Sonhos e Confissão.
Capítulo 57 – Sonhos e Confissão.
Harry mais uma vez sonhou com a porta negra. Desta vez ela se encontrava aberta, pois dava para ver uma tênue luz saindo de uma fresta. Mas quando ele ia abrir a porta, acordou com o ronco de um de seus colegas.
Ele ficou com raiva de ter acordado justo naquela hora, mas também preocupava, esse sonho sempre dava uma ansiedade muito grande, por querer algo atrás daquela porta, mas sabendo que ele não deveria estar ali.
Ele percebeu que o dia já estava quase raiando. Então decidiu conversar com seu pai sobre o sonho.
Se arrumou para as aulas do dia e seguiu para o quarto de seus pais.
Lá já encontrou os dois acordados, assim como as gêmeas, que recebiam seu café da manhã de Lílian. As duas passavam o tempo que a mãe estava trabalhando sobre os cuidados de Dobby e Winky.
- Olha quem veio visitar a gente. – disse Tiago, pronto para o banho.
As meninas se agitaram, elas gostavam muito do irmão. E sempre que ele aparecia era uma festa. Gostavam também de Letícia, da mesma forma, mas como ela era uma presença mais constante, a festa era menor.
- Oi, pequenininhas. – disse ele passando o dedo pela extensão do nariz das duas.
As duas logo agarram o dedo dele e ficaram segurando. O que facilitou a vida de Lílian ao dar a papinha para elas.
- O que veio fazer aqui tão cedo, Harry? - perguntou a ruiva. – Você não é de acordar cedo assim. Seu pai só começou a fazer isso depois que casamos.
- Eu preciso conversar com o papai, sobre uns sonhos que ando tendo. – disse ele envergonhado por saber que sua mãe não poderia ajudar, e ele não falar o que é.
- E melhor falar com seu pai mesmo. – disse ela corando.
- Não é esse tipo de sonho, mãe. – disse ele corando mais que ela. Ele entendera o que a mãe pensara. Tinha ouvido Gui, Carlinhos, Fred e George conversando sobre sonhos com meninas, ele inclusive teve um deste no verão, mas preferiu manter em segredo pelo seu próprio bem, já que envolvia uma ruivinha conhecida de todos.
- Hum, então são os outros. – disse Lílian se lembrando de sua outra vida. – Bom ele deve estar terminando de tomar banho. Vá acordar Letícia.
Não foi preciso, a menina já estava saindo do quarto coçando os olhos.
- Só o papai e o Harry para deixar essas meninas calmas assim. – disse a menina.
- Era assim com você também, Lets. – disse o moreno. – Algumas vezes a Gina conseguia, desde que os gêmeos não estivessem por perto.
Poucos minutos se passaram até que Tiago retornasse.
- Vamos conversar no quarto. – disse ele para o filho.
Harry logo contou do sonho.
- Você está com sorte. – disse Tiago. – Eu tinha esses sonhos depois de pesadelos ou de um dia muito estressante, o que significava um péssimo dia seguinte. Quanto à porta em si, ela existe e você já a viu. Terá que descobrir onde ela leva sozinho. Mas posso te dizer que o fato de você estar sonhando com ela, assim com eu também estou, significa que Voldemort está atrás de algo que ele não tem acesso fácil. E ele continua seguindo o que planejou como da minha vez. O que para nós é bom. Sabemos onde agir.
- Mas por que ando tendo esses sonhos?
- Eu te disse que temos uma conexão com Voldemort. Ele anda com obsessão pelo que tem atrás da porta. Por incrível que pareça é um local que ele nunca teve acesso, nem muitos conhecimentos.
- Vou ter que aturar os sonhos com o cara de cobra por muito tempo?
- Só até ele passar desta para uma pior. E se sinta abençoado, eu tenho que aturar pela segunda vez, as vezes tenho vontade de ir lá e contar para ele o que tem atrás da porta.
- Se ele não ficar se olhando no espelho, acho que dá para aguentar.
O ministério recebeu uma notícia que o deixou dividido. O ministro resolveu intervir em Hogwarts, mesmo que ele não dissesse essas palavras, mas era o que todos perceberam, ainda mais que ele estava enviando para lá Dolores Umbrigde, sua assessora sênior, e uma das pessoas mais criticas ali dentro, sendo responsável pela maioria das leis que limitavam o acesso dos mestiços ao mundo mágico.
Amélia quase pediu demissão do cargo quando foi notificada disso, pois ela tinha alguém exercendo um cargo semelhante, e que dava excelentes resultados, mas sua autoridade foi questionada, ainda mais por alguém com mais poder dentro de Hogwarts. Só não concretizou a saída por acreditar que alguma coisa ia mudar. E para também atrapalhar o que quer que fosse o plano do ministro e sua assessora.
A noticia também não agradou na escola. Todos conheciam a mulher e nenhum gostava dela.
A pedido de Tiago, ela só foi apresentada no final do almoço, e assim que ela começou seu discurso pró-ministério, muitos alunos se levantaram e saíram, como fariam normalmente, muitos preferindo aula dupla com Snape que ouvir aquela voz infantil.
- Muito interessante esse discurso. – disse Mione enquanto eles se dirigiam para a aula de DCAT.
- Não vai me dizer que você gostou disso? – disse Rony.
- Odiei. – disse ela. – Mas não deixa de ser interessante, “Tradições devem ser mantidas”, “O progresso deve ser desestimulados”. Isso tudo significa que o Ministério está intervindo em Hogwarts.
- Ela está aqui para controlar Dumbledore, meus pais, os professores e a mim. – disse Harry. – Ele ainda está tentando evitar que a notícia da volta de Voldemort seja aceita, e para isso ele esta tentando desmoralizar a todos os que aceitam.
Eles seguiram para sala em silencio pensando.
- Você tem certeza que vai dar certo? – eles ouviram a voz de Remo pela porta.
- Claro que vai. – disse Tiago. – Eu que bolei isso.
- Eu acho que pode dar certo. – disse Tonks. – Apesar de achar que teremos que ser mais realista, mesmo Lílian não gostando.
- Eu também não estou gostando nada disso, Mago. – disse o professor.
- Não se preocupe, Aluado. Vai dar tudo certo.
- Cada vez você se parece mais com ele. – disse o lobisomem saudoso.
- Agora tenho que ir, seus alunos te esperam.
- Temos que juntar aqueles dois. – disse Harry para Gina depois de um jantar que os dois trocaram ofensas. – Não aguento mais um dia com os dois atacados assim. Quando eram poucas vezes até dava, mas todo dia é de mais para qualquer bruxo.
- Que tal trancarmos os dois em uma sala e só liberar quando eles estiverem se acertado? – perguntou a ruiva..
- Não. Aqueles lá não vão admitir desta forma o que sentem. – disse o moreno. - Temos que fazer com que um deles fale o que sente e o outro escute.
- Gostei. – disse ela. – Acho mais fácil fazer o Rony falar, pois a Mione vai aceitar mais fácil. Seu irmão é muito cabeça-dura quando quer.
- Vou chamar ele para conversar no meu quarto e fazer ele falar.
- E eu levo a Mione para lá com alguma desculpa e ficamos escutando. Perfeito.
Nem foi preciso muito esforço para gerar uma oportunidade. Logo os dois monitores entraram discutindo no salão comunal. Partindo cada um para seu quarto.
Harry fez sinal para Gina de que ia subir depois de constatar que os outros colegas de quarto estavam no salão.
O moreno sabia que Rony só começaria a falar ao seu tempo, então sentou na sua cama e ficou olhando para o ruivo.
- Tem horas que eu odeio a Mione. – disse ele depois de quinze minutos.
- O que foi desta vez? – perguntou ele.
- A gente estava voltando da reunião dos monitores, quando uma das amigas da Chang passou por nós e deixou cair uma coisa, acho que era um lenço, ou uma toalhinha. Sei lá, era uma destas coisas de menina muito vaidosa. Eu peguei e devolvi para ela. Ai, a Mione já estava brigando comigo.
Harry precisava do momento certo para puxar o assunto então enrolou.
- Assim do nada mesmo, você não disse nada?
- Não, desta vez eu consegui ficar sem dizer nada de errado. E ela me acusando de dar em cima de todas as meninas, eu nem mesmo sei o nome dela. – disse ele. – Eu não entendo a Mione.
Harry então viu a porta se abrir levemente, sabia que era Gina chegando com a monitora.
- E o que você sente quando ela faz isso?
- É difícil descrever. Ela e vocês são meus melhores amigos, mas são diferentes. Eu não quero agradar você, sei que vai ficar feliz com qualquer nota que eu tirar, mas ela eu quero ver ela sorrir pra mim quando tiro uma nota alta. Não quero decepcionar ela, sabe.
- Você está apaixonado, Rony.
- Não estou. – respondeu ele.
- Está.
- Não estou.
- Está.
- Não estou.
- Não está. – disse de repente o apanhador.
- Estou. – disse Rony. – Não adianta tentar me convencer do contrario. EU ESTOU APAIXONADO PELA HERMIONE GRANGER. Satisfeito?
- Muito. – disse ele olhando para a porta, onde Mione e encontrava boquiaberta.
- Você... Você... você gosta de mim? – perguntou a morena surpresa.
Rony deu uma olhada feia para o amigo antes de responder.
- Gosto. – disse ele mais vermelho que seus cabelos.
- Ah Rony. – disse ela correndo e se jogando sobre ele. – Eu também gosto de você.
E assim aconteceu o primeiro beijo deles.
- Bom trabalho, Afrodite. – disse Harry descendo as escadas com Gina, ao deixar os namorados com mais privacidade.
- O Seu também, Eros. – disse ela.
Os olhares se cruzaram e foram se aproximando. Quando estavam fechando os olhos um flash os afasta.
- Ah não. – disse uma voz que eles reconheceram com sendo do Colin. – saiu antes. Bem que Letícia me avisou para não ser afobado. Ela vai me matar.
Comentários (1)
amei o cap *--* rimt no final. deu vontade de matar o collin!!! sauhsuhsuhsuahusah amei a cena RHr, apesar de ser fã de dramiones, adorei o jt q vc coloca os dois juntos. posta mais, viu? bjz
2011-04-18