Mansão Malfoy...

Mansão Malfoy...



N/A: não aguentei... está aí mais um capítulo... mas o próximo vou seguir o 'pedido' que coloquei no cap. 100......... 6 comentários, no mínimo!!!!

Boa leitura.




04. Mansão Malfoy...

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Iniciou-se ali a longa jornada para descobrir o paradeiro de Harry que fora misteriosamente sugado por um feitiço de Voldemort, onde ambos os oponentes sumiram do centro do salão para um destino desconhecido e, consequentemente, temido.

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Gina, Rony, Tonks e Gui, que havia se juntado a eles quando viu a movimentação em torno de seus irmãos, seguiam na frente em direção aos portões do castelo para que pudessem desaparatar nos terrenos da Mansão Malfoy. Logo atrás vinham Hermione, Draco e mais dois aurores. Assim que saíram para os jardins do castelo Hermione questionou Draco sobre suas verdadeiras intenções ao ajudar o grupo e não se surpreendeu com a resposta.

- Não me importo com seus objetivos, Granger. Mas sei que já fiz muita coisa errada, e tive os meus motivos, portanto não me arrependo, mas agora tenho a chance de fazer alguma coisa certa, mesmo que seja por um motivo não tão ‘bom’ assim... – terminou a frase com seu característico sorriso cínico, típico de quando falava de Potter com desdém e desprezo.

- Entendo... encontrar seu eterno inimigo, o Harry, não é seu objetivo... mas manter Narcisa Malfoy em segurança, nem que para isso você vá ao inferno buscar alguma informação para Gina, agora que viu que ela não está de brincadeira... é... me parece um bom motivo. – ela falou em tom de deboche, mas com seriedade no conteúdo das palavras.

- Ela não parece de brincadeira mesmo... Como ela queimou o pescoço da minha mãe daquele jeito? Ela não falou nada. Não gesticulou. Não fez nada diferente... Como ela fez aquilo? – o rapaz perguntou curioso e intrigado.

- Magia espontânea. – disse o auror ao lado de Draco, intrometendo-se na conversa. Ao ver os dois jovens encará-lo com expressões de dúvida, ele explicou: - A magia espontânea pode acontecer com qualquer pessoa. Mas notamos primeiramente nas crianças... A magia involuntária. Provavelmente foi o que aconteceu com a srta. Weasley. Num momento de sentimentos muito intensos e com a mente confusa e tudo mais, ela agiu espontaneamente, sem total controle do que fazia. Ela provavelmente nem viu que estava ferindo de verdade a sra. Malfoy... e digo mais, garoto, ela não queria feri-la de verdade. – disse em tom confidente, falando mais baixo a última frase.

- Não acredito! Ela queria sim. Era visível nos olhos dela todo o ódio que sente. Ela parece capaz de fazer qualquer coisa para encontrar o Potter.

- Ela é. Não duvide disso! – Hermione falou sem pensar.

- Sei que sim. – continuou o senhor ao lado de Draco. – Mas não com a real intenção de ferir, mas sim de assustar, ameaçar ou qualquer coisa do gênero, mas não duvido que se precisar passar disso, ela o fará sem pestanejar. Vamos acelerar o passo que eles já sumiram daqui. Carlisle, Mansão Malfoy! – disse para o outro auror e virou-se para Draco segurando no pulso do rapaz. – E você vem comigo. – e desapareceram no manto da noite.


Já se passara mais de duas horas e eles ainda estavam na biblioteca da mansão, sem terem feito muito progresso. Gui enviara um patrono logo que chegaram à mansão para avisar sua família onde estavam e para saber notícias do castelo e acabara de receber uma resposta, ouvindo a voz de seu irmão Carlinhos responder que todos estavam mais calmos agora, os feridos já haviam sido encaminhados para o St. Mungus, os Comensais já estavam em Azkaban e que Molly exigiu a presença de todos seus filhos logo no início da manhã.

- Ouviu Gina? Logo pela manhã... isso significa daqui a menos de três horas... – disse com carinho na voz e preocupação no olhar para sua irmã que tinha profundas olheiras.

- Eu não posso parar, Gui... Você sabe disso... O Harry precisa de mim...

- Gi... você precisa descansar. O Harry precisa de nossa ajuda, eu sei, mas temos que estar inteiros para que possamos ajudá-lo, certo? Veja... todos estamos cansados. – apontou para os presentes e era fácil constatar que ele estava certo.

Tonks estava no alto de uma escada pegando uns livros na última estante, seus olhos estavam inchados, seu rosto marcado por lágrimas que até há pouco tempo insistiam em cair e seus cabelos longos e negros transmitiam explicitamente seu estado de espírito. Hermione e Rony estavam sentados no chão verificando dez ou onze livros de uma vez só. Draco analisava agendas antigas e anotações que pudessem conter algo das reuniões passadas. E os outros dois aurores ficaram do lado de fora da casa para cuidar da segurança.

- Eu não posso parar, Gui... Não quero! Você entende? Se eu parar, inevitavelmente vou ter tempo pra pensar no que acontec-ceu... e eu n-não vou ag-guen-ntar... – a ruiva engasgava nas palavras e nas lágrimas que começaram a descer pelo seu rosto.

- Eu sei, irmãzinha... vem aqui. – ele abriu os braços para acolher sua irmã caçula que até o momento se mostrara tão forte, acima de qualquer coisa que pudesse atingi-la, mas ali, em seus braços, ela voltou a ser sua menininha frágil, e se entregou ao choro sofrido e desesperado que conteve por tantas horas.

Hermione viu a cena e cutucou a perna de Rony, apontando e indicando que ele deveria ir até lá. Ele levantou a cabeça devagar e a castanha pôde ver que o garoto chorava. Ela se levantou emocionada, puxou-lhe pela mão, secou delicadamente as lágrimas do rosto avermelhado do amigo e foi até Gina, afagando o ombro da amiga, enquanto o ruivo se juntava ao abraço dos irmãos, beijando a testa da caçula.

Gui segurou o rosto de Gina com as duas mãos, forçando-a a encarar seus olhos doces e falou com ternura e firmeza:

- É hora de irmos, certo? Harry sabe o que fazer, Gi. Ele não desiste fácil, não é? Nós também não desistiremos. Amanhã continuamos. – beijou a testa da garota mais uma vez implicando nesse beijo a força que ela precisava para levantar a cabeça e seguir em frente.

Gina sentiu-se subitamente vazia. Sentiu frio. Medo. Dor. A ruiva levou a mão ao coração com a intenção de fazê-lo parar. Parar de pulsar. Ou parar de doer. Um gemido fraco e baixo escapou de sua garganta, deixando seu irmão ainda mais preocupado.

- Gi... Você está bem? – Gui se abaixou novamente para encará-la nos olhos tristes.

- Foi só um mal-estar. – ela respondeu sem ter certeza do que estava sentindo. “É uma dor muito forte pra ser apenas um mal-estar.”, ela pensou sem expressar seu medo. “Como se meu coração sangrasse por dentro... Deixe pra lá, garota. Levante-se”, disse para si mesma, reunindo o pouco de energia que ainda tinha.

Rony e Hermione se levantaram e chamaram Tonks e Draco para irem embora.

- Amanhã voltaremos aqui, Malfoy. Tenho certeza que encontraremos algo na sua biblioteca. – Hermione falou sem entregar em seu rosto nenhuma expressão. Malfoy apenas acenou a cabeça. Ele já havia entregado as chaves e senhas da casa para sua prima Tonks logo que chegaram. Quando abriu a boca para dizer algo, ouviu-se um estalo alto vindo do lado de fora da mansão e logo em seguida os dois aurores que cuidavam da segurança da casa entraram na biblioteca como foguetes, sendo recepcionados por cinco varinhas apontadas para a porta e olhares atentos e temerosos. Eles ergueram os braços e dispararam a falar, ainda ofegantes:

- Ooooopa! Calma aí. Temos notícias... Temos notícias da Ordem... Somos nós... Tonks? – disse o primeiro, com a mão no peito como se forçasse o ar a entrar. Vendo que a auror não baixou a varinha, ele prosseguiu. – Ninfadora, auror Gallagher se apresentando. Posso continuar ou prefere que eu te chame de Ninfadora novamente? – ela finalmente abaixou o braço ao ouvir a frase que seu colega sempre lhe dizia quando se encontravam em alguma situação de risco, e foi seguida pelos outros.

- A notícia é boa. – o segundo se pronunciou sorridente, mas logo que olhou para Gina, seu sorriso desapareceu, abaixou a cabeça e corrigiu. – É... quase... boa.

- Diga logo. – a ruiva falou num sussurro.

- Recebemos um recado da Ordem. A Marca Negra no braço dos Comensais sumiu. Isso só pode significar uma coisa: Voldemort está morto!

- Mas não significa que Harry está vivo, significa? – Gina perguntou triste.

- Não exatamente, senhorita. Mas há alguma esperança.

- Malfoy? – Rony ficou de frente para o sonserino e perguntou desconfiado. – Por que não nos disse nada? Sua tatuagem também sumiu? Não sentiu ela queimar ou algo assim?

- Não haveria nada a dizer, Weasley! – respondeu ele erguendo a manga do casaco, deixando à mostra o antebraço. – Eu não tenho a marca. Nunca fui um Comensal da Morte.

Rony ficou surpreso, mas conteve-se em sua reação controlada. Gina não se animou com a notícia. Ainda estava no mesmo lugar, olhando fixamente para um ponto qualquer da estante, perdida em pensamentos e esperanças.

- Gi... nós não desistiremos. Vamos pra casa agora. – Gui segurou Gina pelos ombros guiando-a para fora da sala, seguindo para o jardim da Mansão. Gui, Gina, Hermione e Rony foram para a Toca e Tonks, os aurores e Draco seguiram para o Ministério.


Os dias que seguiram foram tristes pela lembrança das perdas, as despedidas dos enterros, a recuperação do prédio da escola. Dias e noites intensos e carregados de atividades de todos os lados. Várias pessoas se ofereceram para ajudar na busca do jovem bruxo que derrotou o lorde das trevas. O grupo que fora à Mansão Malfoy na noite da batalha permaneceu com os mesmos integrantes, enquanto um outro grupo, formado principalmente por aurores, tentava outras formas de localização, inclusive mantendo contato com Ministérios da Magia de outros países.

Mais de dois meses havia se passado e ainda nada se sabia.

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