A verdade sobre nós mesmos
G: Gostaria de salientar a Vossa Senhoria que minha orelha não foi arrancada sem autorização; ganho dinheiro há anos vendendo órgãos pelo mercado negro. Espera, vão escrever tudo isso? Cortem a parte do negro porque minha mãe pode complicar... Mercado branquíssimo, quase doação de órgãos.
F: Sorte sua ter ficado monorelha. Eu morri! E nem foi lá a morte que eu imaginei que a minha pessoa teria, morte glamourosa, sabe? Ora, pra quê Rowling se importaria em fazer um funeral emocionante? Taquem concreto no Fred, simples!
G: Não seja ridículo. Pense em todo o trabalho que a escritora teve de pensar em uma morte instantânea para a sua pessoa. Não adianta, Fred, você foi ingrato com a oportunidade para ter um parágrafo só seu!
F: Ok, ok. Vou pular a parte "novela mexicana" sobre o jeito como morri. Então, começando por você, maninho querido, o que você tem a dizer sobre o final da nossa dupla?
G: Quero dizer que embora nossa popularidade tenha decaído com o final medíocre que a Rowling escreveu para os personagens da saga – George soluça -, eu continuo sedento por babaquices. Também gostaria de dizer que aquele incidente com bombas de bosta no banheiro das meninas foi um erro de cálculo, pois um jovem cavalheiro como eu não seria capaz de tal crueldade quando são.
F: Eu acho que eu podia muito bem ter continuado vivo. Por que não tirar um dedo? Por que não quebrar as costelas? Porque a nossa estimada J.Killer - Fred tosse disfarçadamente - decidiu numa bela manhã de sol: "Oh! Fred e George são gêmeos, que mal há em matar um deles? A vida continuará a mesma depois que ele se for! George poderá ter dupla personalidade... Claro! Sou um gênio, como não tive essa idéia BRILHANTE antes?"
Os editores do programa pedem para Fred se acalmar e lhe oferecem um copo de água com açúcar.
F: EU ESTOU AQUI TENDO UMA CRISE EXISTENCIAL E VOCÊS ME OFERECEM ÁGUA COM AÇÚCAR?
G: Será? Será que é meu destino sofrer ao ficar trocando de personalidade todo santo dia? Conseguirei eu, um rapaz humilde e batalhador, manter o status de fanfarrão abandonado? Não posso ser nada sem você, Fred. Não entende minha situação? Se ela te matou, é porque reserva uma prova de caráter para mim. Então, aí sim... Devo continuar minha caminhada sozinho - ele suspira e pega a água que Fred rejeitou.
Foram necessários cinco minutos para Fred se acalmar e voltar para a sala.
F: O fato é, eu não morri. Isso é lenda, um mito! Uma mera utopia criada pela mente da Rowling.
G: Vamos falar de algo mais alegre... Revele alguma coisa que escondeu até hoje.
F: Eu sou gay.
G: Pedi uma revelação.
F: Como você sabia? – Fred dá um sorriso irônico.
G: Eu falava de algo do tipo "Aquele dia que eu disse que estava indo à Biblioteca, eu na verdade estava dando uns pegas na Angelina dentro do armário".
F: Eu nunca pisei na biblioteca de Hogwarts, exceto uma vez, quando me indicaram umas estantes mais escondidas, onde seria um bom lugar para trepar com alguém... Mas isso conta?
G: “Trepar” é um termo muito vulgar. Vocês foram “se amar” em um ambiente de conhecimento.
F: Sua vez.
G: Percebeste como Bichento apareceu poucas vezes no decorrer do último livro?
F: O que você fez com o Bichento? Aliás, isso faz parte da sua bombástica revelação?
G: Joguei ele e um pouco de pó de flu em uma lareira enferrujada. Só queria ver se funcionava.
F: Eu disse pra você tentar no Trevo, mas você nem me deu bola. Quer dizer que funcionou?
G: Mas minha revelação não termina aí. Apresentei-o à Madame Norrra, antes do acontecimento. Parece que houve uma boa comunicação entre eles – George sorri maldosamente.
F: Aquele é o nosso editor fazendo sinal para pararmos com a primeira parte?
G: Espere, tenho que adiantar uma coisa. Vou esclarecer porque a escritora escreve TANTAS vezes que "os arbustos são balançados pelo vento". Vento é a palavra chave da questão.
F: Agora que você disse, ela adorava dizer que “o vento açoitava as janelas”.
G: Mais um segredinho.
Ao fim desta parte foi comprovado que Fred Weasley não é gay.
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