Caverna



Capítulo 89 – Caverna


 


Leticia e Kal tinham passado a tarde com Hagrid. Por sorte eles estavam com Anny e Carol, então conseguiram ver alguns animais menos perigosos.


As meninas estavam fascinadas com os animais, ainda mais que Hagrid havia conseguido um filhote de unicórnio.


Eles agora estavam voltando para o quarto deles, mas isso não era uma missão muito fácil. Já que os quadros e fantasmas atraiam a atenção das gêmeas e atrasavam todo o percurso.


No meio do caminho eles são interceptados por um trio desagradável.  


- Os pequenos Potter estão perdidos. – disse Malfoy, no que Crabbe e Goyle riram. – Podemos indicar o caminho do Lixo.


- Não queremos conhecer a sua casa. – disse Kal.


- Isso mesmo. – disse Leticia. – Conhecemos esse castelo muito melhor que você, e com certeza não ficamos perdidos. Vocês é que estão longe do salão comunal de vocês.


- Eu mando neste castelo, faço o que quiser. – disse Malfoy.


- Malafoy bobão. – disse Carol.


- Ela tem razão. – disse Leticia. – Só você acha isso.


- Vocês verão se isso é verdade.


- O que um quase bruxo pode fazer contra quatro? – perguntou Kal.


- Vocês não sabem contar, somos três, e vocês nem varinhas têm. – disse Malfoy.


- Uma pergunta. – disse Leticia. – Seus companheiros sabem falar? Nunca ouvi as vozes deles, ou eles deixam o mais idiota falar.


- Mafoy idiota. – disse Anny.


- Ora seus... – disse Malfoy, mas foi surpreendido por vários feitiços sendo lançado contra eles.


Quando o último corpo bateu no chão, passos foram ouvidos. Malfoy, que estava consciente, começou a gemer alto para chamar atenção.


Era Snape que vinha por ali. O que fez Malfoy gemear ainda mais.


- O que aconteceu aqui? – perguntou o professor de Poções.


- Eles nos atacaram, sem o menor aviso. – disse Malfoy, mas era possível ver um sorrisinho maldoso.


- Malfoy, podia inventar uma desculpa melhor. Nem mesmo eu acredito que quatro crianças possam resolver atacar três bruxos com algum estudo. Apesar de acreditar que você possa ter sido vencido por eles.


- Mas, eles têm varinhas. – disse o loiro. – Isso não é permitido.


- Nada impede alguém de ter varinhas. Eles são proibidos de fazer magia fora de Hogwarts. E como você pode ver, estamos aqui. – disse Snape, mesmo não gostando dos meninos. – Vocês voltem para seu quarto, sem desvios. Vou cuidar desses meus alunos.


Os quatro saíram dali rapidamente, antes que Snape mudasse de ideia.


 


McGonagall chamou Harry depois do jantar.


- Dumbledore quer falar com você. – disse ela. – a senha é Penas de Açúcar.


Harry seguiu para o terceiro andar, onde parou na frente da gárgula.


- Boa noite, senhor. – disse ele, quando entrou na sala.


- Boa noite, Harry. – disse o diretor. – Finalmente descobri a localização de uma horcruxe. Você ainda está interessado em vir comigo?


- Claro, senhor. – disse ele animado.


- Bom, quero que você avise seus colegas. Para que não se preocupem com você. – disse ele. – Espero que você esteja com sua capa. Ela pode ser importante, não quero que ninguém saiba que você saiu comigo.


Harry seguiu para o salão comunal da Grifinória.


- Dumbledore achou uma horcruxe. – disse Harry para os amigos. – Estou aqui para avisar e fingir que estou no quarto.


- Eu ajudo. – disse Rony. – Sou monitor e posso sair. Vamos para o quarto, você coloca a capa e saímos.


- Vamos logo.


- Não se esqueça do que seu pai te disse quando Dumbledore te falou que ia começar a ter esses encontros. – disse Gina.


- Pode deixar. Isso é mesmo importante.


Harry seguiu para a sala do diretor, seguindo o plano de Rony.


- Pronto, senhor. – disse ele.


- Vamos para Hogsmeade. Não saia de debaixo da capa, e faço só o que eu mandar.


- Certo. – disse Harry.


Eles seguiram a pé para o vilarejo, indo em direção ao Cabeça de Javali. Mas passando e aparatando em um caminho que leva para fora do povoado.


Chegaram a um lugar perto do mar. Apesar da escuridão, Harry podia saber que estavam a poucos metros da praia, pelo barulho e o cheiro de maresia.


- Entraremos em uma caverna. A mesma que Voldemort aterrorizou seus colegas do orfanato.


Eles entraram na caverna, com Harry imaginando o diretor de roupa de banho, pois acreditava que teriam que entrar na água. Mas não foi preciso.


Dumbledore fez surgir uma luz na sua varinha. Harry olhou em volta, mas não percebeu nada diferente, até notar que uma parede era mágica.


- Isso mesmo Harry. A horcruxe está ai atrás.


Dumbledore realizou vários feitiços na parede, que em alguns momentos, parecia  desaparecer, mas logo voltava ao normal.


- Não esperava que fosse isso. Contudo não me espanta. – disse Dumbledore.


- O que? – perguntou Harry.


- É necessário um sacrifício de sangue. – disse Dumbledore. – Nada radical. Algumas gotas são o suficiente.


Dumbledore suplicou uma faca de prata.


- Deixe que eu faça isso. – disse Harry.


- Meu garoto. Seu sangue é mais precioso que o meu. Sem contar que estou velho, sua ajuda pode ser mais importante depois. – disse Dumbledore fazendo um corte em sua mão, e espalhando o sangue em uma pedra.


A parede se abriu, revelando um grande lago, com uma ilha no meio.


Dumbledore fechou o corte e seguiu em frente. Encontraram um barco, mas foi preciso procurar por uma corrente invisível, que só apareceu na mão de Dumbledore.


- O que são essas coisas? – perguntou Harry olhando para manchas dentro do lago.


- Inferis. – disse Dumbledore. – A maioria está aqui antes de Voldemort. Assim como a própria caverna.


Na ilha havia uma bacia com uma substância liquida, dentro a horcruxe. Dumbledore tentou alguns feitiços, mas nada aconteceu.


- Terei que beber a poção, é o único jeito. – disse Dumbledore.


- Não faça isso. – disse Harry.


- Lembre-se que você prometeu.


- Não é isso, senhor. Me lembrei de algo que meu pai me falou quando comentei de nossas reuniões. Era algo sem sentido, mas que agora faz. “O que estiver envolto em uma poção é falso. Não adianta pegar.”


- Seu pai. – refletiu Dumbledore. – Provavelmente passou por isso, antes claro. Vou conversar com ele depois.


- Sim, e esse medalhão não parece o mesmo da memória. – disse Harry.


Dumbledore aproximou a varinha acesa da bacia e constatou o que Harry disse.


- Vejo que tem razão. Sua visão deve ser boa, apesar dos óculos, ou não seria um apanhador do seu calibre. – disse o diretor.


Harry ficou sem saber.


- Seu pai tem algumas explicações. – disse Dumbledore os levando de volta para Hogsmeade.


Mas todos do vilarejo estava fora de suas propriedades.


- Comensais tentaram atacar o vilarejo. – disse um dos moradores ao ver Dumbledore.


- Se não fosse os Potter, estaríamos mortos. – disse outro.


- Eles perceberam que você saiu. – disse Madame Rosmerta. – Poucos minutos depois que isso aconteceu eles atacaram. Mas bastou o primeiro feitiço que Tiago e Lilian estavam aqui.


- Não sei o que eles fazem no castelo, mas te garanto que nunca vi nada do jeito que eles lutam. – disse um homem que Harry sabia ser o dono do Cabeça de Javali. – Nem mesmo você.


- Vou ver isso com eles. – disse Dumbledore para todos, após confirmar que nada de mais aconteceu, mas que os comensais fugiram.


Harry já estava cansado de desviar das pessoas, já que estava com a capa, ficou feliz com isso.


A conversa com seu pai seria algo interessante de ver.

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Comentários (1)

  • Natascha

    ficou ótimo! ainda bem q dessa vez ninguem precisou morrer.

    2012-07-28
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