capítulo X
Paraíso Proibido
Capítulo X
- James? – Sirius chamou pela quinta vez.
- Hã? O que? – James despertou de mais uma de suas viagens.
- O que está havendo, ein?
- Ah, cara. É aquela maldita ruiva de olhos verdes hipnotizantes. Eu achei que depois de tanto tempo eu estaria imune a qualquer sentimento por ela. Até a mesmo a raiva.
- Jay, você ainda a ama.
- Isso é totalmente errado. Eu sou casado e não deveria sentir coisas assim por nenhuma outra mulher. Sirus, ela não sai mais da minha cabeça. E o pior, ela não sai mais da sua casa também.
- Quanto a isso eu não posso fazer nada. Ela e Lene são melhores amigas. Lene a ama como uma irmã e agora que ela voltou, cara, pode ter certeza de que a Lene não vai deixar ela sumir novamente.
- Mas deveria! – disse James com raiva.
- Por que você não tira uma folga? Eu posso cuidar da empresa enquanto você dá uma descansada. Fique fora por uma semana, James. Você não disse que a Giselle também irá viajar?
- Viajar com a Giselle quando ela vai à trabalho é um saco. Ela fica fora o dia todo e tem mil desfiles para ir.
- Não disse para você ir com ela. Vá para um lugar mais próximo. À praia, por exemplo. A minha casa está disponível.
- A casa da praia? Bem, aquele lugar me traz algumas lembranças...
- Mas você é difícil de agradar, ein?
- Desculpe, desculpe. Eu aceito.
- Ótimo, quando sairmos daqui você me segue até em casa e eu lhe dou as chaves. Agora, vou voltar ao trabalho, patrão.
-
- Lene, eu não deveria ter voltado.
- Há, ai de você se não tivesse voltado. Eu não agüentava mais ficar sem noticias suas. Você foi a pior amiga que eu já tive na vida e a pior filha que seus pais tiveram também. Como conseguiu ficar tanto tempo sem dar uma noticia se quer?
- Eu apenas fiz o que minha mãe queria que eu fizesse. Eu sumi.
- Sumiu e muito bem ainda. Sumiu e nem se deu ao trabalho de nos avisar.
- Lene, não fala assim. Eu já falei mil vezes o que houve. Fui enganada e jogada num avião. Vocês nunca me procuraram também...
- Como? Se sua mãe não nos dava nenhuma pista? Eu achei que James morreria de tanta angustia... Desculpa, eu não deveria ter falado dele.
- Tudo bem. Eu tenho que arcar com as conseqüências agora, né? Eu fui embora e ele seguiu a vida dele. Como eu pude pensar que ele me esperaria?!
- Eu sempre achei que ele fosse fazer isso. Aí então ele viajou pra Suíça à trabalho e quando voltou trouxe a Gi com ele. Não fique brava comigo, Lily, mas ela é uma ótima pessoa e ela fez ele feliz esse tempo todo. Eu sinto muito que vocês não tenham dado certo, mas eu fiquei feliz pelo meu amigo. Ele sofreu muito quando você foi embora.
- Eu não o culpo por ter outra mulher. Quando eu fui embora tudo o que nós tínhamos acabou. Ele agiu certo. E eu também fico feliz por ele estar feliz. Mas é um pouco duro, eu o amo. Eu sempre amei. Mesmo estando longe por seis anos ele nunca sumiu dos meus sonhos e da minha cabeça, amiga.
- Eu sinto muito que você esteja sofrendo assim. Por que você não passeia um pouquinho? Vá viajar. Para mais perto de nós dessa vez, não precisa sumir em outro continente.
- Para onde eu poderia ir?
- Lembra da casa na praia? Aquela que fomos nos férias de seis anos atrás?
- É claro que eu me lembro.
- Eu e Sirius a compramos e reformamos. Ela ficou maravilhosa.
- Vocês compraram a casa?
- Sim, queríamos manter as lembranças de lá vivas. Foram as melhores férias de nossas vidas. Foi lá que eu e Sirius ficamos juntos e a cada ano de casamento nós voltamos para lá. Eu sei que você tem lembranças de lá também, e são lembranças boas. Eu sei que você quer esquecê-lo, mas quem sabe não funcione. Voltando lá você vê as coisas de outra maneira. Encara como um romance de verão e quando voltar siga em frente. Você é linda, minha amiga, muitos homens cairão aos seus pés. Você precisa seguir em frente.
- ‘Tá legal. Onde estão as chaves? – perguntou Lily fazendo a amiga abrir um sorriso gigante e correr para pegar as chaves.
-
- Cara, eu não sei onde a Lene enfiou aquelas chaves. Leve as chaves reservas e depois eu procuro as originais.
- Não tudo bem. Preciso ir, vou levar a Gi para jantar de depois levá-la até o aeroporto mais tarde. Querem ir?
- Não vai dar. Lene deixou um bilhete, foi ao shopping com a Lily e vai voltar tarde.
- Tudo bem. Já sei que não jantarei no shopping hoje a noite. A gente se vê em uma semana, dude. Obrigado.
- É pra isso que servem os amigos, James. A gente se vê.
-
Malas prontas, iPod carregado e sem preocupações. Lily ouviu o táxi chegar e levou as malas até a varanda para que o motorista lhe ajudasse. Como não se lembrava bem do caminho, preferiu um táxi. Entregou endereço e mapa para o motorista e partiram.
-
- Amor, já estou com saudades. – Giselle dizia pelo celular no avião em algum lugar do oceano Atlântico.
- Eu também. – disse James, equilibrando o celular entre o ouvido e o ombro enquanto levava as malas para o carro.
- Eu achei ótima a idéia de você viajar. Apenas sinto muito por não pode ir junto. Queria passar mais tempo com você. – ela disse melancólica.
- Eu sei, meu amor. E não sinta, eu sei do seu trabalho e você também sabe.
- A única viagem que fizemos juntos foi na lua-de-mel.
- Também já fomos várias vezes visitar seus pais juntos, querida.
- Mas isso não conta. Não foi uma viagem romântica.
- Não foi? Não era isso que você pensava nas madrugadas. – James falou com sua voz canalha, fazendo-a rir.
- O avião vai pousar em breve. Beijo, meu amor. Eu te ligo mais tarde.
- Beijo. Eu te amo, Gi.
- Eu te amo também, Mr. Potter.
Enfiou o celular no bolso detrás da calça jeans e voltou para trancar a porta da casa.
Deu partida no carro e deixou que o som da sua banda favorita, Kings of Leon, preenchesse seus ouvidos.
Paz. Tranqüilidade e tempo para pensar lhe aguardavam.
-
Assim que chegou, Lily já sentiu um extremo conforto. Não via a hora que colocar os pés na areia e sentir a água gelada e salgada sobre seu corpo. Com a ajuda do motorista levou as malas para dentro da casa. Pagou-o e levou as duas malas para o andar de cima.
Parou e observou como a casa havia mudado. Estava maravilhosa. Sirius e Lene haviam feito um ótimo trabalho. A casa agora tinha duas entradas. E a do fundo dava para a praia. Um enorme tapete de areia se entendia até chegar ao mar, extremamente calmo.
Foi até a mala e tirou um dos biquínis novos que tinha comprado. Deixou-o em cima da cama e foi até o banheiro. Tirou o jeans e o restante da roupa colocando-os num cabide atrás da porta, prendeu os cabelos ruivos num rabo-de-cavalo frouxo e voltou ao quarto, há tempo de ouvir um barulho de porta de fechando que vinha do andar de baixo.
Ok. Isso não era nada bom. Estava sozinha e nua, por sinal, numa casa afastada das outras, numa praia que nessa época do ano não recebia muitos visitantes.
Procurou rapidamente pelo roupão no fundo da mala e vestiu depressa, para depois descer silenciosamente para o andar de baixo.
Das escadas pôde ver um par de malas perto da televisão. Estranho. Havia levado suas malas para o andar de cima. Seria possível que seus amigos haviam alugado a casa e se esquecido disso?
Passou pelas malas e foi até a cozinha. Vazia também. Tudo bem, agora estava com medo. Mais do que antes. Virou-se para voltar para o quarto, pensando estar louca e ouvindo coisas. Soltou um grito.
- O QUE VOCÊ FAZ AQUI? – gritaram os dois juntos.
Não era um invasor. Não era um fantasma. Tudo bem, era um ‘fantasma do passado’. Pelo menos sabia agora que não estava ficando louca. Um bom sinal.
- Você... você? O que faz aqui? – ele soltou rispidamente.
- Eu lhe faço a mesma pergunta, James. Lene me emprestou a casa!
- Sirius ME emprestou a casa! – ele respondeu nervoso.
- Tudo bem. Temos um problema aqui...
- Problema? Isso não é um problema. É UM PESADELO!
- Ei, ei. Calma, não precisa ficar assim também. Eu saio da casa.
- Não, eu saio.
- James, eu já disse que saio da casa.
- NÃO PRECISA. – ele disse entre dentes. – Eu arrumo um hotel por aqui.
- Você não costumava ser teimoso assim. Muito menos estúpido do jeito que é agora.
- Você não sabe mais nada sobre mim, Lílian.
- Tá legal. Pode me explicar o motivo de tanta raiva? O que eu fiz?
- E ainda tem a cara-de-pau de me perguntar!
- Jam...
- Não, Lílian! Você me deixou. – ele jogou.
- James, você sabe que não foi bem assim.
- Foi bem assim, sim! Pois se me amasse de verdade, se não quisesse me fazer de palhaço, você teria voltado. Não teria deixado que...
- Eu sei. Eu sei que deveria ter voltado. Só achei que se esperasse um pouco...
- SEIS ANOS! Na minha contagem isso é muito, Lílian. MUITO TEMPO.
- Eu sei que não há explicação pelo que eu fiz. Mas tente entender, James.
- Não há nada para entender. NADA! – ele disse com tristeza nos olhos. – Venho aqui para esquecê-la e ela está aqui. – disse ele num sussurro rindo.
- Esquecer quem? – ela perguntou. Ele não respondeu. Esperou um pouco mais e... – Esquecer quem, James?
- Você! Esquecer você. Apagar você da minha memória. Fazer você sumir da minha vida... da minha cabeça.
Ela olhou-o chocada. O que ele quis dizer com aquilo? Ainda... a amava?
- Você... – ia se arriscar a perguntar, mas foi interrompida.
- Eu já havia superado! Pelo menos, pensei que havia. Mas aí você me aparece novamente. Numa tarde normal de sábado. Na casa do meu melhor amigo. Você aparece do nada! Exatamente como desapareceu... do nada. – ele dizia intercalando seu humor entre melancólico e agressivo. – Você voltou e TUDO aquilo que eu tinha aprendido a esquecer voltou junto. Os arrepios que seus olhos me causavam. A respiração fraca e o coração acelerado só de ver esses cabelos ruivos. – James dizia mais para si mesmo, mas Lílian ouvia tudo.
E conforme ouvia as confissões de James, seu coração inchava de alegria. A qualquer momento explodiria. Queria implorar para ele não deixar tudo isso sumir novamente. Por que ela não iria desaparecer como antes. Não ia mesmo depois de toda essa confissão.
- Eu vim pra esquecê-la de novo. Eu mal podia olhar para Giselle. Pois eu não queria a Giselle ali, eu queria... eu quero você.
Não precisava ouvir mais nada. Lílian correu em direção a James. Jogando seus braços em torno o pescoço e suas pernas em torna da cintura dele. Fazendo com que James perdesse o pouco de controle que lhe restava e colasse seus lábios aos dela.
Deus! Há tempo havia sonhado em fazer isso. Seis anos para ser mais exato. Seis anos sonhando secretamente com os mesmos olhos verdes, os mesmos cabelos ruivos e os mesmos lábios.
Cambaleou até a parede mais próxima, prensando o corpo de Lily entre a parede e o seu. Passou a língua pelos lábios dela pedindo passagem, qual ela nem pensou em negar. Choques elétricos passavam por todo seu corpo e suas pernas começaram a tremer só de sentir as mãos delas entre seus cabelos.
Nem mesmo Lily acreditava no que estava acontecendo ali. Parecia um dos seus sonhos tornando-se realidade. Seis anos sonhando com a mesma coisa. Poder sentir James, de todas as formas possíveis.
- Eu quero você, James. – quebrou o beijo para sussurrar roucamente as palavras no ouvido do homem. – Eu quero você agora.
Sentiu as pernas tremerem mais e pensou que não agüentaria muito tempo em pé. Também não sabia se tinha condições de subir as escadas. O que aquela ruiva fazia com ele?
- Não sei se consigo achar o caminho do quarto agora. – ele respondeu com a voz fraca enquanto explorava o pescoço da ruiva.
- Eu te mostro... – ela sussurrou de novo e soltou suas pernas da cintura de James. Em seguida afastando o pescoço, contra a vontade dele. Pegou a mão de James e o puxou escada acima.
Ainda estavam na porta do quarto, quando James agarrou Lílian novamente. Enfiou seu rosto da curva do pescoço dela, acariciou sua nuca para depois descer pelas costas da mesma. Lílian se virou de costas, apenas para jogar tudo o que estava em cima da cama no chão, e sentiu as mãos de James no nó do roupão. Perdeu a respiração por mais alguns segundos. Não sabia se sairia viva daquela experiência. Afinal, seu coração parava com cada toque dele.
James desamarrou calmamente o roupão, subindo suas mãos para os ombros da ruiva e para logo depois jogar o roupão no chão. Uma das mãos seguiu a linha das costas, a outra rumou para a barriga. Aproximou-a de si, encostando o queixo no ombro dela para poder sussurrar em seu ouvido:
- Não sabe quanto tempo eu esperei por isso.
Ela virou novamente de frente para ele e falou olhando nos olhos dele:
- Eu sei sim. Eu também estava esperando todo esse tempo.
Aquilo fez James sorrir e grudar seus lábios nos dela novamente, iniciando um beijo calmo. Lily levou as mãos até os botões da camisa dele, desabotoando cada um deles sem pressa.
James sentiu sua camisa escorregar pelos ombros até chão. Logo depois, sentiu os dedos gelados em sua barriga. Arranhando-a carinhosamente. Sem vergonha alguma Lily rumou até o botão do jeans de James desabotoando-o para depois descer o zíper. A respiração de James falhou fazendo-o quebrar o beijo com um suspiro.
Lílian se afastou deitando na cama. E James se livrou apressadamente dos sapatos, das meias e do jeans para em seguida se deitar em cima da ruiva. Os olhos dela mostravam desejo, felicidade e amor. E espelhavam os de James.
Carinhosamente ele foi distribuindo beijos por todo o corpo da ruiva, apreciando o gosto que sonhou em sentir por seis anos. Isso ainda era melhor que seus sonhos. Muito melhor. Era real. Ele podia tocá-la, podia sentir seu corpo quente junto ao seu. Ouvir os suspiros dela. Ouvi-la chamar seu nome.
- James... – ela chamou fracamente. – Eu quero você. Pelo amor de Deus, eu quero você agora. – repetiu as mesmas palavras que havia dito mais cedo.
Não podia esperar mais para atender aos pedidos dela. Que eram os seus também. Livrando-se da última peça que impedia o contato completo com o corpo dela, sentiu a respiração falhar mais uma vez. E então se juntou a ela. Unindo os corpos como um só para sentir a melhor sensação que podia se sentir no mundo.
Estavam completos, enfim.
n/a: genteee *---* tá grandão? não né? :/ AHSUAHSUA bom, tá aí. espero que tenham gostado (: e lá vai eu falar que as att vão demorar pra vir /seesconde*. Minha faculdade começa quinta-feira! mas vou dar um jeitinho de escrever no fim de semana e acabar todas de uma vez. porque facul é complicado né, gente? bom, é isso. beeeijo, amores ! :*
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