Remo Lupin
Snape passou com um raio pelo corredor. Conforme ele avançava com passos firmes, os alunos apavorados afastavam-se de encontro às paredes, lhe dando passagem. Harry saia do salão principal no momento em que o professor passava na frente da porta o acompanhando com os olhos.
- O que será que deu nele? – perguntou Rony às costas de Harry.
- Eu não sei... mas não deve ser coisa boa.
...
- Não deveria estar dando aula? – perguntou Elisabeth ao perceber Snape entrar em seu escritório batendo a porta em seguida. Ela, que se encontrava olhando pela janela, vira-se para olhá-lo.
- O que significa isso? – diz ele jogando a revista em cima dela – O que você quer com isso? – Elisabeth olhou a revista de relance e em seguida jogou-a sobre uma mesa.
- Sinto muito... eu não leio essas idiotices.
- Você sabe do que eu estou falando, não sou Dumbledore, eu reconheço um traidor a metros de distância.
- E porque isso seria diferente Snape? Normalmente as pessoas reconhecem gente da sua laia... ou estou enganada?
- Não brinque comigo, Elisabeth! – falou entre dentes sacando a varinha e apontando pro peito da mulher.
- O.K. – ela levantou as mãos num gesto teatral. – Vamos ver... Você quer saber o que eu penso sobre isso, certo? – ela pegou a revista e folheou – Hum... não... ainda é um monte de bosta. – e jogou novamente a revista pro lado – um conto de fadas, uma lenda urbana, um conto pra fazer criança dormir. Mas não é isso que te preocupa, não é mesmo? – ela cruzou os braços em tom desafiador, Snape continuava imóvel em posição de ataque. Elisabeth aproximou-se dele com os braços cruzados sobre o peito em desafio. – Você tem medo. Medo porque sabe o que eu estou fazendo aqui, e eu sei exatamente o que você está fazendo aqui.
Num movimento rápido, Snape segurou o pescoço de Elisabeth com força e levantando a varinha até seu rosto ameaçou novamente.
- Pegue suas coisas e vá embora, antes que seja tarde, senhorita Prym, ou eu te mando direto pro inferno.
- Eu já estive no inferno... e eu não pretendo voltar pra lá.
- Se eu fosse você, largaria ela Snape! – Lupin caminhava calmamente até os dois com a varinha apontada para Snape, parando ao lado da mulher. Sem pestanejar, Snape largou Elisabeth e empertigando o corpo, girou e saiu decidido pela porta. Lupin seguia seu movimento com a varinha.
Lupin foi até a porta e fechou-a virando-se com um sorriso sincero para Elisabeth que não retribuiu.
- O que você está fazendo aqui? – perguntou ela deixando Lupin surpreso com a pergunta.
- Bem... – ele se aproximara dela – Dumbledore me contou que você havia retornado a Hogwarts. Estou aqui porque queria te ver. Ver como você estava depois de tanto tempo...
- Você não deveria estar aqui.
- Elisabeth...
- Você sabe disso. Como Dumbledore, você não se importa se eu estou aqui ou não, e eu também não me importo com nenhum de vocês. Então é melhor voltar pelo mesmo caminho que veio.
- Se você não se importa Elisabeth, porque voltou?... Porque é tão difícil pra você acreditar nas pessoas?
- Porque é tão fácil pra ti?
- Não é fácil! Eu sei disso mais do que qualquer outra pessoa. Todos nós temos um passado marcado por sangue, morte, tristeza, mas isso não importa mais, pra ninguém. Nós estamos aqui agora, vivos... tente entender Elisabeth, nós só continuaremos vivos se lutarmos juntos. Sozinhos nós vamos morrer. Eu não consigo acreditar que você ainda não entendeu isso.
- Sinto muito se não sou perfeita como você!
- Pára!
- Sinto muito por não ser boa o suficiente!
- Pára! O que está acontecendo com você.
- Saia daqui. – ela virou-se pra se afastar, mas Lupin segurou seu pulso puxando-a de volta.
- Espera!
- TIRE AS MÃOS DE MIM! – disse puxando o braço com força tentando em vão se soltar.
- NÃO! – ele segurou seu outro braço com força.
- ME LARGA! – Elisabeth tentava se soltar a todo custo enquanto Lupin puxava-a pra mais perto de si tentando conte-la. – SEU FILHO DA MÃE!
- PÁRA!
- EU TE ODEIO! – Lupin consegue com muito esforço abraça-la de tal forma que a impedia de se mexer. – eu te odeio! – falou ela cansada de lutar contra aquele homem, rendendo-se as lágrimas.
- Calma! – pedia Lupin – Vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem.
- Porque vocês estão fazendo isso comigo? Eu não quero passar por tudo de novo. Eu não quero. – ela o olhou nos olhos – Eu não quero mais ver corpos caindo a minha volta. Eu não quero mais que morram por minha causa. Eu não vou agüentar isso de novo.
- Me escute... – Lupin segurou seu rosto com ambas as mãos – As coisas são diferentes agora, nós temos tudo pra vencer Voldemort, mas precisamos da sua ajuda. O.K?! – ela confirmou com a cabeça, e Lupin a abraçou novamente
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