Preparação do natal



Alvo entrou na biblioteca e começou a olhar para todas as mesas do local. Uma menina da Corvinal disse que ela estava lá, então teria que encontrá-la.


- Rose! – gritou, um pouco alto demais, fazendo com que todos o mandem se calar – Desculpem – dessa vez, ele sussurrou.


- Al! – quando reparou a menina estava ao seu lado – O que você está fazendo aqui? Sei que você não é muito fã de biblioteca.


- Vim aqui falar com você! – a resposta do primo fez com que Rose ficasse extremamente vermelha – Recebi uma carta, meus pais estão praticamente me intimando para passar o natal em casa.


- Acho melhor vocês se sentarem. O meio da biblioteca não é um lugar para se conversar! – Catharina se aproximou dos dois – Oi Alvo – deu um sorriso tímido para o garoto.


- Vamos até a mesa onde nós estávamos! – ela puxou o braço dele para que a seguisse.


Chegaram a uma mesa no fundo da biblioteca, bem perto da porta da sessão reservada.


- E então! – ele continuou – Você vai para casa passar o natal na casa dos nossos avós?


- Não sei! – deu de ombros – Acho que não estou muito para comemorações familiares.


- Você ainda não esqueceu isso! – suspirou pesadamente – Tenho certeza de que ninguém vai falar nada a respeito de vocês estar na Corvinal.


- Eu simplesmente adoro o natal! – a outra menina comentou – É a época que eu mais espero o ano inteiro.


- De qualquer maneira, acho que eu vou precisar ir – ela terminou – Meus pais iriam ficar muitos chateados se eu decidisse ficar aqui durante o recesso de natal.


- James queria ficar aqui junto com a Juliet – continuou – É claro que a minha mãe não deixou. Disse que ele vai para casa nem que ela precise vir aqui e arrastá-lo a força.


- Acho que a minha mãe faria a mesma coisa se eu decidisse ficar aqui – riu levemente.


- Mas o James tem um ótimo motivo para querer ficar aqui em Hogwarts – Catharina entrou novamente na conversa – Ele está querendo ficar perto da namorada. E isso é muito romântico – suspirou no final.


- Eu tive uma grande idéia! – Alvo continuou – Ano que vem, vamos ficar aqui em Hogwarts no natal.


- É uma boa idéia – sorriu concordando – As nossas reuniões de família são legais, mas, às vezes é bom mudar a rotina.


- Então está combinado! – também sorriu – Você pode ficar também, se quiser – virou-se, agora, para a outra.


- É claro! – ficou muito feliz com o convite – Tenho certeza de que esse será o melhor natal de todos.


- O que acha de irmos dar um volta? – se levantou e estendeu a mão para ajudar a prima.


- Vamos! – concordou – Você se importa de estudar sozinha Cath.


- É claro que não! – respondeu, embora parecesse ter ficado um pouco chateada.


Saíram da biblioteca e começaram a andar em direção aos jardins do castelo. O local estava um pouco vazio devido ao último passeio do ano a Hogsmead para os alunos a partir do terceiro ano. Foram caminhando até a beira do lago.


- Eu queria tanto que a gente pudesse ir a Hogsmead! – o garoto disse suspirando pesadamente – Assim poderíamos fazer compras de natal.


- Poderemos fazer visitas a Hogsmead quando estivermos no terceiro ano – comentou – Tenho certeza de que ninguém vai se importar em não ganhar presentes.


- Mas não é só pelas compras de natal – continuou – Seria legal sair um pouco desse colégio. James disse que tem várias coisas legais lá.


- Tenha um pouco de paciência! – riu levemente – Minha mãe diz que vai passar quando a gente mesmo esperar.


- Às vezes eu sou um pouco impaciente mesmo! – suspirou pesadamente.


- Só às vezes? – ela brincou enquanto sorria marotamente.


- Não precisava ser tão sincera! – fingiu-se de bravo enquanto virava-se para o lado oposto ao da prima.


- Desculpe! – ela continuava a rir.


- Obrigado Rose! – voltou e segurou a mão da menina;


- Por quê? – não estava entendendo mais nada – Por eu ter te falado a verdade?


- Não! – estava bastante sério naquele momento – Por ser minha amiga todos esses anos.


- Você é meu primo. Praticamente irmãos – lembrou, seu rosto estava ficando extremamente vermelho – Fomos criados juntos. Estamos sempre juntos.


- Eu sei! – balançou a cabeça afirmativamente – Só estou feliz por tudo isso.


- Eu também estou feliz! - sorriu levemente – Você sempre foi o meu melhor amigo, e eu tenho certeza de que sempre será.


- Também acho! – concordou com a cabeça.


Alvo foi se aproximando do rosto dela lentamente até poderem sentir a respiração acelerada um do outro. Quando Rose percebeu o que estava acontecendo, desviou o rosto, fazendo com que o garoto a beijasse no rosto.


Ela sorriu em seguida. Foi quando perceberam alguma coisa branca caindo em cima de si e começando a cobrir todo o gramado.


- Está nevando! – a menina comentou – Pensei que isso nunca fosse acontecer esse ano.


- É verdade! – concordou – Agora sim está com cara de natal.


- Acho melhor voltarmos para o castelo – ela se levantou enquanto retirava o excesso de neve em cima da sua roupa – Se continuarmos aqui vamos acabar ficando doentes.


- Tem razão! – fez a mesma coisa que a prima – O que acha de irmos tomar uma xícara de chocolate quente?


- Ótima idéia! – sorriu concordando.


Foram diretamente para dentro do castelo e foram até a cozinha. Depois, cada seguiu para o seu próprio salão comunal.


- Eu já estou indo! – Hermione disse quando já estava em frente a porta da cozinha da Toca – Se não eu vou chegar muito atrasada – olhou rapidamente para o relógio.


- Por que eu não posso ir com você? – o menino de cabelos ruivos estava sentado em uma das cadeiras com os braços cruzados.


- Eu já te expliquei Hugo! – se aproximou do filho – Vai ser muito chato para você ficar andando o dia inteiro pelo Beco Diagonal.


- Não vou me cansar! – prometeu.


- Sei que não é verdade! – riu levemente – Além disso, eu vou comprar o sei presente e vou manter em segredo até a manhã de natal.


- Então está bem! – concordou por fim.


- Seu pai vem buscar vocês mais tarde! – completou enquanto voltava para a porta – Obedeça a sua avó.


- É claro! – respondeu.


A morena riu levemente antes de ir para o quintal e aparatar. Ela surgiu em um beco deserto no centro de Londres e foi caminhando até o Caldeirão furado.


- Oi Mione! – o de olhos verdes disse enquanto ia cumprimentar a amiga – Pensei que você não viria mais.


- Tive que passar na Toca para deixar as crianças – explicou – Aonde está a Gina? Pensei que ela também viria.


- Lilian queria ir a um shopping trouxa hoje – respondeu – Então eu disse que não tinha problema eu vir fazer as compras sozinho.


- Entendo! – balançou a cabeça enquanto encarava o chão. Passar o dia inteiro sozinha com aquele homem talvez não fosse uma boa idéia.


- E o Rony? – ele também quis saber – Não quis vir.


- Sabe como o Rony adora fazer compras – lembrou rindo levemente – Mas ele não pode vir, Jorge o obrigou na reunião com um dos distribuidores da Gemialidade Weasley.


- É uma pena – disse por fim – Acho melhor irmos logo.


- Tem razão – concordou antes de irem em direção a passagem secreta que os levaria para o Beco Diagonal.


Passaram a várias lojas diferentes para poder comprar presentes para todos da família Weasley, principalmente para seus filhos. Mas conseguiram comprar tudo naquela tarde.


- Não acredito que conseguimos terminar todas as compras – a mulher falou suspirando enquanto se sentava em uma das cadeiras da sorveteria – Detestaria ter que voltar aqui outro dia.


- É verdade! – concordou se sentando ao lado da amiga – Ainda bem que resolvemos vir agora. Quanto mais perto estivermos do natal, mas as lojas estarão cheias.


- Como sempre acontece perto de alguma data importante! – fez uma careta antes dos dois caírem na gargalhada.


- O que acha de tomarmos sorvete? – sugeriu se levantando rapidamente – Eu pago.


- Não está um pouco frio para tomarmos sorvete? – estendeu o braço para fora do toldo por alguns segundo e, depois, mostrou os flocos de neve que haviam caído na sua mão.


- Sorvete é sempre bom – deu de ombro.


- Está bem! – respondeu por fim – Mas, se eu ficar doente, vou até a sua casa para você cuidar de mim.


- Isso será ótimo – tinha um sorriso maroto nos lábios – Sorvete de chocolate. Certo?


- Não acredito que você ainda se lembra do sabor do meu sorvete favorito – se espantou.


- Eu me lembro de todos os detalhes da sua vida! – comentou antes de caminhar para dentro da loja.


Voltou alguns minutos depois e os dois começaram a tomar os seus sorvetes silenciosamente,


- Sabe de uma coisa! – Harry comentou, de repente – Foi realmente muito bom nem a Gina nem o Rony terem vindo.


- Faz mesmo muito tempo que não ficamos os dois sozinhos por mais de uma hora – parecia bastante incomodada com o que o amigo estava falando, mas mesmo assim, lembrou.


- A última vez que isso aconteceu – continuou – Nove meses depois nasceu a Rose.


- Eu preciso ir! – a morena se levantou rapidamente.


- Já! – olhou para o relógio no seu pulso.


- Eu tenho uma criança pequena em casa –lembrou – Você não tem idéia o quanto ela ficar mal-humorada quando está com fome. Igualzinha ao Rony – revirou os olhos.


- Mas eu posso te dar uma carona até em casa – sugeriu se levantando também.


- Eu posso pegar um táxi – o interrompeu – A gente se vê na estação King Croos.


Ela saiu correndo o mais rápido que conseguiu. Deixando o homem parado sem entender nada.


Dois dias depois, o eterno trio maravilha de Hogwarts foi, juntamente com seus filhos mais novos, buscar os filhos que estavam vindo da escola de bruxaria para passar o recesso de natal (Gina não estava, pois disse que tinha muita coisa em que trabalhar).


O trem deve estar chegando a qualquer minuto? – Rony avisou enquanto olhava o seu relógio de pulso.


- Espero que Rose tenha gostado de começar a estudar em Hogwarts – a mulher comentou – Apesar de tudo.


- Tenho certeza de que sim – o ruivo passou os braços em volto dos ombros da “esposa”.


Nesse momento, o expresso Hogwarts estava parando em frente a plataforma e as portas se abriram fazendo com que os alunos começaram a sair procurando suas famílias. O primeiro que eles avistaram foi James, ele parecia bastante chateado arrastando a sua mala.


- Vou esperar no carro! – avisou antes de caminhar em direção passagem secreta que os levava para “área trouxa”.


- James ainda está bastante chateado por a Gina tê-lo abrigado a vir para casa – Harry comentou – Ele queria ficar em Hogwarts junto com a namorada.


- Tenho certeza de que ele vai superar – o outro comentou – Vai ter bastante tempo para namorar depois.


Não demorou muito para que Alvo e Rose aparecessem. Eles estavam de mãos dadas, o que fez com que Hermione parecesse bastante incomodada.


- Acho que já podemos ir! – ela disse enquanto puxava a sua filha mais velha para junto de si.


- Antes! – o moreno interferiu – Eu queria conversar com a rose.


Ele percebeu o olhar atravessado da amiga, mas não comentou nada. Apenas foi, juntamente com a menina, para o outro lado da plataforma.


- O que você queria conversar comigo tio Harry? – quis saber.


- Apenas queria que você ficasse com isso! – retirou o livro de dentro do paletó e entregou para “sobrinha”.


Foi quando Rose viu o titulo “Quadribol através dos séculos”, há muito tempo estava querendo ler esse livro. Abriu na primeira página onde estava escrito: “Pertence a Harry Potter”.


- O seu livro! – riu levemente – Obrigada por me emprestar.


- Ele é seu agora – explicou – Já li tantas vezes que já sei de cor.


- Mas você não preferia dá-lo para o Alvo ou para a Lilian? – achou aquilo muito estranho.


- Acho que você se interessa por quadribol muito mais do que os dois – falou – Então merece o livro muito mais.


- Obrigada tio Harry! – o abraçou – Vou guardá-lo com muito carinho.


- Viu a menina caminhando em direção a mãe e mostrando o novo presente. Sorriu ao perceber o quanto ela estava empolgada.


- Vamos embora! – se aproximou dos dois filhos mais novos – James deve estar cansado de esperar no carro.


- Vamos! – riram e comentaram ao mesmo.


Todos saíram ao mesmo tempo e foram caminhando em direção ao estacionamento enquanto conversavam animadamente.

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