Capítulo 6: A Câmara Secreta
Capítulo 6: A Câmara Secreta
Gina se viu entrando no banheiro e falando outra vez naquela língua que ela não entendia. A passagem se abriu e ela se viu caminhando para lá e escorregou naquele túnel que parecia não ter fim, o medo estava dominando seu corpo e ela não conseguia controlar seus movimentos. Assim que a descida nivelou se viu em um salão amplo, se pôs de pé e caminhou, passou por vários esqueletos de pequenos animais e uma pele de cobra gigantesca, ela não queria continuar, queria voltar pra casa, queria estar na Toca, mas continuava indo em frente.
O túnel parecia não ter fim e ela no fundo preferia que não tivesse mesmo, porque não queria nem imaginar o que estaria lá no final. E então, ao dobrar mais uma curva, deparou com uma parede sólida à sua frente em que havia duas cobras entrelaçadas talhadas em pedra, os olhos engastados com duas enormes esmeraldas brilhantes.
Ouviu aquele som estranho saindo de sua boca e as cobras se separaram, as paredes se afastaram, as duas metades deslizaram suavemente, desaparecendo de vista, mesmo tentando não seguir adiante se viu entrando naquele lugar: A Câmara Secreta.
Ela caminhou até o meio do lugar em frete a uma estatua horrorosa e depositou o diário na sua frente e então viu, aquele que um dia tinha sido seu amigo aparecer ali, na sua frente. Ela queria correr, mas não tinha força nenhuma.
- Olá Gina, eu sou Tom Riddle, mas acho que você me conhece melhor como Lord Voldemort.
Gina não conseguiu falar nada, aquele era você-sabe-quem, ele era o herdeiro de Sonserina e ela tinha o ajudado a atacar seus amigos, pessoas inocentes. Ela queria fazer alguma coisa, mas se sentia tão cansada, seus olhos estavam cada vez mais pesados e então tudo virou escuridão e silêncio.
Uma sensação tão boa invadiu seu corpo era tão bom estar ali, ela queria ficar, não sentia dor, medo, tudo era só paz.
Então ela ouviu um grito e abriu os olhos, ela estava na Câmara, tentou se mexer e um gemido escapou de seus lábios e havia passos, alguém correndo na sua direção. Ela se sentou e viu Harry e também a enorme criatura que parecia estar morta, ali perto deles. A única coisa que conseguiu fazer foi chorar, era tudo sua culpa.
— Harry, ah, Harry, eu tentei lhe contar no café, mas não pude contar na frente do Percy... Fui eu, Harry... Mas... j-juro que não tive intenção... Riddle me obrigou, ele me levou até lá... E... Como foi que você matou aquele... Aquela coisa? Onde está Riddle? A última coisa que me lembro é dele saindo do diário.
— Tudo bem — disse Harry, levantando o diário e mostrando à Gina o furo feito pela presa -, o Riddle acabou. — Olhe! Ele e o basilisco. Anda Gina, vamos dar o fora daqui!
— Vou ser expulsa! — choramingou Gina enquanto Harry a ajudava, desajeitado, a ficar em pé. — Sonhei em vir para Hogwarts desde que G-Gui veio e ag-gora vou ter que sair e... q-que-que papai e mamãe vão dizer?
Harry a fez avançar; os dois saltaram por cima das voltas inertes do basilisco morto, atravessando a penumbra cheia de ecos e voltaram ao túnel. Gina ouviu as portas de pedra se fecharem às suas costas com um silvo fraco. Parecia que o pesadelo estava terminando.
Depois de caminharem alguns minutos pelo túnel escuro, ouviu o som distante de pedras que se deslocavam lentamente.
— Rony! — Harry berrou, se apressando. — Gina está bem! Está comigo!
Ouviram Rony soltar um viva sufocado e, ao virarem a curva seguinte, divisaram a sua carinha ansiosa espiando por uma brecha de bom tamanho, que ele conseguira abrir entre as pedras desmoronadas.
— Gina!— Rony enfiou um braço pelo buraco para puxá-la primeiro. — Você está viva! Não acredito! Que aconteceu! Como... Que... De onde veio o pássaro?
Fawkes mergulhou no buraco atrás de Gina.
— É do Dumbledore — respondeu Harry, espremendo-se para passar.
— Onde arranjou uma espada? — disse Rony, boquiaberto ao ver a arma na mão de Harry.
— Explico quando sairmos daqui — disse Harry com um olhar de esguelha para Gina, que agora chorava mais do que antes.
— Mas...
— Mais tarde — disse Harry concisamente. — Onde anda Lockhart?
— Lá atrás — disse Rony, ainda com uma expressão intrigada, mas indicando com a cabeça o túnel na direção do cano de entrada. — Está bem ruinzinho. Venha ver.
Guiados por Fawkes, cujas penas vermelhas produziam uma luminosidade dourada no escuro, eles caminharam de volta à boca do cano.
Gilderoy Lockhart estava sentado, cantarolando tranqüilamente para si mesmo.
— A memória dele desapareceu — disse Rony. — O Feitiço da Memória saiu pela culatra. Atingiu ele em vez de nós. Ele não tem a menor idéia de quem é, onde está ou de quem somos. Eu o mandei vir esperar aqui. É um perigo para ele mesmo.
Lockhart mirou os garotos, bem-humorado.
— Alô — disse ele. — Lugar esquisito, esse, não acham? Vocês moram aqui?
— Não — respondeu Rony, erguendo as sobrancelhas para Harry.
Harry se abaixou e espiou para dentro do cano longo e escuro.
— Você já pensou como é que vamos subir por isso para voltar? — perguntou a Rony.
Rony sacudiu a cabeça, mas Fawkes, a fênix, passara por Harry e agora esvoaçava à sua frente, seus olhos de contas brilhando no escuro. Ela acenava com as compridas penas douradas da cauda. Harry olhou-a hesitante.
— Parece que ela quer que você a agarre... — disse Rony, com um olhar perplexo. — Mas você é pesado demais para um pássaro arrastá-lo por ali...
— Fawkes não é um pássaro comum. — Harry se virou depressa para os outros. — Temos que nos segurar uns nos outros. Gina, agarre a mão de Rony. Profº. Lockhart...
— Ele está se referindo ao senhor — disse Rony rispidamente a Lockhart.
— Segure a outra mão de Gina...
Harry prendeu a espada e o Chapéu Seletor no cinto, Rony segurou as costas das vestes de Harry e este esticou a mão e agarrou a cauda estranhamente quente de Fawkes.
Uma leveza extraordinária pareceu se espalhar por todo o seu corpo e, no segundo seguinte, o grupo voava pelo cano em meio a um farfalhar de asas. Gina ouviu Lockhart, pendurado atrás dela, exclamar: "Espantoso! Espantoso! Isso parece mágica!" O ar frio fustigava os cabelos de todos e, antes que ela tivesse enjoado da viagem, ela terminou. Os quatro bateram no chão molhado do banheiro da Murta Que Geme, e enquanto Lockhart endireitava o chapéu, a pia que escondera o cano voltou a se encaixar suavemente no lugar.
Murta arregalou os olhos para Harry.
— Você está vivo! — exclamou desconcertada.
— Não precisa parecer tão desapontada — disse o garoto, sério, limpando os salpicos de sangue e o limo dos óculos.
— Ah, bem... Andei pensando... Se você tivesse morrido, seria bem-vindo a dividir o meu boxe — disse Murta, com o rosto tingindo-se de prateado.
— Arre! — exclamou Rony ao saírem do banheiro para o corredor escuro e deserto. — Harry! Acho que Murta está gostando de você! Gina você ganhou uma concorrente!
Mas as lágrimas continuavam a escorrer silenciosamente pelo rosto de Gina.
— Onde agora? — perguntou Rony, lançando um olhar ansioso a Gina. Harry apontou.
Fawkes tomou a frente, refulgindo ouro pelo corredor. Eles o seguiram e momentos depois se encontravam à porta da sala da Profª. McGonagall. Harry bateu e empurrou a porta, abrindo-a.
Quando Harry, Rony, Gina e Lockhart surgiram à porta, cobertos de sujeira e limo, e no caso de Harry sangue, houve um silêncio momentâneo. Em seguida ouviu-se um grito.
— Gina!
Era a Sra. Weasley, que estivera sentada chorando, diante da lareira. Ela se levantou num salto, seguida de perto pelo Sr. Weasley, e os dois se atiraram à filha. Gina se sentiu tão aliviada naquele abraço, seus pais estavam ali com ela era tão bom.
Então sua mãe a soltou para abraçar Harry e Rony.
— Você salvou minha filha! Você a salvou! Como foi que você fez isso?
— Acho que todos nós gostaríamos de saber — disse a Profª. McGonagall com a voz fraca.
A Sra. Weasley soltou Harry que hesitou um instante, caminhou até a escrivaninha e depositou em cima dela o Chapéu Seletor, a espada cravejada de rubis e o que sobrara do diário de Riddle.
Então começou a contar tudo. Durante uns quinze minutos ele falou cercado de atenção e silêncio: contou sobre a voz invisível que ouvira, como Hermione finalmente percebera que ele estava ouvindo um basilisco na tubulação; como ele e Rony tinham seguido as aranhas até a floresta, que Aragogue revelara onde a última vitima do basilisco morrera; como tinham adivinhado que Murta Que Geme fora essa vítima e que a entrada para a Câmara Secreta poderia estar no banheiro...
— Muito bem — encorajou-o a Profª. McGonagall quando ele parou -, então vocês descobriram onde era a entrada, e eu acrescentaria: atropelando umas cem regras do nosso regulamento, mas, por Deus, Potter, como foi que vocês conseguiram sair de lá com vida?
Harry, com a voz rouca de tanto falar, contou então sobre a chegada providencial de Fawkes e do Chapéu Seletor com a espada dentro. Gina agradecia silênciosamente por ela não ter faldo nada sobre ela. Ela estava de pé, com a cabeça apoiada no ombro da Sra. Weasley, e as lágrimas ainda escorriam silenciosamente pelo seu rosto.
— O que me interessa mais — disse Dumbledore com brandura — é como foi que Lord Voldemort conseguiu enfeitiçar Gina, quando as minhas fontes me informaram que no momento ele está escondido nas florestas da Albânia.
— Q-que foi que disse? — perguntou o Sr. Weasley com a voz aturdida. – Você-Sabe-Quem? En-enfeitiçou Gina? Mas Gina não... Gina não esteve... Esteve?
— Com esse diário — respondeu Harry depressa, apanhando-o na mesa e mostrando-o a Dumbledore. — Riddle escreveu nele quando tinha dezesseis anos...
Dumbledore recebeu o diário de Harry e examinou-o com atenção, por cima do nariz comprido e torto, as páginas queimadas e encharcadas.
— Genial — disse baixinho. — É claro, ele foi provavelmente o aluno mais brilhante que Hogwarts já teve. — E se virou para os pais de Gina, que pareciam inteiramente perplexos.
— Muito pouca gente sabe que Lord Voldemort um dia se chamou Tom Riddle. Eu fui seu professor há cinqüenta anos, em Hogwarts. Ele desapareceu depois que terminou a escola... Viajou por toda parte... Aprofundou-se nas Artes das Trevas, associou-se com os piores elementos do nosso povo, passou por tantas transformações mágicas e perigosas que, quando reapareceu como Lord Voldemort, quase não dava para reconhecê-lo. Muito pouca gente ligou Lord Voldemort ao garoto inteligente e bonito que, no passado, fora monitor-chefe aqui.
— Mas, Gina — perguntou a Sra. Weasley. — Que é que a nossa Gina tem a ver com... Com... Ele?
— O d-diário dele! — soluçou Gina. — And-dei escrevendo no diário, e ele andou me respondendo o ano todo...
— Gina! — exclamou o Sr. Weasley, espantado. — Será que não lhe ensinei nada? Que foi que sempre lhe disse? Nunca confie em nada que é capaz de pensar se você não pode ver onde fica o seu cérebro. Por que não mostrou o diário a mim ou a sua mãe? Um objeto suspeito desses, estava obviamente carregado de Artes das Trevas...
— Eu n-não sabia — soluçou Guia. — Encontrei o diário junto com os livros que mamãe comprou para mim. P-pensei que alguém o deixara ali e se esquecera dele...
— A Srta. Weasley devia ir imediatamente para a ala hospitalar — Dumbledore interrompeu-a com firmeza. — Ela passou por uma terrível provação. Não haverá castigo. Bruxos mais velhos e mais sensatos que ela já foram enganados por Lord Voldemort. — Encaminhou-se, então, para a porta e abriu-a. — Repouso e talvez uma boa xícara de chocolate fumegante. Sempre acho que isto me reanima — acrescentou ele, piscando bondosamente para a garota. — Os senhores encontrarão Madame Pomfrey ainda acordada. Está administrando suco de mandrágoras, imagino que as vítimas do basilisco irão acordar a qualquer momento.
— Então Mione está bem! — exclamou Rony, animado.
— Não houve dano permanente — disse Dumbledore.
Gina se sentiu extremamente aliviada, não ia ser expulsa e todos os atacados ficariam bem, deixou-se levar por sua mãe e seu pai para a ala hospitalar.
Depois de uma boa dose de chocolate quente e um porção pra animar Gina se sentia outra pessoa, foi liberada da ala hospitalar para participar das comemorações e nunca se sentiu tão feliz na vida, a festa durou quase toda a madrugada e foi recheada de ótimas noticias.
Gina Weasley voltou a ser absolutamente feliz e como foi bom voltar a ter a controle dos seus atos e saber tudo o que andava fazendo.
Demasiado cedo, chegou à hora de voltar para casa no Expresso de Hogwarts. Harry, Rony, Mione, Fred, Jorge e Gina conseguiram uma cabine só para eles. Aproveitaram ao máximo as últimas horas em que tinham permissão para fazer mágicas antes das férias.
Brincaram de snap explosivo, queimaram os últimos fogos Filibusteiro de Fred e Jorge e treinaram como desarmar uns aos outros com feitiços. Harry estava ficando muito bom nisso, observou Gina suspirando.
Estavam quase chegando a King’s Cross quando Harry lhe indagou.
— Gina... Que foi que você viu Percy fazendo, que ele não queria que contasse a todo mundo?
— Ah, aquilo — disse Gina entre risinhos. — Bom... Percy tem uma namorada.
Fred deixou cair uma pilha de livros na cabeça de Jorge.
— É aquela monitora da Corvinal, Penelope Clearwatet. Foi para ela que esteve escrevendo o verão todo. Eles têm se encontrado escondido por toda a escola. Um dia eu peguei os dois se beijando numa sala vazia. Ele ficou tão perturbado quando ela foi... Sabe, atacada. Vocês não vão caçoar dele, vão? — acrescentou ansiosa.
— Eu nem sonharia — respondeu Fred, que parecia um menino cujo aniversário tivesse chegado mais cedo.
— De jeito nenhum — disse Jorge, abafando o riso.
Então o trem reduziu sua velocidade até parar. Gina ficou observando seu irmão, Hermione e o seu amor se despedindo, seriam longas férias sem ele por perto.
Continua...
Baseado em Harry Potter e a Câmara Secreta
n/a: Novo capítulo, mais rápido do que tinha planejado! Espero que gostem e comentem!! E obrigada por estarem comentando e eu também não vejo a hora de escrever sobre o namoro dos dois, mas ainda vai demorar um pouquinho, mas não deixem de acompanhar!!
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