Conselhos e relaxamento
Harry estava trancado no escritório lendo um livro. Desde o dia em que teve uma briga com Gina havia passado a maior parte do tempo dentro daquele local, só saindo quando era estritamente necessário.
De repente, ouviu batidas leves.
- Quem é? – perguntou se aproximando.
- Sou eu pai! – ouviu a voz de seu filho- Alvo!
Destrancou a porta e deixou que o garoto entrasse.
- Vim até aqui conversar! – avisou entrando no local e se sentando no pequeno sofá – O senhor está trancado aqui há semanas.
- Eu sei disso! – sentou-se em frente a eles – Eu sinto muito está tão distante de vocês, mas prometo que vou levar vocês ao parque antes de começarem a aulas de Hogwarts.
Sabe que já vamos viajar na semana que vem? – lembrou.
- É mesmo! – disse pegando um calendário em cima da mesa – O que acha de irmos amanhã então?
- Por mim tudo bem! – deu de ombros – Mas tem que falar com o James e a Lilian também.
- Vou falar com eles daqui a pouco – avisou.
Podemos chamar o tio Rony e a tia Mione também! – sugeriu.
- É uma boa idéia! – balançou a cabeça afirmativamente – Vou ligar para os dois ainda hoje.
- Certo! – concordou – Vou para o meu quarto para te deixar ler sossegado.
- Sabe que você não me incomoda – explicou – Mas se você prefere.
- Está bem! – concordou – E mais uma coisa pai.
- O que foi? – quis saber.
- Já tem um tempo que eu reparo o quanto você e a minha mãe brigam – parecia ligeiramente envergonhado por falar isso – Não acha que seria melhor vocês dois se separarem? Tenho certeza de que será o melhor para mim, o James e a Lilian também.
- Você ainda é muito criança para entender tudo que está acontecendo – falou – Mas acredite, nada disso é fácil.
- Tudo bem! – deu de ombros – Eu só quero que vocês dois sejam feliz.
Assim que viu a porta se fechar suspirou pesadamente, sabia que o Alvo tinha razão, mas isso não era fácil.
Um pouco depois, resolveu ir falar com os outros dois filhos. Encontrou Lilian sentada no gramado de casa brincando de boneca.
- Oi papai! – sorriu quando viu o homem se aproximando.
- Oi minha pequena – sentou-se ao lado dela – Como você está?
- Muito bem! – riu levemente – Quer brincar de boneca comigo?
- Hoje não? – balançou a cabeça negativamente – Deixa eu te falar uma coisa: eu sei que você ainda não vai para Hogwarts...
- Nem me lembre! – o interrompeu – Acho que as aulas de Hogwarts deveriam começar mais cedo e não só com 11 anos.
Sei que deve ser difícil para você ver os seus irmãos irem para a escola e você continuar aqui – mexeu nos cabelos vermelhos da garota – Mas logo vai chegar a sua vez também.
- Dois anos! – suspirou pesadamente – Não sei se eu vou agüentar esperar tanto tempo assim.
- Vai passar rápido, acredite em mim! – riu levemente – Mas, enquanto você ainda esta esperando, o que acha de irmos ao parque amanhã?
- E podemos voar de vassoura? – pareceu bastante feliz naquele momento – Já faz tanto tempo que não fazemos isso.
- É claro que poderemos andar de vassoura – respondeu – Tudo que você quiser.
- Que legal! – sorriu abertamente – É claro que eu quero ir.
- Ótimo! – se levantou – Então está tudo certo.
Agora só precisava falar com o filho mais velho. Sabia exatamente onde encontrá-lo.
- James! – bateu levemente na porta do quarto – Você está aí?
- Estou sim! – fechou o livro que estava lendo e o escondeu debaixo do travesseiro – Pode entrar.
Viu a maçaneta girando e o homem entrou no quarto.
- Oi pai! – sentou-se dando espaço para ele se aproximar – O que te traz aqui no meu humilde quarto.
- Apenas vim fazer um convite – percebeu alguma coisa embaixo do travesseiro – O que é isso?
- Nada! – tentou disfarçar rapidamente.
Puxou o objeto rapidamente e viu que era o livro que havia comprado no Beco Diagonal.
- O livro não é era para o seu amigo? – quis saber.
- Eu menti! – encarava os próprios pés naquele momento – Era para mim, só fiquei sem coragem de admitir.
Riu levemente e abraçou o filho.
- Quer desabafar? – sugeriu – Contar quem é a garota.
- Como sabe que tem uma garota na história? – achou estranho ele perceber.
- Não teria outro motivo para querer esse livro! – respondeu simplesmente – Pode me contar tudo.
- O nome dela é Juliet Hoffmann ela é também é da Grifinória, mas é um ano mais nova que eu – disse tudo isso bem rápido – Desde que a vi pela primeira vez na seleção das casas não passado, percebi que ela era a mulher da minha vida.
- É meio precipitado dizer que conheceu a mulher da sua vida aos 12 anos – riu levemente.
- Mamãe disse que te viu pela primeira vez aos 10 anos – lembrou – E se apaixonou imediatamente.
- Sua a mãe às vezes pode estar enganada – suspirou pesadamente – Mas se você gosta tanto dela, por que não tenta conversar com ela?
- Já fiz isso! – respondeu – E até a ajudei a estudar na biblioteca antes da prova final.
- E acha que tem chance? – quis saber.
- Acho que sim! – balançou a cabeça afirmativamente – Conversei com o Fred, que concordou comigo. Na verdade, foi ele quem sugeriu de eu comprar o livro.
- Mas saiba que você não vai encontrar as respostas para tudo dentro de um livro – continuou – Embora a sua tia Mione diga ao contrário.
- Sei disso – riu levemente – Mas acho que vau me dar uma ajuda.
- Se precisar de qualquer conselho é só pedir! – avisou antes de ir embora.
- Pode deixar! – concordou.
À noite, Rony, Hermione e os filhos estavam jantando tranquilamente em casa. Quando o telefone tocou.
- Deixa que eu vou atender! – o ruivo se levantou rapidamente.
- Quem será? – Rose quis saber.
- Somente duas pessoas que conhecemos usam telefone! – a mulher respondeu – Meus pais e o Harry e a Gina, só podem ser um deles.
- Tem razão! – riu concordando.
- Está bem! – ele voltou com o telefone no ouvido – Vou perguntar para ela.
- O que houve meu amor? – a morena perguntou.
- Harry está nos convidando para ir ao parque com ele e as crianças – explicou – Eu não posso ir, porque tenho que ir para a loja. Mas vocês podem querer ir.
- O que vocês acham crianças? – virou-se para os filhos – Querem ir?
- Sim! – falaram ao mesmo tempo.
- Acho que isso respondeu a sua pergunta – completou.
- Eles vão sim! – avisou para o amigo no telefone – Tchau!
Logo voltaram a jantar normalmente.
No dia seguinte Harry e os três filhos chegaram bem cedo ao parque e cada um foi fazer uma coisa diferente. Logo, ele avistou a amiga chegando ao local.
- Oi Harry! – sorriu para ele.
- Oi Mione! – a cumprimentou - Oi crianças.
- Oi tio Harry! – responderam ao mesmo tempo.
- Vou procurar o Alvo! – a menina disse saindo de perto dos outros.
- E eu vou ver se alguém quer jogar xadrez bruxo comigo – Hugo foi para o outro lado.
- Ele gosta muito de xadrez bruxo! – o homem observou – Parece até o Rony quando era mais novo.
- Alguém tinha que herdar isso dele – explicou – Já que a Rose não sabe nem as posições das peças no tabuleiro.
- Mas você tem que se lembrar que ela não é filha dele de verdade – lembrou sentando em um banco.
- É a primeira vez que eu saio com a Dominique sem ser para ir ao médico, a Toca ou a casa dos meus pais – tentou mudar de assunto rapidamente – E não sei como vai ser a reação dela a tudo isso.
- Tenho certeza de que vai se dar tudo certo – respondeu.
Começaram a observar todos os cantos do parque: James e Lilian apostavam uma corrida de vassouras, Rose e Alvo conversavam animadamente e Hugo jogava com os velinhos do local (a parecia que ganharia de todos).
- Parece que eles estão se divertindo bastante! – a morena disse de repente – Foi mesmo uma boa idéia ter vindo aqui hoje.
- Comecei a trazê-los aqui quando James recebeu a carta de Hogwarts e agora faço isso todo o verão – explicou – Já virou uma tradição de família.
- E por que a Gina não quis vir junto – quis saber.
- Disse que queria ficar em casa descansando – respondeu – E isso foi até bom, pois não vai ter crianças perturbando o dia inteiro.
- Verdade! – concordou – É uma pena que o Rony não pode vir também.
- Teria sido um bom programa em família – estava encarando os próprios sapatos – Mas nós dois ainda estamos aqui.
- Espero que a partir de agora eu também possa fazer parte da sua tradição de família – sugeriu – E trazer as crianças aqui também.
- É claro que pode! – segurou a mão dela levemente – Sempre vai ser bem vinda.
- Obrigada! – riu envergonhada, seu rosto estava extremamente vermelho.
- Adoro estar aqui sozinho com você – continuou – Já faz tanto tempo que não saímos só nos dois.
- Verdade! - seu cérebro dizia para sair de lá imediatamente, mas seu corpo não obedecia – Faz muito tempo mesmo.
- E isso me traz ótimas recordações – foi se aproximando dela lentamente, no mesmo momento, começaram a ouvir um choro de bebê.
- Deve ser a fralda! – a mulher se levantou rapidamente – Já volto.
Por um lado, Hermione se sentiu aliviada, pois pode sair de perto do amigo, mas também se sentiu triste por eles não terem se beijado. No fundo de seu coração, queria muito isso.
Quando ela retornou, não tocaram mais no assunto até a hora de ir embora.
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