Capítulo 3;



OOOOE, eu disse que a nota da autora dessa vez seria no início. :B uiahsdusahda Então, teremos personagem novo hoje, e é um que eu, particularmente, ADORO! *-* Tava com visita em casa esse final de semana (é, morar na praia tem suas desvantagens) então mal tive tempo pra escrever, mas não devo demorar muito pra postar o 4, do jeito que eu to empolgadinha com isso! \o/ ihdasiuahduiahdsd Então, divirtam-se (agora na hora certa \o) :*

-

Capítulo 3

- Martin, amor, você está tão lindo hoje.
- Esquece. Você agüenta esperar até chegar.
- Nããão, me coonta!
- Nops.
- Por favor?
- Não.
- Fala de uma vez.
- Não.
- Maaaaaartiiin.
- Não.
Eu tinha passado todo o caminho implorando para que Martin me contasse de uma vez o que ele estava escondendo, mas sem sucesso algum. Eu já tinha tentado ser querida, ser brava, ser mandona, mas nada estava funcionando. POXA, antigamente ele teria me contado na segunda vez que eu pedisse. Os tempo mudam mesmo...
Brian (um dos gostosos amigos do Martin) estava vermelho de tanto que ria.
- Brii, eu sei que você sabe. – falei, fazendo cara de coitada pra ele, e fazendo ele rir mais ainda. – Você está mancomunado com ele, né? Todo mundo querendo me fazer de palhaça. Ta certo então. – falei, sentando emburrada e encarando a janela.
- Não fica nervosa, garota. Eu prometo que você vai gostar. – Brian falou, olhando pra Martin pelo retrovisor. Eu dei ombros. Não, eu não estava brava, mas era legal fazer um docezinho. Martin já estava acostumado, e Brian e Kate estavam achando divertido.
- Olha, a gente já ta chegando. – Brian falou, dando uma piscadinha (bonitinha, tenho que admitir) pra mim, quando o mar se fez visível. Ok, eu poderia aguentar um pouco mais. Eu acho. EU ESTAVA DESESPERADA PARA SABER! Maldita curiosidade, sempre assim.
Eu já conseguia ver os amigo de Martin na areia. Reconheci alguns, mas não todos os que eu vi, e tinha alguns de costas pra mim. O sol doía em meus olhos, e eu procurei pelos meus óculos escuros. Chegamos onde seus amigos estavam. Eu conhecia as três meninas, mas nunca tinha conversado muito com elas, e dos outros meninos, só conhecia de vista, ou de quando algum deles ia falar com Martin e eu estava junto. Martin me apresentou a eles, que foram todos simpáticos.
- E ai, cara. – Um moreno chamado Harry cumprimentou Martin e Brian.
- Fala, Hary. Ele já chegou? – Martin falou, pra ele.
- Já. Estava esperando por vocês. – Ele respondeu, com uma risadinha na minha direção.
- Ele quem, Martin? – perguntei, olhando para os três, que faziam cara de santos. Mas no segundo seguinte eu senti uma coisa quente e loira me abraçando, e um perfume que eu reconheceria em qualquer lugar do planeta.
- JAMES! – me ouvi gritando, mesmo que mal conseguisse respirar de tão forte que ele me abraçava. – caramba garoto, o que você ta fazendo aqui? – eu estava chocada. James estava de volta? Mas ainda não fazia um ano dês de que ele havia viajado. Ou será que fazia? Não, ele tinha ido em junho, só deveria voltar mês que vem. Eu ouvia sua risada abafada pelos meus cabelos, e era impossível não rir junto. – meu Deus, deixa eu olhar pra você. – falei, me afastando para poder ver seu rosto. Continuava loiro, continuava tão branco que era quase transparente, e os olhos mais azuis que eu já tinha visto continuavam sorrindo pra mim. James havia voltado, era ele que estava ali, por que parecia tão difícil de acreditar? Minha dúvida parecia estar estampado na minha cara, por que Martin e Harry riam olhando para nós dois.
- Eu voltei. – ta, isso me parecia meio óbvio. – conversei com meus pais, e eles concordaram em me deixar fazer o ultimo semestre aqui. – ele explicou, como se fosse fácil.
- É, ele não agüentou de saudades de mim. – Harry falou.
- Verdade, eu não agüentava mais as italianas, precisava da minha dose diária de Harry, sabe como é. – James concordou, dando ombros e piscando para Harry, me fazendo rir.
- Sim, sim, eu entendo. Mas pode falar, você tava é com saudade de mim, né? – eu falei, fingindo olhar feio para Harry que me mostrou a língua.
- Como é? Você vai me trocar por essa baranga? – Ele perguntou, olhando com cara de indignado.
- Hum... – James avaliou a situação. – é, vou sim. – disse por fim, me abraçando de novo, e nos fazendo rir ainda mais. Era tão bom ser abraçada por ele de novo.
Há um pouco mais de um ano ele tinha resolvido que iria viajar para a Itália, passar um ano morando com alguns tios que tinha lá. Pra mim, isso foi um grande choque, por que eu era muito ligada à ele. Ele era amigo de Martin, e passava muito tempo na casa dele, e como também eu também estava sempre com Martin, nós dois ficamos amigos meio que instantaneamente. Eu gostava de estar com os dois, por que, apesar de serem mais velhos que eu, eles não viam problema em estar comigo na escola (principalmente nos meus primeiros dias lá, quando eu ainda não conhecia ninguém), e nunca vinham com aquela história de “você é muito nova para entender”. Quando James viajou, eu chorei por alguns dias, e Martin só deixava a minha casa tarde da noite, para se certificar que eu estivesse bem. Ele sempre me falava “um ano não é uma vida, ele vai voltar”, e agora eu estava com a cabeça apoiada nos seus ombros de novo, enquanto víamos Brian e um dos que eu não sabia o nome ainda tocando alguma música em um violão. Eu acho que ele sentiu eu me encolhendo quando Martin abraçou a Kate, e minhas mãos se fecharam quando vi que eles começavam a se beijar. Ele segurou minha mão, fazendo-a abrir de novo, impedindo novos cortes de aparecer, me olhando meio que tentando entender.
- Quer dar uma volta? – perguntou quase sussurrando, e eu só concordei com a cabeça. Nós caminhamos um pouco em silencio para perto do mar, onde a música só era ouvida baixinho, e não dava para reconhecer ninguém dentro da barraca. – e então, você pretende me explicar o que aconteceu? – ele perguntou, sem olhar para mim. Merda, ele tinha mesmo notado. Pensei por um minuto se valeria a pena falar a verdade pra ele, mas não. Não era nem caso de não confiar, ou achar que ele fosse falar para o Martin ou qualquer coisa assim, mas é que seria a primeira vez que eu colocaria em palavras o que eu já sentia há algum tempo, e isso tornaria meus sentimentos verdade, e era exatamente isso que eu tentava evitar. Por isso, fiz a minha melhor cara de ‘não sei do que você esta falando’ quando olhei pra ele.
- Como assim? – perguntei. Ele riu, com cara de ‘eu sabia que você ia falar isso’.
- Você ficou toda tensa de repente, e eu acho que sua mão ia acabar cortada logo logo. – falou, olhando pra mim. Eu quase fraquejei, quase falei a verdade.
- É que... eu só... ainda não me acostumei... – falei, o que não era exatamente uma mentira.
- Com o Martin namorando? – não idiota, com o Brian tocando violão.
- É... parece que agora é só uma questão de tempo até ele me abandonar de vez. – eu falei, dando ombros e cruzando os braços. Ele começou a rir, e me abraçou.
- Não se preocupe, ele te ama muito mais. – eu sabia que era verdade, mas nem por isso deixava de odiar o fato de que ele estava namorando. – e além disso, se ele se afastar da gente por causa da Kate, eu mesmo quebro a cara dele. – ele falou, me fazendo rir também. – e Kate é nome de puta, você não achou? – eu gargalhei. Era incrível como nós pensávamos da mesma forma.
- James, não fale assim. Ela até que é legal. – eu falei, tentando das uma de diplomata.
- É, mais ou menos... – ele deu ombros. – Eu achei que quando eu voltasse vocês estariam juntos. – ele falou isso num tom tão casual que eu me controlei para não ter nenhuma reação que me denunciasse.
- Eu e o Martin? Não viaja, garoto. – falei, como se fosse a coisa mais absurda do mundo.
- Por que viajem? Eu acho você bem mais legal que a Kate. – eu sabia que ele não pretendia falar isso, suas bochechas ficaram imediatamente vermelhas e ele olhou para o chão. Eu sabia o que viria agora. Ele se mexeu inquieto e olhou na direção dos outros, como se conferisse se não tinha ninguém olhando para nós. Ele se virou para olhar pra mim.
- Escuta... – ele falou, como se escolhesse as palavras.
- Ah, James... – eu falei antes que ele pudesse começar a falar, com cara de quem diz ‘não faça isso’. Ele deu uma risadinha, entendendo o recado, voltado a olhar o mar. Ficamos em silencio por um tempo, até que ele resolveu falar.
- Sabe, esse negócio de amizade com benefícios é bem comum na Itália. – Eu não pude evitar começar a rir. Adoro como ele transforma um assunto sério em brincadeira assim. – To falando sério, as italianinhas nem se importam se é amigo ou desconhecido. Nunca vi gente mais fogosa! – ele ria também, e eu gargalhava com a cara de “saudade” dele. – Mas, falando sério, nenhuma possibilidade? – ele falou, e eu revirei os olhos.
- James, você sabe... – comecei, mas ele me interrompeu.
- ... só amigos, eu sei. – ele falou, também revirando os olhos. – Mas que coisa mais broxante.


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.