocês. Estou me acabando de dar risada. – Hermione diz irônica.


 - Hermione. – Draco chama a atenção dela. – Vem cá... Eu preciso falar com você. – Ele diz sério.


 - Aconteceu alguma coisa? – Hermione pergunta preocupada.


 - Na verdade sim... Uma coisa que eu devia ter feito há muito tempo. – Draco diz.


 - Tudo bem. – eles se distanciaram e foram para uma parte mais isolada do salão. Draco estava nervoso ela podia ver, mas Hermione estava tranqüila.


 - Sabe Hermione. Eu sei que as coisas estão acontecendo rápido demais. Nós temos tantas outras preocupações, como a guerra. E diante de tudo isso, todos esses conflitos a gente acabou se aproximando demais e nos tornamos amigos. No início, eu achei que nunca fosse me aproximar tanto de vocês, nunca pensei que um dia fosse amar tanto vocês dessa forma. Mas é que... – Draco suspirou e Hermione olhava para ele admirando-o. – ultimamente eu... tenho sentido... coisas diferentes em relação a você. Não sei se é porque você é linda, maravilhosa, inteligente, teimosa, quando está pensativa suas sobrancelhas se unem e uma arqueia levemente, ou quando você está ansiosa começa a morder os lábios, enfim. Eu tenho reparado tanto em você, mas tanto que eu acho que acabei me... apaixonando por você. Você é um anjo, minha linda. E como todo anjo fascina qualquer um que tente desvendar você. É claro que se você não sentir o mesmo em relação a mim, eu vou entender. – Draco diz relutante, mas Hermione lhe dá um sorriso.


 - Como não sentir o mesmo em relação a você Draco? Você é meu príncipe... eu já lhe disse isso uma vez. Estar sem você é o mesmo que está sem a melhor parte de mim... – Hermione completa sorrindo.


 - Então eu acho que já posso fazer isso sem receio... – Draco diz sorridente.


 - Isso o quê? – Hermione pergunta. Draco ajoelha-se e mostra uma caixinha com alianças.


 - Então Hermione... Quer namorar, noivar, casar, ser a minha amada pelo resto da minha vida? – Draco pergunta sorridente e toda Hogwarts observa o casal na expectativa da resposta de Hermione. Pansy estava com lágrimas nos olhos, assim como a mãe de Hermione e Gina. Harry exibia um sorriso de ponta a ponta e Rony estava com uma cara ansiosa pela resposta de Hermione.


 - É claro que sim, meu amor. – Hermione diz sorridente e Draco levanta, coloca as alianças e finalmente a beija. Carinhosamente, e com calma. Talvez para apreciar aquele momento único e transmitir todo o seu amor por Hermione. E Hermione não deixou por menos e respondeu a altura. Seus braços voaram para os cabelos de Draco, num gesto carinhoso. E depois de algum tempo eles se separaram, sem fôlego.


 - Eu te amo. – Hermione diz olhando nos olhos de Draco.


 - Eu também me amo. – Draco diz divertido, arrancando risadas de Hermione.


 - Seja bonzinho, meu lindo. – Hermione diz.


 - Eu te amo mais que minha própria vida. – Draco diz colando a sua testa na de Hermione. E logo em seguida, beijando Hermione novamente.


 - Ah não. Parem com isso. Estão me causando náuseas. – Rony diz divertido.


 - Ronald! Não seja inconveniente. – Pansy diz repreendendo Rony e em seguida abraça Hermione e Draco. – Até que enfim. Achei que eu teria que me envolver pra juntar os dois pombinhos.


 - Que bom que você não se envolveu baixinha, ia ser uma confusão e tanto. – Draco diz divertido e abraçando Hermione por trás. Quando, finalmente Hermione percebeu que todos estavam olhando para eles, inclusive os professores e o diretor de Hogwarts.


 - Amor. – Hermione chama a atenção de Draco que simplesmente apóia a cabeça no ombro dela.


 - Hum...


 - Eu acho que está todo mundo olhando... Até seus pais... – ela diz olhando para os lados.


 - Ah, tem problema não... – ele dá risada. – É porque você está namorando o cara mais gato de toda Hogwarts... – Hermione dá risada.


 - Sempre o meu sonserino convencido. Certas coisas nunca mudam não é mesmo? – Hermione diz divertida e Draco dá um risinho. – Mas eu estou aqui me perguntando... – em seguida ela vira pra frente dele e o coloca os seus braços em seu pescoço. – O que aconteceu com o fato de que Malfoys não se envolvem com sangue-ruim?


 - Ah nem se preocupe. Eu já estou ferrado mesmo. – ele deu de ombros e Hermione deu uma risada gostosa e todos podiam sentir a aura dos dois se tornando uma só.


Draco beija Hermione novamente.


 - Aí galera!! Dá licençinha aí que eu vou vomitar. - Rony diz arrancando risadas de todos.  – Meu estômago é muito fraco e não agüenta ver essas coisas.


 - Ah Ron. Cala boca, eles dois juntos são lindos. – Pansy diz emocionada e Ronald revira os olhos.


 - Você só faltou abrir um berreiro, de doida que tava pra chorar. – ela faz uma cara cínica de desentendida. – Pensa que eu não vi não, foi?


 - Ah Ronald. Deixa de ser insensível. Eu acho que nesse caso até a lula-gigante se emocionou. – ao Pansy terminar de dizer isso ele a olha assustado. – Tá, tudo bem. Foi um exagero de minha parte. – então os dois começaram a rir.


 


#


 


 Lucius Malfoy estava trancado em seu escritório. Claro que não esperava pela nova namorada do seu filho, mas nada disse. Ele estava exatamente vinte e sete minutos tentando escrever alguma coisa para o líder dos Filhos de Ipswich. Como escrever que se sentia arrependido pelas coisas que fez? Como escrever que contrariava tudo aquilo que ele prezou desde o dia em que nasceu? Como escrever e fazer os Filhos de Ipswich, a sua família, toda a sociedade bruxa acreditar que ele realmente mudara? Nenhum deles tinham um filho como Draco, jamais iriam entender. Quando estava prestes a desistir os cinco Filhos de Ipswich apareceram em frente a Malfoy.


 - Recebi o seu chamado. – Caleb diz indiferente, mas por dentro estava ansioso. Finalmente seu pai havia feito a escolha certa.


 - Sim. Eu já estava me perguntando como eu iria escrever para vocês. – Lucius diz aliviado.


 - OK. Então Lucius o que tem a nos oferecer? – Caleb pergunta novamente indiferente.


 - Tudo. Tudo o que eu sei sobre comensais, posso agir como espião e também passar as coordenadas de ataque e onde os comensais vivem. Acho que isso é o mínimo que posso fazer para me redimir. – Lucius diz.


 - Tem certeza? Não vai desistir? – Nashie, a nova namorada de Caleb, perguntou para testar o seu sogrinho.


 - Não. Eu vos dou a minha palavra em nome daquilo que mais prezo na vida: minha família. – Lucius diz.


 - E todo o seu preconceito com os não-bruxos... O que aconteceu? – Tyler (Rony) pergunta.


 - Na verdade, eu continuo não gostando deles, mas também não quero fazer nenhum mal. Cada qual no seu mundo. – Lucius disse.


 “Se tratando de meu pai, isso é até impressionante!” – Draco pensou.


 “É... realmente seu pai está mudando...” – Harry pensou impressionado.


 - Uma última pergunta: Qual é o motivo dessa repentina mudança? – Reid (Harry) pergunta.


 - Sabe... eu poderia dizer que é pelo bem maior e tal, mas eu estaria mentindo. Na verdade, eu penso que se não fosse pelo meu filho nada disso teria acontecido. Ele é a pessoa que mais admiro não como um menino e sim como um homem. Ele foi capaz de ver e entender o que eu nunca vi em toda a minha vida. E ainda por cima me abriu os olhos. Sei lá o motivo, mas nada disso teria acontecido se não fosse o meu filho. – Lucius disse emocionado e Caleb quase se emociona quando Nashie(Hermione) toma a voz.


 - OK. Nós aceitamos a sua proposta. Se ousar não cumprir a sua palavra, pode ter a certeza que nós saberemos de tudo. – Nashie diz ameaçadoramente e Lucius quase se deixa enfeitiçar pela linda moça a sua frente.


 - Quando verei vocês novamente? – ele pergunta percebendo que os Filhos de Ipswich iriam partir.


 - Quando for a hora certa. – Caleb responde e logo todos os filhos de Ipswich somem.


 Lucius fica novamente sozinho em seu escritório.


 - É. Agora, definitivamente, tudo vai mudar.


 


#


 


O Salão Principal estava lotado, e a mesa que dividia antes dividia Grifinória e Sonserina (devido a união das casas) agora estava toda misturada. Os alunos estavam mais tranqüilos e conversavam distraidamente.


 - Sinceramente. Eu estou surpreso. Nunca em meus sonhos mais loucos eu imaginei que meu pai fosse agir assim. Sabe, ele nunca foi sentimentalista. – Draco dizia impressionado.


 - Também... com um filho desses quem resistiria? – Hermione diz divertida e Draco dá um selinho nela.


 - Sinceramente. Eu não agüento mais essa melação de vocês. – Rony revira os olhos e Pansy fica distraída. Todos estranham o fato de Pansy não comentar nada.


 - É impressão minha ou Pansy está muito distraída hoje? – Harry pergunta estranhando a amiga que desperta ao ouvir o que Harry falou.


 - Ãnh? O que foi? Porque todos estão me olhando? – Pansy pergunta com os olhos arregalados, desviando o olhar de Rony. O que não passou despercebido por Hermione.


 - Nada. Hoje você está só um pouco estranha. – Draco diz.


 - É? – ela apenas dá de ombros.


 - Então pessoal... Vamos para a aula? – Pansy muda rapidamente de assunto.


 - Hoje eu vou perder essa aula... Pansy, por favor, não vai para a aula hoje... – Hermione pede a amiga e todos olham para ela assustado.


 - Amor, está tudo bem com você? – Draco pergunta colocando a mão na testa da namorada e rapidamente tira. – 40º de febre, vamos levar ela logo pra enfermaria.


 - Muito engraçadinho você, Draco. É que eu preciso conversar com a Pansy. – Pansy dá uma risadinha e todos olham desconfiados para Hermione.


 - Conversar o que? – Draco pergunta desconfiado e Hermione olha para as unhas.


 - Nada demais... coisas de mulheres. – Hermione diz simplesmente.


 - Está querendo que eu file aula com você, Mionezinha? – Pansy pergunta cinicamente. – Que coisa feia Hermione, olhe o exemplo que você me dá?


 - E você acha Panzita que eu realmente iria sugerir isso se não fosse URGÊNCIA MÁXIMA? – Hermione pergunta irônica.


 - Eu hein! Estou até com medo de vocês. – Harry diz assustado.


 - Eu acho que está na nossa hora, não é? – Draco olha para o braço, dá um beijo em Hermione e sai com Harry e Ron.


 - É impressão minha ou não tinha nenhum relógio no braço de Draco? – Hermione pergunta divertida e Pansy dá risada.


 


#


 Já no quarto de Pansy, na Sonserina, as duas amigas estavam conversando sobre coisas simples, quando Pansy finalmente pergunta para a amiga.


 - Então Mione... O que você tem de tão importante para conversar comigo? Está acontecendo alguma coisa com você?


 - Na verdade Pansy, não é comigo que está acontecendo...


 - Não? – Pansy olha para Mione com uma expressão confusa.


 - Não... É com você. Você e um certo ruivo. – quando Hermione disse isso, Pansy ficou imediatamente corada.


 - O que Hermione? Você está ficando louca, não é possível... – Pansy diz tentando disfarçar.


 - Sabe Pansy, você acha que me engana... pensa que eu não percebi? Você não implica mais com Ron, nem comentou nenhuma besteira no almoço e agora ficou vermelha ao ouvir falar no Ron. – Hermione diz divertida.


 - Você falou em um certo ruivo. Quem te garante que é de Ronald que estamos falando? – Pansy diz.


 - Ah Pansy, deixa de ser cabeça dura e admite logo. – Hermione diz revirando os olhos.


 - Sabe Hermione... ultimamente eu tenho me sentido estranha perto do Ron. – Pansy diz isso de cabeça baixa. – E bom... eu meio que sinto vergonha em admitir isso.


 - Vergonha? Por quê? – Hermione estranha o que a amiga diz.


 - Vergonha porque eu nunca senti nada parecido por alguém... E eu acho que o Ron não gosta de mim, como eu gosto dele entende? – Pansy diz.


 - Como você pode achar umas coisas dessas? Você não sabe o que passa pela cabeça oca do Ron... – Hermione diz tentando animar a amiga. – Agora que você já admitiu que gosta dele que tal você tentar lutar pelo amor dele?


 - Hermione, eu acabei de te dizer que ele não gosta de mim daquele jeito, como você quer que eu fique atrás dele? – Pansy pergunta a amiga.


 - Acha mesmo que vai conseguir as coisas desse jeito, parecendo uma mosca morta? – Hermione pergunta.


 - Hermione, eu já tomei a minha decisão. Se tiver que acontecer alguma coisa, vai acontecer naturalmente, sem ser nada forçado. – Pansy diz decidida.


 - É... talvez você tenha razão... Mas se você demorar demais, já sabe o que pode acontecer né? – Hermione avisa Pansy.


 - Deus é mais, Mione. Vira essa boca pra lá... Se algumazinha decidir se envolver com o MEU Ron, vai se ver comigo...


 - Só não seja tão cabeça-dura e resolva logo de uma vez essa história... – Hermione diz.


 - OK. Amiga linda do meu coração, só o tempo dirá, só o tempo. – Pansy diz.


 Depois dessa conversa as duas começam a conversar sobre outras banalidades e decidem ir para a próxima aula.


 


#


 - Então, as amiguinhas já conversaram tudo o que tinham para conversar? – Harry perguntou irônico. – Vocês, mulheres, falam até pelos cotovelos.


 - Na verdade, Harryzinho a gente não terminou. Vamos terminar a conversa na aula. – Pansy diz com um sorrisinho maldoso. – Quem sabe pelos pensamentos? – Hermione e Pansy dão risadas das caras dos meninos. Quando Blás Zabinni aparece por trás de Pansy.


 - Pan? – ele chama a atenção dela.


 - Blás, querido. Então já terminou de copiar meu dever de poções? – Pansy pergunta divertida e Zabinni dá risada. Ronald fecha a cara e cruza os braços, fato que não passou despercebido nem por Draco, Harry e Hermione.


 - Parece que eu estou te devendo uma... – ele diz divertido.


 - Não pense que vai ficar assim... eu vou cobrar, bonitinho. – Pansy diz cínica.


 - Então, soube que você está ótima em poções e bem... eu estou meio que enrolado e precisando de uma ajuda. Aí eu pensei que você poderia me ajudar, se não for nenhum incômodo. – Blás Zabinni pergunta com um sorriso no rosto e Ron ficou vermelho de raiva.


 - Tudo bem... A gente acerta os horários... assim você vai ficar me devendo dois favores Blás. – ela diz divertida.


 - E eu terei o IMENSO prazer de cumprir. – ao terminar de dizer isso dá uma piscadinha e volta para os seus amigos. Pansy dá um sorriso e senta quando percebe que todos estão olhando para ela e Ron não estava com uma cara amigável.


 - O que foi? – ela pergunta com uma expressão desentendida.


 - Como assim o que foi? Você e esse garoto só faltaram se agarrar aqui na minha frente! – Rony usava um tom agressivo e todos se assustaram com ele.


 - Mas ele é só meu amigo... – Pansy disse num fiapo de voz.


 - Que amigo maravilhoso esse... que pretende entrar no mundo das Trevas. – Rony disse furioso.


 - Você sabe muito bem que ele não pretende isso. Pelo contrário ele não quer se envolver...


 - O que prova que ele é um covarde. Confessa logo Pansy Parkinson, confessa que você está saindo com ele. – Rony dizia isso com os olhos semicerrados e Pansy olhava incrédula para ele.


 - Está louco? E mesmo que eu tivesse saindo com ele o que você tem a ver com isso? – Pansy perguntou.


 - Como assim o que eu tenho a ver com isso? Eu tenho tudo a ver com isso...


 - É mesmo? E por quê? – Pansy olhava para ele com expectativa.


 - Ora... Porque esse garoto pode te influenciar nas decisões dos Filhos de Ips...


 - Me dê qualquer desculpa menos essa Ronald. Qualquer uma. – Pansy olhava para ele triste. Nunca sabia o que se passava pela cabeça de Ron, nem sabia quando foi que ela se deixou apaixonar por aquele ruivo.


 - Como assim? – Ronald perguntou percebendo o olhar triste de Pan.


 - Nada não Ron. Esquece... – ela disse isso e saiu do Salão Principal correndo.


 Não precisou que ninguém dissesse nada, Ronald foi atrás dela. É claro que ele sabia que ela estava triste, e ele temia que ele fosse a causa dessa tristeza. Encontrou-a olhando para o lago, as lágrimas escorriam pelo rosto, o vento batia em seu rosto levemente. “Não existe algo tão belo, quanto você Pansy”.


 Pansy estava chorando. E ela nem sabia o porquê. Na verdade ela sabia sim... acabara de descobrir que Ron não gostava dela e isso doía.


 - Como eu fui me deixar levar por você Ron? Eu não entendo... – Pansy murmurava para o nada sem saber que Ron estava ouvindo e a observando. – Seria tão mais fácil se você também gostasse de mim... – e ela começou a chorar mais.


 - E quem foi que disse que eu não gosto de você? – Ron resolve se manifestar assustando a garota. Pansy rapidamente enxuga as lágrimas.


 - Você? Estava aqui o tempo todo? – ela perguntou com receio.


 - Sabe Pansy. Você é tão complicada, mas é perfeita pra mim. Eu sei que as vezes eu sou meio cabeça-dura mas é que eu sou tão orgulhoso quanto você. Mas dessa vez vai ser diferente...


 - Diferente? – Pansy ainda chorava e Ronald se aproximou enxugando as suas lágrimas.


 - Não chore. Você não faz idéia do quanto isso me atinge... – ele diz olhando nos olhos da sonserina.


 - E atinge de que forma Ron? Como amigo? – Pansy perguntou olhando para o grifinório.


 - Não, minha linda. Como namorado. – ao terminar de dizer isso deu um beijo em Pansy. Um beijo doce, calmo e ao mesmo tempo intenso. Eles não tinham consciência de nada ao seu redor. Naquele momento não havia espaço para guerras, tristezas. Só havia amor. Só havia Ronald e Pansy. Mas infelizmente eles precisavam de oxigênio e se separaram ofegantes.


 - Quer dizer que agora você é meu namorado? – Pansy pergunta sorridente.


 - Se você quiser é claro...


 - Eu não me lembro de ninguém me pedindo em namoro, sabe...


 - Engraçadinha, não seja por isso. Então Pansy Lany Parkinson, sei que estou sendo um louco fazendo isso, mas eu não resisto a você então... quer namorar comigo? – ele pergunta divertido.


 - Claro que sim. – ele dá um selinho nela. – Mas bem que você podia ser mais romântico, não querido?


 - Hey!


 - Mas se você fosse tão romântico, não seria o meu Ron. – ele dá risada. – Eu amo você, meu ruivo.


 - Eu te amo mais, minha morena. – e novamente a beijou. O segundo de muitos beijos.


 


#


 - Eles estão demorando tanto... – Harry comenta.


 - A essa hora tenho tantas coisas em minha mente, Harry. – Hermione diz divertida.


 - É mesmo meu amor? – Draco faz uma cara cínica de desentendido. – Que coisas?


 - Humm... coisas que eles estão fazendo exatamente essa hora... – Hermione diz com um olhar malicioso.


 - Sabe, eu estou com medo dessa conversa de vocês e antes que eu veja algo trágico eu vou embora... – Harry diz, mas o casal nem percebeu a ausência do menino-que-sobreviveu.


 - Ah é? O que eles estão fazendo exatamente nessa hora?


 - Aaah meu amor. Eu não sei explicar... – Draco arqueia a sobrancelha. – Mas eu sei exatamente como demonstrar...


 - É mesmo? – Hermione confirma com um gesto positivo e Draco se aproxima dela. – Eu espero que eles estejam fazendo algo beeem perigoso.


 - Pode apostar. – Hermione diz isso quando finalmente Draco a beija. Aproveitaram e ficaram um bom tempo namorando.


 


#


 


Draco andava de mão dadas com Hermione para a próxima aula do dia: Poções. Sabia que Rony e Pansy não iriam assistir a essa aula, mas Hermione já havia perdido uma aula e precisava assistir à aula de Poções, a contragosto de Draco.


 - Ah meu amor... a gente podia seguir o exemplo de Ron e Pansy e...


 - Não termine essa frase, amor. Eu já perdi uma aula já, não vou perder duas... – Hermione explicava pela milésima vez.


 - Mas é por uma boa causa... – Draco disse quase desistindo.


 - É claro que é por uma boa causa... mas você me conhece, não é meu bem?


 - Eu nem sei por que eu insisto... – Draco diz derrotado e abaixa a cabeça.


 - Ei, ei! Nós temos ainda muito para aproveitar meu amor. – Hermione diz. – Além do mais vai ser uma aula divertida, sobre poções mortos-vivos se não me engano.


 - Super, hiper interessante. – Draco diz com zero entusiasmo.


 - Draco... – Hermione diz o repreendendo.


 - OK. Eu desisto. – ele levanta os braços para os céus. – Que namorada eu fui arrumar meu Deus! – Hermione dá apenas um sorrisinho.


 - Você ainda pode desistir de mim, Draquinho. Existem muitas por aí... – Hermione diz virando para frente com uma expressão emburrada.


 - Ah não. Você ficou chateada? – ele pergunta a abraçando por trás. Hermione nada diz. Então Draco começa a distribuir beijinhos pelo pescoço deixando-a arrepiada. – Ainda está chateada? – ele começa a fazer carinhos mais intensos...


 - Draco... eu... – Hermione não conseguia pensar em nada racional... Na verdade Draco Malfoy tinha esse efeito sobre ela.


 - Sim, minha linda... – e continuou com os carinhos.


 - Eu... não vou... conseguir... resistir... por muito tempo. – ela disse pausadamente e ele apenas ri. – É sério... amor.


 - Tudo bem. Mas você não está chateada comigo, está?


 - Não. Eu não consigo ficar chateada com você, meu amor. – Hermione simplesmente diz isso e dá um beijo no seu namorado.


 Quando eles se separam percebem um vulto vermelho passando ao lado deles correndo.


 - Mas o que? – Hermione pergunta confusa, olha novamente e percebe que é Gina. – Gina?


 - Vai lá Hermione. Ela não está bem, se não me engano eu ouvi um choro... – Draco diz olhando preocupado para a namorada. 


- Não se importa? – Hermione olhou cautelosamente para o namorado.


 - Eu anoto tudo para você... – ele diz sorrindo.


 - Eu já disse que te amo?


 - Já... mas é sempre bom ouvir de novo. – Draco diz sorrindo e Hermione sai correndo atrás da amiga. “ E como eu te amo, meu amor.” Draco pensa ao olhar a menina correndo com um olhar preocupado.


Entra na sala e estranha... Ué? Onde está Harry? Estranhou, mas nada disse e sentou-se ao lado de Zabinni. Juntos começaram a conversar sobre Quadribol.


 


#


 


- Gina! Gina, espera! Gina... calma Gina sou eu Hermione, espera! – Hermione corria atrás da amiga que simplesmente não parava de correr. – Ginevra Molly Weasley... PARE DE CORRER!


 Gina simplesmente para de correr e senta no chão chorando. Hermione se assusta.


 - Ginny, o que houve? – Hermione se aproxima sem fôlego mais ainda assim abraçou a amiga que chorava em seus braços.


 - Mione... – e Gina chorava sem conseguir dizer nada.


 - Calma amiga. Primeiro se acalma. Depois você me conta. – depois de um bom tempo Gina se acalmou.


 - Hermione... foi ele! – Gina disse triste.


 - Ele? Ele quem? Harry? – Hermione chutou por intuição.


 - Sim. O Harry. Ele... ele... – Gina recomeçava a chorar.


 - Gina, você gosta do Harry? – Hermione pergunta cautelosamente e Gina confirmou. – Então o que foi que ele fez?


 - Ele está com outra Hermione. Eu acabei de ver ele com uma menina da corvinal...


 - E eles estavam apenas conversando ou...


 - Eles estavam se beijando Mione. Eu vi. Depois eu não agüentei e sair correndo. Ele me chamou, mas eu não dei ouvidos.


 - Mas Ginny... Pode ter sido um mal entendido... – Hermione diz tentando amenizar a situação.


 - Não Hermione. Eu sei muito bem o que eu vi. Não me pareceu um mal entendido... – Hermione olhava para Gina sem saber o que dizer. – É triste, Hermione. Sei que ele não é nada meu, sabe... mas eu pensei que ele sentia o mesmo em relação a mim... os olhares, os sorrisos, as reações deles tudo pareceu indicar isso e meu coração se encheu de esperança. Eu nunca te contei Hermione, mas eu sempre fui apaixonada por Harry Potter. Sempre. Mas ele apenas me enxergava como a irmã do melhor amigo e só. De uns tempos pra cá eu achei que ele mudou essa visão, mas estava enganada. Sabe Hermione, é muito ruim amar e não ser amada. Além do mais quando esse amado é Harry Potter. Sempre sujeito a perigos, meu coração fica na mão com medo que aconteça alguma coisa com ele. Sei que vocês estão envolvidos em alguma coisa e não podem me contar, mas eu posso confiar em vocês. Por isso protegi vocês no dia do teste de medição dos poderes. Ah Mione, estou sentindo uma angústia tão grande. Eu amo Harry Potter, Hermione. AMO. – Gina desabafa tudo de uma vez e Hermione abraça a amiga quando surge uma pessoa inesperada.


 - É verdade tudo isso que eu ouvi? – Gina e Hermione olham assustada para a pessoa a sua frente.


N/A.:Sim, não é miragem: o capítulo acabou :O PROTEGO!PROTEGO!PROTEGO! CALMA GENTE, NÃO ME MATEM! Vou tentar adiantar o próximo capítulo... estou tão inspirada esses dias. Enfim, comentem quero saber o que vocês acharam desse capítulo, aceito críticas :) mas COMENTEM MUITO MESMO :D



beijos pessoal, meu irmão está enchendo meu saco já pra entrar no PC.


obrigada por lerem a fic depois respondo os comentarios.

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