Antes da Tempestade, silêncio
Capítulo 10: Antes da tempestade, o silêncio.
Assim que acordou, Harry saiu da cama, ainda estava escuro lá fora...Hoje tinha treino de quadribol.
Logo que chegou na escola anunciou ao time que estava fora. Não por causa de Umbridge, já que as ordens dela agora não valiam nada, mas porque não via mais porque jogar...Não tinha vontade, motivo ou coragem. Parecia que todo mundo sabia do que havia acontecido no ministério ano passado. O encaravam de lado, pelos cantos dos olhos, ouvia os cochichos...Não é que ele ligasse, só não gostava.
Como era sábado, e era muito cedo, não tinha ninguém fora da cama, ele não conseguia realmente se concentrar em muita coisa desde que tinha dito sim para Rabicho, seu cérebro zunia, já fazia 3 dias que isso tinha acontecido, então o corpo de Sirius já estava, ou em forma de zumbi, ou ser humano, em algum lugar.
Estava muito frio, o vento parecia cortar a pele, Harry deu uma volta nos jardins e se sentou na beira do lago, tudo estava muito silencioso, nem a água parecia se mexer. Achava muito estranho tudo que havia acontecido, como Rabicho conseguiu se comunicar com Harry através de uma lareira, se era possível, como nunca tinha acontecido antes?
Era possível que algo terrível acontecesse por causa desse pacto? No fundo, harry tinha certeza que sim...Mas parecia ser muito tarde. A lembrança de Sirius caindo sobre o véu ainda tirava o sono de Harry, atormentava-o constantemente. Ele sentia eu estava a beira de um colapso.
Ouviu passos de aproximando, virou-se pensando em encarar Rony, ou Filth, mas viu Hermione, caminhando para ele com pressa, encolhida no casaco com frio, seu cabelo balançava no vento, Harry notou que o mesmo estava muito diferente, continuava ondulado, castanho e grande, mas agora estava muito...delicado, bonito, na verdade.
A garota se sentou ao lado de Harry e colocou na mão dele um saquinho de biscoitos da Sra. Weasley.
-Obrigado.O que você está fazendo acordada, o sol nem nasceu direito.
-Bem, isso não te deteve você, não é?
Harry encarou a menina com um olhar “porque você simplesmente não responde?”
-Eu estava lendo no salão comunal quando você saiu, e te segui.
-Certo...Hermione, porque você estava lendo essa hora?
-Bom, é o melhor horário, não tem barulho.
-Sei, sei, mas você não tem sono? – Harry agora dava um sorrisinho de lado.
-Tá bom, eu admito, sou uma cdf obsessiva.
-Bom, passamos da fase de negação – Harry agora não continha o sorriso.
-Certo, mas você também está aqui...Neste frio.
Harry encarou Hermione agora e pensou no que poderia acontecera ela se a aliança saísse de seu controle.
Ele não queria que ela saísse machucada
Que se danasse o resto do mundo
Mas ele não queria que ela se machucasse
Harry aproximou o seu rosto ao da garota e encarou-a
“Só não quero te machucar” disse de leve e a beijou, de primeiro Hermione se surpreendeu, mas logo se entregou a um beijo que esperava a um bom tempo.
Quando se soltaram estavam ambos muito vermelhos, tanto pelo fôlego perdido quando pela vergonha de olharem agora um para a cara do outro.
-Por que? Disse Hermione de abrupto.
-Como assim?
-Por que você me machucaria?
Harry se surpreendeu, ela era muito observadora, linda, mas tinha que mentir...Imagina o que ela diria se ouvisse o que ele tem pra falar.
-Por causa do Rony.
Viu nos olhos de Hermione que a mesma não tinha acreditado na desculpa, mas resolveu não se meter...era melhor.
-Hermione?
-Sim?
-Eu te beijei...
-Hum, eu acho que estava presente na ocasião, Harry.
Ele deu uma risadinha
-Quero dizer, te beijei, e você me beijou de volta...
-Eu sei. – Disse ela agora corando
-E vamos repetir essa ação mais pra frente?
Ela pensou em algo como “Ele está sem graça, que fofo...”
-Você quer?
Harry deu um Celinho na garota.
-Bom, parece que a resposta é sim...
Ela o beijou mais uma vez e dessa vez sorriu e disse
-Até que enfim
Já era fim de tarde, ele tinha combinado com Hermione de falarem com Rony pela manhã, então até lá agiriam normalmente, então, para poderem cumprir o acordo, ficaram a tarde toda separados...Ele estava em seu quarto, pondo a leitura em dia...Com um livro da Hermione. Não tinha como não pensar nela!
Tudo o que fazia o lembrava dela...A beijar era tão bom, era como uma penseira, mas melhor, pois não se sentia perdido, pelo contrário, sentia como se pela primeira vez na vida, tudo fizesse sentido, e nada importasse, ao mesmo tempo.
Sentiu que precisava sair daquele quarto, rápido, ia devolver o livro, que não tinha terminado nem a introdução, afinal, todo motivo é, de fato, um motivo, mesmo que ele não exista. (se perdeu?).
Olhou pela janela e viu Hermione nos jardins, pra variar, escrevendo algo. Ajeitou a camisa e pegou o livro, abriu a porta e deu de cara com Rony.
-Harry!
-Rony...o que você está fazendo?
-Vim te chamar pra ir dar uma volta nos jardins, a Hermione está lá.
-Ok.
Ele largou o livro em cima da cama, não precisava mais de motivo.
Não tinha ninguém além de Hermione nos jardins, estavam todos encolhidos em seus quartos.
Eles alcançaram Hermione e Rony se sentou, Harry fitou a floresta proibida, parecia ter visto algo...Familiar.
Olhou mais fundo dessa vez e viu que alguém se mexia entre as folhas das árvores.
Chamou a atenção dos amigos, todos os três estavam agora encarando a floresta.
Tinha realmente algo ali...Uma pessoa, e essa pessoa estava vindo em direção a saída, em direção a eles.
Viu com assombro alguém muito branco, com cabelos e olhos pretos abrir caminha entre as árvores...
-Sirius! Gritou Hermione
Harry virou-se para Rony que parecia paralisado e muito pálido.
“Ótimo, era verdade” pensou antes de correr em direção ao padrinho que não aparentava ser um zumbi.
-Sirius, você...Como? – Começou Rony e foi interrompido pelo mesmo que falou com uma voz muito estranha que beirava a irritação:
-Graças ao Harry.
-Como? – Disse Hermione assustada.
-Acho que é melhor vocês me seguirem até a sala de Dumbledore.
-O que está acontecendo? – Rony confuso
-Você já vai descobrir – Respondeu Harry amargo
-Como você conseguiu sair de lá?
-Eles me deixaram ir...Disseram que fazia parte do trata que fizeram com Harry, não acreditei no que estava ouvindo.
-Não acredito que eles cumpriram a parte deles...- murmurou Harry.
-Olha, vou te poupar dos sermões moleque, mas você merecia muito, porque você fez uma coisa dessas, não entende que com Voldemort nunca é um laço certo, sua parte nunca é garantida, poderia ter te machucado, machucado Rony e Hermione, muita gente...Porque diabos você fez uma coisa tão estúpida dessas?
-Porque a saudade que ele setia de você estava deixando ele louco...Você era a única família que ele tinha, perder isso não foi brincadeira Sirius. – Hermione surpreendeu a todos ao dizer isso
De todos, Harry achou que Hermione fosse a que menos o entenderia, mas, estranhamente, ela parecia entender demais, parecia ter passado pela mesma coisa...ou muito próxima.
-Todos ficaram arrasados com sua morte Sirius, todos, mas pra Harry deve ter sido muito pior.
-Ok, muito esperta, apelando pro lado setimental...Precisa de sua namorada pra te defender agora – disse Sirius sorrindo
Harry e Hermione se olharam assustados
-É eu vi, e o Rony também...Mas vamos voltar ao que interassa, ele vai querer a parte dele do pacto...Qual era?
Dumbledore assistia à cena estranhamente calado
-Eu ficar do lado dele, mas...
-Harry, não acho que você tenha uma escolha...- Dumbledore falou.
-Esses pactos envolvem um feitiço que assegura que os dois lado cumpram o trato.
-E ele pode ser quebrado? – perguntou Hermione
-Não acho que seja possível nessa situação, matar lorde Voldemort seria...difícil
-Espera...Não fiz o pacto com Lorde Voldemort...Foi com Rabicho
Harry olhou pra trás e viu a cabeça de Draco Malfoy esquivar-se de sua visão, ignorou-o, afinal, ele saberia disse de qualquer jeito, sonharia com isso pelo menos uma semana seguida.
-Bom, nesse caso, podemos ter uma chance. – Sorriu Sirius, e pela primeira vez desde a sua morte, encarou Harry e disse – Senti sua falta também.
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