Reconciliação



No dia seguinte, Hermione acordou bem tarde, quase na hora do almoço. Ronald já saíra para trabalhar fazia algum tempo. Levantou-se calmamente e foi até a cozinha, para comer algo.

Foi quando notou que alguma coisa estava diferente: no chão do aposento, encontrava-se um envelope de papel, escrito com uma letra garranchosa. Pegou a carta e abriu-a. Lágrimas pingaram no papel, manchando a tinta, assim que terminou de ler. Largou-a sobre a mesa e foi, imediatamente, se vestir.

A carta dizia:

Hermione,
Eu só quero dizer que Rony sofreu um acidente no trabalho. Eu não posso ir para o hospital agora, estou no trabalho. Não há nenhuma notícia sobre seu estado atual.
Desejo-lhe melhoras,
Harry

Ela chegou em poucos minutos no hospital e logo se aproximou da recepcionista, para saber em que quarto Ronald estava.

– Quarto cinqüenta e dois – disse a mulher – Mas ele se encontra em estado grave e você só poderá visitá-lo quando for permitido.

Ela sentou-se em uma cadeira, para esperar. Ficaria ali o tempo que fosse preciso, esperando. Nesse período de tempo, ela pensou sobre as discussões que tinham acontecido entre os dois.

– Se o pior acontecer – sussurrou ela, para si mesma – Eu não vou poder nem pedir desculpas a ele...

Uma lágrima escorreu por seu rosto. Agora, ela sentia que ainda o amava. Senão, ainda estaria em casa, sem se importar com o que poderia acontecer. Jurou à si mesma que, quando ele melhorasse, os dois seriam felizes e ela nem se importaria se ele chegasse atrasado.

A tensão tomou conta dela por todas as horas em que ficou ali. Os bebês que estavam em sua barriga, pareciam entender a situação, já que nem se mexiam. Ela dormiu na mesma cadeira onde estava, sem se importar com o desconforto.

Eram onze horas da noite, quando Hermione acordou, assustada. Sentia muita dor na barriga, como se os bebês quisessem sair.

– Eu acho que vão nascer! Eu acho que vão nascer! – exclamou ela, chamando a atenção de várias pessoas próximas.

Logo vieram vários curandeiros, a colocando sobre uma maca suspensa por magia. Sentiu ser levada até uma sala, que devia ser a de cirurgias.

– Beba isso, senhorita – falou o Curandeiro mais próximo, entregando-lhe uma poção.

Ela bebeu, sem dizer nada. Aos poucos, foi sentindo-se sonolenta, com o corpo mais leve. Depois de alguns minutos, adormeceu.

Hermione acordou, deitada em uma outra cama. Olhou para os lados, observando o quarto ao seu redor. Várias outras pessoas estavam deitadas em camas, assim como ela.

– Ah! – exclamou uma Curandeira que estava por perto – Que bom que você acordou! Eu vou trazer os bebês, eles já estão com fome.

Observou a Curandeira retirar-se do aposento, para pegar os dois bebês. Imediatamente, Hermione sentiu-se muito feliz. Ela tinha dois filhos, agora, dois lindos presentes. Mas ainda faltava uma pessoa, para que a família estivesse completa.

A Curandeira voltou, trazendo dois bebês em seus braços. Os dois eram minúsculos, recém-nascidos e estavam enrolados em duas mantas. Hermione abraçou os dois, muito feliz, observando o rostinho de cada um.

Rosa e Hugo possuíam olhos como os dela: castanhos e intensos. Era difícil não sorrir, embora a situação de Ronald ainda a preocupasse.

Assim passaram-se dois longos dias, que ela aproveitou ao máximo, com os dois bebês. A cada dia, ela parecia amar mais os novos membros da família, embora os conhecesse fazia tão pouco tempo.

Na manhã do terceiro dia de sua estadia no hospital, ela não foi acordada pela Curandeira, como de costume. Dessa vez, uma mão macia tocou seu rosto e uma voz sussurrou:

– Hermione?

Ela reconheceu a voz de imediato. Logo abriu os olhos e viu quem estava ali: Rony. Ele parecia já ter melhorado do acidente, pois sorria de orelha à orelha.

– Ronald! – exclamou Hermione, atirando-se em seus braços. Logo a Curandeira apareceu, quebrando o momento de reencontro.

– Os dois já estão liberados – falou ela, sorrindo para o casal – Eu já vou trazer os dois bebês para vocês.

Hermione esperou a Curandeira sair para abraçar o marido novamente. Rony também parecia ter esquecido das discussões ocorridas, pois não falou no assunto até chegarem em casa.

– Hermione? – chamou ele, enquanto os dois colocavam os bebês para dormir – Aquela nossa... fase de brigas e discussões... já acabou, não já?

Ela confirmou com a cabeça, aproximando-se do marido. E, sem pensar duas vezes, ela o beijou como nunca fizera antes, compartilhando a alegria de ter dois novos membros na família.

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