Capítulo I
Capítulo I
Falling Star
Quem vos fala: Marlene McKinnon
Hoje, 11 de janeiro, Domingo
Onde: Casa da Dorcas
‘You light, the skies up above me...’
E mais um fim maravilhoso de filme. Estavam todas suspirando – isso me inclui – até que Emmeline se levantou e desligou a TV.
Qual era o problema dela com ‘Stardust’¹? É um filme lindo e cuti cuti cujo final se modifica para; E existiram felizes para sempre.
- Ok, eu estou revoltada. Porque um estrelo cadente não cai na minha frente? – Concordo Emmeline, que coisa mais sacana. Só porque moramos em Londres não quer dizer que temos menos direitos do que aqueles que moram do outro lado do muro!
- Não adianta chorar – resmungou Lílian – Eu tentei até aquele feitiço que eu vi no Charmed² para aparecer um príncipe na minha frente jurando amor eterno e nada.
- Vocês têm algum problema em serem professoras solteironas e terem quinhentos gatos em casa? – perguntou Dorcas rindo, na hora, Rasputin, o cachorro dela latiu. Ele não gosta de gatos, hã hã.
- Como podes trair-me Dorcas? Porque teu desejo és quinhentos gatos, se eu, Rasputin, lhe jurei amor eterno e proteger-te contra o frio, contra a fome, contra... as baratas. – Emmeline disse, falando em voz de Rasputin.
- Como tens coragem de trair-me perante suas fiéis súditas! – declarei em pé. Lílian já estava rolando de rir.
- Bobas, - Dorcas mostrou a língua aquela línguona anormal dela, - Rasputin só está com fome. Já volto.
- Lá se vai ela alimentar o príncipe encantado – disse Lily, guardando o dvd na caixinha e colocando em cima da mesa. Se ela levar mais uma multa na locadora a mãe não deixa ela pegar mais filmes.
- Eu preciso dormir e esquecer aquele episódio de Charmed – disse Lílian esfregando os olhos. – Se eu fosse a Paige, não devolveria o príncipe.
- Muito bonito Lílian Evans...
- GENTE! GENTE! – berrou Dorcas me interrompendo – CORRE!
- QUE FOI QUE FOI? – disse Emmeline, nós três corremos e vimos a Dorcas olhando para cima, vidrada. Ok, eu não corri para ver isso e, a menos que fosse um OVINI, a Dorcas ia apanhar.
- Rasputin está olhando para o céu á algum tempo...
- Aprecio o gosto que ele tem para astronomia, - revirei os olhos – Você fez agente correr por isso?
- Dorcas, você é uma pessoa morta –reclamou Lily, olhando também.
Olhei para Emmeline e ela para mim, demos os ombros e olhamos para onde as meninas olhavam.
Eu procurei alguma coisa estranha e nada. Não tinha nada no céu. Não, mentira. Tem a constelação de Órion, só que cada dia ela fica mais fraquinha...
Procurei mais um pouquinho e reparei na constelação de Câncer, naquelas oito estrelinhas que formavam um desenho...
Passou uma estrela cadente! UMA ESTRELA CADENTE! Deve ser meu único dia de sorte! Uma estrela cadente será que todo mundo viu?
- UM PEDIDO UM PEDIDO! – começou a berrar Emmeline. Nós nos entreolhamos, o que será que íamos pedir?
- Vocês estão pensando o que eu estou pensando? – perguntei, com cara de devil (6.
- Namorados, - começou Lílian.
- Lindos – disse Dorcas.
- Que tenham personalidade... – eu pedi. Sério, eu não quero passar o resto da minha vida[?] com um cara que igual ao Seth do Manual de sobrevivência escolar do Ned. Que fala uma coisa ridícula e todo mundo ri. Não mesmo.
- E POPULARES! - Berrou Emmeline. Meu DEUS! Ela é impossível!
- Porque populares dona Emmeline? – perguntei – Eu não quero nenhum idiota sem personalidade se você quer saber. – reclamei.
- Mar, você pediu com personalidade, então não vai vir sem! – disse Lily, empolgada. – Que tudo que tudo que tudo!
- Eu não acredito que vocês estão acreditando que esse desejo irá se realizar, não é um tanto exagerado? Vocês acreditam mesmo nisso? Quero dizer, acordem, passou um pedaço de meteorito. – Dorcas disse, revirando os olhos. Eu devia parar de acreditar também, não quero ficar esperando um príncipe encantado cair na minha frente. Isso não acontece.
- Nós devíamos seguir e procurar um pote de ouro [?] – disse Emmy, nossa nossa nossa. Eu não vou nem comentar.
- Emmy, potes de ouro são encontrados no fim de arco-íris!
- Não existem potes de ouro em fins de arco-íris! - reclamei, já estava tarde e amanhã era o primeiro e tão odiado sonhado dia de aula.
- Vamos dormir gente, Rasputin você não vai poder dormir no pufe hoje, a Emmy é alérgica. – Dorcas disse, brincando com o cachorro.
- Não ligue Dorcas, não vou te separar do seu príncipe encantado – ela piscou. – Afinal, você foi a única que encontrou.
Caímos na risada. Dorcas odeia quando agente fala que o Rasputin é o príncipe dela. Mas, pense bem. Rasputin parece nome de um príncipe... ou de um duende feio com uma verruga no nariz que roubam bebezinhos em troca de tecer palha em ouro.
Isso me é familiar?
Nãao. É melhor eu ir dormir, eu nunca consigo levantar quando eu durmo muito tarde.
- BOM DIA PRÍNCIPE, AÍ VOU E-U-Z-I-N-H-A. – Emme acordou berrando igual uma retardada. Parece que ela caiu nessa história de príncipe encantado e final feliz.
Parece que ela caiu de cabeça nessa história de príncipe encantado e final feliz. É melhor desiludi-la.
Rápido.
- Que dia é hoje? – Lílian tentou falar. Saiu mais um resmungo bem trágico, como se ela tivesse sido atropelada.
- Primeiro dia de aula – eu bocejei e esfreguei os olhos. As férias começaram tipo, ontem? Ai que preguiça, eu vou ter que ir para escola, agüentar aquelas pessoas consumistas sem vergonha que compram bolsas de plástico e comem espécimes em extinção.
- Maaaar – chamou Lily e eu olhei para o lado, com os olhos mal abertos. Eu estava com muito sono mesmo, tive um pesadelo com essa coisa de príncipe. – Você acha que meu príncipe vai aparecer hoje?
- Você está, definitivamente, desesperada se está perguntando para mim. – eu ri – Talvez.
Entramos as quatro na escola como um fantasma entra num show. Exato, ninguém nos percebeu. Nenhum sinal de príncipe encantado...
Na verdade, eu não sei porquê eu estou procurando, eu não devia acreditar nisso. Está vendo? Eu estou me iludindo, eu odeio me auto-iludir.
Ok, é só o primeiro dia de aula. SÓ isso. SEM príncipe, SEM diversão, SEM NADA.
Quem vos fala: Emmeline Vance
Hoje, 12 de janeiro, Segunda-feira
Onde: Escola
Primeiro dia de aula. Que beleza. Seria muito melhor se pelo menos tivesse uma ação saca? Uma coisa mais, TCHAMTCHAMTCHAM, enfim, alguma coisa.
Fui dar uma de Gisele e acabei tropeçando no meu cadarço, caindo e levando um cara gato que estava na minha frente.
MEU DEUS, EU LEVEI UM CARA GATO QUE ESTAVA NA MINHA FRENTE, MEU DEUS MEU DEUS MEU DEUS.
Quando eu digo ação, eu não quero dizer tombos no chão, principalmente quando sou eu que estou nele. As meninas riam atrás de mim, muito educadas elas.
- M... Me desculpe – eu disse olhando para o chão. Sim, eu não estou com muita coragem para olhar ele agora mesmo ele sendo lindo.
- Tudo bem – senhor, que voz maravilhosa (L). Ah não, vou ter que olhar :S
- Prazer Edgar Bones – jurava que ele ia falar algo do tipo; Meu nome é Bones. Edgar Bones [?]
Meu Deus. Respire, respire. Acalme-se. Ok, eu não sou muito boa nisso. Vamos por partes. Parte I: Nome.
- Emmeline Vance – eu sorri sem graça – Prazer. – Graças a Deus, pela primeira vez na minha vida, minha mochila não abriu do nada espalhando as minhas coisas.
Estendi a mão muito um pouco depois de ter falado meu nome. Isso foi definitivamente idiota. Me esconde senhor.
- Eu te ajudo a levantar – ele sorriu. Ai meu Deus, ele pensou que eu não sou capaz de levantar sozinha. AI MEU DEUS. Ele vai achar que eu sou fútil ç_ç.
Calma Emmeline, lembre-se. Arte fatal [?]. Você com certeza aprendeu alguma coisa com aquelas revistinhas da Tina³ que ela quebrava o salto e fazia o cara carregá-la.
Eu definitivamente não vou fazer isso.
Catei as minhas coisas igual a uma galinha ciscando o milho e estava pronta para ir embora. Agora eu lembrei[?] que eu tinha amigas e que elas deviam estar atrás de mim.
Olhei para trás. Elas estavam paradas a dez metros de distância olhando para mim com cara espantada. Quando foi que elas saíram do meu lado?
- Emmeline não é? – ele disse, e eu virei. Sorri de novo. Ai ele era tão lindo *o*. Seria ele meu príncipe? OMG. É ele? É ele, é ele ele ele ele.
Ok, eu estou ficando paranóica.
Para minha decepção, Edgar estava no terceiro ano e eu no segundo. Ai, que dor. Infelizmente somos de salas diferentes, aulas diferentes, e blábláblá.
- Me conta! – Lene apareceu igual uma assombração na minha mesa, antes da aula de matemática começar. Senhor, ela ainda me mata fazendo isso – Detalhes, detalhes! Quero tudo.
20 minutes later...
- E foi isso que aconteceu... – eu terminei. Na verdade, não estava conseguindo acreditar que contei um acontecimento de 2 minutos em 20, anyway...
- Que mágico, que mágico! – ela disse – Cadê o meu, cadê o meu? – ela olhou para os lados e começou ‘cogitar’ as opções. Tsc,tsc Lene, isso não se faz.
Nova Mensagem
Príncipe Encantado – E
Chegou uma mensagem no meu celular. É do Edgar *-*! OMG, ele me mandou uma mensagem depois de meia hora de termos nos conhecido, essa estrela funciona mesmo *-*.
- Quem é príncipe encantado? – ok, ela já sabe a resposta. Ela só está reprovando o fato de eu ter escrito Príncipe ao invés de Edgar. – É difícil escrever só Edgar?
- Me deixa ser feliz – eu disse, mostrando língua – Vem cá ler.
Olá Emmy, :D
.
- Ele gastou 25 centavos para te mandar um OI? Estudamos na mesma escola, será que dói andar? – ela resmungou.
- Você é muito implicaaaaaaaaaaaaaante mulher – eu reclamei e respondi o ‘oi’ com outro ‘oi’. Ai, ele é tão fofo, tem jeito com as palavras.
Quem vos fala: Lílian Evans
Hoje, 12 de janeiro, Segunda-feira
Onde: Escola – Maldita aula de matemática
Eu não acredito que meu namorado perfeito ainda não caiu do céu. E eu aqui na aula de matemática...
Suspirei. E-N-T-E-D-I-A-N-T-E, é o que essa aula é. Eu pretendo ser uma publicitária e a menos que eu não tenha nenhum cobaia para fazer os gráficos de leitores para mim eu não vou precisar de nada que ultrapasse a multiplicação e a divisão.
O ponteiro do relógio parecia extremamente lerdo hoje mesmo eu tendo plena consciência de que ele estava igual aos outros dias e eu realmente precisava falar com a Emmeline sobre o 00 Bones Edgar.
Sim, eu já estava sabendo. Marlene fez o favor de me contar a história picada e me deixar doendo de curiosidade. Eu realmente achei que depois dos dois terem trombado eles não se veriam nunca mais a menos quando ele fosse pegar um táxi para ir na igreja que ele ia casar e de repente, tchum! A Emme é a motorista.
Eu sempre brinco que ela vai ser a motorista. :x
”- Lily, você não sabee o que aconteceu! – Marlene chegou pulante e cantante perto de mim, que estava linda e ruiva sentada na minha cadeira antes da aula de matemática.
- Não sei, conta. – eu disse, olhando para a janela e viajando nos passarinhos, eles estavam voando baixo, isso significa que vai chover.
Foi o que eu aprendi vendo Asterix e Obelix! *-*
- O Ed Ed já pegou o número do celular da Emme e mandou uma mensagem agora a pouco, uns vinte minutos depois deles se separarem. – ela disse, ainda feliz e pulante.
- O que estava escrito? – ok, ela tinha me matado de curiosidade agora. Já contei o quão injusto é as coisas só acontecerem quando eu estou longe?
- Todos em seus lugares por favor. – Disse McAdans, professor de matemática interrompendo o que Marlene ia dizer. “
Depois dessa estou eu aqui, me corroendo olhando para o relógio. Faltam ainda vinte minutos para o fim da aula e o relógio se recusa a me obedecer.
Talvez se eu me concentrasse muito ele iria ir bem mais rápido, saca, aquela coisa que o Hiro faz?
Claro, eu já estou cotada para a próxima temporada do Heroes, ta achando o que?
Bem, é só me concentrar bastante e...
O relógio não anda, ótimo, não vou entrar pro Heroes e ainda vou ficar aqui morrendo de Curiosidade.
Ai senhor, o que eu fiz para merecer isso? Quer dizer, qual o problema das aulas de matemática? Porque eu tenho que estudar matemática!?
Se eu estivesse com meu sabre de luz 2.0 88 base dano +15[?] esse professor com certeza estava perdido. MUHAHAHAHHAA, paladino Lílian Evans! Paladino?
- Podemos saber qual é a graça Sta. Evans? – epa, pensei alto demais. e comemorei alto demais.
- Nada senhor McAdans – eu disse baixinho, podendo ouvir os risinhos abafados no fundo da sala, beleza. (Y.
O sinal bateu e eu corri para a mesa da Lene. Ela me olhou confusa, não é possível que ela esqueceu que me deixou corroendo na aula de matemática toda de curiosidade?
- O que ele escreveu para ela, sua anta – resmunguei. Marlene sempre dorme na aula de matemática, não agüento isso.
- Oi. – ela disse, sorrindo.
- Fala o que ele disse criatura, - reclamei. Marlene fica retardada quando dorme, omg.
- Então, ele disse oi.
Marlene tem sorte de eu estar fazendo visitas freqüentes ao psicólogo para controlar a minha raiva. Mentira.
- Não vou comentar o fato de você ter me deixado curiosa para isso! MARLENE EU VOU TE MATAR – eu berrei e ela resmungou alguma coisa inaudível e deitou na carteira, para dormir. – Acoorda, seu horário agora é vago?
- Não, eu tenho história da arte. – ela disse, provavelmente viajando no sonhos dela.
- Sua aula já começou.
- MEU DEUS, A AULA COMEÇOU. PRECISO CORRER, PRECISO CORRER! – ela levantou, catou as coisas rápido e saiu correndo.
Grande Marlene (Y.
Ok, horário vago, sabe o que isso significa? Não Bino, pode falar. Significa que eu posso colocar o meu mp3 no ouvido – sim, eu sou do século passado, já tem mp8 aí e eu tenho um mp3 – e ler algum livro.
Peguei o meu caquinho – leia-se:MP3 todo destruído remendado com durex – coloquei Kate Perry, enquanto eu pegava meu livro para ler.
“Depois daquela viagem”, de Valéria Polizzi, é um ótimo livro, é o diário de bordo de uma adolescente que aprendeu a conviver com a AIDS, ou seja, ela mesma.
Isso mesmo que eu falei, ela teve AIDS aos 16 anos, numa época em que só os ‘gays’ tinham AIDS. O livro é fantástico, não é aquela coisa chata com uma linguagem que você não entende, é uma coisa bem ‘atual’ devo dizer.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – berrou Dorcas no meu ouvido, e mesmo com o fone eu quase cai dura no chão.
- QUE [piiiiiiiiiiiiiiiiii] Dorcas, não gritaaaaaa! – resmunguei, praguejando. Agora que eu tinha percebido, eu estava na última pagina do livro.
- Sua raata. Você matou aula e nem me chamou! EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ NÃO ME CHAMOU! – essa é a nossa Dorcas, ela diz coisas parecidas como ‘Se for beber não dirija, se dirigir, me chame’.
- Espera Dorcas. Como dizia Jack the ripper(Jack o estripador) , vamos por partes. (N/a: Pegaram essa? Vamos por partes? *-* ) Eu nem matei aula, eu tive o horário vago e... – gesticulei com a mãozinha e olhei no relógio.
OMG, a aula tinha acabado! Eu cabulei aula! Eu sou uma infratora! Oh não, o que diria Gandolf the grey sobre mim?!
Sem comentários.
- Você não perdeu nada, fica tranqüila – Dorcas disse rabugenta – Nada que seja realmente interessante. Digo, trabalho de lógica é interessante alguma hora?
Suspirei. Eles não dão folga nem no primeiro dia.
- Bem, cabuladora, eu tenho que ir – ela adora jogar as coisas erradas que eu faço na minha cara – para casa, estou morreeeendo de fome.
- Você vai virar uma bola, você come toda hora...
- Nada disso, tenho uma dieta balanceada e totalmente saudável – ela resmungou.
- Ai, Dorcas – eu disse, jogando minhas coisas na mochila e pegando o caminho de casa.
Quem vos fala: Dorcas Meadowes
Hoje, 12 de janeiro, Segunda-feira
Onde:Indo para casa, finalmente
- Cara Lil, mal começaram as aulas e eu já estou atolada de dever de casa – resmunguei, olhando para o relógio.
- Não sei do que você está falando... – ela revirou os olhos. Essa é provavelmente a décima vez que eu cito isso.
- Claro que não sabe, você matou todas as aulas de hoje. – Liliansemnoçao.com.br
- Sua sem vergonha – disse por fim, chegando em casa. Não dava para sentir o cheiro da comida, a mamãe saiu de novo?! – Beijo Lil’s, agente se fala.
Li só deu um tchauzinho com a mão e mandou um beijo enquanto continuava adiante, peguei a chave e abri a porta, entrei em casa.
- MÃAAAAAAAE – berrei ao abrir a porta de casa. – MÃAAAAAAAAAAAE.
- Mamae não ta Caca, - disse a Lina, minha irmãzinha mais nova, que, porque ela está aqui aparentemente sozinha?
Minha irmã menor, - Carolina, ela exige ser chamada de Lina – que tem uma mania irritante de me chamar de Caca, parece macaca, mas tudo bem.
- Cadê a mamãe? – perguntei, soltando a mochila no sofá, e olhando para os lados.
- Ela saiu, mas tem um cara ali na cozinha, ele queria falar alguma coisa com alguém, acho que é nosso vizinho – esbugalhei os olhos, minha irmãzinha, sozinha, COM UM CARA EM CASA?
MINHA MÃE NÃO TEM JUÍZO NÃO?????
Cogitei por um momento pegar a vassoura para sentar na cabeça do indivíduo que invadiu a minha casa, mas eu prefiro dar uma chance para ele fugir.
- OK! QUEM É VOCÊ E O QUE ESTÁ FAZENDO NA MINHA CASA? – entrei berrando na cozinha, o que fez o sujeito pular de um dos bancos de onde estava sentado. – PODE IR FALANDO!!
- Des-des-culpe, eu-eu só vim pedir uma vassoura – ele gaguejou me olhando assustado, agora que eu havia parado para reparar nele, ele era alto meio moreno e tinha olhos azuis. Tinha também uma grande cicatriz na bochecha, o que não vem ao caso.
OMG, ELE É DA MÁFIIIIA! POR ISSO DA CICATRIZ! EU S-A-B-I-A. Pooorque os garotos bonitos são da máaaaaaaaaafia?!
Ok, estou surtando.
- Ah, sim, desculpe – recobrei o juízo, isso que dá ser desesperada e achar que todo mundo vai te assaltar. Fui buscar a vassoura, e o cara[?] veio atrás de mim, olhei para Lina, e ela não estava agüentando de tanto rir.
- A propósito, meu nome é Dorcas – grande hora para se apresentar. –‘
- Sou Remus, Remus Lupin – ele disse, - Seu novo vizinho.
- Que legal, onde você estuda? – perguntei, enquanto futricava no armário da área para ver se achava a vassoura.
- Numa escola aqui, dobrando a esquina, não me lembro do nome dela, mas é aqui pertinho. Não fui hoje porque fiquei ajudando a por as coisas no lugar aqui - ele disse. OMG, ele só pode estar falando da minha escola, que mágico, que... que...
Se ele espalhar vou ter fama de LOUCA. Ótimo, bem pensado Dorcas.
- Eu estudo nessa escola também – eu disse também,
- Aqui está a vassoura – eu disse, conseguindo tirá-la das entranhas do armarinho e entregando para ele, e, por incrível que pareça ele não estava com aquela cara; ‘Acabei de conhecer uma louca’.
- Obrigada Dorcas – ele sorriu, que sorriso lindo, ai ai.
Ótimo, agora estou viajando no meu vizinho. Pelo menos ele mora bem pertinho de mim, uh, uh.
Que idiota, tenho que parar de fantasiar essas coisas quando estou acordada.
- Você quer, alguma ajuda para,hm, - pense em alguma coisa, rápido! – varrer?
Ok, eu falei como se a casa dele estivesse aos destroços, toda jogada e desarrumada, mas tudo bem.
- Não se incomode, está quase pronta, mas obrigada mesmo assim. – ele disse, indo embora e dando um tchauzinho com a mão.
Ai ai, *-*.
N/a: Está sem betar, porque a Aimée SUMIU do mapa. Isso mesmo, se alguém por um acaso esbarrar com ela na rua, favor avisar que eu estou procurando ela igual uma LOUCA. Desculpem a demora, eu CUUUSTEI a ajustar os meus horários e me bateu uma falta de inspiração. :// Sério, não estou conseguindo escrever, não sei o que me deu. Eu fiz e refiz essa última parte no mínimo umas três vezes, mas acho que ficou aceitável. Espero que gostem, não vou demorar para postar mais /creioeu/, beijos. :*
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