Tão bem quanto a gente espera
Nota: Vá com fé que tudo acaba um dia, e eu estou na reta final...E agora, com vocês, coisas que acontecem de um jeito ou de outro, pro bem...
Capítulo 14: Tão bem quanto a gente espera
Draco estava morrendo de tédio, sentado naquela cama a mais de um dia...Qual era o problema das pessoas em acreditar que quando você diz que está bem, você realmente quer dizer isso?
Ele já tinha feito tudo que alguém que fica na ala hospitalar faz, dormido, comido e lido, muitos montes das três coisas citadas.
“Eu não ligo! Não me importa meu pai ter mentido pra mim, ele sempre faz isso!” Tentava se convencer...
Ele nunca foi muito bom em auto-persuasão, em convencer os outros ele era ótimo, mas a si mesmo...Era uma droga!
Harry vinha sempre que podia ver Draco, ele achava isso muito estranho...Mas não reclamava, pois de outro jeito, teria mais tempo em tédio, pelo menos podia encher o saco de alguém...
-Mas eu não acho que isso seja motivo pra ficar nervoso, a não ser que você tenha alguma culpa ou coisa assim...
-Acontece que isso não é da sua conta...
-Mas você me disse que beijou a Weasley, e disse que os Weasleys são minha família, se são minha família, são da minha conta, logo, isso é da minha conta...
-Cara, o que há de errado com a frase “Não me enche”, é muito difícil pra você?
-Você gosta dela?
-Você acha que eu gosto dela?
-Não sei dizer se você tem sentimentos, Malfoy...Apesar de ter me salvado, claro.
-Olha, não vem com essa não, fiz isso por puro egocentrismo, agora, você me deve uma.
Harry riu baixinho
-O que?
-Não acredito em você!
-Por que não, já te dei motivo pra acreditar em mim?
-Já!
-Quer saber, você ta me cansando, pega logo o profeta e me dá.
A expressão de Harry mudou
-O que foi?
-Tem certeza que quer o profeta?
-Por que eu não iria querer?
-Está falando de nós...Todo mundo já sabe.
Draco arrancou o jornal da mão de Harry e começou a ler...
“...E agora não se sabe se Harry Potter foi salvo ou atacado por Draco Malfoy, que como sabemos, é filho de um dos mais próximos comensais da morte de “Você-sabe-quem”, a questão é: O ministério está tomando providências???”
-E isso é tudo que eu ganho por salvar o garoto-que-sobreviveu
-Malfoy, na verdade, você se salvou...Sabe, eu teria te matado se não tivesse voltado ao normal
-Você teria matado mais que a mim se eu não tivesse feito você voltar ao normal...
-O que quer dizer?
-Não vou contar agora, Potter, e nem pra você...
Hermione beijou-o, como se o visse pela primeira vez...Afinal, a saudade dá essa impressão.
Harry retribuiu, com tanta ou mais paixão que a garota, Rony assistia de longe...
O garoto, saiu perambulando pela escola, lembrando de suas palavras, aquelas que dissera a Hermione, que não iria acabar a amizade por causa de sentimentos, essas palavras pareciam tão vagas agora, tão sem sentido...
Andava pelos corredores sem objetivo a não ser matar o tempo.
Deu uma, duas, três curvas e então alguém o surpreendeu com um sussurro:
-Rony Weasley, você poderia, por favor, parar com essa cara de bunda e vir comigo até Hogsmead?
-Luna? Mas não temos permissão!
-E daí?
Ela o pegou pela mão e foi puxando pelo corredor até a passagem da bruxa corcunda, onde desapareceram...
Draco estava de muito mal humor, tinha finalmente saído da ala hospitalar, mas o tédio permanecia o mesmo...Sábados não era seu dia preferido da semana, muita desocupação.
Na verdade, era mais que tédio, mas não sabia o que era...
As folhas caiam das árvores, e ele só queria ser uma das folhas...Mais nada...
Isso soava muito piegas, mas era verdade...
Ainda não era depressão, mas também não era alegria...
Alguma coisa entre....
Ele viu de relance, cabelos vermelhos se jogarem em sua frente antes de ser surpreendido com um ótimo beijo do garota (Weasley).
“Ela é atirada, maravilha”
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!