Como Professor Xavier



Capítulo 13: Como Professor Xavier

Hermione vestia a capa de invisibilidade de Harry e se espremia no mesmo lugar onde Draco se cortara, espiou e não viu Draco, ou Harry, mas viu uma algazarra e as palavras que pegou no ar foram:
-Eles aparataram seus burros, tratem de achá-los, ou eu mato um por um de vocês.
Hermione sorriu aliviada e voltou para o grupo, contou-lhes o que havia ocorrido
-Agora, precisamos achá-los.
-Espero que Draco esteja vivo - disse Sirius.
Todos o encararam e ele explicou
-Ele é meu sobrinho! E, aliás, tirou Harry daqui, não foi?
-Foi, e agora pode estar em perigo.
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-Malfoy? Ah, meu Deus! Malfoy, acorda!
Harry pos a mão nas costas de Draco pra poder colocá-lo numa posição onde sua respiração não ficasse impedida e sentiu sangue em seus dedos, olhou sua mão e viu o sangue, e quando olhou a ferida exclamou:
-Eu nunca pensei que fosse dizer isso, mas, Malfoy, não morra!
“Afinal, o que ele estava fazendo? Me salvando? Por que?”.
“Ele não pode morrer, onde eu estou? Preciso pedir ajuda!”
“Como é que eu saio daqui?”
Uma idéia lhe passou pela cabeça
-Não, Dumbledore é muito poderoso, mas não é um desenho animado...Não lê mentes! Mas...
“Dumbledore! Se você puder me ouvir, por favor, não sei onde estou e Malfoy está desmaiado, e sangrando!”

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“Ok, fique calmo! Posso chegar até aí se continuar falando comigo, não pare!”
Dumbledore segurou na mão de Hermione e disse a Sirius:
-Me siga
E aparatou

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Harry continuou se comunicando, como Dumbledore pediu, mas estava muito assustado, pois continuava a sair sangue do ombro do Malfoy, e não era pouco, a pele do garoto estava muito fria, Harry ficava observando se ele ainda respirava...E então parou, não houve como continuar se comunicando com Dumbledore depois disso, estava entrando em pânico, e apenas viu Dumbledore, Hermione, Rony, Sirius e Gina irem chegando mais perto um depois do outro, Dumbledore apontou a mão para o peito de Draco e murmurou algo e então Harry viu, com alivio, o garoto voltar a respirar.
-Creio que possa estancar o sangramento, mas precisamos levar o garoto pra Hogwarts – Disse Dumbledore
-Deixa comigo – Disse Hermione pálida
A garota segurou a cabeça do garoto e murmurando algo, passou a varinha por cima do corte que foi se fechando.
-Mas ainda assim, ele perdeu muito sangue – Disse Harry olhando horrorizado para o chão.
Gina observava a cena de longe, segurava a varinha e falava um mantra de proteção.
-Draco? Pode me ouvir?
Draco conseguiu ouvir, mas não conseguia se mexer e sentia um terrível enjôo. Dumbledore repetiu a pergunta então, sem abrir os olhos ele sussurrou:
-Sim
Sirius pegou o garoto e o segurou em seus braços e disse:
-Estou levando ele para Hogwarts, sintam-se a vontade para me seguir.
E desaparatou.
Os que sobraram no local encararam Harry:
-Você se lembra de algo? – perguntou Dumbledore esperando a resposta “não”.
-De tudo – disse o garoto de cabeça baixa – E sinto muito.
-Bom, sabemos disso – disse Hermione abraçando Harry.
-É melhor voltarmos...

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Draco abriu os olhos e viu um teto, cabeças em sua volta, e muito barulho.
-Malfoy?
Draco arregalou os olhos ao ouvir a voz do Potter, afinal, não sabia se tinha tudo saído certo.
-Potter?
-Vai com calma... – Disse Harry e deteve o garoto de se levantar.
-Você...Quero dizer, sabe, a marca...
-Você chegou a tempo...E eu queria dizer, obrigado por isso.
Madame Ponfrey começou a por as pessoas pra fora e deixou apenas Harry ali.
-Olha, Potter, você não precisa ficar aqui...Aliás, não sei o que está fazendo aqui...
Draco pos a mão na testa, sua cabeça latejava.
-Madame Ponfrey disse que se sentisse dor de cabeça devia tomar isso aqui – disse empurrando um frasquinho transparente.
Draco tomou o conteúdo e se virou para Harry, numa expressão muito estranha.
-Quer saber sobre os sonhos? O por que de eu ter ido te tirar de lá? Por que eu fiz você voltar ao normal? O que?
-Você está bem?
Draco suspirou fundo e se afundou na cama...
-Sempre.
-Cedo ou tarde você vai ter que me contar essas coisas, mas agora, acho melhor você descansar...
Draco se sentou e começou a dizer:
-Certo, vou começar do começo...
“Psicologia inversa sempre funciona” pensou Harry
-Numa família onde seu pai é um comensal da morte se espera que você também seja um, então meu pai presumiu, erroneamente, que seria fiel a esse pensamento, e, juntamente com Voldemort, abriram o véu do seu cérebro pra mim, então comecei a ter os seus sonhos...Mas eu não sou um comensal da morte, nunca disse que era...Então quando Remo Lupin me procurou dizendo que sabia do que estava acontecendo contei pra ele sobre os sonhos, que, aliás, são muito mórbidos e não é muito legal estar nos seus sonhos, daí...Bom, esqueci de um detalhe...Quando você e a Granger saíram da sala da Umbridge sapa no ano passado segui vocês pra ver aonde iam...E acabei no ministério, quebrei a profecia quando meu pai ia pegá-la e fui embora.
Harry ouvia calado
-Dumbledore me procurou um tempo atrás, dizendo que podia me ajudar, como se eu precisasse de ajuda, mas acabou me dando muita informação...E então, quando você foi “induzido ao lado negro”, Voldemort me disse o que aconteceria, acreditando que eu fosse...Bem, você sabe! Segui Dumbledore, para avisar o velho o que iria acontecer e acabei beijando a Weasley...E então acho que você já conhece a história...
-Conheço. Você beijou a Gina?
-Eu disse isso?
-Sim...Quer saber, esqueça. Por que você está do nosso lado?
-Eu não sou meu pai! Não sou um comensal, só por que tenho uma língua afiada que tira sangue dos outros não quer dizer que eu queira a “escuridão espalhada pela terra” – e disse isso em deboche.
-Entendo...Então quer dizer que...Tudo que você já disse pra mim, foi apenas porque xinguei seu pai?
Draco encarou Harry com os olhos cerrados.
-Você está do meu lado, Malfoy?
Draco continuou calado e com os olhos cerrados;
-Vai matar falar que sim?
-Vai, vai matar, mas creio que você saiba a droga da resposta.
-Sim, eu sei...Mas gostaria que dissesse...
-Eu não estou do lado de Voldemort.
-É um bom começo...
Harry então se lembrou:
-Malfoy, você nos seguiu até o cemitério onde meus pais foram enterrados?
-Eu estava lá.
-Porque?
-Porque estar nos sonhos de um cara perturbado como você deixa qualquer um meio fora de si.
Fez-se silêncio e então Draco completou:
-Pelo menos agora você sabe que seus pais estão com você...- disse sério (estranhamente)
-Isso soou como a Hermione.
-Vai com calma ta, Potter, ninguém disse que seriamos amigos...
-Eu sei...

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