<u> Detenção </u>
Hermione ainda estava impressionada com a aula de Poções. Ela não imaginava que no futuro ela ia se casar com o Drac... Malfoy.” É Malfoy, Hermione... MALFOY!, mas que droga!” . Ela andava com Harry e Rony e os dois também estavam calados, talvez pensando sobre o futuro deles também.
- Sabe, gente. Eu não queria admitir, mas as crianças, os meus filhos é tudo o que eu sinto mais falta do futuro. Eles são adoráveis. Vocês tinham que conhecer.
- Eram três, né Harry? – Hermione pergunta a ele.
- Sim, dois meninos e uma menina. A menina mais nova era linda, muito parecida com Ginny, o nome dela era Lily. Ruiva e os olhos castanhos eram brilhantes. O do meio é Alvo, o único que herdou meus olhos, ele era certinho. E o mais velho, ah, vocês precisavam ver ele era muito sapeca. Um maroto, tenho certeza. O nome dele era Tiago.
- Harry, olha eu sei que você adorou aquelas crianças, mas... – Hermione escolhia com cuidado as palavras. – Eles são o futuro. Você tem que esquecer isso.
- Esquecer? Hermione, como vou esquecer meus filhos?
- Harry, o futuro é relativo. Esse é um dos caminhos que sua vida pode tomar, mas existem outros. Não dá pra se prender no futuro, Harry. Você tem que viver o presente, a guerra ainda não acabou. E nós nem sabemos como acabar com Voldemort.
- Mas nós vamos descobrir.
- Então não se prenda ao futuro. Não deixe as coisas passarem, por ter uma certeza de um futuro que não existe. Não ouviu o professor dizer? O futuro é imprevisível. – Harry pára o caminho e olha para Mione.
- Tem razão. Um dia eu ainda descubro como você tem uma memória tão boa. Rony? Porque está calado? Você não falou nada até agora...
- Bem é que... esse pode ser um dos caminhos da nossa vida. Mas... eu não entendo uma coisa... – ele olhou para os dois amigos a sua frente. – porque foi justamente esse caminho que foi nos mostrado?
- Boa pergunta, Rony. É tão improvável que na condição que estamos hoje, no meu caso, eu me casar com Draco Malfoy. Já pensou se alguém escuta isso? – Hermione concorda com Rony.
- Vão internar você no St. Mungus. – os três começam a rir. E quando percebem dão de frente a Malfoy e Parkinson.
- Olha só, o trio maravilha. – os três garotos reviraram os olhos. – Que surpresa boa. Aliás, Weasley eu já dei a notícia ao meu time... pode ficar sossegado que você vai levar muuuuitos gols.
- Cala a boca, Malfoy. Você é quem tem que se preparar para perder. – Rony se defende.
- Ah, eu não tenho problemas com a alto estima. Eu sempre sou bom no que faço. – Malfoy sorri cinicamente.
- Há, bom no que faz. Não seja uma anta Malfoy. – Rony riu.
- Sim, Weasley. Sou tão bom no que faço que até a Granger percebeu isso. E tanto que no futuro ela se casa comigo. – Draco provocou. Hermione ficara totalmente corada.
- Olhe aqui, sua doninha saltitante, eu vou quebrar a sua cara! – Rony aponta a varinha pra Malfoy e este também.
- Vem, pobretão. Quero ver que o monitor da Grifinória vai me bater mesmo.
- Seu idiota! – Hermione, Harry e Pansy apenas assistiam a discussão com total desinteresse. – Expermiallus.
- Protego! Estupefaça. – Rony bate na parede e se levanta novamente. Quando se prepara pra lançar um outro feitiço em Malfoy.
- Eu posso saber o que é que está acontecendo aqui? – A professora Minerva apareceu no corredor. – Que interessante. Vocês decidiram fazer um duelo aqui, então. Que ótimo. E começaram bem, porque vão pegar uma detenção. Os cinco.
- O QUÊ? Mas a gente nem estava envolvido nessa briga deles dois. – Pansy reclama com a professora.
- Então ficaram assistindo de platéia e não fizeram nada para impedir? – eles confirmaram com a cabeça. – Estou decepcionada com vocês, grifinórios. Como permitiram uma coisa dessas, acontecer na sua frente sem mover um dedo para impedir? – os meninos baixaram a cabeça. – Detenção pros cinco. Na minha sala às 6 da noite, sem falta. – dizendo isso ela dá as costas e segue seu caminho. – E não quero saber de mais nenhuma briga! – ela grita no fim do corredor e logo em seguida some de vista.
- Ta vendo, vocês dois. Estamos de detenção por culpa de vocês. – Harry reclama com Draco e Rony.
- Mas a culpa foi dele, Harry. Que me provocou. – Rony se defende.
- E eu tenho culpa se eu só falo a verdade? – Draco provoca Rony novamente.
- Ah, seu loiro ambulante. Eu vou matar você.
- Chega! Os dois parecem duas crianças discutindo. – Hermione fala em um tom superior. – Dois monitores brigando no corredor por besteira. Que pouca vergonha, agora cada um segue o seu caminho. – ela e Harry começam a andar só que Rony fica encarando Malfoy. – Vamos logo Rony!
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- Ah, Rony. Eu não acredito que estou aqui por causa de você. Que peguei uma detenção por causa de você. E se a detenção for horrível demais eu te mato, ouviu bem, MATO. – Hermione estava impaciente. Estava a cinco minutos, ela Harry e Rony esperando Malfoy e Parkinson chegarem. Quando finalmente Draco e Pansy resolvem dá o ar da graça.
- Já chegaram? E cadê a professora? – Pansy pergunta aos outros três.
- Boa noite, queridos. Que bom que já chegaram. A detenção de vocês é simples. Tem uma sala aqui em Hogwarts que a magia é totalmente bloqueada, então não tentem fazer nenhuma gracinha. A sala está muito suja e realmente está precisando de uma limpeza. Como vocês são cinco talvez adiante o trabalho, e se não conseguirem terminar hoje, vocês podem continuar amanhã. Vamos me sigam. Vou mostrar a sala para vocês. – A professora Minerva segue um caminho e os meninos estranham o corredor. Ao chegar em frente a uma parede, ela fala. – Invisible Apareceum. – Ao dizer isso aparece uma porta. Ela abre a porta. – Entre queridos. – Ao entrarem na sala o queixo dos cinco caiu. Era muita bagunça.
- Mas professora, isso é bagunça demais! – Pansy reclama.
- Então creio que vocês devem começar logo. – Minerva responde. Realmente aquela sala era uma bagunça, fazia tempo que ninguém limpava então pediu aos alunos para limparem. Eram livros, poções e muitas folhas. Havia uma mesa, onde havia várias sujeiras e livros com poeira, e a sala era enorme. Havia três estantes de livros. Todas totalmente desarrumadas e duas estantes de poções. Tinha produtos de limpeza: cinco vassouras, desinfetante, luvas, panos e muitos outros. – Quero que organizem por cor, ordem alfabética e por tamanho. Vamos! Comecem já. As 22:00 horas eu venho aqui. – dizendo isso ela fecha a porta.
- Caramba, eu nem sei por onde começar isso! – Pansy comenta olhando horrorizada para tamanha bagunça da sala.
- Vamos começar pelas poções. Organizar todas elas. Vamos junta-las primeiro por cor. – Hermione sugere e todos concordam. Rapidamente todos eles começam a trabalhar.
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Já havia se passado 3 horas e eles terminaram de organizar as poções e já estavam fazendo faxina na sala. Juntando todos os papéis e organizando-os. Estavam muitos cansados e Pansy não parava de reclamar.
- Fala sério. Eu estudo aqui pra fazer faxina, é? Deixa só meu pai saber disso. – Pansy diz.
- A professora Minerva pegou pesado dessa vez. Não é justo. – Rony também reclama.
- Hoje eu vou dormir muito cansada. Tenho certeza disso. – Hermione diz.
- Ah, gente. Chega de trabalho por hoje. Não vai dá pra terminar tudo isso hoje. Deixa pra amanhã. – Draco diz no qual todos concordam e se sentam no chão. Ao fazerem isso a sala começa a tremer.
- O que é que está acontecendo? – Harry pergunta. – Que tremedeira toda é essa? – A sala começa a ficar branca e vazia. Depois pára de tremer.
- Sinistro! – Rony exclama. – Onde será que a gente ta?
- Olá queridos. Eu estava realmente esperando por vocês. – rapidamente os cinco olham para trás e apontam as suas varinhas para o carinha. Que parecia um monge todo de branco. – Não ouviram a professora de vocês dizer, aqui essa magia não funciona.
- Quem é você? – Draco pergunta tranquilamente ainda sem baixar a varinha.
- Ah, eu sou o mestre. – o homem responde calmamente.
- E que lugar é esse? – Draco pergunta novamente.
- Nenhum. Esse aqui é um mundo exterior, não existe.
- Mundo exterior? Um lugar que não existe? Ah, faça-me o favor. Não tem resposta melhor que essa, não? – Hermione zomba do “mestre”.
- Bem, querida. Essa é a verdadeira resposta. – ele responde novamente calmo. Aquela calma já estava irritando os garotos, que estavam inquietos com aquela situação. – Mas eu pensei que fosse demorar a época em que vocês apareceriam de novo.
- Como? – Rony pergunta confuso.
- Ah, então vai começar tudo de novo. – Os cinco olharam confuso para aquele homem. “Que cara mais maluco!”. Esse era o pensamento de todos os cinco. – Ah, e eu não sou maluco. – os cinco ficam vermelhos de vergonha. – Bom. Sei que vocês vivem um momento difícil de guerra. E que Voldemort está cada vez mais perigoso. – os cinco se surpreendem por aquele carinha saber sobre a guerra. – Mas há uma esperança em acabar com essa guerra e a paz reinar no mundo bruxo.
- Uma esperança, quem? – Hermione pergunta.
- Vocês. – o mestre responde. – Apenas vocês podem acabar com essa guerra. Mas para isso vocês têm que parar com essas briguinhas bestas. Vocês são a esperança do mundo bruxo. Só vocês podem salvar os bruxos e os trouxas. O peso do mundo está nas costas de vocês, que têm uma grande responsabilidade nas mãos.
- Espere aí. Um momento. Como o Malfoy e a Parkinson podem ajudar a gente? Eles dois sempre foram nossos inimigos, sempre fizeram de tudo para acabar com a vida da gente. Não que eu esteja insinuando alguma coisa, mas eles têm pais que são comensais da morte. – Harry diz.
- É realmente patético Potter, que você pense assim. E ainda nos perguntam por que odiamos vocês. – Draco responde.
- Ele apenas disse a verdade Malfoy. – Rony diz. – Nós temos motivos para desconfiar de vocês.
- Sim, você tem razão Weasley. Vocês têm vários motivos pra desconfiarem da gente. Como por exemplo, fazendo com que o erro dos nossos pais faça com que vocês criem uma imagem sobre a gente. Nem sempre seguimos o mesmo caminho que os nossos pais. Veja o caso de Sirius, por exemplo. – Pansy responde.
- É diferente. – Harry diz. – É diferente porque ele não era um sonserino.
- Está vendo aí. Puro preconceito. Vocês nem ao menos nos conhece de verdade pra estar falando isso. – Pansy se defende novamente. – Nós vamos ser futuros comensais da morte. É isso que todo mundo pensa não é mesmo? E o motivo desse pensamento: os pais deles são anjos da morte, e ainda por cima são sonserinos.
- Isso é o que provavelmente todos pensam. E as atitudes que vocês têm apenas confirma isso. – Hermione diz e Draco apenas a olha. Um olhar que Hermione não soube identificar. Os olhos azuis que beiravam a cinza ficaram frios.
- Vamos embora Pansy. Não vale a pena. – Draco apenas diz.
- Tem razão. Mas eu vou te lembrar uma coisa. Uma não duas coisas. Primeira coisa: Sirius tinha pais comensais, ou melhor, a família toda de Sirius eram comensais e isso fez com que todos tivessem receio sobre ele. Finalmente ele prova que era de confiança, mas quando aconteceu alguma coisa ruim com seus pais Harry, ele foi o culpado. Mesmo sendo o melhor amigo deles. E sabe por quê? Porque os pais deles eram comensais da morte e toda a sua família também. Preconceito. Segunda coisa: Acha mesmo que são apenas os Sonserinos que são comensais da morte?
- Não. Há pessoas de outras casas também. – Hermione responde. E o mestre apenas observa a discussão deles.
- Pois eu vou dizer uma pessoa da casa de vocês: Pedro Pettigrew. Traidor nojento, mas ele era da casa de vocês. Ele era Grifinório. E você sabe por que tomamos atitudes desse tipo, porque não vale a pena. Vocês são tão preconceituosos quanto a isso que não vale a pena. Criamos uma redoma de cristal, e só somos verdadeiramente nós mesmos, quando existe uma coisa do qual vale a pena lutar.
- Vocês têm que parar com isso. Têm que aprender a ouvir um aos outros, e têm que perdoar uns aos outros. – o mestre diz.
- Perdoar? – Harry pergunta.
- Perdoar é divino, Harry. É uma qualidade que nem todos têm. E eu posso garantir a você Harry que Draco e Pansy têm essa capacidade. Vocês têm que parar com isso. Essa guerra só vai acabar se vocês se unirem. Pense nisso. – ao dizer isso o mestre desaparece e tudo volta ao normal.
- Ultimamente quando estou com vocês três – Pansy aponta para Harry, Hermione e Rony – eu só convivo com situações estranhas. – Pansy olha para o relógio de parede – Já vai dar 22:00 horas.
Harry, Hermione e Rony se olharam.
- Malfoy e Parkinson. Antes que a professora chegue, nós gostaríamos de dizer que entendemos um pouco a situação de vocês. – Harry diz.
- Tudo bem. Nós também entendemos vocês. – Malfoy diz. A professora Minerva chega bem na hora certa.
- Ah, eu sabia que vocês iriam ter que continuar amanhã. Bem queridos estão liberados. – ao dizer os cinco passam por ela sem dizer uma única palavra. Estavam cansados e precisavam descansar.
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Hermione andava apressada pelo corredor estava indo para a aula de feitiços, uma aula muito interessante na opinião dela. Quando de repente ela se esbarra em alguém. Todo o seu material cai no chão e ela olha para a pessoa.
- Me desculpe, eu estava um pouco apressada e distraída. – Hermione se desculpa com um dos garotos mais bonitos da Corvinal, Miguel Corner.
- Não há de que. Se for pra me esbarrar com uma garota tão linda quanto você, eu não me importo. – Hermione ficara corada. Aquilo era uma cantada. Oh Merlim, um dos gatos da escola fez uma cantada para ela. Um grupo de garotas da Grifinória passa e olham impressionadas para Hermione. – E então, pra onde você vai?
- Ah, pra sala de feitiços. – Hermione ainda estava corada e ela se sentiu uma completa idiota por isso.
- Então você me daria a honra de sua presença?
- Se não for incômodo nenhum... – e então os dois seguem o caminho para a aula de feitiços.
- Eu realmente sinto muito que você tenha que dividir com a Sonserina.
- Até que não está sendo tão ruim assim... eles ficam na deles e a gente fica na nossa. Claro que tem as brigas, eu mesmo já me envolvi em várias... – Miguel começa a rir.
- Aliás aquela briga que você teve com Pansy, foi demais!
- Qual das? – ela brinca com ele e Miguel ri novamente.
- Você é divertida Hermione.
- Ah, e você achava que eu era uma CDF chata que só pensa em estudos.
- Eu não disse isso.
- Tudo bem. É o que a maioria das pessoas pensa, e eu nem ligo pra o que as pessoas pensam. – eles chegam à sala de feitiços. Os alunos já estão na sala e as pessoas se impressionam ao ver Miguel conversando com Hermione.
- Chegamos ao seu destino. Foi bom conversar com você Hermione. Então, até uma próxima vez...
- Ta bom. Até a próxima. Tchau. – Ele faz um gesto indicando “tchau” e vai embora. Hermione suspira.
- Olha só a carinha dela. Ah, Granger. Você acha mesmo que Miguel Corner está afim de você? – Draco aparece na porta e zomba dela. Hermione está encostada na parede. E Draco coloca o braço em um dos lados dela na parede. As meninas que estavam dentro da sala suspiravam de inveja. Primeiro o Miguel Corner e agora Draco Malfoy.
- Isso não importa. – ela ficou vermelha.
- Ah, Granger. Não perca tempo jogando seu charme pra ele, como se você tivesse algum. – Hermione estava irritada.
- Olha aqui Malfoy. O que eu faço ou deixo de fazer não te importa. – ela ao dizer isso faz com que Draco comece a rir. Se aproximando mais dela. As pessoas que estavam dentro da sala olhavam a cena com interesse e as meninas suspiravam.
- Eu estou avisando. Ele é um galinha e só vai magoar você.
- Não fale assim dele. Ele me pareceu uma ótima pessoa...
- Boa pessoa? Ele? Granger, Granger. Você vai ser apenas mais uma da lista dele. E além do mais ele é covarde, você vai ver. Quem avisa amigo é. E mesmo que ele fosse uma boa pessoa quem iria se apaixonar por você, olhe pra você Granger. – Hermione ficou com lágrimas nos olhos, mas não ia chorar. Ele percebeu isso e se arrependeu de ter dito aquelas palavras.
- Tudo bem, Malfoy. Deixa pra lá. – Hermione tenta sair dos braços de Malfoy, mas não consegue. – Eu posso sair?
- Olha, foi mal eu ter dito aquilo. Vai por mim o Corner não é uma boa pessoa. – Draco diz. – Eu só estou te avisando.
- Considere que você já me avisou.
- Tudo bem, quem avisa amigo é. – Draco fica indiferente. – Vamos entrar daqui a pouco o professor chega.
- Ok. Mas pra gente entrar você tem que sair da minha frente. – ele se aproxima mais ainda dela tocando o nariz, quase colando os lábios com ela(todos que estavam presentes na sala prenderam a respiração) e diz.
- Como quiser Granger. – e depois ele entrou na sala e ela logo atrás. Ao entrar todas as meninas olhavam para ela menos Pansy. Viu que todas estavam com interesse e Pansy olhou pra ela. Harry e Rony estavam sentados juntos e Hermione não estava afim de sentar com garotos.
- Hey, Granger. Porque você não se senta comigo? – Pansy disse e Hermione se senta ao lado dela.
- Obrigada, você realmente me salvou. – Hermione agradeceu. Quando o professor entrou na sala se impressionou. Pela primeira vez por livre e espontânea vontade uma sonserina e uma grifinória se sentaram juntas. Ele precisava contar essa novidade para o resto dos professores.
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- E estamos nós aqui de novo. Limpando essa sala. Eu não estou estudando aqui pra ser faxineira. – Pansy reclama.
- Será que o tal de “mestre” vai aparecer de novo? – Rony pergunta.
- Não sei Rony. Mas nós temos que terminar logo. Está vendo esse livro, eu já li. Ele é ótimo, mas o que ele está fazendo aqui? – Hermione disse enquanto guardava os livros na estante. – Afinal que lugar é esse?
- Boa pergunta, Granger. Que lugar é esse? – Malfoy pergunta. - Ainda bem que estamos terminando.
- É, só falta varrer. – Rony completa o que Draco diz. O chão começa a tremer e a sala fica vazia e toda branca. – Ah, de novo!
- E então queridos. Vocês pensaram no que eu disse? Sobre se unir para poder vencer a guerra? – o mestre pergunta aos cinco. Hermione refletiu. “Em toda a minha vida nunca imaginei ter que passar por uma situação dessas. Eu tinha que fazer o pacto, e tudo isso para poder proteger as pessoas e dá a esperança de que outras possam ter um futuro melhor. Eu lutaria para que meus futuros filhos e netos pudessem viver em mundo onde as trevas não prevalecessem. O que você faria se descobrisse que era a última e única esperança do mundo mágico? Você lutaria pela paz? Você lutaria pelo amor? Eu e meus amigos sempre lutamos para o fim da guerra, e aceitaríamos isso sem problemas. Mas se os seus maiores inimigos também estivessem envolvidos nisso? Você se uniria a eles? Eu e meus dois melhores amigos estávamos dispostos a fazer de tudo para acabar com a guerra... e parece que os nossos inimigos também. Tudo na vida tem o seu sacrifício: eu terei que conviver com meus inimigos. Eu não aceitaria isso de jeito nenhum se não fosse pelo bem maior, se não fosse para que o mundo possa viver em paz novamente. Eu não faço idéia do peso que estou pondo em minhas costas, mas eu lutarei até o fim. Até onde um pacto pode mudar a minha vida? A minha vida irá mudar, eu tenho certeza.” E como se todos tivessem combinado eles respondem.
- Sim. – os cinco respondem juntos.
- E então? O que vocês têm a dizer? – o mestre pergunta novamente. – Harry?
- Eu, mais do que qualquer pessoa, quer o fim dessa guerra. Então eu to dentro. – Harry diz.
- Eu também. – Hermione disse.
- Ah, eu também to dentro. – Rony diz. Os três olham para Draco e Pansy.
- Ah, qual é! Eu também estou dentro. – Draco diz.
- Bom eu espero que eu não fique muito ocupada sabe... Eu sou uma pessoa muito atarefada. – o mestre olha pra Pansy a estranhando. – Ah, é só a minha forma de dizer que eu to dentro. – todos riem.
- Que bom. Vocês fizeram a escolha certa. Fico feliz por isso. Sabe crianças, não é a primeira vez que o mundo bruxo entra em guerra. E todas as vezes que a paz era totalmente ameaçada a lenda de Ipswich era realizada.
- Lenda de Ipswich? – Rony perguntou curioso.
- Sim. Eu vou contar toda a história para vocês. E é uma história longa. Então... Acho melhor vocês se sentarem. – dizendo isso o mestre conjura seis cadeiras. No quais todos eles sentam.
- Mas aqui a magia não é bloqueada? – Hermione pergunta.
- Sim, a magia conhecida é bloqueada. Mas existem vários tipos de magia. E é sobre um tipo de magia que eu vou falar com vocês. A magia dos filhos de Ipswich. Teve uma época em que a paz do mundo bruxo estava ameaçada e cinco famílias de sangue-puro fizeram um acordo, um pacto concentrando poderes com níveis muitos mais elevados do que vocês estão costumados a ver a fim de proteger pessoas inocentes. Eles se uniram e fizeram o pacto. Nele era concentrados poderes, força e concentração inimagináveis, e que esses poderes fosse passados de geração e sejam manifestados quando a paz do mundo bruxo fosse ameaçada.
- Espere aí. Tem uma coisa errada. Eu não sou puro-sangue. – Hermione disse.
- Você é descendente de puro-sangue. – o mestre disse. – Todos vocês. Draco é descendente da família Black. Pansy é descendente da família Parkinson. Harry é descendente da família Potter. Ronald é descendente da família Weasley e você Hermione é descendente de Ravenclaw.
- O QUÊ? – todos exclamaram surpresos com a revelação do mestre.
- Mas como Hermione é da Grifinória? – Rony perguntou.
- Hermione? Tem algo a dizer? – o mestre perguntou a Hermione.
- Bom, quando fui selecionada o chapéu seletor pensou seriamente em me mandar para a Corvinal, mas depois disse que eu devia estar mesmo na Grifinória. – Hermione conta.
- E vocês de certa forma são parentes distantes. – o mestre diz. – E então, agora vocês irão se conhecer.
- Mas nós já nos conhecemos. – Rony diz.
- Vocês irão se conhecer de verdade. Profundamente. Algum de vocês por livre espontânea vontade gostaria de ser o primeiro. – nenhuns dos cinco se manifestaram. – Então comecemos por você Draco.
- Eu?!? Porque logo eu? – Draco pergunta indignado. O mestre o olha. – Ta bom,ok. O que vocês querem ouvir de mim?
- A sua história Draco. A sua vida. – o mestre responde.
- Sabe, meu pai é um comensal da morte, minha mãe não é, mas ora o apóia ora me diz pra fazer o contrário. Eu não consigo entender a minha mãe. Eu fui criado para prezar o poder, a luxúria e o lorde de meus pais. Tive tudo nessa vida, ou melhor, tive tudo que o dinheiro podia me proporcionar. Brinquedos, doces, roupas caras, bichinhos de estimação, vassouras e sempre foi legal ter essas coisas. Mas tinha vezes que eu... eu sentia falta de um carinho e até mesmo um abraço. Meu pai sempre se esforçou para que eu seguisse o caminho dele e de certa forma eu sempre segui. Eu fui um mero clone de meu pai. Eu sempre quis fazer do meu pai o homem mais orgulhoso do mundo e passei dezesseis anos da minha vida pensando em como seria ter tudo o que ele tem. Hoje em dia eu vejo que nunca vou ser o filho perfeito que ele sempre sonhou. – havia lágrimas em seus olhos, mas ele não iria chorar. Malfoys não choram. – E pela primeira vez na minha vida eu consigo distinguir meu pai de mim. E eu fiquei impressionado comigo mesmo, era estranho porque eu sempre tive meu pai como um herói, um grande herói. Eu tentei fazer tudo que ele me mandava, me convencendo de que era o melhor. Odiei muitas pessoas porque os pais delas odiavam meus pais. Zombei de quem não era puro-sangue e perdi a chance de conhecer várias pessoas interessantes. Tudo o que meu pai me disse, e tudo o que ele não disse, e tudo o que eu subentendi está marcado, e nem que eu queira eu acho que vou superar isso. Acho que meu pai não acredita que eu sou capaz de viver minha própria vida por mim mesmo, fazendo as coisas que eu gosto que eu queira fazer. Sem ter alguém para me colocar como um ponto móvel em um mapa com rota traçada. Meu pai ultimamente vem me estranhando. Nós tivemos uma briga e eu disse que não iria seguir o mesmo caminho que ele, e quando perguntei se pela primeira vez na vida ele poderia me apoiar, ele simplesmente virou as costas. – agora Draco chorava e os outros também estavam tristes. - Eu não posso voltar para um pai que simplesmente vira as costas para mim quando eu me sinto bem. E talvez não tenha nada que eu possa fazer para tornar isso certo novamente. É uma pena porque nós podíamos recomeçar tudo de novo, do zero. Ele não quis, e eu não vou repetir o mesmo erro que o meu pai. – ao terminar Draco baixa a cabeça. Todos olham pra ele. Ele teme que todos estejam com pena, mas não. Eles o olhavam com admiração e respeito.
- Você já ganhou nosso voto de confiança, cara. – Rony apenas diz isso.
- E então... o próximo? – o mestre pergunta.
- Eu. – Harry diz e o mestre com um aceno de cabeça pede que ele comece. – A minha vida vocês já devem saber de cor. Meus pais foram assassinados cruelmente por Voldemort, e até então eu nunca tive paz. Eu as vezes me pego pensando o que teria acontecido se eu tivesse morrido junto com os meus pais, talvez Voldemort não retornasse novamente ou talvez ele arranjasse outra forma de se reerguer. Eu me pego pensando como seria a minha vida se Neville fosse o menino que sobreviveu, a minha vida seria normal? Eu conseguiria ser feliz? Eu acho que não. Seria horrível ver a forma como os pais de Neville vivem. Voldemort me marcou como igual, talvez por eu ser um mestiço que nem ele. E me fez crescer sem pais exatamente como ele cresceu. Só que ao contrário dele eu tive amigos e conseguir desenvolver a capacidade de amar pessoas vivas, porque eu amava apenas os meus pais. E ele não, cresceu apenas com seguidores. Acho que tenho até receio em ser pai, eu nunca tive um pra me espelhar, mas vou amar a criança profundamente. Eu perdi o meu padrinho porque ele me amava. Perdi os meus pais porque eles me amavam. Todos eles morreram para me dar a chance de viver e buscar a minha felicidade. E é isso o que eu vou fazer, quero que essa guerra acabe que a paz prevaleça e quero ser feliz. Ao lado da pessoa que eu amo. Eu quero ter uma família de verdade. – Harry sorri e todos sorriem também.
- Tudo bem, agora é a minha vez. – Rony disse. – Eu vou começar a falar logo porque se as meninas forem na minha frente vai demorar dois anos. Principalmente se Pansy for falar dos salões de beleza. – todos riem até o mestre. – Eu vim da família Weasley e tenho sete irmãos. Cinco irmãos homens e uma menina a mais nova e com certeza a que vai me dar trabalho, né Harry? – Harry fica imediatamente vermelho e os outros riem. – Minha família sempre foi humilde, mas nós sempre fomos felizes. Seja com as graças de Fred e Jorge, ou até mesmo Percy se gabando. No meio de tantos irmãos eu me sentia meio deslocado, todos eles se destacavam com alguma coisa e eu sempre fui na minha. Isso até eu conhecer o Harry e minha vida virar pelo avesso. Porque não tinha um ano aqui em Hogwarts que nós tivemos paz. Espero que isso não seja uma maldição e que não seja hereditário. Com Harry e Hermione eu vivia as mais malucas aventuras que vocês podem imaginar: vim para Hogwarts com Harry de carro voador. Ir falar com as aranhas, ou melhor com uma aranha gigante e um bando de 100.000 delas. Teve o cão de três cabeças, xadrez bruxo, a câmara secreta, lobisomens e animagos, a luta do ministério, o torneio tribuxo e agora essa experiência que com certeza é a mais maluca de todas. E no fim das contas todas essas aventuras serviram para me amadurecer. Quero que a minha família seja feliz, por isso estou aqui. – ao terminar de dizer isso, todos sorriem.
- Brilhante, Ronald. Nem nesse discurso você consegue deixar de ser um palhaço. – Pansy zomba de Rony.
- Acho que chegou a minha vez. – Hermione diz. – Tem uma coisa que eu nunca contei a Harry nem a Rony. – os meninos olham pra ela impressionados. – Eu tive uma irmã. Uma irmã mais nova. Eu e ela vivíamos felizes com meus pais. Ela era linda, bem parecida comigo. Quando eu fiz 11 anos eu recebi a carta de Hogwarts e ela havia ficado feliz por isso, a gente ria das aventuras que eu passava aqui em Hogwarts, ela nem se importava por eu ser uma bruxa. A única coisa que a incomodava era o fato de que a gente ficava muito tempo separadas. Até que um dia, ela voltava de uma festa da amiga dela. Eu não tinha ido, tinha ficado em casa pra revisar a matéria de Feitiços e até hoje eu me arrependo de não ter ido. Parece que eles beberam de mais e então teve o acidente de carro. Todos eles morreram inclusive a minha irmã. Se eu tivesse ido com ela, eu podia ter salvado todos eles, mas não. Eu fiquei em casa. Eu nunca contei nada a vocês – Hermione apontou para Harry e Rony – porque sempre me machuca, sempre dói pensar nela. Ela era a princesinha da casa e eu era a bruxa. Minha nossa, a gente brincava muito, curtia muito. Eu perdi a minha irmã. Meus pais são dentistas, eles nunca superaram a perda da minha irmã. Eu já levantei a cabeça e segui em frente. Mas, os meus pais não. É por isso que sempre que posso fico junto deles, porque eles precisam de mim. – Hermione chora, limpa as lágrimas e sorri. – Estou aqui porque quero que o mundo tenha paz.
- Eu sinto muito, Granger. Pela sua irmã. – Draco disse e ela sorri.
- Chegou a minha vez. – Pansy diz. – O que tenho pra falar pra vocês, não é nada demais. Eu sou rica, tenho tudo o que quero. Meus pais são comensais e nem ligam pra mim. Estou tão acostumada com essa indiferença deles, que nem me importo mais. É como se eu não tivesse pais. Eu conheço mais vocês três do que meus próprios pais. – Pansy diz apontando para os grifinórios. – Eles vivem viajando o tempo todo, a única pessoa, não é bem uma pessoa, que se importa comigo é minha elfa doméstica Lalá. Ela é como a mãe que eu nunca tive. Eu não me imagino sem ir ao salão, é triste pensar que um dia meus cabelos ficarão bastante ressecados. Meus pais não me perguntam sobre a minha vida nem procuram saber, é como se eu fosse um pedra no caminho, e analisando a situação eu sou uma pedra no caminho. Eles dizem que eu não posso ajudar as pessoas que necessitam, mas eu sempre fiz isso. Eu ajudo as crianças do orfanato, e visito sempre que posso. Nunca imaginei estar confessando isso pra alguém, meus pais fazem essa boa ação parecer um crime. Pensando bem, eu adoro fazer isso, visitar as crianças. Elas me fascinam e eu fico horas brincando e conversando com elas. As crianças são a esperança de um mundo melhor, são o futuro. Eu amo as crianças, e qualquer coisa ou pessoa que atrapalhe o futuro das crianças eu lutarei contra isso. Se eu for uma pedra no caminho então que eu seja uma pedra bem grande e cheia de espinhos.
- Eu devo acrescentar Pansy que você é uma das pessoas que em suas escolhas mais difícil você sempre escuta o seu coração, são poucas as pessoas que conseguem ouvir o coração. – o mestre completa. – Agora, o ritual que é simples. – o mestre os leva até um ponto da sala. Tem um pentágono e cada um fica em uma ponta. Ele pega um pó e cada um pega um pouco. – Vocês terão que fazer um juramento e logo após jogam esse pó, e vocês estão assumindo a responsabilidade de carregar tamanho poder. Vocês irão fazer o pacto. Agora fechem os olhos. – os cinco fecham os olhos. – Repitam o que vou dizer. – os cinco confirmam com a cabeça. – Eu, descendente dos filhos de Ipswich, prometo que serei responsável e consciente de que o uso desse poder seja apenas para o bem e pelo o bem. – todos repetem o que ele diz. – E que protegerei o mundo, até quando puder, movendo céus e montanhas, fazendo o possível e o impossível para destruir todo o mal. – todos repetem. – Joguem o pó. – e os cinco jogam o pó. Uma estranha força passa pelo corpo de todos eles. Ficam flutuando no ar e eles sentem como se um vento passassem pelas suas veias sanguíneas e por todo o corpo. Todos estão com as forças se esgotando. E depois um impacto faz com que eles caiam no chão. Eles ficam um tempo desacordados, e o mestre desaparece. Hermione é a primeira a acordar.
- Meu Merlim, o que foi isso? Minhas pernas, que dor. Estou muito cansada. – Hermione reclama e quando olha ao seu redor se assusta. Todos estão desacordados. – Ai meu Deus. Acordem, já vai dá dez horas. – todos foram acordando um a um.
- E agora? A bagunça não foi totalmente limpada. – Draco disse.
- Reparo. – imediatamente tudo ficou limpo.
- Hermione, como você conseguiu? – Draco perguntou.
- Gente, vocês não prestaram atenção? Nós temos outro tipo de magia muito poderosa que não é impedida por essa sala. – Hermione explicou.
- Estamos livres da detenção. Ainda bem. – Rony comenta. Em seguida a professora McGonald entra na sala e ela se impressiona em ver a sala limpíssima e impecável. E ao ver a cara de cansados dos meninos sentiu-se culpada, não devia ter exagerado tanto.
- Queridos, eu estou feliz que vocês tenham conseguido terminar. – eles apenas deram um suspiro cansado. – Estão liberados, e eu sinceramente espero não encontrar vocês brigando no corredor. Boa noite. – os meninos murmuraram um fraco boa noite e cada um seguiu para a sua casa. Todos dormiram cansados, o ritual tirou toda a disposição deles.
*
N/A: Cap. mortinho... era só pra marcar o começo de tudo... decidi adiantar o prólogo de uma vez, esse cap. mortinho eu sei, é fundamental para o entendimento dos 5. Para que comecem entre eles uma amizade. OPA! Tô falando demais. Gente comentem! Please!!! COMENTEM! ;*
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