Capítulo 7;
Hum. Desculpa? Eu sei que eu sou uma desnaturada, e esqueci totalmente de atualizar aqui. Bom, eu falei várias vezes que queria atualizar (pergunta pra Luly), mas, erm, é... eu não conseguia escrever :T Mas agora deu certo, eu acho. Bom, o capítulo foi escrito. HA. Se ainda tiver alguém lendo, comentários são super bem vindos \o E eu to pensando em fazer umas mudanças por aqui... Prometo tentar atualizar logo, ok?
Obrigada pelos comentários, acho lindo quando alguém gosta do que eu escrevo. *o* Brigada mesmo ♥
Bom, ai vai o capítulo. Divirtam-se :D
Capítulo 7;
Eu tinha certeza absoluta de que qualquer um passando do lado de fora da porta fechada do meu quarto conseguiria ouvir a musica que ecoava no volume máximo em meus fones de ouvido. Não que eu me importasse. Não o suficiente para baixar o volume. Eu sabia que devia ser tarde - provavelmente já passava da meia-noite – e eu sentia como se estivesse ali, na mesma posição há horas. Pensando bem, é, eu estava na mesma posição há horas. Nem sentada nem deitada por cima do cobertor em minha cama, completamente vestida, apoiando a cabeça em um travesseiro. Meus tênis deviam estar jogados em algum ponto do caminho entre a minha porta e a minha cama, mas estava escuro e eu não conseguia vê-los, mesmo com meus olhos já acostumados a escuridão apenas parcial do quarto, já que o monitor do computador continuava brilhando em algum ponto às minhas costas.
Eu já havia perdido a conta de quantas vezes aquela musica já tinha repetido esta noite, mas todas as vezes que aquele acorde tocava, um formigamento começava em meu estomago e se espalhava por todo o corpo, até a ponta da ponta dos pés, como uma vontade incontrolável de rir. Eu escondi o rosto no travesseiro, tentando inutilmente me controlar, mas ao fechar meus olhos, os olhos de James voltaram quase instantaneamente a minha cabeça. Eu quase podia sentir de novo a leve pressão que seus lábios fizeram nos meus, como se me dissesse “Você sabe o que eu quero, mas está livre pra não querer”. Nenhum dos dois parecia se importar nem um pouco com o fato de ter uma criança dormindo ao nosso lado, e eu nem imagino quanto tempo teríamos ficado ali se a mãe de James não tivesse chegado, fazendo com que ele se afastasse rapidamente.
- Olá, queridos. – A mãe de James cumprimentou, aparecendo na sala. Eu tentei fazer com que meu rosto voltasse à cor normal o mais rápido possível.
- Oi mãe
- Oi tia. – falamos juntos.
- O que vocês estão assistindo? – ela perguntou. A principio eu não entendi o que ela queria saber, mas depois me lembrei que a televisão estava ligada.
- Um desenho qualquer. – James respondeu. Graças a Deus ele tem mais presença de espírito que eu. – Sam dormiu.
- Ah, que bom pra vocês. Ela deu muito trabalho?
- Quase nada. – Respondi. É, tirando o banho que me deu enquanto eu tentava tirar os três quilos de farinha de cima dela era verdade...
- Nós fizemos um bolo. – James falou, orgulho.
- Nós? – reclamei.
- Ta bom, ta bom... você ajudou um pouco. – ele falou, revirando os olhos. – Outch – reclamou quando eu bati no seu ombro. A mãe dele riu.
- James mal e mal untou a forma, não é? – perguntou, já sabendo a resposta.
- Ah, bom... ele deu um bom apoio moral.
- Quero ver vocês comerem o bolo todo grudado e nojento, ok? – ele fez cara de importante. Não comentei que eu poderia ter untado a forma. Ou pedido pra Sam. Deixa ele se sentir um pouco. HA.
A mãe dele foi pra cozinha, nos deixando sozinhos de novo. Nós nos encaramos por alguns segundos e eu senti que começava a ficar vermelha, antes de vê-lo começar a sorrir, o que me fez sorrir também, e logo estávamos rindo feito bobos.
- Jamie, eu acho que eu tenho que ir pra casa, né? – falei, depois de uns minutinhos.
- Ah, já? – ele fez biquinho – mas você nem comeu o meu delicioso bolo.
- Ta ficando tarde e eu não avisei a minha mãe que ia sair. – falei, levantando e recolhendo minhas coisas.
- Eu te levo em casa então. – ele falou, se levantando também.
- Não precisa... eu vou andando.
- Você não disse que ta ficando tarde?
- Eu não sou nenhuma menininha indefesa, ok? Posso muito bem ir caminhando. – fiz cara feia, e ele levantou a mão, fingindo que se rendia.
- Ta bom então, Srta. Quarta Espiã Demais.
- Você já está indo, querida? – A mãe de James reapareceu na sala.
- Sim, sim. Tenho que chegar em casa logo.
- Mas não vai nem comer um pedaço do bolo?
- Hum, acho que fica pra próxima.
- Eu posso levar pra você amanhã, que tal? – James falou, piscando um olho.
- Podemos negociar... – nós dois rimos, e a mãe dele fingiu não ter entendido.
- Bom, tchau tchau então, querida. – ela falou – obrigada por cuidar de James e de Sam. – eu ri.
- Beijos, tia. Foi bem divertido mesmo.
- Você tem certeza que não quer que eu te leve? – James perguntou, com carinha de bebe.
- Tenho sim. Prefiro andar. – respondi, indo até a porta.
- Ok então. A gente se vê amanhã? – ele falou, abrindo a porta pra mim.
- Provavelmente sim.
- Então, tchau... – ele falou, me dando um beijo na bochecha. Antes de se afastar, pensou melhor e me deu um selinho. Simples assim. Eu devo ter feito uma cara muito assustada, por que ele riu fraquinho, e me beijou de novo. E eu deixei. E eu diria mais: eu não estava nem perto de reclamar.
- Ew. Isso é tão nojento. – Ops. Acho que Sam acordou.
- Samantha, fique quieta. – Era a voz da mãe de James. Hehe, acho que temos platéia. Obvio que eu fiquei vermelha. Não, roxa. E óbvio que James achou graça.
- Valeu, mãe. – ele falou, fingindo cara de indignado.
- Erm, eu realmente tenho que ir. – falei, quando consegui recuperar a voz.
- Certo. Se cuida. – ele falou, piscando e sorrindo. Eu concordei com a cabeça, começando a caminhar. Antes de virar a esquina, ouvi alguém gritando. Quando olhei para trás vi que ele estava na porta, segurando Sam pelas pernas, de cabeça pra baixo. Balancei a cabeça rindo, começando a caminhar um pouco mais rápido.
Minha casa estava em silencio quando cheguei, e eu entrei no meu quarto sem nem ligar a luz. Eu tinha deixado o computador ligado, e uma janela do MSN piscava avisando que Alice tinha falado comigo. Eu pensei por uns segundos, e decidi que não queria falar com ela ainda. Ignorei o computador, tirei meus tênis, jogando em qualquer canto e sentei na cama. Eu ainda estava com a camiseta de James. Eu ainda sentia o gosto de James. Meu Deus, o que estava acontecendo aqui? Procurei na minha mesa pelo meu iPod e coloquei o fone no ultimo volume. Aos primeiros acordes da musica, senti minhas panturrilhas formigarem. Coloquei para repetir e fechei os olhos. E, bem... ainda estou aqui.
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