AD
Capítulo 58 – AD
As aulas passaram a se tornar entediantes com a presença de Umbrigde, já que os professores passaram a serem mais cuidadosos com o que falavam para evitar chamar atenção da assessora, que se autoproclamava Alta Inquisidora de Hogwarts.
Ao saber disso os gêmeos passaram a chamá-la de Baixa Engolidora de Mosca. Claro que a sua cara de sapo e o enorme laço que ela usa em sua cabeça contribuíram para que o apelido pegasse.
Ela não se importava com o que falavam dela, ainda mais que ela estava prestes a expulsar um professor aliado ao diretor. Depois de conversar com alguns alunos de boa família, ou seja, que tinham ligações com ela pela sua posição, ela descobriu que Remo não dava aulas durante a lua cheia. Nenhum aluno chegou a dar uma sugestão sobre o que causava, mas Umbrigde desconfiava do motivo, e se estivesse certa acabaria com todos os que estavam tentando destruir Fugde.
Ela partiu contente para a sala de DCAT, esperou até o dia seguinte da primeira noite da fase da lua e esperou encontrar um os aurores dando aula, assim ela questionaria e exigiria saber a verdade, mas para seu desanimo encontrou o professor.
- Desculpe não poder te atender ontem, Dolores. – disse ele de forma cansada. – Mas quando criança, fui picado por uma aranha única, e não se sabe se ela foi modificada por magia ou pelos trouxas, mas o veneno não sai do meu corpo. E para me manter vivo tomo uma poção, que deve ser banhada por uma hora na luz da Lua Cheia, ela me deixa muito fraco, e geralmente não consigo dar aulas.
- Mas e hoje? – perguntou ela.
- Acordei um pouco melhor e vim dar aula, o que foi uma sorte, pois você poderá me avaliar agora.
- Sim, Claro. – disse ela decepcionada.
A explicação foi bem lógica, e como nenhum aluno dissera que haviam perguntado o motivo da ausência do professor com detalhes, ela não poderia afirmar ser uma mentira.
Logo a turma entrou e a aula se iniciou.
Umbrigde não pode reclamar da aula, já que foi uma aula teórica sobre uma criatura das trevas de media periculosidade. Mas ela ainda tinha uma desconfiança e esperaria até o último instante para descartá-la.
Depois de cinquenta minutos de aula, ela esperava que Remo estivesse nervoso e pedisse para sair um minuto ou bebesse algo, mas nada acontecia. Uma hora e nenhuma mudança. Pois bem, não era Polisuco, pensou, mas Tiago Potter ainda poderia estar disfarçado, o auror tinha muitos poderes.
A aula acabou e a inquisidora se aproximou para interrogar o professor e descobrir qual era a armação, mas neste instante entram na sala, depois que os alunos se dispersaram, os aurores Tiago Potter e Ninfadora Tonks.
- Oi, Remo. – disse o moreno, enquanto Tonks dava um selinho. – Como você está?
- Estou bem. – disse o professor. – Acho que passar o fim de semana descansando me ajudou, pelo menos hoje.
Umbrigde não precisou escutar mais nada e saiu.
Quando a porta se fechou atrás dela, os três voltaram a sua forma original revelando parte da família Potter.
-Ela parece ter engolido a desculpa. – disse Tiago transfigurando a roupa do professor na sua. – Mas temos que dar a continuidade ao plano no jantar.
- Desde que a Tonks se lembre de comer na cozinha. – disse Lílian. – Ela é bem capaz de esquecer e fazer bobagem.
- Como o que? Beijar o Papai? – disse Harry aparentando inocência.
- Você tem aula agora, menino. – disse a ruiva sem um pingo de emoção na voz.
- Ele não tem culpa de você ser ciumenta. – disse Tiago abraçando a esposa.
- Tem sim, se ele e você não fossem tão bonitos. – disse ela. – Eu não precisaria me preocupar.
Umbrigde ainda acreditava que poderia ser um truque para enganá-la. Poções e feitiços poderiam ter sido usados para disfarçar os sintomas do lobisomem naquela manhã, mas nada poderia fazer isso durante o jantar que contaria com a Lua.
Ela iria perguntar diretamente para o Professor Snape, que nutria uma inimizade com Lupin e o Potter, sobre a ausência do professor de DCAT.
Mas para sua total surpresa Remo estava sentado na mesa dos professores bem ao lado de Tiago e da namorada dele, Lílian também estava presente. Ela caminhou até a mesa dos professores perplexa, quase não ouvindo o que todos diziam, alguns tinham reparado em sua reação e agora comentavam, mas conseguiu ouvir uma conversa que nada tinha com ela.
- Espero que o Harry não tenha se machucado muito. – disse Mione. – Não sei como vocês gostam de fugir daqueles balaços.
- Ele só deslocou o ombro, Mione. – disse ele acariciando a bochecha dela. – Sem contar que Gina está cuidando dele, e vai levar diretamente para o quarto do meus tios, onde vai passar a noite com a Tia Lílian paparicando ele.
Tonks estava apreensiva, enquanto cuidava de Carol e Anny. Estava preocupada com Remo e com a sequência do plano maluco do Tiago. Ela tinha percebido que Umbrigde havia ficado balançada com a encenação da aula, e para não colocar tudo a perder estava ali, onde a assessora nunca a procuraria.
Mas sabia que poderia dar certo quando viu que todos os envolvidos no plano era metamorfomagos. Ela já suspeitava que Tiago tivesse essa habilidade, mas que Lílian, Harry e até mesmo Gina podiam se transformar de forma tão perfeita que até confundiria foi de mais para ela.
- Espero que vocês duas demorem um pouco mais para adquirir esses poderes. – disse a auror para as duas meninas. – Eu ainda gostaria de saber até onde vai o poder de um mago.
- Agora eu entendo porque o professor Lupin pediu esse livro teórico. – disse Mione. – Seu pai deve ter alertado sobre a Umbrigde.
- O que ela fez dessa vez, amor? – perguntou Rony.
- Ela estava na aula de Runas. – disse ela e não escondeu o desgosto de ver a careta dele. – Ela passou a aula inteira recriminando o que a professora ensinava e só se satisfez quando escutou promessa de revisão da matéria.
- Ela quer o controle da escola, tentando minar a influencia de Dumbledore. – disse Harry. – o Ministro ainda não acredita na volta de Voldemort.
- Harry, você poderia nos ensinar. – disse Mione, e o moreno percebeu que essa idéia era uma coisa que ela já discutira com Rony. – Digo Defesa.
- Mione, nós já temos nossos encontros com meus pais. – disse ele.
- Não digo só nós dois, e bem, a Gina. – disse a monitora. – Não somos os únicos a sofrer com a tirania dessa mulher. Ela tentou mudar a detenção que a McGonagall estava dando para o Jordan essa manhã. Queria piorar, disse algo como ser pouco rígida. Mas a professora afirmou que ela não tinha autoridade para passar por cima da autoridade dela, o que deixou com mais raiva.
- Um grupo seria melhor. – disse Rony confirmando a suspeita de Harry. – E seu pai está muito ocupado para cuidar disso, mas ele pode ajudar também.
- Mas quem seria maluco de participar disso? – perguntou o apanhador.
- Eu já conversei com algumas pessoas, e elas disseram que participariam caso existisse algo assim.
- Vou pensar nisso. – disse Harry de forma a finalizar a conversa por hora.
Os dois monitores perceberam isso e se afastaram, indo namorar em outro canto do salão.
Harry se recostou na poltrona que estava sentado e fechou os olhos.
Gina o encontrou pensativo, alguns minutos depois. De seu bolso tirou seu último sapo de chocolate, seria por uma boa causa, pensou. Aproximou-se.
O menino percebeu a aproximação dela, se ajeitou e fez um gesto para que ela sentasse ao seu lado. Coisa que ela fez quase que imediatamente. Como a poltrona não foi feita para duas pessoas eles ficaram abraçados para não ficarem espremidos.
- Acho que isso pode te alegrar. – disse ela oferecendo o doce.
- Obrigado. – disse ele pegando a caixa e abrindo.
- É o meu último.
- No próximo passeio a Hogsmeade, nós vamos juntos e compro mais para você. – disse ele, que por ainda estar com os olhos fechados, não viu o sorriso que ela abriu.
Deu uma mordida e se deliciou com o sabor. Em seguida ofereceu o doce para ela, colocando o chocolate no alcance de sua boca. Assim eles dividiram mais alguns doces que ele tirou de sua mochila que estava esquecida no chão.
Muitas meninas suspiraram ao ver a cena, que felizmente ninguém conseguiu estragar.
Harry estava no sétimo andar, onde ele tinha combinado de encontrar com as pessoas com quem Mione tinha conversado.
- Tem certeza que é uma boa idéia? – perguntou Mione. – Você sabe que Dobby tem umas idéias diferentes.
- E de admirar que uma defensora dos elfos diga algo assim. – disse Harry passando no corredor como Dobby tinha dito para fazer.
- Não fale assim com ela,Harry. – defendeu Rony. – Ela só está preocupada com você. Dobby realmente tem alguns parafusos faltando, ele quase te mata quando tentava salvar a sua vida.
- Tio Tiago falou que era uma boa idéia. – disse Gina quando uma porta surgiu.
- Devo reconhecer que esse lugar e incrível. – disse Mione depois de ver a sala e correr para os livros.
Harry estava nervoso, e foi ficando cada vez mais quando as pessoas foram chegando. A maioria era da Grifinória ou colegas de turma. Ficou surpreso quando Cedrico entrou com Cho e alguns amigos dos dois. Mas sentiu muita raiva quando um corvinal, que ele ficou sabendo depois que se chamava Miguel Córner, acenou entusiasmado para Gina que estava ao seu lado. Só não jogou o menino para fora da sala porque Mione tomou a palavra e começou explicar o motivo de tudo isso.
Eles decidiram que Harry seria o responsável por ensinar, mesmo tendo participantes mais velhos, assim como o nome AD, que seria Associação de Defesa. Neste encontro foi ensinado o feitiço de desarmamento, o mesmo que Lockhart tentara ensinar. Apesar de ser simples, era bem útil.
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