Slytherin?
Azul celeste predominava o cômodo, mas os móveis eram de madeira branca com dobradiças prateadas. A cama de casal era imensa, adornada por duas mesinhas de cabeceira. A escrivaninha no centro do quarto era encantadora e transmitia um ar profissional ao dormitório e a cômoda ao lado da mesinha à esquerda era enorme. Mas o que chamou a atenção de Hermione foi a gigantesca estante forrada de livros que cobria toda uma parede de seu novo quarto.
Contendo o impulso de amanhecer devorando livros, se preparou para dormir.
Toc, toc, toc.
As batidas eram baixas e suaves, porém precisas. A professora abriu a porta, mas não havia ninguém.
Voltando-se ao aposento, se deparou com a cabeça da filha a flutuar sobre a escrivaninha. A pequena sonserina se livrou do resto da capa de invisibilidade e esperou o sermão da mãe.
- Já passou do horário de recolher, Katherine. – Eu sei. – Como conseguiu a capa? – O Thi me emprestou. – Não estão em casas diferentes? – Corujas.
Kate respondia a mãe em velocidade absurda, como se já soubesse o que ela perguntaria e planejasse as respostas.
- Mãe, porque eu fui para a Sonserina?
Tomando fôlego, Hermione respondeu fingindo surpresa:
- Algum problema? É uma Casa como outra qualquer.
- Mas você e o papai eram da Grifinória! Todos os Weasleys são da Grifinória!
- Somos pessoas diferentes. Filha, existem qualidades que não herdamos. Como coragem, sabedoria, generosidade e ambição. Podemos todos ser corajosos, sábios, generosos e ambiciosos, mas, tanto em mim quando em seu pai a coragem e a audácia predominam, já em você, é a ambição e a prudência.
- Certo, mãe! Fui tola em estranhar. Além do mais, fico linda de verde! Combina com meus cabelos!
- Que são maravilhosos e você insiste em passar poção alisante!
- Boa noite! Te amo! – E sumiu sob a capa.
Hermione sentiu-se tola ao abrir a porta aparentemente para ninguém – Boa noite, querida aluna!
Ambição e prudência... Se tais qualidades fossem de fato genéticas, teria Katherine realmente herdado de Draco?
Flashback:
- Rony e Harry logo saem da Dedosdemel e sentem minha falta!
- Eles só vêem que você sumiu quando saem da loja de doces? Patéticos! Fica mais um pouco, Granger.
- Malfoy, mesmo que admitamos um ao outro o nosso “lance”, temos de ser discretos! Meus amigos não podem descobrir!
- Por que não? Você tem vergonha de mim, Granger?
- Não, eu... Se o Rony descobrir te mata! O Harry também mataria se tivesse força para isso. Além do mais, não precisa me chamar de “Granger”!
-Você não me chama de “Malfoy”? É estranho te chamar de Hermione, Mi ou... Hei! Não fuja do assunto! Eu não me importo se o Weasley vir. Eu quebro a cara dele.
- Hahaha... Até parece! É melhor manter segredo, Malfoy!
- Você é tão prudente! Não sei como não foi para Sonserina!
- Eu sou Grifinória! Coragem e audácia! Você sabe as coisas estúpidas que eu e os meninos já fizemos...No primeiro ano, fomos atrás da Pedra Filosofal, no segundo tomamos poção polissuco e...
- Eu sei disso. Mas foi por influência deles. Você tem a prudência de não admitir seu namoro com um cara que esteve do lado negro e teve a ambição de acreditar que podia vencer uma guerra, mesmo atingindo a maioridade há poucos meses!
- Nós três tivemos essa ambição...
- O Cicatriz não teve escolha e Pobretão tem a famosa lealdade grifinória. Está disposto a morrer por você e pelo Testa-Rachada.
- Eu também estou disposta a morrer por eles, Malfoy. – E dando-lhe um rápido beijo levantou-se do chão no qual estava sentada – Agora preciso ir mesmo. Amerlin, Drraquinho. – Imitou Pansy e foi-se embora.
Fim do Flashback.
E foi dormir de verdade. No dia seguinte teria aula e nunca chegara atrasada no trabalho. Essa não seria a primeira vez.
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Agradecimento aos leitores e autores dos comentários.
Beijos,
Débora Diggory.
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